AEcM12

AEcM12 Flavio P. Oliveira




Resenhas - AEcM12


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Thamyres Andrade 29/04/2017

Chato e cansativo
Meu Jesus, que livro mais esquisito e chato da porra é esse?
É futuro. Arivaldo é apaixonado em silêncio pela sua vizinha Lúcia, mas ela gosta de outro. Então ele tem a brilhante ideia de aproveitar o lançamento de mecamorfos, empreitada realizada por uma empresa renomada na área, pra idealizar uma ginoide extremamente semelhante à vizinha, pra poder desempenhar o papel de sua esposa. A ginoide AEcM12, feita de uma substância semelhante à pele humana, é perfeita em todos os sentidos. A mulher que qualquer homem desejaria ter por perto. O que ele não esperava era que seu plano maluco pudesse dar errado.
A premissa do livro é bem interessante, confesso. Mas a forma como foi escrito achei péssima e vou explicar porque. Primeiramente os capítulos são extensos demais e são conduzidos em blocos longos, o que, pelo menos pra mim, deixa a fluidez comprometida. A linguagem que o autor utilizou é rebuscada ao extremo, além de termos muito técnicos sendo jogados a todo momento.
Vou dar um exemplo de um trecho pra vocês sentirem o drama: “Vestida, estática, a esposa aguarda o sopro de vida. Um disco flrorztemh contendo uma versão modificada da Déverrouill3r Cruz 12.2 é inserido na cavidade da axila esquerda antes do cartão de memória positrônica para que alguns códigos sejam alterados na primeira inicialização.” zZzZZzz
Apesar de possuir apenas 130 páginas, a leitura foi mega arrastada. Me cansou. Os personagens se mostraram totalmente chatos e desprovidos de carisma. Não consegui ter empatia ou qualquer outro sentimento positivo por nenhum deles. Não sei se devido a alguma insensibilidade da minha parte ou se foi porque achei bem maçante mesmo. Enfim, né? Paciência.
A mensagem é até legal, mas o Flavio exagerou nas descrições técnicas e explicações tecnológicas, acho que a simplicidade talvez funcionasse melhor. Me senti estudando mecatrônica ou algo do tipo. Algumas estrofes explicativas eu até pulava pra não dormir em cima do livro. Infelizmente pecou pelo excesso.
Sinceramente, não sei se ele pesquisou todos aqueles termos científicos ou se foram inventados entre um baseado e outro, mas, pra qualquer uma das duas opções, certamente foram desnecessários. Nota 2.
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22/11/2013

