regifreitas 02/09/2017
Existe crítica social. Existe aprofundamento psicológico, sobretudo do personagem título. Mas tudo diluído em um enredo que progride muito pouco. Os personagens partem de “A” e chegam em “B”, mas não há mudanças significativas, pois não se desenvolvem, não evoluem, não crescem como pessoas. De positivo, o texto é simples, mesmo com a presença de traços de oralidade e alguns regionalismos típicos, que não prejudicam tanto a fluidez da leitura (como na obra anteriormente lida, de José Lins do Rego).
Segunda obra da autora que leio, o primeiro tinha sido O Quinze (1930). Por coincidência, e sem intencionalidade da minha parte, são respectivamente os dois primeiros livros escritos e publicados por, uma ainda jovem, Rachel de Queiroz (então com 20 e 22 anos, nessa ordem). Talvez seja por isso que nenhum dos dois tenha me agradado tanto. Talvez por trazer as marcas de uma autora em construção (?) e ainda não no domínio pleno de sua técnica (?).