Barba ensopada de sangue

Barba ensopada de sangue Daniel Galera




Resenhas - Barba ensopada de sangue


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Guilherme 20/03/2013

BARBA ENSOPADA DE SANGUE.

Ele se encontra pela ultima vez com seu pai, e o que acaba descobrindo então muda completamente sua vida. Um professor de Educação Física que não consegue se lembrar do rosto das pessoas ganha como herança uma cachorra de quinze anos e o mistério por detrás da morte do seu avô, que fará com que ele deixe sua vida confortável em Porto Alegre e se mude para Garopaba, uma cidadezinha no litoral de Santa Catarina, onde todos os habitantes fazem questão de não querer lembrar um assassinato e a menor referência ao assunto desperta a indiferença e a frieza dos mesmos.

O escritor conseguiu realizar a façanha de colocar em prosa uma história muito bem planejada e que nos deixa famintos por saber o seu desfecho.

Narrado em terceira pessoa e com uma linguagem simples, este é o tipo de livro que nos surpreende, pois jamais imaginamos a qualidade que ele possui antes de lermos as primeiras páginas.
Michele 23/03/2013minha estante
... Ficou muito boa Gui... vou ler mais tarde...




Douglas MCT 11/05/2013

A tridimensionalidade do homem sem nome
Barba ensopada de sangue, do Daniel Galera, trabalha com robustez 3 personagens: o protagonista, a cadela e a cidade. Num sentido muito pessoal, este best-seller da Cia. das Letras me fez olhar para o espelho em algumas cenas aqui e ali e me deixou arrepiado, mas não vem ao caso. Barba embala o leitor e o joga dentro de Garopaba, a cidade-personagem. Entre quatro paredes, o leitor assiste de perto essa jornada pessoal, crua e nua, onde não há equilíbrio porque não tem essa necessidade. Tudo é muito real, crível e possível. Os personagens sentam ao seu lado, você bebe uma cerveja com um velho, conversa com uma criança, briga com um surfista, nada no mar gelado, sente os odores dos entornos do balneário, mastiga uma empada, percebe a areia rostindo entre os dedos dos pés, ouve os latidos próximos. O livro é carregado de uma experiência de vida muito peculiar e particular e ainda que Galera não assuma, percebe-se no enredo um desabafo de mágoa passada, uma via de escape para opiniões existencialistas, de livre-arbítrio x destino, quase como se a obra fosse uma maneira dele exorcizar fantasmas antigos numa fábula bem contada. Nunca é revelado o nome do protagonista que, mais do que uma casca pro leitor é a casca do autor, mas não vem ao caso. Maneira bem interessante é como Galera trabalha os mitos e crendices na história, que vai de jesuítas, tesouros escondidos, destinos ligados com animais, mortes misteriosas até entidades primitivas. A ligação que o homem sem nome tem com o mar é interessante, sua fonte renovadora, seu lar por direito. Outros símbolos também são dignos de nota: a mulher como estrutura-mor; o budista como voz mundana; a criança como um elemento curioso e inesperado; o animal como amuleto, o totem, o sagrado; os misticismo como real; o real como mágico; o morto como macguffin. O irmão que tem nome de escritor famoso e é da profissão, surfista quando jovem, assume a vilania pessoal que será confrontada no desfecho na forma de outro, um nativo que cria numa porrada só o título do livro. A ex, provavelmente o símbolo mais poderoso da obra (ao lado do avô/tio e protagonista/autor) conduz o melhor momento da história, com uma naturalidade impressionante, causando - pelo menos em mim - a forte sensação de já ter vivenciado um diálogo semelhante, e este é o grande mérito de Barba. Essa intimidade com o leitor, senta aqui, viva comigo a situação. Eu, caipira do interior de São Paulo, sei o quanto lendas urbanas são fortes em cidadezinhas e o quanto o efeito de uma tem força na sociedade. Este é outro trabalho bem desenvolvido pelo Galera. O clímax no mar já é cena de cinema pronta. A entidade na caverna ficará para a história, mostrando quase um universo a parte, quase fantástico. Mas é justamente no real que se encontra o fantástico e uma frase na obra sintetiza bem isso: "Dizem que a vida vista de perto é mais fascinante.". Livrão.

