Tayná Coelho 07/01/2015Não perca seu tempoEm busca de um livro despretensioso e leve com um tema familiar, me deparei com o ebook desse livro. Como a proposta me pareceu interessante, comecei a ler. Antes não tivesse perdido meu tempo… que livro ruim.
No livro acompanhamos a chata rotina de uma grávida em repouso absoluto presa em seu sofá amarelo. O livro, narrado em forma de diário, tem diversas entradas desnecessárias que só servem para engordar o número de páginas. Q, a personagem principal, apesar de ser uma advogada de sucesso e morar em Nova York, uma cidade cheia de informações, nunca – do alto de seus trinta anos – ouviu falar em líquido amniótico. E esse é só um exemplo do quanto ela é sem sentido.
Não bastando isso, o livro é extremamente machista. Diversas vezes os homens são mostrados como essenciais na vida das mulheres, chegando ao absurdo da mãe de Q dizer que implorou para que o pai dela voltasse para ela só para não ter que parir sem um marido ao lado. Que espécie de pensamento é esse? Fora a quantidade de maus exemplos para mulheres grávidas, Q come doces (e tudo o mais que parar perto por tempo suficiente) o tempo todo e até vinho chega a tomar durante a gravidez (além de um champanhe amamentando).
Mas o que mais me deixou bestificada foi a falta de realidade da história. Haviam diversos conflitos entre Q e seu marido e tudo parece se resolver magicamente com a chegada do bebê. Em que mundo essa autora vive? Acho que contos de fadas eram mais adequados a ela…
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http://olhandoporai.com/2015/01/07/resenha-repouso-absoluto-sarah-bilston/