O demônio do meio-dia

O demônio do meio-dia Andrew Solomon




Resenhas - O Demônio do Meio-dia


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Nadla1 26/03/2024

Depressão
Esse livro foi o primeiro que li sobre o assunto.
Tinha acabado de ser diagnosticada com a doença.
Minha terapeuta pediu para que eu fosse ler saber mais do assunto e assim fiz. E criei esse nosso hobby de ler e foi a melhor coisa que fiz. Solomon trata do assunto de maneira cirúrgica!
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Caio Klauberg 23/03/2024

Não será fácil, mas valerá a pena
"O Demônio do Meio-dia" é, sem sombra de dúvida, uma obra prima! Uma verdadeira dissecção da depressão.
Sua leitura não é das mais fáceis, especialmente para aqueles que, como eu, não são da área da saúde e desconhecem termos e conceitos de medicina e farmacologia que envolvem as doenças mentais e seus tratamentos.
De toda forma, a clareza e didática de Andrew Solomon fazem até o maior do leigos compreender o que está sendo dito.
Indubitavelmente, o ponto alto da obra são os relatos reais apresentados, incluindo os do próprio autor. Dois deles, em especial, tocaram-me no "fundo da alma".
Como cereja do bolo, o capítulo final, intitulado "Esperança", traz acalento e ânimo para aqueles que sofrem com depressão, ou que convivem com algum doente. Dias melhores virão e, por mais que o caminho seja difícil, persistir valerá a pena!
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Luiz Pereira Júnior 15/03/2024

Um pouco mais...
Uma enciclopédia. Um calhamaço. Um opera mundi. Em suma, a classificação que lhe passar pela cabeça pode muito bem ser aplicada como rótulo ao livro.

Em “O demônio do meio-dia”, Andrew Solomon parece querer abordar todos os gêneros literários (e não literários) para falar sobre depressão: receituário médico, livro de biologia, autobiografia, biografia, crônica, poesia, reportagem, relato de entrevista, história, filosofia, psicologia, sociologia e por aí vai.

Então, é verdade que “O demônio do meio-dia” é daqueles livros difíceis de deixar o leitor em cima de muro, o que, a bem da verdade, diz mais sobre o leitor em si do que sobre o próprio autor. Ou você ama, ou você odeia. E pode ser justamente aí que você será julgado: se você amou o livro, pode ser visto como sentimentaloide, piegas, mimizento, choroso e por aí vai; se você detestou o livro, pode ser visto como insensível, desumano, chauvinista, misógino, homofóbico e por aí vai.

E a minha experiência com o livro? Bem, pulei páginas (não me interessa em nada a descrição de medicamentos, compostos químicos e suas interações nas funções cerebrais), mas também li com muito gosto os relatos biográficos (embora tremendamente parciais, sempre pelo viés do autor), arrastei-me pelas repetitivas descrições da doença e, assim, aos trancos e barrancos, consegui terminar o livro.

E confesso (sou humano) que, em certas histórias, senti pouca empatia (ou até mesmo revolta) por alguns dos personagens (digamos assim) que me pareceram francamente manipuladores (e essa é uma das primeiras coisas que o autor faz questão de negar), mas também pude perceber que a depressão é real e nenhum de nós, eventualmente, está livre dela. E isso se revelou para mim como um mérito do autor: fazer-me mudar de pensamento e passar a enxergar a depressão como uma doença e não apenas como relatos monótonos, queixosos e lamuriantes de gente que tem tudo na vida e nada para fazer.

Imagine-se em uma longa viagem, caro leitor. Algumas cidades você nem perceberá que passaram por você. Em outras você pára, dá uma olhada e segue adiante. Em outras, você resolve ficar alguns dias, mas isso pouco ou nada muda sua vida. Mas, o mais importante, são justamente aquelas cidades em que você começa a conversar com os habitantes e percebe que eles têm algo a lhe ensinar de forma que seu mundo se amplia um pouco mais... e um pouco mais... e um pouco mais...

E isso me fez toda a diferença...
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Augusto Swaiger 07/02/2024

O Demônio do Meio-Dia
Excelentemente organizado, estruturado e exportado, esse livro traz com clareza o convívio cotidiano com a depressão. Ele deixa transparente não apenas para o diagnosticado, mas também para àqueles que convivem com o sujeito abordado. Uma obra minuciosa, preciosa e assertiva sobre a depressão, suas causas, suas características, suas ocorrências e seus efeitos.

