A Máquina de Goldberg

A Máquina de Goldberg Vanessa Barbara
Fido Nesti




Resenhas - A Máquina de Goldberg


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Sérgio 11/01/2013

Pra que simplificar, se podemos complicar?
Você sabe o que é uma Máquina de Goldberg? Não? Então veja esse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=GOMIBdM6N7Q

Divertido, não? Mas talvez este aqui seja familiar para você…

http://www.youtube.com/watch?v=TpcbIxLbDGk

[Assista os vídeos, depois continue a leitura]

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[Já assistiu?]

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[Mesmo?]

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Pois bem, agora que você já sabe o que é uma máquina de Goldberg, bem vindo À “Máquina de Goldberg”!

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Vanessa Barbara e Fido Nesti perpetraram um conto docemente juvenil sobre descoberta, bullying e vingança! Lançada em 2012 pelo selo “Quadrinhos na Cia.”, da Companhia das Letras, “A Máquina de Goldberg” é um conto leve e muito bem escrito por Vanessa (que já trabalhou em livros gráficos antes).

Getúlio, um garoto gordinho e que gosta de ouvir à banda punk “Sujos & Malvados”, sofre bullying de tudo quanto é lado (apesar do termo “bullying” não ser usado em nenhum momento no livro): seja do instrutor do acampamento de inverno onde se passa a história (Rufus, um ex-capitão do exército), de Pati, a garota que está “sempre com as unhas limpas”, do valentão Peterson, do ex-melhor amigo Ferdinando… Recebendo alcunhas como “Banha”, ou sendo ofendido até pelo orientador educacional (!), que por acaso é o Rufus (?!), que o chama de “fracassado” para baixo, Getúlio acaba ganhando a compaixão do leitor, pois ele é tão ingênuo a ponto de aceitar todo tipo de desaforo, sem sequer opor resistência.

Numa certa noite, cometendo o máximo de transgressão de que é capaz (sair do alojamento depois das 9h), ele acaba tomando contato com Leopoldo, o zelador do acampamento, e suas máquinas de Goldberg. Nesse momento torna-se bastante divertido ler as descrições das mais improváveis traquitanas, que não funcionariam nunca no mundo real, mas em quadrinhos proporcionam uma diversão inigualável! Méritos para a arte de Fido Nesti, minimalista ao extremo, e que pode pecar um pouco na hora de retratar as expressões faciais, mas que vai conquistando o leitor, que descobre, junto com Getúlio, um mundo impossível de máquinas inúteis geradas para realizar, da maneira mais complicada possível, a mais simples das tarefas! O fato da graphic novel ser toda colorida em tons de sépia dá um quê diferenciado a ela, mesmo não sendo uma história de época, mas talvez trazendo uma ambientação nostálgica para aqueles que não tem mais 12 anos de idade.

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A partir daí, a insólita amizade entre o velho zelador e o jovem injustiçado vai proporcionar que eles busquem extravasar toda a frustração acumulada durante anos num plano arquitetado minuciosa – e complicada – mente. Vale a pena notar o diálogo hilário entre Getúlio e Buba, o cozinheiro, e também a visão que Getúlio tem no refeitório, que ele próprio não entende bem o que se passou, e que acaba desencadeando os eventos que vão culminar no plano final dos amigos. Vanessa, nesse ponto, mostra que conseguiu enganar bem a todos, com uma história bonitinha e ingênua que, em meia página, apresenta um conflito muito sério e de proporções muito maiores que um simples bullying. Ela consegue dar profundidade e relevância à sua obra, e sem ser piegas. Aliás, a pieguice acabou por aí, porque o final é bastante cruel com os inimigos de Getúlio, como toda boa vingança deve ser.

Se você vibrou o mínimo que fosse com o Zangief kid (http://www.youtube.com/watch?v=VMOxECD5Yc8), podendo dizer até mesmo que se sentiu justiçado por ele, então “A Máquina de Goldberg” é uma leitura que vai agradar e fazer você chegar à última página com um grande sorriso nos lábios.

Leia esta e outras resenhas: http://livrosaquaticos.wordpress.com/2013/01/11/a-maquina-de-goldberg-por-vanessa-barbara-e-fido-nesti/

http://catharsistogo.blogspot.com.br/
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aarrgh 14/05/2015

Getúlio é forçado a ir para o acampamento de inverno em Rifaina, SP, junto com toda a sua classe, que, é claro, adora o acampamento, mas para Getúlio “é como passar três anos sem chocolate”. Isso porque Getúlio não gosta de seus colegas, nem eles dele, afinal, ninguém gostaria de ser chamado de Banha só porque escuta bandas de punk como Urticárias e Sujos & Malvados.

A história contém: o valentão da sala, o ex-amigo, a menina gente boa, a versão maior do valentão da sala (o professor de educação física), o caseiro estranho que só fala para reclamar, e algumas engenhocas complicadas, as chamadas máquinas de Goldberg.

Rube Goldberg foi um engenheiro que decidiu ser cartunista, mas que não construiu de fato nenhuma máquina, a não ser nos cartuns do Professor Lucifer Gorgonzola Butts. Mas foram esses cartuns que inspiraram milhares de pessoas a construir suas próprias máquinas e transformaram seu nome em um adjetivo: Rube Goldberg está no dicionário Merriam-Webster como “fazer algo simples da forma mais complicada possível”.

Vanessa Barbara e Fido Nesti, escritora e ilustrador, são brasileiros, mas é uma pena que a história pareça tão americana. Desde personagens batizados de Peterson até o estilo das roupas, das casas e cenário (Rifaina aparentemente não possui pinheiros). Acredito que a história seria enriquecida se tivesse uma identidade mais brasileira.

Mais um blog literário pra você ignorar:

site: https://treslendo.wordpress.com/
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sleepingnerd 03/02/2020

conseguiu errar em todos os pontos
Terminei esse quadrinho com a impressão de que o autor não sabia ao certo que história ele queria contar. Os personagens não me cativaram muito, embora eu tenha sentido pena do Getúlio, que parece sofrer bullying de todos. Um monte de assuntos pesados são abordados e então abandonados sem maiores explicações ou sem serem explorados direito.

Esperava que a história fosse engraçada e leve, mas nem isso ela conseguiu. No fim, foi a história de... O que? De uma vingança tão ruim quanto os atos que a inspirou? Pelo menos as máquinas complicadas eram meio interessantes.
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Elaine 17/02/2021

Tem muita pauta pesada que deveria ter sido abordada de outra forma, passaram por cima como se fosse nada.

Entendo a proposta, mas poderia ter sido melhor.
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Vitor173 17/12/2022

Faz juz ao título
Me parece que a própria história é uma máquina de Goldberg em si. Ela parte de um ponto, percorre vários outros, se complica inteira sem desenvolver nada, apenas passando para a etapa seguinte até chegar no fim, que não te satisfaz. Não é uma HQ ruim, mas é um tanto rasa para várias coisas que ela aborda. Vários pontos ficaram soltos ou mal emaranhados, como se estivessem perdidos e o autores não soubessem bem onde queriam chegar (mesmo que esse seja o objetivo no fim das contas). Talvez tenha sido a proposta, mas é meio frustrante para o leitor. Faltou desenvolvimento dos personagens secundários, nenhum deles tinha carisma. Talvez somente por vivência pessoal eu tenha me afeiçoado ao Getúlio, mas ainda assim sinto que faltou algo nele também. Vale a pena a leitura, pois trata-se de uma história curta, porém interessante, mesmo com todas as suas falhas. Não pretendo fazer uma releitura ou manter na estante.
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Rafa 06/03/2023

Achei bem confuso pra falar a verdade, as ilustrações são lindíssimas, mas achei tudo muito confuso
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