A resenha em superparágrafo foi uma homenagem ao fôlego de Barba.
aquamarinamelo 29/01/2019minha estante
Engraçado que essa foi a única frase que eu grifei no Kobo, quando estava lendo.
Adorei a resenha. O livro é realmente muito bom =D




Val 14/07/2021

A Barba Ensopada de Sangue e de muita água.
Atraído pelos inúmeros elogios e boas avaliações do romance Barba Ensopada de Sangue, do paulistano – quase gaúcho - Daniel Galera, entrei na dança e viajei à pequena cidade litorânea catarinense de Garopaba, juntamente com o autor e o protagonista da obra que não tem nome.
Não sem motivo o inominável protagonista é assim assentado por Galera na obra. Um personagem à procura de si mesmo e do avô paterno por todo o enredo. Sua deficiência em reconhecer rostos (prosopagnosia) é uma tirada incrível do autor para reforçar a indefinição do protagonista consigo mesmo.
Uma obra grudenta que te impulsiona à leitura incessante, apesar do enredo desenvolvido por espasmos criativos. Não se deixe levar pela sensação de uma obra comum que remete a script de telenovela, pois você foi fisgado pela progressiva preparação que Galera faz para encaminhar suas emoções para um dramático apogeu.
No inverno praiano catarinense você vai experimentar ficar enregelado até os ossos. Num trecho com dias seguidos de chuva você vai sentir-se encharcado, tamanha a força descritiva da narrativa que sincronicamente transforma-se num ápice dramático, e sempre mais dramático. Um feito literário notável do autor que leva-nos incontrolavelmente a não parar de ler. Um primor misto de tragédia, terror e surpresas assustadoras.
Um romance onde não só a barba fica ensopada seja com água das chuvas, da piscina e do mar, seja de sangue de um protagonista tão recluso em si mesmo que não consegue perdoar, como muito bem tratado pelo autor no final do livro.
Não li ainda outras obras do Daniel Galera, mas percebo neste livro um grande escritor brasileiro, com estilo próprio, um competentíssimo e sério trabalho de pesquisa, incrível elaboração de dinâmicos diálogos, sendo detentor de excelente capacidade de construção de personagens e um texto muito bem estruturado. Um livro para encucar. Recomendo a leitura.
Valdemir Martins
13.07.2021


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
Nina Madruga 29/07/2021minha estante
????????




Euflauzino 14/06/2017

Do forno onde se gestam lendas

Ao finalizarmos a leitura de um livro como Barba ensopada de sangue (Companhia das Letras, 424 páginas) é inevitável julgarmos o quanto uma leitura pode nos atingir emocional e psicologicamente. Aquele pensar residual que permanece como quando olhamos inadvertidamente para o sol e ao fecharmos os olhos ainda há um flash vigoroso de luz.

A suposta morte do personagem principal, que em momento algum é nomeado, é ponto de partida para o início de uma narrativa densa e intensa que nos arrebata sem piedade, um rolo compressor de palavras, ideias e sentimentos, que nos envolve e nos faz reverenciar o nascimento de uma lenda:

"Diziam que ele era capaz de passar dez minutos embaixo d’água sem respirar. Que o cachorro que o seguia por toda parte era imortal. Que tinha enfrentado dez nativos ao mesmo tempo numa briga com as mãos limpas e vencido. Que nadava à noite de praia em praia e era visto saindo do mar em lugares distantes. Que tinha matado gente e por isso era discreto e recolhido. Que oferecia ajuda a qualquer pessoa que fosse procurá-lo. Que tinha habitado aquelas praias desde sempre e para sempre habitaria. Mais do que uma ou duas pessoas disseram não acreditar que ele estivesse realmente morto."

Não se assuste tanto com o título, mas também não deixe de se assustar, porque ele não é irrelevante. Ele é parte do desconforto que Daniel Galera quer impor ao leitor através das ações das personagens que beiram à inconsequência.