Eu queria poder dar esse livro de presente para todos que convivem comigo.
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Heloisa.Paula 03/02/2024

Finalmente posso comentar sobre esse livro, gente que livro denso, e que livro único, ele lhe faz passar por diversas camadas da depressão, cada história contida nele é intima.

?A depressão está sob a pele, toda a superfície do corpo tem a depressão logo a baixo de si, e não podemos tirá-la fora; mas podemos sim tentar esquecer a depressão mesmo que esteja bem ali.?
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Carla.Parreira 01/02/2024

O Demônio do Meio-Dia (Andrew Solomon). Melhores trechos: "...Enquanto eu escrevia este livro, perguntavam-me frequentemente se a escrita era catártica. Não era. Minha experiência está de acordo com a de outros que escreveram sobre esse campo. Escrever sobre depressão é doloroso, triste, solitário e estressante. Contudo, a ideia de que eu estava fazendo algo que poderia ser útil a outros era gratificante; e o aumento de conhecimento me tem sido útil. Espero que fique claro que o prazer primordial deste livro é mais de comunicação literária do que libertação terapêutica da expressão pessoal... Quando se está deprimido, o passado e o futuro são absorvidos inteiramente pelo momento presente, como no mundo de uma criança de três anos. Você não consegue se lembrar de um tempo em que se sentia melhor, pelo menos não claramente, e com certeza não consegue imaginar um futuro em que se sinta melhor. Estar perturbado, mesmo profundamente perturbado, é uma experiência temporal, enquanto a depressão é atemporal. Colapsos o deixam sem qualquer ponto de vista. Muita coisa acontece durante um episódio depressivo. Há mudanças na função do neurotransmissor, mudanças na função sináptica, aumento ou decréscimo da excitabilidade entre neurônios, alterações de expressão de gene, hipometabolismo (geralmente) ou hipermetabolismo no córtex frontal, níveis elevados de hormônio liberado pela tiroide (TRH), perturbação da função na amídala e possivelmente no hipotálamo (áreas dentro do cérebro), níveis alterados de melatonina (hormônio que a glândula pineal fabrica a partir da serotonina), aumento da prolactina (o lactato aumentado em indivíduos predispostos à ansiedade trará ataques de pânico), diminuição de temperatura corporal durante o período de 24 horas, distorção da secreção de cortisol durante o período de 24 horas, perturbação do circuito que liga o tálamo, os gânglios basais e os lobos frontais (mais uma vez, centros no cérebro), aumento de fluxo sanguíneo para o lobo frontal do hemisfério dominante, diminuição de fluxo sanguíneo para o lobo occipital (que controla a visão), diminuição de secreções gástricas. É difícil saber o que deduzir de todos esses fenômenos... Se uma pessoa é submetida a estresse demais e a um nível excessivamente elevado de cortisol por tempo demais, começa a destruir os neurônios que deviam regular o circuito de feedback e a desligar o nível de cortisol depois de o estresse ter passado. Em última análise, isso resulta em lesões no hipocampo e na amídala, uma perda de tecido da rede neuronal. Quanto mais tempo se permanece deprimido, maior a probabilidade de ocorrer uma lesão significativa, o que pode levar à neuropatia periférica: sua visão começa a desaparecer e várias outras coisas podem dar errado. Isso reflete a necessidade de tratar a depressão não só quando ela ocorre, mas também impedir sua recorrência... O quietismo pode ser heresia, mas essa ideia é um dos dogmas centrais de minha fé. Você não tem que entender o que acontece. Eu costumava pensar que tínhamos que fazer algo da vida embora ela fosse desprovida de significado. Ela não é sem sentido. A depressão o faz acreditar em certas coisas: que você não tem valor e devia estar morto. Como se pode reagir a isso senão com crenças alternativas?... Meu guia espiritual me disse recentemente que o Espírito Santo usa meu inconsciente o tempo todo! Na terapia aprendi a levantar as barreiras ao redor de meu ego; na igreja, aprendi a deixá-las cair e me unir ao universo, ou pelo menos a uma parte do corpo de Cristo... Perguntei a meu sacerdote: ‘Qual é o objetivo desse sofrimento?’