Diferente de tudo o que já li, AEcM12 retrata um cenário futurista, onde o uso de robôs providos de inteligência artificial já é uma realidade, tão consolidada que esses seres possuem até uma legislação específica que garanta seus direitos. Os andoides vão desde pequenos robôs para ajudar nas tarefas domésticas até modelos mais complexos, como o recente lançamento: AEcM12, um mecamorfo capaz de reproduzir com enorme fidelidade um ser humano para substituir um ente querido que já partiu e manter as saudades menos dolorosas.
No dia do lançamento desta nova evolução, o primeiro da fila para adquirir essa geração de androides é Arivaldo. Nutrindo uma enorme paixão pela vizinha do outro lado da rua, ele está disposto a adquirir uma cópia perfeita da moça para poder lhe fazer companhia e lhe dar o que a de carne e osso se recusa a entregar e corresponder.
Antigo desenvolvedor de máquinas de uma empresa falida, Arivaldo tem habilidades com máquinas e, por isso, é "pai" de diversos pequenos robôs, construídos com peças variadas e nem sempre nas melhores condições. Sendo assim, não pode ser chamado de solitário, mas ele sente falta de uma presença feminina, ainda mais quando a que pode ser responsável por sua felicidade, reside logo ali, do outro lado da rua.
Então, após a aquisição da mecamorfo, sua versão da Lúcia verdadeira, Arivaldo está certo de que sua vida será completa agora. Não haveria como sentir-se infeliz se ele tinha uma versão só para si. Todos os aspectos da robô foram cuidadosamente projetados, baseados no tempo de convivência entre os dois, já que o pobre homem se oferecia de "terapeuta" para a vizinha. Não havia possibilidade de dar errado, era o final que ele tanto esperava. Mas...e se a verdadeira Lúcia esbarrasse em sua cópia?
AEcM12 foi uma leitura bem rápida, com um tema bem diferente do que estou acostumada. Confesso que não sou fã desse ramo da ficção científica. Robôs, inteligência artificial, tudo isso nunca me interessou muito, nem mesmo filmes do gênero como O Homem Bicentenário ou Eu, Robô. Mas a leitura foi bem agradável na medida em que deveria ser; apesar de todas as nomenclaturas técnicas, o que já era esperado, fiquei muito satisfeita em saber que o autor definitivamente fez sua tarefa de casa ao criar o mundo futurista e robotizado que desejava para ambientar essa história.
No entanto, a estrutura da narrativa não foi muito interessante, nem conseguiu me prender. Narrada em terceira pessoa, o texto é repleto de reflexões, a maioria delas separadas por sentenças curtas. Para mim, é algo completamente diferente do que estou acostumada a ler em outros livros e, talvez, não seja o tipo de narrativa para mim. Foi um fato que se repetiu nessa nova obra do autor e que eu já havia conferido na leitura de Três Amores Instantâneos, provocando o mesmo incômodo durante a leitura.
Outra coisa que me incomodou muito na leitura foi o estado em que o livro chegou para mim. Com as páginas levemente amareladas, o choque maior foi quando, em plena leitura, uma folha caiu no meu colo, completamente descolada da brochura. Eu não sei como o livro saiu das mãos do autor para o Book Tour, se estava novinho em folha ou já com certas marcas de uso, mas ainda assim achei bem estranho a folha se desprender do livro.
No mais, a leitura foi interessante, uma saída da minha zona de conforto. Apesar da narrativa um pouco cansativa para mim, o enredo foi bem desenvolvido e, para os fãs de ficção científica e cenários futuristas, é uma ótima opção.

site: http://onlythestrong-survive.blogspot.com.br/2013/11/resenha-aecm12-flavio-p-oliveira-book.html
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Helaina 19/11/2013

Novo talento nacional
O livro conta a história de Arivaldo Anestézijo. Cansado de viver na friend zone com a vizinha Lúcia, por quem é perdidamente apaixonado, resolve fazer uso da tecnologia para acabar com sua solidão. No entanto, tentar colocar um ser mecânico no lugar de um ser humano pode parecer a solução, mas acabar trazendo consequências indesejadas.

Um escritor, no século XXI, escreveu: "Apaixonar-se é obter a permissão de se tornar bobo [...] porque o amor nasce no infinito e deságua na eternidade." Pág. 46

Essa é a primeira vez que eu participo de um book tour e confesso que fiquei com medo de ler devagar demais, mas o livro é pequenininho e a leitura fluiu bem rapidinho.

A história é muito interessante e mostra um futuro que pode vir a se tornar realidade, afinal com todo o progresso da tecnologia, eu acredito que um dia chegaremos a ter androides (ou geoides) em casa (quer dizer, “nós” é exagero. Acho que leva pelo menos uns 50 ou 100 anos até os robôs se tornarem funcionais e baratos o suficiente para se disseminar).

O livro só tem um detalhe negativo pra mim (é isso mesmo Flavio): Poucos diálogos. Acho que é uma questão pessoal o fato de eu gostar de conversas na história. Quando leio apenas narração, parece que estou lendo uma introdução de um texto cuja ação não começa nunca. Esse foi o principal motivo da leitura ter fluido lentamente pra mim. Quando apareciam mais diálogos, as páginas voavam.

Mas tirando esse detalhe, o livro e muito bom. Os personagens são muito bem construídos e mesmo os robôs nos cativam (O gafanhoto Eusébio ganhou até uma página no Facebook). Eu recomendo AEcM12 para todos que gostam de romances futurísticos, com robôs e como eles podem alterara a vida das pessoas e histórias de amor platônico e as consequências que isso pode trazer para a vida de alguém.


site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2013/09/resenha-aecm12.html
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Gih Figueiredo 29/08/2013

