Solaris

Solaris Stanislaw Lem




Resenhas - Solaris


294 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Mmarcoeduardo 30/01/2024

Imagine se o mar de lcl de Evangelion fosse o mar de Solaris, a premissa de uma consciência pregnada a um mar onde qualquer pessoa que entra em contato com ele cria-se uma cópia idêntica da pessoa que ela mais ama com direito a todas suas memórias, mas essa pessoa seria a mesma que você conheceu na Terra? E sobretudo quem apareceria para você quando pisasse em Solaris?
comentários(0)comente



Carla.Floores 29/01/2024

"Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda." - Jung
Uma leitura sensorial, que alterna entre instigante e fluida e arrastada e técnica. Não se sabe a data em que os eventos ocorrem e embora seja tudo aparentemente futurístico há alguns aspectos retrôs ali, por exemplo, a biblioteca, as portas, o rádio preso numa sala específica.
Solaris, esse oceano gelatinoso regido por dois sóis, um azul e outro vermelho, é inteligente.

Pra quem curte, recomendo assistir Star trek: Voyager T04xE24: Kim, ao entrar em contato com um líquido rico em deuterium, esse líquido faz uma cópia exata dele e basta respirar o ar tóxico do planeta para que a cópia seja feita. Até mesmo as cores do planeta lembram Solaris.
E claro, recomendo assistir a adaptação feita por Tarkovski, que é tão contemplativa e sensorial quanto o livro (típico do Tarkovski).

“Você acha que ele não vai ter coragem de submeter aquele plano para a aprovação daquele areópago esclerosado, que nos mandou aqui como redentores dos pecados alheios? Você tem razão, ele vai se acovardar... mas só por causa do chapeuzinho. Sobre o chapeuzinho ele não vai contar pra ninguém, tão corajoso assim ele não é, o nosso Fausto…”

Esse planeta inteligente, cumpre o papel de um deus que cria à imagem do já existente (na mente).
Um deus imperfeito e em evolução.
Como a criação do planeta sempre era num aspecto repulsivo, naquilo que as pessoas não queriam lidar, elas tentaram (falhando miseravelmente – e aqui entra a parte técnica, do que são formados os “hóspedes” e o por quê de sua indestrutibilidade) de todas as formas se livrarem daquilo.
É basicamente sobre exploração extraterrestre, cujos cientistas se voluntariam e até se esforçam para ir e participar dessa descoberta assim como os soldados que vão para a guerra. E tudo o que lhes acontece. Resumindo, é uma alegoria à descabida sede humana de conhecimento e progresso além das fronteiras terrestres, sendo muito aqui ainda tão desconhecido, principalmente a psique.

“Alguém enfim deveria? Você está sentado aqui, você, criança no matadouro, e os pelos estão crescendo... De quem é a culpa? Responda você mesmo...”
Brujo 29/01/2024minha estante
Está aí um clássico que eu preciso ler !! Já está na minha estante !


Carla.Floores 30/01/2024minha estante
Quero só ver o que vai achar, Sidney! Sinceramente eu não achei essa coisa toda que dizem. E não pude deixar de comparar com um filme que descobri por acaso no livro "Perfil do Futuro" do Arthur C. Clarke, que é uma adaptação de "A Tempestade" de Shakespeare, chamado "O Planeta Proibido". Que tem a mesma essência porém menos parte técnica. Mas vai lá, se joga! Hehe
Vou acompanhar seus históricos.


Brujo 30/01/2024minha estante
Está na pilha de leitura, Carla ! Acho que vou pegar pra ler com outros clássicos que ainda não peguei, como Metropolis e Estranho Numa Terra Estranha


Carla.Floores 30/01/2024minha estante
Nossa, nem me fale de Estranho Numa Terra Estranha. Por mais que eu leia esse livro parece que não acaba nunca. Haha


Brujo 30/01/2024minha estante
Não é muito animador ... hehe?




spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Guilherme548 19/01/2024

"O ser humano, apesar das aparências, não cria para si seus propósitos. Eles lhe são impostos pelo seu tempo, o tempo em que ele nasceu e ele pode servir-lhes ou se rebelar contra eles, mas o objetivo do serviço ou da rebeldia é dado de fora"
comentários(0)comente



livia156 17/01/2024

Se eu entendi 30% desse livro foi muito. ja li muitas ficçoes cientificas classicas mais complicadinhas de entender, mas essa com ctz ganha disparadamente. grande parte do livro se resume ao autor dando explicações fisicas e meio psicodelicas sobre o funcionamento de solaris e do oceano, e realmente senti que eu nao tinha a inteligencia necessaria pra entender isso. entretanto, nas partes focadas no suspense e no debate sobre o autoconhecimento humano, eu consegui aproveitar bem a leitura.