. E ele disse: ‘Detesto frases que contenham a palavra sofrimento junto com a palavra objetivo. Sofrimento é só sofrimento. Mas acredito que Deus está com você durante este processo, embora eu duvide que você consiga sequer senti-lo’... A luz estimula o hipotálamo, onde estão baseados muitos sistemas — do sono, da fome, da temperatura, do impulso sexual — que a depressão desregula. A luz também influencia a síntese da serotonina na retina. Um dia ensolarado oferece cerca de trezentas vezes mais luz que o interior de uma casa... Acredito que uma massagem prolongada, que desperta o corpo que a depressão separou da mente, pode ser uma parte útil da terapia... Não é apenas o interesse por sexo que se vai, há também uma perturbação física: não consigo sequer ficar excitada! Talvez eu tenha 2% de interesse durante a ovulação, e esse é o ponto alto do mês. Mas está tudo muito melhor. Meu marido é tão doce. Ele diz: ‘Não casei com você pelo sexo, isso não tem importância’. Acho que está bastante aliviado por eu não ser mais o monstro que fui logo depois do casamento. Nossa vida se estabilizou. Posso ver em meu marido as qualidades que eu desejava — a segurança emocional voltou. A sensação de aconchego voltou. Sou muito carente, e ele está preenchendo essas necessidades, e adora ficar abraçadinho também. Ele me fez sentir que sou uma boa pessoa. E me sinto feliz de novo por estar com ele. Ele me ama e isso agora é um grande tesouro. Pelo menos 80% de nosso relacionamento é maravilhoso... As pessoas que vivem bem apesar da depressão fazem três coisas. Primeiro, procuram compreender o que está acontecendo. Depois, aceitam que é uma situação permanente. E em seguida, têm que superar sua experiência de algum modo, aprender com ela e se colocar no mundo das pessoas reais. Uma vez que você já compreendeu e já superou, percebe que pode interagir com o mundo, viver sua vida e prosseguir em seu emprego. Você para de se sentir tão aleijada e tem uma enorme sensação de vitória! O deprimido que consegue deixar de olhar para o próprio umbigo não é tão insuportável quanto o que não consegue... Em parte, o mais horrendo da depressão, e especialmente da ansiedade e do pânico, é que eles não envolvem uma escolha: são sensações que lhe ocorrem sem razão alguma... O suicídio é a rebelião da mente contra si mesma, uma dupla desilusão de uma complexidade que a mente perfeitamente deprimida não consegue abarcar. É um ato voluntário para libertar-se de si mesmo. O tom menor da depressão dificilmente poderia imaginar o suicídio; é preciso o brilhantismo do autorreconhecimento para destruir o objeto desse reconhecimento. Por mais equivocado que seja o impulso, pelo menos é um impulso. Se não há outro conforto num suicídio não evitado, pelo menos há esse pensamento persistente de que ele foi mais um ato de coragem deslocada e força infeliz do que um ato de total fraqueza ou de covardia... Embora a melancolia estivesse em voga no final do século XVI, o suicídio era proibido por lei e pela Igreja, e a proibição era fortalecida por sanções econômicas. Se um homem na Inglaterra daquela época cometesse suicídio, sua família teria que desistir de todos os seus bens móveis, inclusive arados, ancinhos, mercadoria e outros pertences necessários para qualquer tipo de trabalho... A ansiedade e a depressão se correlacionam do mesmo modo que medo e sofrimento. Tememos um mal futuro; sofremos por um mal que já ocorreu. Assim, a ansiedade é desalento sobre o que acontecerá, e a melancolia é desalento sobre o que aconteceu. A ansiedade ocorre quando você quer algo que sabe que não devia ter e por isso não tenta obter, enquanto a depressão ocorre se você quer algo, tenta obtê-lo e falha... Embora a depressão seja um fardo terrível, é ainda mais traumática para aqueles com várias doenças físicas e psicológicas. A maioria dos indigentes deprimidos sofre de sintomas físicos e é propensa a ataques em seus sistemas imunológicos. Se é difícil fazer alguém acreditar que sua depressão e sua vida infeliz são coisas distintas, é mais difícil ainda convencer alguém com uma doença mortal de que seu desalento pode ser tratado. De fato, a aflição