Para aqueles que gostam de histórias bem escritas, bem desenvolvidas e cheias de originalidade
O futuro é algo que, além de termos o objetivo de alcançar, sempre imaginamos como será. E, vendo como é nosso atual presente, como não pensar em um futuro tecnológico, onde o avanço das máquinas ocorrerá em prol de atender às necessidades humanas, mesmo as mais mundanas? Esse é o tempo descrito em AEcM12. Um tempo que só sabemos que é bem distante e distinto do nosso.
A história gira em torno de um homem incomum, com um nome incomum, com uma vida incomum, embora solidão e amor não correspondido sejam as mais comuns das coisas, mesmo hoje. Arivaldo Anestézijo tem um único desejo em sua vida: ganhar o amor de sua vizinha, Lúcia, nem que para isso precise recorrer à tecnologia.
Aposentado desde o fechamento da empresa em que trabalhava, ele é pai de vários robôs: três homens buldogue, duas bailarinas, duas barbiretas, um grilo falante/filósofo/cantor, um soldado e até um "menino" espião. Suas criações são também sua única companhia, excetuando uma vizinha que, em situações anteriores, fora bastante presente em sua vida, o que ocasionou o domínio completo de seu coração.
Entretanto, o sofrimento causado por esse amor platônico não correspondido fez Arivaldo tomar medidas drásticas que estavam diretamente relacionadas ao mais novo lançamento da Andrômeda, o modelo de mecamorfo AEcM12, que, diante da encomenda, a ginoide poderia ser construída na perfeita figura humana, de acordo com o gosto do cliente, tanto no físico como na personalidade. Bem, Arivaldo foi o primeiro da fila...
Como descrever AEcM12? Não sei nem por onde começar... Mas, não tem como não falar sobre a linguagem. A escrita do Flavio é de tamanha riqueza que parece uma obra de arte. Para quem dá valor a estética textual, assim como eu, apreciará infindavelmente a narração, que é construída de maneira que flui perfeitamente bem e, ao mesmo tempo, com todas as explicações sobre aquele futuro, soa um tanto quanto poética. Enquanto isso, a construção dos personagens, que são, em sua maioria, os robôs, foi muito bem feita, tendo a base para seu desenvolvimento na imagem do próprio homem, fazendo ao mesmo tempo serem vistos como robôs e humanos.
Envolvida em um romance com um toque picante, a ginoide (feminino de androide) pareceu criar vida de modo que, assim como os demais robôs, nos apegamos a ela e a reconhecemos como uma pessoa de verdade, mas sem ignorar seu lado "máquina". Arivaldo, com todo o seu metodicismo desprovido de encantos, parece ser mais artificial do que a própria cópia da vizinha. De fato, a construção dos personagens foi minuciosa e, em 130 páginas me fez apaixonar por essas características tão marcantes.
Bom, já falei demais, né? rsrs. Se continuar vou soltar spoiler, e o objetivo não é esse! Mas deu pra perceber que gostei MUITO de AEcM12, e só dois fatores me impediram de dar 5 estrelas para o livro... Primeiro: queria mais do final, mas ainda tenho que perguntar ao Flavio se não haverá continuação, porque há ainda tanta coisa que se pode contar! (e que eu gostaria de saber haha) Segundo: achei a linguagem da narração PERFEITA, mas quando ela foi lançada para os diálogos ficou muito massante, faltou espontaneidade. (acho que foi meu gosto por sociolinguística que me deixou mais atenta a isso... kkk)
Bem, agora não tem jeito, PRECISO ler mais livros do Flavio!!! Super recomendo AEcM12! Para aqueles que gostam de histórias bem escritas, bem desenvolvidas e cheias de originalidade, esse livro é a escolha certa.
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Dayana 13/07/2013

Resenha de AEcm12
AEcm12 narra a história de Arivaldo, um homem solitário, que tem como companhia seus amigos robotizados e uma grande paixão pela sua vizinha: Lúcia.

O livro é narrado em terceira pessoa com poucas caracterizações do futuro, o foco é Arivaldo que, por sua paixão por Lúcia é capaz de mandar fazer uma AEcm12( robôs que mais se parecem com seres humanos) idêntica a ela.

O protagonista não é correspondido e sua amada prefere a companhia de uma massa abominável ( assim que o autor se refere ao namorado de Lúcia) um homem bruto, incapaz de ser cavalheiro, e não a trata bem, mas mesmo assim ela o prefere a Arivaldo.

Então, ele descarrega esse amor por tanto tempo guardado na robô idêntica a outra, mas nem por isso ele deixa de sentir o amor que tem pela verdadeira Lúcia, mandando um de seus robôs a espioná-la, esperando quem sabe o fim deste relacionamento para que a verdadeira caía em seus braços.

