Não foi Culpa Minha

Não foi Culpa Minha Ann Heberlein




Resenhas - Não foi Culpa Minha


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Grazi Comenta 11/01/2015


''Violações de natureza racista ou sexista frequentemente acontecem de modo irrefletido e por força do hábito, como uma expresão de valorações, ignorância e preconceitos profundamente arraigados. Porém, isso não iplica isenção de responsabilidade. Um indivíduo é responsável também por sua imbecilidade e ignorância. É responsável não apenas por suas ações, mas também por suas opiniões.''


É com essa linguagem, fácil, ''pesada'' e meio autoritária que a teóloga Ann Heberlein discute sobre um tema que anda bastante negligenciado: a responsabilidade. Não só aquela que te faz culpado por suas ações, mas a que te torna um ser humano melhor. Ela fala de como é difícil hoje em dia responsabilizar alguém e mais ainda, como é difícil tirar de nós mesmos a mania de nos fazermos de vítima. O vitimismo, especialmente o dado pelo psicólogos a crianças valentonas e a viciados em drogas (tanto álcool como cocaína ou crack) - segundo ela - é um dos maiores males que temos na atualidade.

Eu adorei a forma como ela conduz o livro, dando exemplos fáceis de entender. Cada capítulo me fez olhar pra mim mesmas e as notícias que vemos na mídia o tempo todo. Aquele garotinho que que mexe com a colega e é desculpado porque ''seus pais estão passando por coisas difíceis'' ou aquele pai que culpa o gorverno por não poder mais ver os filhos, sendo que quando bebe fica violento. Esses indíviduos estão sendo mimados por certas vertentes psicológicas que vem se tornando cada vez mais ''pró-mau-comportamento''.

'' (...) No entendo creio que os perigos com o altruísmo são igualmente grandes. Concordo com o casla Tullberg no sentido de que o altruísmo pode conduzir a uma dupla moral, a uma exploração das pessoas, bem como à morte e a miséria. (...)Acredito sem bastante razoável e evidente concluir que que suas vidas teriam sido melhores se elas houvessem se dedicado menos ao autossacrifio e refletido mais sobre autorrespeito.''


Gostei muito do conteúdo do livro. O jeito com o qual ela fala sobre egoísmo e altruísmo, exemplificando por que cada um tem suas vantagens e desvantagens é muito legal.


''O egoísmo pode ir do instinto de autoconservação a autorrealização, e a categoria inclui, assim, coisas que podem ser consideradas tanto boas como más. Certa dose de egoísmo é, certamente, necessária, se consideramos que o instinto de autoconservação é uma manifestação de egoísmo.''


Seriamente, esse é o tipo de livro que deveria ser obrigatório nas escolas e cursos de licenciatura. Sobre a edição, a revisão foi ótima, não vi erros. A capa é simples, mas chamativa. A diagramação também é simples, nada de mais a dizer, mas o livro tem sumário! Já falei o quanto gosto de sumários? xD

E é isso. Mais uma ótimo título da Saberes Editora.
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