da dor, a aflição perante as difíceis circunstâncias da vida e uma aflição sem objeto podem ser separadas, e a melhora numa dessas áreas, por sua vez, melhora as outras... Não temos, neste momento, um sistema claro para classificar os diferentes tipos de depressão e suas diferentes implicações. É pouco provável que ela tenha uma explicação única. Se ocorre por inúmeras razões, precisaremos usar sistemas múltiplos para examiná-la. Há um certo descuido, próprio dos modos correntes de classificação, que pega uma pitada de pensamento psicanalítico, um pouquinho de biologia e algumas circunstâncias externas e os mistura numa salada maluca. É preciso desemaranhar depressão, sofrimento, personalidade e doença antes de poder realmente entender os estados mentais deprimidos... É também possível que a própria estrutura da consciência abra um caminho para a depressão. Os evolucionistas contemporâneos trabalham com a ideia do cérebro trino (ou de três camadas). A parte mais interna do cérebro, a reptiliana, que é semelhante à que encontramos em animais inferiores, é a sede do instinto. A camada do meio, a límbica, que existe em animais mais avançados, é a sede da emoção. A camada de cima, encontrada apenas em mamíferos superiores como primatas e humanos, é a cognitiva e está ligada ao raciocínio, às formas avançadas de pensamento e à linguagem. A maioria dos atos humanos envolve as três camadas do cérebro. A depressão é uma preocupação distintamente humana. É o resultado de disjunções de processamento nos três níveis, é a consequência inevitável de se ter instinto, emoção e cognição, todos funcionando simultaneamente em todos os momentos. A tríade do cérebro às vezes falha em coordenar sua resposta à adversidade social... Os depressivos veem o mundo com clareza demais, perderam a vantagem seletiva da cegueira. A percepção e o pensamento humanos normais são marcados não pela precisão, mas por ilusões positivas autoenaltecedoras com respeito ao eu, ao mundo e ao futuro. Além disso, essas ilusões parecem ser realmente adaptativas e promovem mais do que minam a saúde mental. Os levemente deprimidos parecem ter visões mais precisas de si mesmos, do mundo e do futuro do que as pessoas normais; e nitidamente não têm as ilusões que promovem a saúde mental das pessoas normais e as protege das contrariedades... Pessoas que passaram por uma depressão e estão estabilizadas costumam ter uma consciência aguda da alegria da existência cotidiana. Parecem capazes de uma espécie de êxtase imediato e de uma apreciação intensa por tudo que é bom em suas vidas. Em primeiro lugar, se são pessoas decentes, podem muito bem se tornar extraordinariamente generosas. O mesmo pode ser dito de sobreviventes de outras doenças, mas mesmo alguém que emergiu miraculosamente do pior câncer não tem a 'meta-alegria' — a alegria de poder experimentar e dar alegria — que enriquece a vida dos que passaram por uma depressão severa. Essa ideia está elaborada no livro Productive and Unproductive Depression [A depressão produtiva e improdutiva], de Emmy Gut, que defende que a longa pausa forçada pela depressão e a ruminação durante essa pausa muitas vezes fazem com que as pessoas mudem suas vidas de modos úteis, especialmente depois de uma perda... Muitos me perguntam o que fazer para ajudar amigos e parentes deprimidos, e minha resposta é simples: procure mitigar o isolamento deles. Faça-o através de xícaras de chá ou com longas conversas, sentando-se num aposento próximo e ficando em silêncio ou de qualquer outro modo que se ajuste às circunstâncias, mas façao. E faça-o com boa vontade... O ato de amar é estar lá, simplesmente prestando atenção, incondicionalmente. Se a pessoa está sofrendo naquele instante, é isso o que está fazendo, ponto. Você está participando daquilo — não tentando loucamente fazer algo a respeito... Nenhum de nós teria escolhido a depressão dentre as qualidades que o céu nos oferece, mas quando ela nos é dada, aqueles de nós que sobreviveram descobrem algo nela. É isso que somos... Você não derrota a depressão. Aprende a administrá-la e faz concessões a ela..."
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joanorbit 07/01/2024

