Barba ensopada de sangue

Barba ensopada de sangue Daniel Galera




Resenhas - Barba ensopada de sangue


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bella 05/01/2023

espetacular ??
completamente apaixonada pela escrita desse autor, o maluco vai conectando os assuntos de uma maneira tão fluida que dá uma satisfação ó ?? foda
o plus de satisfação vem da familiaridade das referências gauchas e catarinenses que tu fica tipo I KNOW THAT ONE ? mas pprt muito boa a leitura
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elske 29/12/2022

Resenha de 26/01/2020
"Barba Ensopada de Sangue", romance do autor brasileiro contemporâneo Daniel Galera, acompanha a trajetória de um protagonista inominado que, após o suicídio do pai, se muda de Porto Alegre para Garopaba, uma pequena cidade do litoral de Santa Catarina. O destino final do personagem já é conhecido graças a um pequeno capítulo narrado por seu sobrinho, logo no início do livro; porém, o caminho que o leva até esse destino é desconhecido para o leitor, o que estimula a leitura. Ademais, o ponto central da obra, que instiga a jornada do personagem, também promove curiosidade: o mistério do avô, que teria sido assassinado em Garopaba nos anos sessenta.
O livro tem uma trama intrigante, e o mistério aos poucos vai sendo resolvido. Porém, a meu ver, a descrição dos cenários e das personagens é por vezes enfadonha (talvez alinhada à incapacidade do protagonista de reconhecer os rostos das pessoas). Além disso, e quiçá pelo mesmo motivo, as personagens, exceto a principal, não são muito elaboradas. Mesmo assim, merece destaque a fluidez dos diálogos, que apresentam naturalidade, auxiliam na construção da narrativa e, da maneira como foram escritos por Galera, dispensam as repetições de verbos como "disse, falou, retrucou, perguntou, respondeu", entre outros que atravancam algumas histórias.
Determinados pontos do livro me chamaram atenção especial, como: a reflexão sobre as baleias, associando o mar a um "útero invertido" e propondo que elas encalham porque sentem uma nostalgia ancestral da vida terrestre; a ideia de que estaríamos vivendo num momento histórico de transição entre a era do "mito" e a era do "ídolo", da verdade para a ilusão; e também o embate interminável e sempre presente entre os conceitos de livre-arbítrio e determinismo — o personagem principal muitas vezes tem premeditações sobre o seu futuro e discute com amigos: "[...]Se acontecer assim vai ser impossível saber se aconteceu porque eu disse ou se eu disse porque ia acontecer[...]". O próprio capítulo inicial escrito pelo sobrinho, que descreve a morte do protagonista, é determinista por si só, e o capítulo final continua a discussão.
Também deve ser comentado o fato de que o romance se passa num momento em que os smartphones e toda a tecnologia onipresente nas relações sociais ainda não estão adiantados como nos dias de hoje. Aparecem no livro Orkut, salas de bate-papo na internet, torpedos, e-mails, nomes que são quase de outra época, mesmo no ano de 2012, quando o livro foi publicado. E, além disso, o protagonista não é usuário recorrente das novas tecnologias, tendo que ir a lan-houses e comprar cartões da operadora no mercadinho para acessar o Facebook e atender ligações.
Com tudo isso, concluo que gostei do livro, mas recomendo-o especialmente para as pessoas familiares ao litoral de Santa Catarina. Acredito que, para elas, a leitura será mais prazerosa, por conhecerem melhor as praias, cidades e caminhos descritos pelo autor, e poderão se identificar mais com a obra. Por esse motivo, eu gosto de acreditar que, não fosse o tamanho do livro, ele poderia ser uma das leituras obrigatórias da UFSC ou de alguma outra faculdade catarinense, se ainda não o é.
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Thamiris60 21/11/2022

Lembro quando esse livro foi lançado e eu quis muito ler, não li. Dez anos depois, resolvi ler, e, sinceramente, não sei porque não li antes. É um livro que tem uma narrativa bem calma, mas ao mesmo tempo, te prende, tem um ar de suspense e não suspense, mas que e deixa curioso pra saber o desfecho da coisa toda. Fiquei com vontade de ler outros livros do Daniel Galera.
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arantxa 27/10/2022