A começar pela doença bizarra que aflige o personagem principal – a prosopagnosia – que serve tanto ao enredo, quanto aos diálogos menos cáusticos, já teríamos por si só material suficiente para nos sufocar de curiosidade:

"Agora ele poderia dizer que vive distraído ou pedir desculpas uma segunda vez, mas as duas soluções são insatisfatórias, a primeira por ser mentira, a segunda por ser injusta. Até alguns anos atrás vivia pedindo desculpas por não reconhecer as pessoas, fazia parte de sua rotina, mas começou a se sentir ridículo e parou. O esquecimento não era culpa dele. Resta manter o silêncio diante da indignação alheia e esperar o que vem a seguir. Aprendeu que a maioria das pessoas não tolera não ser reconhecida."

A personagem principal procura um local calmo para que possa reorganizar sua vida após a morte de seu pai e uma dolorida decepção amorosa que envolve também seu irmão. O lugar escolhido é Garopaba, litoral catarinense. Rememora seu último encontro com o pai e há tanta poesia contida neste fato corriqueiro, que no fundo percebemos que um olhar aguçado aos detalhes é que dá sentido à vida:

"O deslocamento pesado do pai ao largo dessas recordações de uma glória profissional distante, o animal fiel no encalço e a falta de sentido da tarde de domingo despertam nele uma comoção tão inexplicável como familiar, um sentimento que às vezes acompanha a visão de alguém um pouco aflito tentando tomar uma decisão ou solucionar um pequeno problema como se disso dependesse o castelo de cartas do significado da vida. Vê o pai no limite tênue desse esforço, navegando perigosamente próximo da desistência."

A partir deste derradeiro encontro entre pai e filho surge um compromisso que envolve a cadela do pai, afinal de contas o animal não pode cuidar de si após a partida de seu companheiro.

"Tu pode deixar pra trás um filho, um irmão, um pai, com certeza uma mulher, há circunstâncias em que tudo isso é justificável, mas não tem o direito de deixar pra trás um cachorro depois de cuidar dele por um certo tempo, disse-lhe uma vez quando ainda era criança... Os cachorros abdicam pra sempre de parte do instinto pra viver com as pessoas e nunca mais podem recuperá-lo por completo. Um cachorro fiel é um animal aleijado. É um pacto que não pode ser desfeito por nós. O cachorro pode desfazê-lo, embora seja raro. Mas o homem não tem esse direito, dizia o pai."

Além do compromisso, o pai lhe diz que ele tem o temperamento do avô. Isso altera toda perspectiva de vida de nosso personagem sem nome. Munido de poucos pertences, pouco dinheiro e da cadela do pai ele chega ao balneário de Garopaba. A contemplação da calmaria da paisagem é diametralmente oposta ao que ele carrega dentro si – efervescência e raiva. Um misto de frustração pela perda da mulher que tanto amou somado à negação da morte do pai faz com ele atravesse o limite de quem pode perdoar. E ele não quer perdoar.

site: Leia mais em: http://www.lerparadivertir.com/2017/06/barba-ensopada-de-sangue-daniel-galera.html
Gnossos.Pappadopou 15/06/2017minha estante
Bela resenha, amigo.




Carlos_Pena 09/01/2014

Muito bom
Poderia ser menos descritivo, mas é bom; estória bem desenvolvida e ennvolvente;
Larissa 19/05/2014minha estante
Concordo. Amei o livro mas fiz leitura dinâmica em várias partes que ele tava descrevendo miiiiinuciosamente.




e.duardo 28/11/2012

Esse livro mexeu bastante comigo, assim como Cachalote, também do Galera.

Acho que o grande trunfo dele é que ele vem chegando, às vezes bem devagar mesmo, e conforme as conversas ou os momentos de ação parada chegam ao seu fim, eles se desdobraram rapidamente e as explicações, motivos e estímulos que você procurava estão lá, de uma vez. É como uma piada bem contada, e você sempre acaba rindo aqui.