Mas, essa imitação e seu amor por Lúcia o levará em uma grande enrascada, ao qual Arivaldo ficará frente a frente com as autoridades, pois o robô Aecm12 só pode ser feito com o consentimento de Lúcia e na verdade ele é mais recomendado para pessoas que perderam seus entes queridos e querem novamente tê-los de volta.

Não vou falar mais, pois o enrendo basicamente é isso, se eu falar além disso, vou dar muitas brechas do livro (rs)

O livro é muito bem feito, a capa então é lindaaa!!! A escrita do autor é muito bem acabada e sem erros..Mas aconteceu uma coisa inédita: eu não gostei do protagonista , não me identifiquei com ele. Achei-o, egoísta ao querer um amor a todo custo, e colocando a robô Lúcia sempre para fazer suas vontades. Na verdade eu gostei mesmo foi da Lúcia robô e das barbiretas( meninas robôs que vivem com Arivaldo) , achei muito fofo assim que a robô chega e elas ficam emocionadas ao ter uma mãe. A robô é muito parecida com os humanos ela se questiona por várias coisas, tem dúvida como qualquer mulher, se exalta e fica com raiva de Arivaldo ao fazer idêntica a sua paixão não correspondida.Enfim, gostaria de ter lido mais páginas e quem sabe Flávio possa dar uma continuação ao livro, pois senti falta de mais enrendo, e não curti o final :(

Mas, lembrando que esta é minha opinião e nem por isso o livro deixa de ter seu charme e cativação ..

Recomendo!

leitorasdobrasil.blogspot.com.br
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Amy 02/07/2013

Resenha do Book Tour: AEcM12 de Flavio P. Oliveira
AEcM12 é uma história de amor que se passa no futuro, quando a maior empresa no ramo de seres artificiais domina a utilização de um componente e se torna capaz de confeccionar um androide perfeitamente similar a um ser humano, sem utilização de peças e elementos mecânicos. Serão muitos os homens a gastar pequena fortuna para a aquisição de uma cópia artificial de alguma mulher, alguns de esposas falecidas, a maioria de atrizes e modelos famosas. O principal personagem deste livro, um homem solitário, copiará a vizinha por quem é perdidamente apaixonado. Ele trabalha no ramo, é um compositor de elementos, e durante a vida construiu os próprios robôs, tratando cada criação com o carinho de um pai, edificando um estranho e artificial ambiente familiar. Agora ele apresentará uma mãe aos filhos-mecânicos, sua esposa artificial quase idêntica a vizinha já conhecida de todos e com isso alterará todo o seu futuro.

Quando comecei AEcM12, confesso que pensei: "- Iiih, não vou gostar!" Mais fui lendo, lendo e lendo, e já viu né? Me apaixonei!
A narração é muito organizada, creio que seja por conta da formação do escritor em engenharia civil, e pela temática do livro também, confesso que não é uma temática que eu achasse que goste, por isso mesmo me impressionei com AEcM12, sempre tive curiosidade para lê-lo, aquela "pulga atrás da orelha", sempre me perguntando: será que é bom? E finalmente tirei minha dúvida, a narrativa é muito bem detalhada também, achei técnica na medida certa, sem chegar a ser chato, mais se integrando ao estilo do livro.
Achei os personagens muito bem construídos, o Arivaldo principalmente: solitário, carente, apaixonado, inteligente.
Preciso dizer que amei as barbiretas: Linda e Bela? Fofíssimas e bem construídas também: acho que elas ainda podem ajudar muitas meninas que sofrem com o problema de não se acharem bonitas o suficiente para a sociedade atual, não sei se o Flavio criou-as pensando nisso, só sei que foi um feito e tanto!
O Menino, mesmo que não muito explorada sua personalidade, consegui me atrair na medida certa, me deixando com saudades de verdade!
A Lúcia humana me deixou um pouco encucada, acho que ela sabia dos sentimentos do Arivaldo e só queria enganar o coitado, não sei se é isso mesmo, mais foi minha conclusão depois de muito pensar, mesmo assim: achei um personagem muito bem construído e explorado em uma dose suficiente para não deixar nada a desejar, a Lúcia ginoide para mim foi muitooo bem construída: mais do que todos os personagens, o escritor a descreve e detalha de um jeito tão especial, que nos faz querer saber mais e mais sobre esse fantástico mundo, não sei se é porque sou louca {haha} e sempre me apaixono pelos personagens mais improváveis, mais: é minha opinião!
Um personagem que achei muito real foi o namorado da Lúcia humana, ou "a massa", acho que existem muitos idiotas desses por aí, e achei muito digno o escritor falar disso tão abertamente.
Os lugares de AEcM12 também me encantaram muito, foram criados de maneira a não parecerem com "o futuro cheio de carros voadores e etc", é uma coisa bem normal mesmo, o que me encantou muito!
Confesso que achava que o Flavio Oliveira era um bom escritor, mais ele passou de "bom escritor" á "escritor favorito" em questões de horas.
O design da capa é muito linda e combina realmente com todo o livro, e adivinha quem fez? O próprio escritor! Achei demais: você faz exatamente como imaginou!
Enfim: Adorei o papel com que foi feito a capa {escritora psicótica aqui}, é muito suave e gostoso de pegar, e as páginas são amareladas, um descanso para os olhos! A diagramação, fonte e espaçamento estão perfeitos, o livro também é muito fácil de manusear, sendo em tamanho médio e contendo apenas 130 páginas. Adorei! E parece que essa foi a maior resenha que já escrevi, desculpem :x


