Carnavais, malandros e heróis

Carnavais, malandros e heróis Roberto DaMatta




Resenhas - Carnavais, malandros e heróis


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Gigi 25/08/2022

O jeitin brasileiro
O livro discute o carnaval como sendo um item unificador da identidade nacional contrapondo com outro item da identidade nacional: a semana da independência... Muito bom, o autor traz o dilema do que seria ser brasileiro usando tanto autores antropólogos, sociólogos e da literatura clássica e moderna... Ambienta um debate em torno do que seria ser pessoa e indivíduo nas lentes dos brasileiros.
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CAMBARÃ 13/05/2020

O livro não era o que esperava mas mesmo assim gostei bastante.
Eu já via o Carnaval um pouco da maneira do autor.
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TalesVR 04/06/2019

Para além do Carnaval
Ao começar a ler tive a impressão que veria uma obra falando sobre o carnaval, e fui com a quase certeza que seria uma analise negativa do autor. Engano meu, ''Carnavais, malandros e heróis'' é MUITO mais que só carnaval e nem só de críticas se fez o tema. É um tratado de sociologia brasileira de alta qualidade, fazendo distinções e destaques importantíssimos na construção da cultura nacional, desmistificando ''jeitinhos'', padrões e raízes. Contribuiu muito na minha formação ao tratar dos papéis sociais, dicotomias rua x casa e individuo x pessoa. Roberto DaMatta é de uma competência ímpar e desenvolveu um belo trabalho.
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Samy Yamamoto 05/02/2016

O princípio da igualdade é aplicável no Brasil?
Na nossa sociedade brasileira deveria reger a boa política de costume de igualdade, porém é claro ela não existe! Assim, com as pessoas sempre querendo fingir o que não é, e quem é se prevalecer por tal fato, surgiu um ponto chave para ver se isso é possível ou não, a Constituição Federal regente de 88.
É obvio que nem todos os indivíduos conhecem todos os artigos da constituição, tendo até aqueles que nem ao menos podem ler, pois são analfabetos. Justo essas pessoas com os menos favorecidos que sofrem com a grande desigualdade existente.
Um pouco da frase “você sabe com quem está falando?” retrata fielmente qual é o tipo de principio de igualdade que anda regendo pelo nosso território. Iniciemos a abordagem ao assunto.

Com base no artigo 5º da Constituição Federal Brasileira que diz:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; (...)”.