Descobri minha depressão
Bom, é um assunto muito difícil quando se trata de nossa saúde mental, nem sempre conseguimos identificar os nossos próprios sentimentos de estarmos deprimidos. Minha primeira leitura, que me identifiquei com as descrições sobre o estado de estar deprimido foi com o livro ?Redoma de Vidro?, de Sylvia Plath, ali, vi mesmo que eu estava em um estado deprimido da minha vida, me identificando com diversas descrições de emocional da personagem. Após terminar a minha leitura do demônio do meio-dia, foi um estado de inércia que eu tive comigo mesmo. Conforme eu ia lendo sobre diversos casos que o autor menciona, eu me identificava sempre com algum sintoma, ou com alguma dor de alguém sobre estar deprimido. É realmente desesperador, chorei muito por não aceitar o que eu concluía, mas foi muito importante pra eu ir buscar ajuda, pois quero também àquela sensação de superação que muitos tiveram no livro. Eu não sei como esse livro chegou em minhas mãos, talvez seja o título e a capa que capturaram minha atenção. Comecei com Prozac faz dois dias, e estou confiante que vou me dar bem, encontrei um médico incrível. Gratidão.
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Luan 04/01/2024

"Cada depressão tem sua própria história"
Um livro do início do século, num momento de proliferação e aprofundamento de vários estudos acerca cérebro e de inovações na indústria farmacêutica sobre as problemáticas desse órgão. Assim, estar situado por entre esse contexto é eventualmente o maior mérito do livro de Solomon. Por isso, através dos capítulos, o autor descreve a questão química, genética, anatômica, por trás do transtorno depressivo. Contudo, as descrições ligadas a estes aspectos são, para mim (não faço parte dessa seara de estudos), o grande ponto negativo. Senti a falta de uma discussão a respeito da questão psicológica mais aprofundada, do conflito humano interior, do trato das perdas e lutos num transtorno depressivo. A obra, por vezes soa cansativa e funciona como uma ode aos remédios antidepressivos. Porém, essa é uma visão bem particular, o livro tem vários pontos positivos e trata de maneira bem respeitosa a depressão por meio de uma pesquisa acurada sobre a depressão.
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Mírian-Atikum 15/12/2023

Anjos da meia noite!
Pelo título espera-se uma leitura densa, tristonha e aterrorizante. Mas também não é uma leitura leve, e nessa contradição digo que é uma leitura esclarecedora e rica em informações que acalma o coração tanto dos que sofrem desse mal e quanto de seus cuidadores. Você não se resume ao seu diagnóstico de depressão, no entanto precisa compreender que é uma pessoa com depressão e isso é um passo muitíssimo importante para aprender a lidar com os episódio depressivos que vem e vão ao longo da vida, por razões diversas, conhecidas e desconhecidas. É possível viver bem e ser feliz ao conseguir enfrentar a depressão com os cuidados adequados. Indico e recomento a leitura!
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TatianeSantos 26/11/2023

Sensacional
O escritor descreveu muito bem, apesar da depressão ser diferente em cada pessoa. Cada um tem uma experiência diferente e motivos nos quais talvez nem consiga explicar, mas esse livro foi um dois mais completos que já li sobre o assunto.
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Ehkew 24/11/2023

É um baita de um livro que narra muito bem o que pessoas com depressão enfrentam. É sensível e fala tudo o que todas palavras do mundo muita vezes não torna possível expressar. É consistente, realista e emocionante. Tem seus pontos positivos e alguns negativos, mas no geral a obra é muito boa.
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Alan.Nina 22/10/2023

Prolixo
Ao tentar dar conta de todo o universo que compõe a depressão, o autor não sobrevive ao teste do tempo. Há capítulos desgastados, especialmente pelos medicamentos que já não se usam, ou de novos que sequer foram citados.
Ainda assim, vale como registro histórico, o que só interessa para pesquisadores e especialistas.
A arte de extrair a essência e universalidade de um conteúdo é digna para poucos, mas nesse caso o autor se aproxima disso nos primeiros e últimos capítulos, muito baseado nos relatos das histórias de vida, essas sim, que guardadas as devidas proporções , acabam universalizando sentimentos.
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Fernando.Mascarenhas 24/08/2023

Uma leitura sobre a depressão super bem escrito e esclarecedor sem parecer didático. Possui relatos fortes de pessoas e também do próprio autor que enfrentava a depressão.
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Yuka 08/08/2023

Para variar, confesso que me equivoquei com o título do livro, principalmente porque só havia lido o demônio do meio-dia hahaha 

Então, ao iniciar a leitura que percebi se tratar sobre depressão. 

