CooltureNews 26/01/2013
Publicada em www.CooltureNews.com.br
Acendam as luzes, liguem as câmeras e se preparem para a ação... ou quase isso. Hoje apresento a vocês um pedacinho da indústria do cinema, mais precisamente falando, apresento-lhes à figura da atriz, produtora e diretora Diane Keaton, em sua autobiografia intitulada Agora e Sempre. O livro nos foi trazido pela Editora Objetiva, e espero que lhes surpreenda assim como me surpreendeu.
Escrever esta resenha e, mais ainda, ler a autobiografia de Diane Keaton foram grandes desafios para mim. Primeiramente, pelo fato de que eu não faço parte do grupo de pessoas que adora cinema incondicionalmente. É muito difícil eu ir assistir filmes no cinema. Consigo contar nos dedos o número de atores que conheço de nome. Enfim, estou muito longe de ter bagagem suficiente para falar do assunto.
Além do tema, o livro também me desafiou devido ao seu gênero. Essa foi a primeira autobiografia que li. Antes de ter Agora e Sempre em mãos, o gênero nunca me atraíra. Talvez isso se dê pelo fato de eu nunca ter encontrado uma biografia de uma pessoa que admiro. De qualquer forma, possuía muitas poucas expectativas perante esse livro. Isso, de uma maneira muito interessante, foi muito bom, pois fui mais do que surpreendido ao ler esse livro.
Caso alguém não conheça Diane Keaton (assim como eu, antes de ler sua biografia) saibam que ela é uma premiada atriz estadunidense. Entre seus papeis mais famosos estão suas participações nos filmes d’O Poderoso Chefão, além das comédias Noivo Neurótico, Noiva Nervosa e Alguém tem que ceder, só para citar alguns dos filmes mais conhecidos ou nos quais ela foi mais premiada. Além de ótima atriz, Diane também aceitou o desafio e já dirigiu e produziu alguns filmes.
Em um primeiro momento, o que mais me agradou em Agora e Sempre foi a abordagem escolhida por Diane. Esperava uma descrição detalhada e enfadonha de sua carreira. Esperava um livro repleto de pormenores descartáveis. Muito pelo contrário, o que encontrei foi a tocante história de como se formam as famílias em diferentes gerações. Não que a carreira de Diane não tenha sido abordada. Seus estudos, seus primeiros filmes, até mesmo os romances com celebridades dos cinemas são todos apresentados pela atriz, mas esse não é o enfoque do livro. Talvez, poder-se-ia dizer que a principal mensagem seja como aprender a amar enquanto se envelhece.
Em grande parte, o livro de Diane é constituído pelas cartas e diários de sua mãe e pai, além de suas próprias. Esse formato epistolar contribui para mostrar diferentes visões de mundo perante os diferentes acontecimentos da vida e carreira de Diane. Ainda, isso contribui para o ritmo do livro, pois, apesar de o livro seguir uma certa cronologia, você acaba sempre surpreendido pelas diferentes vozes ali presentes.
Enfim, creio que a palavra mais repetida e que talvez melhor descreva a autobiografia de Diane Keaton seja surpresa. Surpreenda-se com essa história humana e, muitas vezes, tocante. Surpreenda-se com os momentos engraçados e com os relacionamentos tão humanos entre mãe e filha, filha e neta, pai e mãe...
Agora, passo a palavra à vossas digníssimas pessoas. Alguém conhecia e acompanha a carreira de Diane Keaton? Você, que já leu esse livro, o que achou de sua história e da mensagem final? Comentem! Vamos fazer da resenha um espaço para discussão.