Bom
O início é bem morno, continuei lendo porque a escrita era boa, porém lá pro meio o livro pega o ritmo e tu não consegue parar de ler porque fica curiosa pra saber como tudo vai terminar.
Mas a história em si, não tem nada de UAU. As partes do avô são sem pé nem cabeça, me deu certa raiva ate.
O final também, é de arrancar os cabelos, enfim.
É um livro legalzinho de se ler quando tu não quer "fritar" o cérebro.
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Xavier 19/09/2022

Começa bem, se perde no caminho... Mistura de histórias sem um desfecho adequado atrapalha, além de não ter travessão para indicar fala dos personagens confunde boa parte da leitura.
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Benisangela.Lemes 02/08/2022

Não gostei muito. Achei a história meio sem pé nem cabeça. Mas gostei da descrição dos cenários, deu vontade de visitar o lugar.
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Lanny 30/07/2022

Ótimo para ler no inverno brasileiro
O livro tem uma narrativa fluída, o que facilita a leitura. Não é um livro de leitura muito rápida, pois adenta em muitos detalhes descritivos da cidade onde yudo ocorre e das pessoas que interagem com o protagonista. Pensei ser uma coisa mas foi outra bem diferente e ainda assim foi otima a leitura!
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Pablo Paz 24/07/2022

Li porque muita gente recomendava e a imprensa cultural, à época do lançamento, praticamente atuou como relações públicas do autor e da editora. Pessoalmente porém, que livro chatinho: aquelas partes do pai vivendo isolado na mata (ou caverna? Já esqueci...) é um porre... Mas, parafraseando um crítico gaúcho, é um livro bem 2012: "autorreferente, cosmopolizante e antipovo...". Para ser justo com a obra, não exatamente nessa ordem ou na mesma intensidade, mas o espírito da obra é esse aí. A começar pela 'poder de escolha' das capas do livro. Mais cafona do que isso só colunas greco-romanas (neoclássico) em mansões de classe alta...
Ana Sá 26/07/2022minha estante
Até ler sua resenha, eu achava que o problema era comigo! Tentei ler duas vezes e abandonei...


Ana Sá 26/07/2022minha estante
Um que li até o fim, mas não me convenceu tb, foi Diário da Queda, do Laub... Lembrei dele porque é recomendado no estilo do Galera... Não achei tão ruim, mas terminei por determinação... Lembro de sentir que era chato! rs


Pablo Paz 26/07/2022minha estante
Ana, essa turma aí é uma panelinha só... Mas são chatinhos! Tem muitos autores independentes (como tu) que acho muito mais relevantes.


Ana Sá 28/07/2022minha estante
Obrigada, Pablo! ?

É isso, se a gente começa a conversar sobre mercado e marketing editorial, vamos longe!! Por isso foi mesmo bom ver alguém que não curtiu "Barba...", eu me sentia um peixe fora d'água! rs




Pedro Matias 02/07/2022

Barba ensopada de tédio
O livro gira em torno de um ano da vida de um protagonista sem nome, o nadador, professor de educação física, que vai de Porto Alegre a Garopaba para fugir de traumas, viver sozinho é investigar a história de um avô que não conheceu. A leitura flui fácil, e as 400 páginas vão rápido. Mas o ritmo contemplativo do livro não faz jus aos temas meio batidos e simplórios. Para quem não tem uma experiência de leitura que não envolve clássicos, pode ser um ótimo livro. Sobretudo, tem uma técnica muito boa de contar, algumas boas frases e umas reviravoltas interessantes. Um livro contemporâneo brasileiro interessante.
megerabovary 02/07/2022minha estante
Bem Daniel Galera, né? Também daria 3/5




Juh 10/05/2022

Conheci Daniel Galera em uma aula de teoria literária, pouco tempo depois comprei este livro. Galera é uma das grandes promessas brasileiras, um escritor super bem avaliado e criticado. Ele esteve em uma edição de jovens escritores da revista Granta. É o primeiro livro dele que leio... tenho boas expectativas! ?