A sensibilidade sem afetação que dá o tom ao livro inteiro talvez seja o motivo de uma amiga ter me dito que Barba é 'um livro bem masculino, né?'. Acho que sim, e basta olhar para o personagem principal e sua falta de qualquer coisa impressionante para confirmar isso: ele nada, ele corre, é seco na maioria do tempo. Mas também é desprovido de ironia e aquela sensação de superioridade que parece ser chavão nos protagonistas; ele se impõe de modo sincero e aceita suas limitações sem se fazer de coitado. Talvez mais importante, se relaciona com o restante dos personagens de forma simples e amorosa. Em suma, ele é um homem bom e isso basta.
(Acho que esse olhar sobre ele e o fato de isso tornar o livro um livro masculino não faça tanto sentido fora da minha cabeça, mas mesmo assim foi uma impressão muito forte).

A sensação que tive com o final é difícil de explicar, um pouco de frustração com o nadador e ao mesmo tempo uma compreensão de suas decisões, que afinal nem sempre podem ser bonitas, carinhosas, etc. Lembra um pouco a gente mesmo, claro.

Outra coisa bem legal é o modo como a formação de uma lenda vai acontecendo e sendo explicado; é interessante poder apreciar as histórias que sustentam o mito e ao mesmo tempo saber da verdade.

De resto, a mesma coisa, achei bem escrito e muito gostoso de ler, principalmente pelo fato de Garopaba ser um lugar real. Passava sempre um tempo vendo fotos da cidade e passeando por suas ruas, além de ficar procurando os animais citados e as frutas que devem ser bem normais só para quem mora no Sul. Talvez tivesse sido melhor ter imaginado tudo do zero, mas desse jeito também funciona.

Ah, e se você chegou até aqui espero que não se importe se eu disser que um dos momentos mais bacanas é quando o título surge na narrativa, coroando uma bela passagem de violência.
Gustavo Batista 04/12/2012minha estante
Gostei da resenha. Muito boa. Só esse finalzinho com spoiler que foi sacanagem kkkk




Martha 18/02/2014

Barba ensopada de sangue
Olho o relógio e já é quase uma da manhã. Terei que acordar dali a pouco mais de quatro horas. Mas não consigo dormir. A história contada pelo jovem escritor e tradutor Daniel Galera nas 422 páginas do seu quarto romance “Barba ensopada de sangue” passava pela minha cabeça. O final sufocante era condizente com o enredo que me prendeu desde as primeiras páginas. Sem dúvida, “Barba…” havia entrado para a lista dos meus livros favoritos e Galera o provável autor dos próximos livros que lerei.

A história é centrada em um personagem sem nome, formado em educação física que, depois do suicídio do pai, decidira se mudar de Porto Alegre para a cidade litorânea de Garopaba, em Santa Catarina. A principal motivação dele é descobrir o que havia acontecido com o avô paterno Gaudério, que teria sido assassinado em Garopaba há mais de 20 anos. Teria, porque ninguém nunca havia encontrado o corpo.

Porém o enredo policial que, a julgar pelo título, provavelmente seria o mote da história não passa de uma das nuances exploradas por Galera. Como ele mesmo definiu durante uma entrevista ao programa “GloboNews Literatura”, “Barba…” é um romance existencial.

E não há como negar isso. Talvez até mais do que desvendar os mistérios que cercam a morte de Gaudério, o protagonista passa o livro tentando descobrir quem é. Mesmo que sem ter esse objetivo em mente. E talvez seja justamente essa busca pessoal involuntária gere tanta empatia com relação a ele.

“Tinha fantasiado uma busca duradoura ou mesmo infinita e é frustrante ser lembrado tão cedo daquilo que prefere continuar fingindo não saber, que a sensação de vazio que cobiça está dormente dentro dele e que ele arrasta consigo para onde vai.”

A tensão está presente em todas as linhas do romance. A relação conturbada entre o personagem e o restante da família é contada aos poucos. Somente no último capítulo descobrimos os porquês.