"o homem saiu para encontrar outros mundos, outras civilizações, sem saber nada sobre seus proprios recessos, ruas sem saida, poços e portas bloqueadas e escuras"
comentários(0)comente



radamiscastor 12/01/2024

Uma história que reverbera depois que terminamos
Solaris me fisgou logo no primeiro capítulo. Na metade do livro, estava completamente maravilhado. Do meio pro fim a narrativa tomou um rumo diferente e a coisa mudou. Gradualmente, a leitura foi me entediando e os capítulos pareciam ser uma repetição dos anteriores. Já próximo do fim, considerava o livro uma grande decepção. Mas tendo terminado, mudei de opinião. Não que o final tenha salvado a história ou algo assim - pra falar a verdade, nada precisava ser salvo, mas percebi que Solaris falava mais sobre nós mesmos do que sobre viagens espaciais e formas de vida alienígenas. Uma sátira perfeita à nossa fragilidade perante o que não entendemos.

"O homem saiu para encontrar outros mundos, outras civilizações, sem saber nada sobre seus próprios recessos, ruas sem saída, poços e portas bloqueadas e escuras".
comentários(0)comente



Malle 12/01/2024

E você sabe quem é você?
Solaris é uma estória sci-fi que definitivamente não indico para todos.

A escrita não é das mais fáceis. É um livro inegavelmente criativo; temos trechos e mais trechos explicativos de um ecossistema alienígena que nem sequer sabemos dizer, com certeza, de que está realmente vivo. Ele constrói estudos fictícios, justificações, hipóteses e teses, e em contraponto, há a experiência vivaz e ansiosa daqueles que habitam o planeta Solaris por meses e anos.

É, sem mais nem menos, uma exploração da tendência tão essencialmente humana de atribuir sentido ao desconhecido. Solaris é o que é: um planeta habitado por dois sóis cujo organismo habitante, seu oceano, desafia conceitos pré-concebidos para existência de um ser vivo. De alguma forma, esse habitante decide materializar pessoas, retratos vívidos alimentados pelas memórias daqueles que estão ao seu redor. Kelvin, o protagonista, tem que encarar uma cópia quase perfeira de sua esposa falecida, Harey, com uma força descomunal e um tanto perturbadora. Ele oscila, de forma muito realista, entre acolher a nova figura de Harey, e de rejeitá-la devido sua natureza e propósito desconhecidos. O vemos então ler e reler livros técnicos e filosóficos a respeito, seus colegas realizarem os mais diversos experimentos.

Tudo se amarra em uma narrativa um tanto técnica, como emocional. Solaris não é um livro cujos acontecimentos tem propósito; a falha dos personagens é ao tentar descobrir um. Eles mesmos se enlouquecem, com seus hóspedes — espelhos de seus passados — sendo mantidos sob segredo por alguns, ou tratados com humanidade por outros.

Um ponto negativo que cada vez mais vejo encontrando em literaturas clássicas, é a presença de parágrafos longos e corridos. Pessoalmente, senti que o ritmo da narrativa poderia ter sido melhor controlado com quebras de texto, tornando tudo mais fluído.

Apesar de me sentir positiva em relação ao desfecho do livro e suas reflexões, não sinto que posso recomendá-lo para todo mundo. Não é leitura muito fácil, e os longos momentos de narrativa sobre as teorias fictícias ao redor de Solaris podem ser entediantes. Mas recomendo sim aos fãs de ficção científica!
comentários(0)comente



Di3gao 10/01/2024

Contemplando a insignificância
Solaris é considerado um grande livro de ficção científica por explorar o universo que o autor criou detalhadamente e se utilizando de muitos termos cientificos. Mas acima de tudo, deve ser também considerado um livro filosófico.

Primeiramente, quero começar dizendo que fui ler esse livro com uma expectativa e ele foi totalmente diferente do que eu esperava, o que pode ter impactado negativamente na minha experiência de leitura. Em contra partida, ler Solaris na praia de frente ao mar foi algo que deixou a leitura muito imersiva e fascinante.

