Água Funda

Água Funda Ruth Guimarães




Resenhas - Água Funda


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maritcha 28/03/2024

Uma grande fofoca
O livro é escrito de uma forma com muitas características da oralidade, o que não é necessariamente algo ruim. E realmente é uma grande fofoca, o narrador conta tudo como ele ouviu e acredita ter acontecido. Achei que fosse mais difícil a leitura, por ser regionalista, mas até tem algumas semelhanças de linguajar com o rs, e achei muito engraçadas algumas partes (o povo se xingando). Particularmente, não foi um livro que me deixava muito curiosa pra continuar, que me instigou muito, mas quando pegava pra ler era bem fluido, posso dizer até divertido.
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Luizaâ¡â 26/03/2024

Que livro lindo
E mais um pro vestibular...
Esse livro realmente me surpreendeu. As leituras para vestibulares geralmente são complexas e pesadas, mas esse livro é o oposto: traz uma narrativa que lembra uma conversa (uma fofoca), com personagens interessantes e uma leitura muito leve.
O enredo se baseia na história de um engenho que foi sofrendo muitas mudanças com o tempo, mostrando também a sua relação com os personagens de diferentes gerações. A história principal é do Joca e da Curiango, um dos casais mais lindos que eu já vi.
Me emocionei muito com algumas passagens e reflexões, já que esse livro representa muito bem as inseguranças e dificuldades que todos passamos durante a vida.
Recomendo muito, simplesmente leiam.
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Maria17990 24/03/2024

Leitura fluida e com uma linguagem relativamente fácil de ser compreendida, mas existem muitos personagens na narrativa o que dificulta a memorização dos personagens principais.
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Catharine.Nabuco 22/03/2024

Reviravolta e surpresa, melhor livro indicado pela fuvest
Que delícia de livro! Me surpreendeu algumas vezes e conseguiu me prender na história, apesar da quantidade de personagens, a maneira natural como ela vai e volta na história é muito interessante, o que deixa a obra realista.

A abordagem do preconceito, da escravidão, do trabalho análogo à escravidão, adultério, racismo?
Achei muito bem escritos! Incrível como a literatura pode ser atemporal. Fatos daquela época nos impactam diretamente nos dias de hoje e mesmo com as maiores tecnologias ainda existem murmurinhos e fake news sobre coisas que já são definidas.
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Maria10996 14/03/2024

Aquela leitura obrigatória boa
Li Água Funda em dois dias e simplesmente me apaixonei pela obra. Não sei exatamente o que é, mas alguma coisa no enredo, ou talvez na escrita, me prendeu na leitura e quando eu vi já tinha acabado.
A obra fala de muita coisa ao mesmo tempo, mas dá pra prestar atenção direitinho em cada detalhe. Não vou falar muito porque o mínimo que se fale já revela narrativa, e eu pessoalmente gosto de descobrir tudinho dentro do meu mundinho lendo o livro. Mas já adianto que é um livro muito bom de ler!
Provavelmente essa leitura vai ser obrigatória pra muitos por aí, então espero que a experiência seja tão agradável quanto a minha. Até porque sei o que é ter que ler um livro só pro colégio e geralmente não tem nada de agradável. Mas Água Funda me despertou curiosidade pelo desenrolar da história, e acho que vale muito a pena conhecer o livro!
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Catharine.Nabuco 22/03/2024minha estante
KKKKKKKK AVERO




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pirocadeperuca 29/02/2024

É daqueles livros que passam 100, 200, 600 páginas e não se vê, de tão envolvente. é denso e simples ao mesmo tempo, que nem história de tropeiro mesmo. sensacional em todos os aspectos
Catharine.Nabuco 22/03/2024minha estante
concordo!




regueira0 20/02/2024

Água Funda, de Ruth Guimarães
"Se aconteceu, é porque era bom que acontecesse."

Com uma narrativa leve e fluida, repleta de "sertaneijismos" (não de forma exagerada, e sim em um jeito que é possível identificar no vocabulário brasileiro até os dias de hoje), Ruth Guimarães criou um enredo envolvente, com a natureza como uma de suas principais personagens.

As descrições do ambiente, os personagens bem desenvolvidos (mesmo que, às vezes, de pequena participação na história geral), as crendices de cada indivíduo de Olhos d'Água: tudo colabora para formar uma narrativa coletiva, envolvendo um narrador personagem anônimo que dialoga frequentemente com o leitor e os pontos de vista de cada morador, de modo que o próprio leitor deve, ao menos na primeira metade do livro, interpretar o que acontece na trama.

Ao mesmo tempo que a história fica "aberta à interpretação", tudo acontece às claras e de maneira rápida, sem deixar brechas na história, prendendo o legente desde o início. História que, por sua vez, me surpreendeu ao tomar rumos nem um pouco esperados.

De modo geral, torna-se extremamente claro o sucesso da obra de Guimarães no meio crítico ao lançar sua obra, que, com certeza, é digna de mais reconhecimento na literatura brasileira.
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Stella F.. 15/02/2024

Deliciosos causos e superstições
Água funda
Ruth Guimarães - 2018 / 200 páginas – 34

“Ruth Guimarães narrou a saga penitente do mundo caipira do Sul de Minas e do Vale do Paraíba como a do Brasil do medo e do invisível. Em Água Funda, os opostos se materializam na Mãe de Ouro, o ente que, no drama de incertezas e da loucura de Joca, tece a teia de assombramento que costura a trama do livro. [..] A literatura de Ruth Guimarães inspira-se em sua vida na roça, a vida de sua família de caipiras paulistas e mineiros. [..] Dominava os costumes e os valores da peculiar sociabilidade do mundo caipira, destino dos grupos tribais capturados e arrastados pelo medo do inferno para dentro dos arcaísmos da sociedade colonial.” (Trecho da orelha do livro por José de Souza Martins – sucessor de Ruth Guimarães na cadeira 22 da Academia Paulista de Letras)

Um livro delicioso de ler! Livro de 1946, da primeira escritora negra na Academia Paulista de Letras.

Muitos causos, ditados, personagens, festas religiosas, superstições, amores.

Carolina é dona da fazenda e perde o marido. Dizem que é queixo duro, não volta atrás nas decisões. Tem uma filha Gertrudes que foge para ficar com o filho do capataz, e ela fica para morrer, mas mais tarde fará o mesmo e será julgada. Tem uma irmã Isabel e um irmão Miro, que fica às voltas com o transporte da cidade. Carolina vende a fazenda que fica para uma companhia que traz progressos para a cidade, e dá muitos empregos. Surge uma usina e outras novidades.

Em outro lapso de tempo, Joca é um importante personagem e agora está saindo com a Mariana, que é "perdida", mas gosta mesmo é da Curiango. Chegou na cidade um homem oferecendo trabalho no sertão para ganharem muito dinheiro. Alguns já se inscreveram, mas logo depois chegou de volta na cidade um personagem que foi passado para trás por um tipo parecido.

Aqui será ressaltado a questões tão conhecidas: a questão do trabalho escravo, da conta pendente na birosca do lugar, da dívida que o trabalhador já leva só aceitando viajar, e do tratamento insalubre que recebem.

Algumas vezes me perdi com os personagens, talvez os menos relevantes ou que aparecem esporadicamente, mas os principais guardei os nomes.

Gostei mais da segunda parte por ser mais dinâmica e ter alguns mistérios revelados. O principal deles, que gostei de acompanhar, foi saber que Choquinha, pobre, quase mendiga, sendo ajudada por todos, era na realidade uma personagem importante da primeira parte que havia sumido da narrativa.

“Já viu como lagarta vira borboleta? Elas são a mesma coisa, e ao mesmo tempo não são. Cada uma é uma. Sinhá andou o caminho de diante para trás. Foi a borboleta que virou lagarta. É por isso que eu digo: ela não veio mais a Olhos D´Água, nem em corpo, nem em espírito, nem em pensamento. O corpo não é o dela. É duma pobre velha pedideira de esmola. Ela era bonitona, inteligente, orgulhosa. Quebrava, mas não vergava. A Choca já é vergada e não endireita mais. Pode o povo dizer que as duas são uma pessoa só. São mesmo. Mas esta Choquinha não é aquela Sinhá.” (pg. 147)

Acompanhamos de perto a relação de Joca e Curiango e o envolvimento dele com a Mãe de Ouro. Sentindo-se perseguido pela entidade, o deixa fazendo coisas que ele nem se lembra ou passando por vários momentos de ausência. Infelizmente o personagem tem um final triste.