Por outro lado, o protagonista cria uma relação de total entrega e quase de dependência com a cachorra Beta. O animal era do falecido pai. Um dos trechos que evidencia o quanto Beta era importante para o personagem é quando, mesmo ferido e debilitado, ele enfrenta um grupo de nativos que havia roubado o animal. Sem contar com os incontáveis gestos de amor e companheirismo relatados no decorrer do livro. Difícil não se comover.

Quando digitei o nome Daniel Galera no Google, encontrei um site simples e de navegação quase primitiva. O fundo é amarelo e as letras marrons. Li com interesse as sinopses das obras anteriores do escritor paulistano radicado em Porto Alegre e continuei minha pesquisa. Wikipedia, twitter, o site da editora Companhia de Letras, a coluna “Pesqueiro” do jornal Zero Hora. O destaque era sempre o mesmo: o quarto livro dele “Barba ensopada de sangue”. Compartilhei o link da entrevista da GloboNews no Facebook e logo uma amiga comentou que havia se encantado pelo livro. É, com apenas 34 anos, Galera já é considerado por muitos críticos um grande escritor.

Mas voltando ao seu mais recente romance, posso afirmar que “Barba…” é uma daquelas narrativas que não permite que fiquemos indiferentes a ela. Certas angústias e questionamentos expostos pelo protagonista nos aproxima dele. Involuntariamente, passamos a torcer por ele e, é claro, por Beta.

Outra questão determinante para a história é o fato de o personagem possuir uma doença neurológica chamada “prosopagnosia”, ou como é conhecida, “cegueira para feições”. Contudo, apesar do nome popular estar relacionado à cegueira, a doença não tem nada a ver com a falta de visão, mas sim com a incapacidade de reconhecer rostos.

E neste ponto, a prosopagnosia é fundamental para compreendermos um pouco mais a postura do protagonista diante das pessoas. A impossibilidade de reconhecer os rostos, até mesmo o dele, faz do personagem uma pessoa reclusa e que sempre tenta manter uma certa distância dos outros.

“Não consigo conviver muito tempo com ninguém. E tinha isso em mente ao decidir que não teria telefone em casa. Se houvesse a possibilidade das pessoas me ligarem, eu sofreria demais nas noites em que ninguém ligasse. Quando ligassem, eu me irritaria por estarem me incomodando.”

Só que esse distanciamento deixa de ser conveniente quando ele mesmo passa a sofrer por isso e quase implora para ser resgatado. Desespero que fica evidente no trecho: “Sente a presença constante de uma coisa indefinida que está demorando para acontecer. Fases assim são o mais próximo que conhece da infelicidade. Às vezes desconfia de que está infeliz. Mas se ser infeliz é isso, pensa, a vida é de uma clemência prodigiosa. Pode ser que ainda não tenha visto nem sombra do pior, mas se sente preparado.”

Protagonista cheio de nuances, reflexões pessoais, conflitos internos, narrativa ágil. Sem dúvida, “Barba ensopada de sangue” é um daqueles livros para se ter em casa e para ser lido com calma, com prazer. Já Galera é um escritor que ainda vamos ouvir muito falar. Sem dúvida.

site: http://benditaversao.com.br/resenha-barba-ensopada-de-sangue-daniel-galera/


Thaís 09/09/2016

Um livro para levar para a vida
Difícil descrever o sentimento que tomou conta de mim ao ler esta história. Só sei que até hoje quero conhecer Garopaba e viver um pouco da vida da personagem.

site: https://catadupas.wordpress.com/2014/07/26/resenha-barba-ensopada-de-sangue/
Milena 08/01/2017minha estante
Tive a mesma sensação. Na verdade, posso dizer que muitas vezes tenho vontade de fazer exatamente o que ele fez...




Silvio 15/11/2016

Não faz jus à fama nem ao sucesso.
A propaganda é, de fato a alma (e a arma) do negócio! O livro não tem nada; não tem uma história, uma trama, uma mensagem, um estudo...é apenas o cotidiano simples e comum de uma pessoa simples e comum. Alguns trechos começam interessantes, terminam no nada, sem mais, nem menos...
Muito mal escrito...ele tenta "piratear" o estilo saramaguês: sem pontuação e a colocação de inúmeros termos inúteis que engordam o livro. Também tenta imitar o estilo de João Ubaldo Ribeiro: parágrafos de cinco, seis páginas, misturando muitos assuntos aleatoriamente, sem nenhuma ligação entre si; um vocabulário estranho e exagerado, para demonstrar conhecimento.
Há um número absurdo de descrições inúteis exageradamente detalhadas, aliás, detalhes inúteis. Há mais adjetivos nesse livro do que no dicionário.
Os erros de português - alguns propositais para caracterizar personagens, muito outros, não - são gritantes e enchem o saco; a concordância verbal foi esquecida.
Não entendo como um livro desses possa ser publicado e, ainda, fazer sucesso. E um monte de gente diz que gostou... não acredito! (tá certo que gosto não se discute)
David Atenas 10/02/2017minha estante
Deve ser um cara absurdamente chato, na convivência.
Nenhum dos livros dele é realmente bom.




priscila 29/08/2016

Barba Ensopada de Sangue
Tão melhor do que eu esperava. A sinopse pode dizer sobre o que o livro é, pode apresentar o inicio da história, incluir seus personagens e induzir o interesse. Não foi assim. Adentrei pelas páginas do livro sem apresentações. Pelo nome do autor, indicação de uma amiga. Me apresentei meio recatada a uma das ótimas experiências literárias que chegou de uma coincidência. Não vejo melhor forma de se identificar com as pessoas do que falar sobre um bom livro, uma boa música, do que falar sobre os sonhos e histórias que em algum momento a vida já sugeriu pra você. Honestamente, no inicio me pareceu um personagem tão sem atrativos, com a vida comum e cotidiana que já nos impregna o suficiente. Em um inicio breve, tão breve. Talvez somente nas primeiras linhas, talvez só pelo meu afastamento involuntário de obras puramente literárias. Andava imersa em histórias e pesquisas e entrevistas. Tão melhor voltar dessa forma, com esse livro. Com uma conquista que foi se consolidando a cada página, em cada encontro do personagem, em cada imersão, quando o autor consegue fazer com que tenha a impressão de que esbarrou com essa pessoa pelas ruas, que andou pela orla dessa praia e acenou pra ele que não demonstrou nem sinal de reconhecimento. Alguns trechos ecoam, algumas frases lhe fazem sentir próxima. E de uma forma realmente estranha é difícil desapegar. Como se a água salgada em busca da sobrevivência não lhe tivesse sufocado o suficiente, como se a recuperação da cachorra não tivesse sido assistida o suficiente, como se o encontro imaginado, como se as imagens imaginadas por anos estivessem perto de concretizar e você não “assistiu”. Como se houvesse uma grande reviravolta por vir. Daí percebe que não é nisso que a beleza do livro chega ao extremo, é uma vida condensada de experiências que não precisariam ser extremamente exploradas pra fascinar, bastava. Os contos que a vida nos apresenta cotidianamente, as conversas que temos durante, os encontros que temos, as coisas em que esbarramos, as lendas e histórias familiares, o desmembramento da nossa árvore genealógica, são detalhes da vida que parecem tão mais interessantes agora. Surge um sorriso involuntário de despedida no meu rosto fechando o livro. A história não se encerra na minha cabeça essa noite. Amanhã abro espaço pro encantamento do novo.

site: http://aoreflexo.blogspot.com.br/
Mayara Tavares 29/08/2016minha estante
Esse livro é excelente, entre os meus preferidos!




Pedro Matias 02/07/2022

Barba ensopada de tédio
O livro gira em torno de um ano da vida de um protagonista sem nome, o nadador, professor de educação física, que vai de Porto Alegre a Garopaba para fugir de traumas, viver sozinho é investigar a história de um avô que não conheceu. A leitura flui fácil, e as 400 páginas vão rápido. Mas o ritmo contemplativo do livro não faz jus aos temas meio batidos e simplórios. Para quem não tem uma experiência de leitura que não envolve clássicos, pode ser um ótimo livro. Sobretudo, tem uma técnica muito boa de contar, algumas boas frases e umas reviravoltas interessantes. Um livro contemporâneo brasileiro interessante.
megerabovary 02/07/2022minha estante
Bem Daniel Galera, né? Também daria 3/5




Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Barba ensopada de sangue, Daniel Galera – Nota 7/10
Narrado em primeira pessoa, por um protagonista cujo nome é desconhecido, a obra Daniel Galera é fluída e elaborada com uma linguagem coloquial e envolvente. Acompanhamos a fuga - existencial - do protagonista que, após a morte de seu pai, decide se mudar para Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina. Lá, vivendo uma rotina pacata, o protagonista começa a busca pelo passado de sua família e, principalmente, pela verdadeira causa da morte de seu avô, assassinado anos antes nessa mesma cidade. Além disso, o livro nos faz refletir acerca de um sonho comum de muitos: morar em uma cidade litorânea tranquila e longe dos problemas. No entanto, acabamos nos questionando se realmente conseguimos fugir das inquietações normais a todos seres humanos ou se elas, na verdade, moram dentro de nós.
Crítica: o autor não segue uma linha narrativa tão delineada, discorrendo em alguns momentos sobre histórias de personagens paralelos, o que, na minha opinião, deixou a leitura levemente massante.

Fora esse ponto, ótima opção de obra nacional!

site: https://www.instagram.com/book.ster
André Caracas 25/06/2020minha estante
Adorei esse livro. Engraçado como tive a impressão que o autor soube deixar o livro monótono no tempo certo pra passar uma sensação de monotonia do personagem. Se a intenção não foi essa, me enganou ! Hahaha




Tiagoww 14/12/2016

Resenha -> Barba ensopada de sangue
Oi!!, adivinha quem resolveu sair da procrastinação e escrever? Eu!!. Então, sem mas delongas, vamos entrar nos meus pensamentos em Barba ensopada de sangue.

Primeiramente, eu gostaria de falar que um dos maiores mèritos desse livro è que ele poderia dar muito errado facilmente. Porèm, ele foi construido de uma maneira que funciona, e eu não tenho nada alèm de elogios para ele.

Os personagens profundos e o plot extremamente inteligente impulsionam a història, com um mistèrio muito bem-pensado e uma linda e lìrica escrita carregando o livro atè nas partes mais chatas.

Os romances do livro parecem MUITO reais, e nada parece jogado na història se m propòsito, e mesmo que o livro tenha um protagonista com uma deficiência, ela não sobrepuja a història.

Outra coisa que vale apontar è que a cidade em que se passa a història è muito bem construida, e tem uma personalidade.

No fim, barba ensopada de sangue è um livro perfeito, que te deixa perfeiamente confuso no final. E eu amei cada pàgina

E eu vou dar para esse aqui um 10/10


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Rox 03/10/2017minha estante
Esse livro mexeu com as minhas entranhas. Achei fantástico




Nice Machado 09/01/2013

O livro nos convida a acompanhar o interessante percurso do personagem, após a morte do pai, da história familiar ao encontro consigo mesmo. O autor é um pouco detalhista em suas descrições, porém, sem chegar a ser cansativo. Vale a pena segui-lo em sua narrativa!
Dickson 26/03/2021minha estante
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Júlia 09/08/2020

CA RA LHO
É essa a palavra que define quando você termina de ler. Um livro que no início eu não dava muita coisa, achava enrolação demais para chegar no ponto principal da história, que contava muitos detalhes que "não precisava". Só que quando tu acaba de ler o livro, percebe que cada palavra foi extremamente necessária para construir essa narrativa sensacional.
Galera consegue te prender nós últimos capítulos de uma forma que poucos conseguem, e assim que acaba, tudo passa a fazer sentido. Toda a história se mostra extremamente importante para terminar como terminou.
Um livro que vou recomendar pra todo mundo daqui pra frente.
E muito obrigada ao Anderson, que me indicou, e me deu seu exemplar para que eu podesse terminar de ler essa história defude.
sami 09/08/2020minha estante
exatamente assim que eu fiquei quando terminei. li o prefácio de novo então e tudo fazia o completo sentido




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