No início foi com certeza interessante com depoimentos do autor, que ninguém melhor do que quem teve depressão sabe melhor descrever sobre. Porém, não recomendo a leitura para quem não se sente bem, pois mesmo eu não sendo depressiva, durante a leitura passei a ser...

Tudo bem que durante minha vida toda já tive alguns episódios que poderiam ser considerados depressivos, com pensamentos suicidas até... mas nada tão forte como os descritos no livro. 

Já tive crises no passado mas como não tinha apoio de familiares, pois estava longe dos meus pais e na época ainda era casada, ninguém acreditava no que eu estava sentindo. 

As pessoas geralmente associam ter um trabalho, um casamento e filhos com felicidade. Gerações passadas não acreditavam em depressão e durante muito tempo foi considerado frescura ou coisa da mente da pessoa. Eu saí da minha crise na força do ódio mesmo. Mas passei uma semana horrível, sem vontade de levantar da cama e ainda tinha mania de perseguição. Eu deixava todas as cortinas fechadas e não fazia barulho para não saberem que eu estava em casa, não sei porque mas eu tinha medo do mundo lá fora...

Foi preciso muita força de vontade para mudar e para dificultar mais ainda, eu tenho fobia social. Eu era obrigada a conviver socialmente na tentativa de que isso fosse ajudar em alguma coisa...

Ao longo do livro, vi casos que até para mim foi inacreditável. Porém, hoje em dia existem mais recursos de tratamentos e ajuda psicológica, embora financeiramente falando, não é algo acessível para todos. 

Mas voltando ao livro, até a metade Solomon ainda conseguiu transmitir com maestria o que é a depressão. Seu caso foi o ponto chave para melhor compreensão do caso e até me prendeu na leitura. Mas...

Depois da metade ficou uma leitura maçante e cansativa. Para mim, era como ler prontuário médico com o nome do paciente, sua doença e seus medicamentos. Passou a ser apenas nomes de remédios e seus efeitos. 

A depressão vem de tempos antigos, vários experimentos foram feitos para se chegar às medicações certas atuais, mas alguns tratamentos eram realmente chocantes. O modo como doentes mentais eram tratados é surreal. 

Daí também vem o preconceito das pessoas em procurar ajuda porque acham que não estão loucas para procurar um psiquiatra... vi muitos comentários positivos sobre o livro. Não vou negar que foi interessante, acho importante nos informarmos sobre vários assuntos e a depressão infelizmente é algo que está em alta no momento. 

Mas ainda assim, em determinado momento do livro, me senti tão mal e depois ficou muito arrastado. Entendo também que o autor por sofrer depressão, teve vários momentos difíceis enquanto escrevia o livro, talvez por isso tenha perdido um pouco do entusiasmo na escrita no final. 

Claro que não é nada empolgante escrever sobre alguma doença, mas ao ver que as pessoas não estão sozinhas e procurar ajuda não é uma fraqueza, vendo outros casos semelhantes e de muitos que superaram e mesmo que não estejam totalmente livres, ainda se tem esperanças de ter dias melhores... 

Confesso que demorei muito mais do que de costume para terminar o livro mas foi bom. Vi muita gente recomendando e tals,  boooooommm para mim não foi muito bom porque como disse no início, alguns relatos me deixaram muito mal, não foi um leitura ruim, mas o tema é sensível apesar de informativo...

Recomendo se não tiver problemas com o assunto. 
QUEIJO460 08/08/2023minha estante
A doença do século.




Yumie 06/08/2023

É um livro surpreendente mesmo depois de 20 anos da publicação, é sensível e empático, escrito por quem já esteve nesta luta. Ninguém quer mudar nada na sua vida mesmo que traga sofrimento as pessoas continuam sobrevivendo, é triste, pq a mudança não depende só da força de vontade, é algo mais químico, fisiológico, alterações que acontecem com a depressão.
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