Barba ensopada de sangue (2012) - Daniel Galera

Resenha da Editora

Neste quarto romance de Daniel Galera, um professor de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai. O protagonista (cujo nome não conhecemos) se afasta da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha em um isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, ele empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba, na época apenas uma vila de pescadores. Sempre acompanhado por Beta, cadela do falecido pai, o professor esquadrinha as lacunas do pouco que lhe é revelado, a contragosto, pelos moradores mais antigos da cidade. Portador de uma condição neurológica congênita que o obriga a interagir com as outras pessoas de modo peculiar, o professor estabelece relações com alguns moradores: uma garçonete e seu filho pequeno, os alunos da natação, um budista histriônico, a secretária de uma agência turística de passeios. Aos poucos, ele vai reunindo as peças que talvez lhe permitam entender melhor a própria história. É também com lacunas e peças aparentemente díspares que Galera constrói sua narrativa. Dotado de um senso impecável de ritmo, ele alterna descrições ricas em sutileza e detalhamento com diálogos ágeis e de rara verossimilhança, que dão vida a um elenco de personagens inesquecíveis. Barba ensopada de sangue resgata e leva às últimas consequências temas e conflitos das obras anteriores do autor, tais como: a construção da identidade e, nesse processo, as dificuldades que enfrentamos para entender e reconhecer os outros; a necessidade inconfessa de uma reparação talvez inviável; a busca pela unidade entre mente e corpo; o consolo afetivo que o contato com a natureza e os animais é capaz de nos proporcionar; os diversos tipos de violência que podem irromper em meio a uma existência domesticada. ?Barba ensopada de sangue é um livro muito forte e Daniel Galera, um escritor admirável - sério, robusto, tranquilo. E este é também um livro assim, desde a primeira página. Como alguém que sai de casa sabendo exatamente para onde quer ir. Vai firme, mas não apressa o passo.? - Gonçalo M. Tavares ?Li com muito prazer, capturado pelas tramas abertas e trágicas. Me agradou especialmente o tom musical da prosa e o modo como os diálogos precisos e rápidos servem de contraponto à ação. Para felicidade do leitor, a imagem aterrorizante do título é apenas moldura para um romance lírico e sentimental.? - Ricardo Piglia ?A um tempo engenhoso e desprendido, alternando entre o grau zero e o alto grau da escrita...
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Mariano15 26/04/2022

Excelente
Para mim grata novidade , sou adepto de clássicos e decidi enfim começar a ler os novos escritores desta forma iniciei por Flávio Carneiro a que li quatro volumes e pesquisando na internet descobri este Daniel Galera ?desculpe por minha ignorância mas até então jamais tinha ouvido falar ?
Enfim livro com linguagem bem acessível conta história do cotidiano e ao mesmo tempo da vida o pano de fundo uma pequena cidade Catarina não quero dar spoiler aconselho categoricamente a leitura valerá apena!
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Nicole Fabri 18/04/2022

Não sei explicar, só sei que amei
Sinceramente não sei o que me pegou nessa história. Ela é lenta, o personagem principal não é muito simpático... Mas tudo é contato com uma escrita maravilhosa e uma crueza que eu adoro. Fiquei muito curiosa para ler outras coisas do Daniel!
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Doug 21/03/2022

Muito bem escrito
Um daqueles livros que vc lê pra dar uma distanciada daquelas história repletas de mistério ou reviravoltas. Daquelas obras que contam a história de um certo momento da vida de um personagem e que não necessariamente ao maior ou mais marcante momento da vida dele.

Parece tbm um livro íntimo. Não pesquisei a respeito, mas parece que o Gabriel põe muito dele no livro.

Tem uma barriga difícil de passar mais pro final no momento que, supostamente, seria o mais importante da história, mas no geral, foi legal ler.
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João Pedro 27/01/2022

Cru e temperado
A leitura de 'Barba ensopada de sangue', de Daniel Galera, há muito esteve em minha lista desejada. Pouco havia lido sobre o livro, mas esse título me atraía demais. Eu esperava intensidade. Fui com ganas de me cercar de uma leitura potente. E assim fui engolfado em mar de sangue e sal.

Não que seja um romance de terror ou de extrema violência. Não. É que achei a escrita de Galera tão verborrágica, tão robusta, que tanto mais palavras a cada página virada não se mostravam suficientes; era preciso mais, e mais, e mais. Completamente emaranhado pela trama, que se inicia bem, passa por uma segunda parte mais lenta e culmina em uma terceira parte de crescente tensão, embarquei nessa jornada e não me arrependi. Aliás, apesar de ter sentido um agridoce ao fim, foi a jornada que mais me agradou. Extensa e recompensante.

O enredo trata de um protagonista sem nome, para quem, por uma condição neurológica rara, todas as pessoas – inclusive ele mesmo – não têm rosto, em busca dos detalhes da morte de um avô que nunca conheceu. É um romance de descobertas. Um quebra-cabeças pessoal em que o protagonista vai montando e desmontando, em busca de uma imagem final. De algo que faça sentido para si. Mas paciência não é muito a praia desse cara. Ele arremessa as peças desse quebra-cabeças na parede e segue sua intuição. Ele é um ser feito de carne, osso e intuição.

De escrita crua, porém temperada, Galera sabe fisgar a atenção do leitor com descrições e caracterizações de personagens e ambientes bastante críveis, apresentando também uma forma de narrar em terceira pessoa, no tempo presente, que dá a sensação de imersão total, quase como se estivéssemos vivenciando o exato instante da narrativa. Os diálogos sem travessão, aspas ou qualquer sinal identificador podem estranhar, mas não prejudicam em nada a experiência. Ao final, recomendo reler o prólogo, para as coisas ficarem ainda mais às claras. Ou não.

'Põe a mão em volta do queixo e espreme a barba ensopada de sangue de cima a baixo, até a ponta, fazendo escorrer um filete rubro que forma uma pequena poça nas lajotas brancas do pavimento.' (p. 389)
Felps / @felpssevero 28/01/2022minha estante
Amei esse livro! Ótima resenha.


João Pedro 28/01/2022minha estante
É muito bom mesmo! Já quero ler mais do autor.




Eduardo Mendes 09/01/2022

A busca por si mesmo
Barba Ensopada de Sangue é a minha segunda experiência com a escrita do gaúcho Daniel Galera. Gostei muito da pegada existencialista de “Até o dia em que o cão morreu” e por isso resolvi revisitar o autor e encarar o seu livro mais premiado.

Apesar do nome, Barba Ensopada de Sangue não é exatamente um livro violento, mas passa por temas complexos como suicídio e distanciamento. Daniel Galera entrega um texto contemplativo, em certos momentos até arrastado e cheio de descrições, mas que vai envolvendo o leitor gradativamente conforme a trama avança.

Acompanhamos a história de um professor de educação física (sem nome), que ao visitar seu pai, é informado que o mesmo pretende tirar sua vida nos próximos dias. Seu pai ainda lhe faz um último pedido: sacrificar sua cadela, Beta. Nessa mesma conversa, o pai conta algumas das aventuras do avô do protagonista no balneário de Garopaba (Santa Catarina), e relata sua versão sobre a história que envolve o assassinato do velho pela população local anos atrás.

Após o suicídio do seu pai, o protagonista se muda com a Cadela pra Garopaba e é aí que a história se desenvolve. Galera vai construindo a trama e entregando pouco a pouco mais detalhes sobre o protagonista e sobre a morte do seu avô.

Um dos grandes méritos do autor é conseguir transportar o leitor pro dia a dia pacato da cidade litorânea, fazendo com que a cidadezinha seja também um personagem da história.

Ele descreve com cuidado as pessoas, as localidades e os fatos. Aliás, todo esse cuidado com a descrição se dá por uma característica muito peculiar que envolve o protagonista. Ele sofre de uma doença chamada prosopagnosia, e por causa dela não consegue guardar os rostos das pessoas, nem mesmo o seu próprio.

A trama em si não me pareceu tão importante quanto as sensações que sentimos junto com o protagonista através das pequenas histórias que são contadas lentamente. É a jornada de um personagem sem nome - que pode ser eu ou você - em busca de si mesmo.

site: https://jornadaliteraria.com.br/barba-ensopada-de-sangue/
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