site: http://limaoealecrim.blogspot.com.br/2013/07/resenha-do-book-tour-aecm12-de-flavio-p.html
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Fulana Leitora 23/04/2013

Resenha feita por Kezia Martins para o blog Fulana Leitora: http://fulanaleitora.blogspot.com.br/2013/01/resenha-aecm12-flavio-p-oliveira.html
AEcM12 conta a história de Arivaldo Anestézijo, um homem peculiar, um tanto introspectivo e apaixonado. A história se passa no futuro onde o homem chegou ao ponto de conseguir criar um robô sem qualquer peça mecânica, apenas com a utilização de um componente que tem a espantosa similaridade com a composição humana. Muitos acharam tal avanço formidável, finalmente poderiam ter tudo o que sempre sonharam pelo preço de uma pequena bagatela. Quem não iria querer a ilusão de ter de volta um ente querido? Um filho, um marido, um irmão?

“Nem a recordação constante é cura nem é sintoma, são engrenagens da questão maior: vale a pena carregar na memória a lembrança daquele que para sempre perdemos?”

Arivaldo durante muito tempo foi apaixonado por sua vizinha, e mesmo sempre lhe cedendo um ombro amigo e lhe cobrindo de elogios, jamais foi capaz de conquistar o coração de Lucia. Inconformado, ele manda fazer uma cópia exata de Lucia para enfim poder possuir a mulher que ama, ou ao menos uma imitação. Mesmo em um futuro distante, evoluído ao se comparar ao nosso tempo presente, vemos que o homem não muda, continua a agir movido a emoções, impulsos e medos.

“Apaixonar-se é obter a permissão de se tornar bobo.”

Arivaldo já trabalhará para uma grande empresa de fabricação de seres artificiais, conhece todos os componentes e peculiaridades da criação de um androide. Ele se empenhou em criar sua própria família, seus filhos robóticos a espera da mãe. Radulfo, o bonequinho de chumbo; Eusébio, o grilo falante; as bailarinas, Linda e Bela; as barbiretas, Lua e Mel; Menino; Isabela; três homens-buldogues, Fusca, Almôndegas e Hugo; dois gatos de botas e um tigre de bengala.

“São quase uma família, com um ser humano, uma mecamorfo e diversos filhos robóticos, ainda assim afamiliados, prontos a viver como a sociedade indica.”

Apesar de o livro ser futurista não vemos grandes cenários pintados de tecnologia, o enfoque da história é Arivaldo, sua solidão, e sua busca em aplacá-la. Flavio nos presenteia com uma história envolvente, dramática em certos momentos e com um humor bastante peculiar em certos aspectos. Com personagens bem construídos e cativantes vemos que até mesmo sob lata e metal é possível haver um coração pulsante até mais sincero do que os “reais.”