O enredo já abre jogando o leitor no meio da história e não sente que precisa fornecer contextos ou explicações, o que torna o começo do livro bem confuso mas também intrigante por nos deixar curiosos atrás de resposta. Em geral, o enredo sempre se manteve atrativo e fluído, o mistério paira na atmosfera e prende o leitor, as longas descrições muito científicas acerca do planeta não são cansativas e sim muito interessantes pela sua complexidade, a escrita é envolvente e o protagonista evoluiu no final de sua jornada. Entretanto, os eventos demoraram muito para acontecer e são repetitivos, o final foi muito corrido, muitos tópicos tiveram um desenvolvimento precário, deixou muitas pontas soltas e a narrativa foi mal explorada; ela tinha uma proposta excelente que se perdeu porque o autor focou mais em abordar as partes científicas, precisava de um equilíbrio entre elas.

Diante disso, Solaris se demonstra como um ótimo livro dentro da ficção científica, mas não podemos esquecer seu lado filosófico. A obra levantou reflexões filosóficas muito intrigantes acerca da nossa insignificância diante da grandiosidade do universo, os motivos que levam o ser humano a desejarem explorar o universo mesmo sem conhecerem de fato a si mesmo e o seu redor e discute os sentimentos de solidão e perca. Esses questionamentos me fizeram refletir bastante e são condizentes com a narrativa, pois a jornada que o protagonista passa não é para encontrar um ítem mágico ou combater alienígenas como de costume em ficções científicas, mas sim uma jornada interna, isso é, ele precisa aprender a lidar com seus próprios pensamentos e paranoias que esse tempo de reclusão no espaço causam nele.

Portanto, Solaris me ganhou muito na proposta, mas decepcionou bastante porque não atingiu o potencial que tinha. Ele se mantém relevante até os dias de hoje, a filosofia dele é interessante e serve como uma ótima ficção científica. Recomendo!
comentários(0)comente



litterbox 07/01/2024

a primeira metade do livro é impecável: um thriller psicólogo em meio a um planeta completamente confuso. eu no lugar do protagonista, já teria surtado no desembarque mesmo. é incrível o que o autor consegue fazer com uma premissa de poucos detalhes e, ao longo da trama, os temas e conceitos apresentados são de uma densidade profunda, porém (mérito do autor) sem parecer que tais temas estão além da compreensão de uma pessoa que não está familiarizada com termos científicos.

é ainda mais incrível pensar que esse livro foi lançado na década de 60, sendo que até hoje é muito difícil você idealizar um contexto desse escopo dentro da ficção científica com tamanha originalidade criativa. um gênio é um gênio mesmo.

o cerne da questão discutida na história é o quanto o homem, conhecendo tão pouco a si mesmo, conseguiria a proeza de um contato com um ser superior alienígena e o quão arrogante somos em pensar que isso seria possível.

certas partes do livro, contudo, me pareceram demasiadamente explanatorias sem necessidade, o que acaba gerando certa fadiga com tanta info dump de teorias e hipóteses e correntes de pensamento sobre o planeta fictício com problemas fictícios.

dei uma pesquisada e vi que o final não agradou muitas pessoas, já que anti clímax em histórias fora do comum quase sempre são meio frustrante. mas um clássico é um clássico e até não existe nenhum solaris que chegue aos pés do que foi alcançado com essa narrativa. leitura obrigatória para os fãs de sci-fi.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Jônthala 06/01/2024

Livro bem legal.
É uma história bastante original, pelo menos para a sua época. O começo do livro tem bastante suspense, o que é bem legal. Da metade pra frente ele começa a explicar bastante coisa do planeta. Me cansava um pouco a quantidade de páginas escritas por completo sem senhum parágrafo, mas dá pra se acostumar com isso. Entendo quem ache o livro enrolado, mas discordo de quem diz que toda a explicação é desnecessária, afinal é um livro de ficção científica, então a parte científica é perfeitamente justificável. Ainda não tenho uma opinião sobre o final, mas não foi ruim.
Gostei bastante. Foi uma experiência diferente. Queria ter gostado mais, mas vida que segue.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Marca texto verde 01/01/2024

Decidi me aventurar por alguns generos novos e com isso decidi ler Solaris (nunca tinha lido ficção cientifica e nem me interessado muito). Não sei se realmente não me chamou atenção a história ou se só não entendi mesmo. Talvez em algum momento eu releia pra ver o que eu acho.
comentários(0)comente



Thiago 29/12/2023

Desperdício
O livro começa com uma ideia genial um mundo vivo e pensante, te faz pensar coisas profundas mas falha em manter o leitor entretido. Porque vira uma monotonia que te afunda em depressão.
comentários(0)comente



294 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR