Hey_Guga 19/03/2024
O maior erro do Diabo.... Bem divertido, aliás.
Meu primeiro livro lido de C.S. Lewis, adorei, foi realmente divertido, a interpretação pragmática, embora racional e aprofundada das características que por conceito faz-nos receosos, na verdade, estão compostas de contra verdades, mentiras, ironias, sarcasmos e, inesperadamente, verossimilhanças.
Mais que claro, todavia farei ainda assim a ratificação: o diabo diz, nós desdizemos, o cramunhão, amassa pão, dedo verde, gosta de amarelo, nós invertemos o espectro, caça ao roxo!! Devo ainda dizer que muitas pessoas podem acabar constrangidas por certos momentos levar à concórdia as delegações e constatações do diabo, isto porque, para nós, o Diabo é uma personagem de caráter paradoxal, o mal, logo nunca o bem, fazer do diabo uma miscelânea dos termos enfadonhos e asquerosos pode ser perigoso, pois seus discursos, teologicamente grotescos absolutos, afora da teologia podem transparecer-se sem esforço. Nota-se que dificilmente ocorrerá, mas pode vir a ser.
Muito também válido comentar é a disposição em cartas, extremamente sucintas, mas bem elaboradas, faz passar o tempo de modo que, um dia, e o livro estará lido, ainda que possivelmente não muito compreendido. As escolhas temáticas de Lewis são ou instigantes ou consensuais, nos dois casos bem redigidas. Congratularei, logo mais, a criatividade e bravura ousadia do autor pela sua irregular narrativa, pois o mal é tentador demais para não darmos ouvidos, ainda mais tentador que o próprio mal, que o proibido, é encará-lo descaradamente, fazendo-o de seu mestre, o Diabo, nosso brinquedo, aprendendo com os erros de suas deliberações expostas.
Afinal, o erro que não deixamos e nunca poderemos cometer nesta leitura, seria o de esquecer que demônios existem e um está neste exato momento a nos confrontar, pois tome consciência de sua existência e garanta que suas palavras não poderão penetrar o duro couro da razão e da sabedoria.