podemos ver claramente que a Constituição protege o individuo perante a lei, sem nenhuma discriminação de raça, cor ou classe social. Porém sabe-se que na realidade quem manda é aquele que está num cargo acima, havendo nesta situação uma grande desigualdade social e até quem sabe pessoal dependendo do caso. A partir disso todos deveriam estar conscientes que a Constituição nos resguarda este direito, contudo ainda falta o meio de informação para alertar a população.
Essa expressão se tornou tão popular em nosso país que acaba recebendo uma sobrecarga negativada ficando a transparecer uma imagem meio hipócrita daqueles que a utilizam consecutivamente, apenas para expor o seu tamanho poder monetário sobre outros. Na verdade o uso desta expressão acabou sendo todo um ritual dramático deixando nos longe da designação de malandro, que seria um modo de tentar sobreviver e levar a vida, como também nos afasta do jeitinho brasileiro e da cordialidade como diz Sergio Buarque de Holanda e Antônio Candido (p. 140).
“A expressão nunca é tomada como a atualização de valores e princípios estruturais de nossa sociedade, mas sempre como a manifestação de traços pessoais indesejáveis” (p.142).
O modo de como as pessoas dizem não gostar que uma parcela da população, acima mencionada, utilize esta frase demonstra que o povo brasileiro é contraditório ao máximo, sendo incapaz de reconhecer os próprios níveis de irracionalidade, mas mesmo assim utilizam deste feito para servir como tijolos ideológicos na constituição de uma identidade brasileira (p.143).
A frase virou tão comum que se veio a pertencer ao pacote cultural brasileiro juntamente com o carnaval, o jogo do bicho, o futebol e a malandragem (p.140).
A imagem da frase “você sabe com quem está falando” é colocada como imprópria diante dos estrangeiros e crianças, entretanto o seu uso não é coibido entre as camadas sociais, pois esta frase faz parte da “dura realidade da vida” (p. 141). Isso acontece porque o brasileiro gosta de evitar crises, principalmente se for um conflito aberto e marcado pela representatividade de opiniões é, sem duvida alguma, um traço revelador de um igualitarismo individualista que, entre nós, quase sempre se choca de modo violento com o esqueleto hierarquizante de nossa sociedade (p. 142).
Entretanto, conduzidas pelo seu EGO gigante as pessoas passam a utilizar essa frase cada vez mais apenas com o intuito de demonstrarem o quão grande é a sua importância diante daquele que estará a ouvir a famosa frase “você sabe com quem está falando”.
Situações comuns em nosso cotidiano,é aquela famosa utilização de drogas por filhos de delegados e pessoas deste nível de hierarquia, o qual agentes da policia são encaminhados a cuidar do caso diante de reclamações de cidadãos desconfortável com a situação, contudo sempre são barrados quando um desses usuários chamam seu pai ou parente que seja para proteger e logo em seguida são liberados pois é a lei dos mais fortes que rege nesses casos. Assaltos e assassinatos também muitas vezes são abafados pelo mesmo fator predominante, a hierarquia do “você sabe com quem está falando”.
Não seria dos direitos e das garantias fundamentais do cidadão receber a igualdade como todos, não fazendo injurio devido à classe social do mesmo?! Pois bem, deveriam fazer até propagandas para que realmente impera-se o principio da igualdade, porque cada dia que se passa ele está desaparecendo.
O principio da igualdade não é aplicável ao Brasil de modo algum, há uma grande diferença de poderes procedente do cargo e poder daquele que o detém ou até o mais comum que é ter um amigo em tal oficio. Como todos sabemos que contra fatos não há argumentos, espero que algum dia haja a execução da palavra justiça.
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Pamela 11/01/2014

Roberto da Matta abordou neste livro temas como o Carnaval, a malandragem (utilizando como exemplo o personagem Pedro Malasartes) e o renunciador ( exemplo do personagem de Guimarães Rosa, Augusto Matraga). Depois da leitura, você começa a enxergar o ritual do Carnaval com outros olhos e outra mentalidade. Percebe que é mais do que uma festa popular brasileira.
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Andre Luiz 20/04/2012

O que e o Brasil ?

O livro tem dois objetivos: dar uma contribuição às teorias das dramatizações e da ideologia; e, simultaneamente, realizar isso tomando como base o caso brasileiro. Uma interpretação da nossa realidade pelo ângulo dos reflexos múltiplos, uma reflexão sobre seus personagens principais: malandros e heróis.

As interpretações do Brasil são relativamente abundantes, mas quase todas contam a história de modo linear. Com bandidos e mocinhas, portanto este trabalho na se trata de discutir uma história de três raças, seis regiões ou duas classes sociais que se digladiam pelo poder, mas de entrar no dilema de uma sociedade às voltas consigo mesma.

Aborda esse povo nas suas esperanças e perplexidades. Saber o que faz o brasil, Brasil, discutindo os caminhos que tornam a sociedade brasileira diferente e única. Utilizando largamente a perspectiva e o método da antropologia social ou da sociologia comparada, uma interpretação na linha sociológica.

Uma comparação por meio de contrastes e contradições, procurando não o semelhante, mas o contrário e o diferente. Numa perspectiva relativizadora, coloca-se em dúvida a universalidade da noção de indivíduo.

No Brasil, a comparação por contrastes revela uma dupla possibilidade: de um lado, existe o conjunto de relações pessoais estruturais, e de outro, há um sistema legal, moderno, individualista, modelado e inspirado na ideologia liberal e burguesa. É esse sistema de leis, feito porquem tem relações poderosas, que submete as massas. Sendo verdade sociologicamente a dito popular: Aos inimigos a lei, aos amigos tudo!

Os rituais servem, sobretudo na sociedade complexa, para promover a identidade social e construir seu caráter. É como se o domínio do ritual fosse uma região privilegiada para se penetrar no coração cultural de uma realidade, na sua ideologia dominante e no seu sistema de valores.

É inspirado no clássico de Gunnar Myrdal (1944) em “o dilema brasileiro”.

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