Por que o livro merece 5 estrelas? A capa é linda, a diagramação é perfeita, sem erros gramaticais (as leitoras chatas agradecem), pela sua característica poética, sem muitos diálogos, mas repleto de floreios e pérolas linguísticas. Passando longe dos clichês AEcM12 veio para conquistar as amantes do bom uso das palavras.
Flavio P. Oliveira 24/01/2013minha estante
Aaah, obrigado pelos elogios!
:D


Fulana Leitora 25/01/2013minha estante
De nada. Todos foram merecidos :P




Michelle Ladisl 15/04/2013

A leitura é muito intensa e detalhada, não encontrei nenhum erro de gramática.

O livro conta a história de Arivaldo Anestézijo, que é um homem solitário, sem dinheiro, sem amor e desiludido com a vida. Quando uma surpreendente morena se muda para a rua onde mora, ele se apaixona perdidamente, mas seu amor não foi correspondido e depois de uma noite de “ amor “, por carência dela, tudo acaba daquela maneira que mata qualquer um, seremos só amigos. Ele fazia tudo por ela, como todo homem apaixonado.
Depois de ter sido largado, ele resolve que terá seu amor platônico de volta, mas em forma de uma genoide. Ele gasta tudo o que tem e o que não tem comprando a genóide,que tem todas as características da original e coloca o nome de Lúcia( mesmo nome da vizinha) .

“ A morena do outro lado da rua, fisicamente detalhada com precisão, é ainda mais conhecida em personalidade .Gostos, modos e trejeitos foram conhecidos através de uma criteriosa observação , durante os últimos anos sob o efeito da fulminante paixão. “
Página 20

O mais impressionante que ele é tão apaixonado por essa mulher, que chega a criar uma família para eles, todos robôs.
Mas essa sua loucura, seu crime teve consequências que fiquei boba de ler!

Minha opinião:

Fiquei maravilhada como o autor detalhou tão bem os futuros robôs e como foi fantasioso o livro. É maravilhoso ler e se sentir como se estivesse no futuro, só esperava um pouco mais de doideira no livro, pois como ele é futurista, poderia viajar um pouco.
Gostei do final dado o Arivaldo, só senti muita pena dele por ser tão sofrido!

A Lúcia achei que foi super interesseira, com relação a Arivaldo , acho que ela sabia o que ele sentia e se aproveitou disso.

O mais curioso é saber o por que o livro tem esse nome, desde a primeira vez que vi sobre ele, tive essa curiosidade... Quer saber? Só comprando o livro...hehehehe
Flavio P. Oliveira 16/04/2013minha estante
Obrigado pelos elogios!!
:D




Fernanda 16/03/2013

http://superbookaholic.blogspot.com.br/2013/03/resenha-aecm12-de-flavio-p-oliveira.html
"E todos os homens poderão realizar o maior dos desejos: possuir as mulheres que quiserem." Página 9

Nós estamos no futuro, e o nosso protagonista é Arivaldo Anestézijo, um homem apaixonado. Nesse futuro, o homem não só constrói, como também vive em sociedade com robôs. Depois de algumas tentativas com diversos modelos e protótipos, a tecnologia finalmente permitiu ao homem a criação da cópia perfeita de uma mulher, mas calma gente! Tudo está perfeitamente dentro das exigências do código civil de robótica ;) Nas palavras do narrador: Um avanço absurdo a um preço astronômico.

"O pior inimigo do homem é a saudade e nada é tão poderoso para acomodar essa falta quanto a recuperação do perdido; assim a ciência, a qual tem por maior obrigação suprir as necessidades humanas, deve providenciar o substituto." Página 27

Eu já falei que Arivaldo é um homem apaixonado né?! Então, Lúcia é sua vizinha, e ela sofre do mesmo mal de muuuuitas mulheres, ela gosta do homem errado :( e ela viu em Arivaldo um amigo, alguém com quem ela podia contar, descarregar tudo o que acontecia de ruim e encontrar consolo e carinho sinceros. Ele se apaixonou perdidamente pela bela morena ao passo que tudo o que Lúcia enxergava em Arivaldo não havia mudado: ela gostava dele como amigo (o mal que persegue muuuuitos homens).

"Um escritor, no século XXI, escreveu: "Apaixonar-se é obter a permissão de se tornar bobo [...] porque o amor nasce no infinito e deságua na eternidade." Página 46

Sem esperanças, inconformado e movido pelas suas emoções (siiiim, as emoções que acompanham os homens até o futuro do futuro!) ele decide fazer uma cópia de sua vizinha e enfim ter o amor de Lúcia, quer dizer, mais ou menos :p

Diferente e marcante são duas características intrínsecas da narrativa do Flavio, que escreve maravilhosamente bem :) Eu li em alguma resenha que AEcM12 lembra um pouco aqueles livros clássicos que a gente tem que ler na escola sabe?! Só que aqui a gente engole cada parágrafo e mal pode esperar para descobrir o que acontece! O cenário futurista é descrito de uma forma nova, acho que durante a leitura cada um pode ver um cenário diferente, e é tudo muito verossímil, é verossímil?! falei bonito hein gente? falei bonito! xD

Não vi erros de diagramação, a capa é linda, os personagens são super cativantes (principalmente Eusébio, o grilo falante ^^), o humor e o drama permeiam a narrativa nos momentos certos, da mesma forma que os clichés tiram férias, e mesmo com poucos diálogos, o Flavio disse muito sem dizer e explicou tudo sem explicar. E o título do livro?! Tem que ler pra descobrir o que é ;)
Flavio P. Oliveira 17/03/2013minha estante
Obrigado, obrigado pelos elogios!!
:D




Irinia Zachello 29/01/2013

AEcM12
Adorei é um livro que vale muito a pena.

A história se passa num futuro distante. Em que humanos vivem em meio aos androides e toda a espécie de artes robotizadas.
Conta a história de Arivaldo, um homem apaixonado por sua vizinha a Lúcia, que por sua vez é apaixonada por um homem que não é dos melhores. E ela por sua vez usa de sua amizade com Arivaldo para desafogar suas mágoas. Um homem dedicado, um compositor que sonha viver seu amor com Lúcia. E que mora com suas criações. Uma das criações mais verdadeiras e sensatas é Eusébio, o grilo. Que ao se atrapalhar em cantigas e pensamentos, solta as frases mais distorcidas e fatídicas com real significado.

Mas o que é a solidão? Senão um martírio para um homem carente e apaixonado, ignorado nesse amor encontra uma solução "quase" perfeita, senão for perfeita mesmo, para satisfação de seus sentimentos mais íntimos e puros.

"Todos os homens poderão realizar o maior dos desejos: possuir as mulheres que quiserem."

Pág. 9

E assim Arivaldo conquista seu sonho, seus desejos e companhia. Vive os melhores dias de sua vida. Até a realidade ser confrontada de maneira cruel e exata. Se desenrolando de forma inesperada e inacreditável.

O que me deixou um pouco confusa mas escrevendo a resenha entendi os pontos importantes a serem questionados.

O amor pode ser substituído assim de forma robótica? Imaginando que isso fosse atual, isso seria uma mão na roda para um mundo carente e perturbado.

"O senhor Arivaldo, cercad por dezenas de pequenos seres artificiais de fabricação própria, observa fora da caixa o presente que apagará todas as mágoas, lágrimas, desgraças, arrependimentos e aflições do passado."

Pág 33

"...com um primeiro abraço entre marido e mulher..., valorizando com vagar o toque das mãos da companheira, chorando horrores de instantânea alegria, contente para o sempre daqueles segundos de aperto."

Pág. 40

Eu fiquei emocionada diante da emoção do personagem, da felicidade que ele sente, da tranquilidade que ele passa ao ter certeza de estar vivendo seu amor, sem questionar a veracidade da realidade. Eu fiquei pensando em como será viver o resto de minha vida sozinha e depois ter uma oportunidade como essa. Mas é tão triste, eu me senti triste, realmente melancólica imaginando estar nos braços de uma máquina que fará tudo o que eu quiser ou mandar, por que eu quero e mando e não porque ele é de verdade e me ama, afinal ser amado por alguém programado para me amar não é o que esperamos a não ser em nosso desespero romântico e solitário. Mas o que quero dizer é que me senti triste me colocando no lugar do personagem. O romance não é triste em momento algum. Com toques de humor com todos os personagens que nos envolvem. Como o grilo Eusébio, que é ou está virando o xodó dos fãs desse romance um tanto excêntrico.