“- Não é nada do que você pensa O mal que eu sinto está aqui. Aqui e aqui – bateu no peito e na cabeça. – E no corpo inteiro, misturado com o sangue. O mal é um desapego. Não posso mais sentir nem pensar. Tudo se desmancha dentro de mim e eu não sinto; feito mardelazento, que perde os dedos, e está apodrecendo em vida e não sente nada. Aqui dentro, está vendo? Aqui dentro. Eu quero sentir tudo o que sentia: raiva, ciúme, desespero, ter vontade de brigar, como antigamente, e não tenho nada. Curiango vai e vem e não me importo. Só às vezes, sou um pouco do que era. Quando estou falando, meu sentido foge. Ela está me chamando, e qualquer dia, vou atrás dela por aí.” (pg. 130)

Um dos capítulos dá conta da situação final de cada personagem, relatando o que aconteceu com cada um deles.

Os ditos e aceitação da vida como ela é, são uma aula de paciência e conformidade. O que é para acontecer, acontece à nossa revelia, e na hora que deve acontecer, é o destino.

" Ninguém faça que não pague. Essa é a lei.” (pg. 146)












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Claudia 02/02/2024

Surpreendeu
A escrita da Ruth me remeteu aos tempos que vivi no Vale do Paraíba; nunca tinha lido um livro com uma linguagem como essa. Dá vontade de mais e mais. No inicio confesso que fiquei um pouco confusa, para não dizer entendiada, mas depois ele foi me surpreendendo muito e depois não queria mais que acabasse.
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Duds___ 22/01/2024

Um começo próspero
Comecei o livro empolgada por me deparar com um ambiente e período que eu gosto de estudar - um aspecto rural, que remonta a tempos próximos à escravidão. A autora emenda as histórias dos personagens de forma brilhante e muito original. Mas confesso que o dialeto e a escrita não me cativaram, muito menos a temática folclórica que circunda todo o livro. Devido a esses últimos aspectos, não o leria novamente ? e até o teria abandonado lá pela metade, caso eu não precisasse dele pro vestibular.
LetAcia765 26/01/2024minha estante
você leu por pdf? se sim, me passa?


Duds___ 28/01/2024minha estante
eu li no livro físico mesmo, peguei na biblioteca


Duds___ 28/01/2024minha estante
@LetAcia65




beatriz.nalon 17/01/2024

Não amei o final mass a a leitura foi maravilhosamente deliciosa fiquei entretida do começo ao fim, gostei da escrita e os personagens sao muito interessantes obrigada fuvest
LetAcia765 26/01/2024minha estante
moça você leu por pdf?se sim, me passa pelo amor de Deus




Nico_di_Angelo 09/01/2024

Apesar de ter sido um sacrifício ler isso aqui, esse final foi muito bonito. E depois de ter uma noção do que aconteceu em meio a essa narrativa confusa, acho q talvez se eu ler uma segunda vez a experiência seja melhor.

Enfim, acho q o livro é bom, talvez eu só não tenha conseguido entender isso direito.
Catharine.Nabuco 22/03/2024minha estante
perfeito! Como o decorrer da história está em fragmentos é como um quebra cabeça, então com uma segunda leitura acho uqe encaixa melhor!




Alana512 09/01/2024

Cara fui com nenhuma expectativa para começar a leitura(até ter começado por ser uma leitura obrigatória da FUVEST) imaginei que seria mais um livro com uma linguagem rebuscada e uma história lenta, mas fui completamente surpreendida pela linguagem da autora e pela leitura fluida que me prendeu do início ao fim? me senti presa e curiosa pra saber os caminhos de cada personagem? somado por passagens poéticas e metáforas sobre a ambientação rural, resumindo, amei
LetAcia765 26/01/2024minha estante
você leu por pdf?se sim, me passa por favor? tô lutando pra achar esse




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