AEcM12, é uma história envolvente e transparente, que nos leva por caminhos e questionamentos, que podemos encaixar em nosso dia a dia. E é uma lição até. Arivaldo "reinventa a correspondência de uma amor", porém um amor que vale muito mais a pena sentir em nossa carne e coração de fato sem entrelinhas.
Flavio P. Oliveira 29/01/2013minha estante
Obrigado, obrigado pelos elogios!
:D




Suka - Pensamentos & Opiniões 26/01/2013

O livro se passa numa época em que a robótica esta bastante avançada a ponto de ser possível criar "robôs" ou melhor mecamorfos humanizados. Nosso protagonista se chama Arivaldo um rapaz apaixonado pela sua vizinha Lúcia um bela morena que é apaixonada por uma massa humana abominável (risos). Então Arivaldo decide compra uma ginóde que fosse parecida com Lúcia (seu eterno amor) com documentos falsificados, porém programada para ser sua mulher, amante e companheira.
Tudo ia nos conformes, ele estava feliz, sua casa estava mais feliz, até um dia a verdadeira Lúcia descobrir o que ele havia feito.

Acho que vocês deveriam ler o livro ele é bastante detalhado, o autor usa palavras rebuscadas porém de fácil compreensão, a história é bastante interessante. Escrito por um autor brasileiro Flávio P. Oliveira que é do Rio de Janeiro.

E deixo minha opinião para um segundo livro, uma continuação...
Do tipo? O que aconteceu a Arivaldo? O que as Lúcias fizeram?
Daria também um ótimo filme!

http://suka-p.blogspot.com
Flavio P. Oliveira 26/01/2013minha estante
Obrigado, Suelane... Continuação? rs
Já me pediram isso... kkkkk. Quem sabe um dia vira filme, eu me sentiria realizado.




Marina 28/12/2012

Muito bom!
No futuro, homens e mulheres poderão copiar pessoas humanas em robôs exteriormente idêntico aos seres humano. Arivaldo – um homem solitário que vive com seus filhos robôs – é o primeiro a comprar o produto, copiando a vizinha, por quem ele é apaixonado.

"Nem a recordação constante é cura nem é sintoma, são engrenagens da questão maior: vale a pena carregar na memória a lembrança daquele que para sempre perdemos?"
pág. 28

A primeira coisa que pensei quando li alguns trechos do livro, foi que eu teria que voltar várias vezes para entender o que estava sendo contado. Mas isso não aconteceu, o Flávio tem um modo especial de brincar com as palavras, de mexer com os sentimentos do leitor, de colocar palavras "difíceis" sem que a leitura fique complicada ou cansativa, resumindo, ele escreve muito bem!

A história foi muito bem desenvolvida, me surpreendi com o rumo que ela tomou, e o final não é nada clichê.
Os personagens são 'simpáticos', impossível não gostar deles, mesmo que a maioria sejam robôs. O que mais gostei foi Eusébio, o grilo falante, e Menino, que também é um robô.

"Deus ao menos distribui esperança; humanos criam o pleno sofrimento."
pág. 103

Faltou pouco para AEcM12 entrar para minha lista de favoritos, esse 'pouco' seria os diálogos. Não que o livro não tenha diálogos, tem, só que muito pouco – pelo menos não tanto quanto estou acostumada. Pessoalmente, gosto de diálogos porque acredito que deixam a história mais real, pessoas gostam de conversar, e também dá para conhecer melhor os personagens, principalmente em livro narrados em terceira pessoa – como esse. *
*sei que é o estilo do autor, mesmo assim.... rs.

Enfim, AEcM12 é um livro que prende do inicio ao fim, tem uma ótima história e a escrita do Flavio é admirável. Com certeza um livro que recomendo.


site: https://marina-menezes.blogspot.com/
Flavio P. Oliveira 28/12/2012minha estante
Obrigado Marina, pelos elogios e cinco estrelas.
:D




Kate 27/11/2012

Me emocionei com o personagem Arivaldo! Sua solidão é tanta que se torna quase palpável neste mais novo romance do Flávio.

Porém, apesar de entender os motivos que levaram o personagem a uma conduta tão criminosa, isso não o isenta de sofrer as consequências de seus atos.

História coesa e compacta, porém rica de significados! Os detalhes dispensados a cada um dos personagens mostra o carinho do autor para com suas criações.

Parabéns ao autor e ansiosa pelo próximo!
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