Resenhas - Cartas do Papai Noel

Flávia Menezes 22/12/2021

???? NÃO BASTA SER PAI, TEM QUE PARTICIPAR!
De 1920 a 1943, J.R.R. Tolkien escreveu cartas aos seus filhos na época do Natal, se passando pelo Papai Noel. É claro que vindo do Tolkien não seriam apenas cartas, mas grandes aventuras, que sem dúvida faziam seus filhos pensar no Papai Noel muito mais do que no velhinho que deixa presentes nas meias de Natal (porque no caso deles, a tradição era essa, e não embaixo da árvore de Natal). Imagino como deviam ficar ansiosos pelo Natal, apenas para ter notícias das aventuras vividas durante o ano pelo ?Papai Noel?.

E é claro que, um homem cheio de criatividade como Tolkien, não fez nada pela metade. As cartas não eram assinadas apenas pelo Papai Noel, mas também pelo seu ajudante, o Urso Polar, e depois, por acréscimo, pelo elfo-secretário Ilbereth, tendo cada um, uma letra personalizada. E que primor! Sem contar da beleza das ilustrações que ele fazia para mostrar, visualmente, como haviam sido as aventuras vividas pelo Papai Noel e seus amigos.

Lendo a história, tudo o que eu pensava era no meu afilhado, que daqui a dois meses completará 8 anos, lendo um livro como esse, e rindo das partes engraçadas onde o Urso Polar comete suas divertidas atrapalhadas. Confesso que eu também me diverti muito (e ri muito!), e fiquei pensando em como um livro como esse é um bom pretexto para que pais e filhos sentem juntos para uma leitura antes de dormir.

Como o livro tem letras personalizadas, para uma criança que está em fase de alfabetização (ou está pré-alfabetizada), pode ser mais difícil que ela leia sozinha um livro como esse. Sem contar que, como se passa em uma outra época, o vocabulário é mais complexo para uma criança pequena. O que reforça ainda mais o poder da história contada, e do momento entre pais e filhos, para que os pais possam explicar as partes mais complexas, divertindo-se juntos nas partes engraçadas.

Não sei se é pela época do ano em que estamos, mas eu confesso que me emocionei no final. Quando a última carta é enviada, apenas o nome da mais nova, Priscilla, ainda consta no destinatário, porque os outros três filhos já cresceram, e não escrevem mais para o Papai Noel. E ver que até as cartas dela acabam, bateu aquela emoção de ver que as crianças um dia crescem, e que essa magia, essa fantasia do bom velhinho um dia acaba.

Quer dizer, na verdade não acabou, mas continuou e se perpetuou, primeiramente com os netos do Tolkien, e depois com os bisnetos, até que a segunda esposa do seu terceiro filho, Christopher (o mais famoso deles, por ter se tornado editor dos trabalhos póstumos do pai), nos deu esse grande presente, e editou esse belo livro, compartilhando toda essa magia conosco.

Além de nos lembrar da alegria que era receber a visita do carteiro, e de como era ler uma carta escrita por aqueles que amamos, mas estão distantes, esse é um livro que nos remete a importância de nos fazermos presentes em nossas casas, com as nossas famílias, e de contarmos histórias para os pequenos, e nos divertirmos com elas. Ah! Se as pessoas soubessem do poder da tradição da história contada!

Bom... eu sei que aqui no Skoob já passamos da época de acreditar no Papai Noel. Mas olha... nunca seremos velhos o suficiente (assim espero!) para deixarmos de acreditar no poder da magia e da fantasia, para deixarmos de apreciar algo tão belo, que um grande escritor nos deixou, e que fala sobre o amor entre pais e filhos. Porque é disso que essas cartas de Natal se tratam: de um pai que amou tanto os seus filhos, que deu a eles algo tão importante, que é o sonhar e o acreditar em um mundo muito mais bonito, especialmente nos tempos de guerra e tristeza que enfrentaram.

Espero que nesse Natal, você se lembre de manter a sua criança sempre viva. E se tiver filhos, ou afilhados (eu já vou ver esse livro para dar de presente para o meu, porque não vejo a hora de nos divertimos juntos com essa história!), ou irmãos menores, que tenha se sentido motivado(a) a separar um tempinho, e ler um livro como esse para eles. Tenho certeza de que vocês darão boas e ótimas risadas juntos!



Para o Papai Noel: Meu querido Bom Velhinho, fico aguardando as minhas bombinhas de papel. Mas por favor, mande muitas, porque eu quero fazer muitos pedidos esse ano!! Afinal, e o senhor sabe bem disso, mesmo depois de crescida (e põe crescida nisso! Kkkkkkkk), eu nunca deixei de acreditar no poder da magia do Natal!

Thamiris.Treigher 25/12/2022

Tolkien + Natal = ??
O Natal para os filhos do lendário J.R.R.Tolkien ia muito além das comemorações típicas da época.

Tolkien escreveu, de 1920 a 1943, cartas - assumindo a autoria do Papai Noel - para os seus filhos, com toda uma atmosfera de fantasia em que temos ursos polares, elfos, gobelins, duendes e muitas aventuras.

As cartas são acompanhadas de desenhos, ornamentos, alfabetos mágicos (Tolkien era um linguista fabuloso e um de seus passatempos era a criação de línguas), e os últimos acontecimentos do Polo Norte. A letra do Papai Noel, por exemplo, é trêmula; e a do atrapalhado Urso Polar é cheia de erros, pois ele está aprendendo o alfabeto dos humanos (sua língua original é o ?ártico?).

Um livro que resgata o afeto, a magia do Natal, a fantasia da infância. Tolkien não planejava divulgar essas cartas, que foram publicadas em 1976, por iniciativa de Baillie Tolkien, sua antiga secretária e também esposa de um de seus filhos, Christopher Tolkien, três anos após a sua morte.

Lindo demais!

Marcos Queiroz 28/11/2012

Bonitinho
Uma compilação de diversas cartas que Tolkien enviou para seus filhos durante a infância destes.
As histórias em si são bem infantis, bobinhas mesmo, nada que chame a atenção. Mas é divertido perceber o formato do que viria a ser todo o mundo da Terra-Média (principalmente nomes, criaturas e línguas) serem rascunhadas em trechos tão simplórios.
É de uma admiração louvável que Tolkien tratava suas crianças. O carinho que cada carta possuía era inquestionável, sempre com um desenho do que havia ocorrido de especial no polo norte naquele ano. Se um dia eu for pai, que eu tenha este mesmo amor por meus filhos.
Outra coisa importante de se notar é a presença da II Guerra Mundial. Até o "Papai Noel" sente o mal que aquela guerra trouxe ao mundo.
No mais, é um bom livro para se colecionar, por ser do Tolkien, e por toda a carga histórica e emocional que este autor e pai deu ao seus filhos (biológicos e literários).

Mey 11/01/2022

Imagina ter Tolkien escrevendo cartas como se fosse o Papai Noel, essa é a premissa de Cartas do Papai Noel, livro com as coletâneas de cartas do Papai Noel que ele escrevia para seus filhos.

As cartas começam curtas, apenas na época do Natal, mas com o passar dos anos elas ficam mais extensas e novos personagens entram na história, como o Urso Polar e os Goblins.

Além dos textos, Tolkien ainda fazia desenhos para ilustrar as histórias do Papai Noel. Isso deixa o livro ainda mais lúdico.

Esse livro é uma explosão de doçura e amor! É muito lindo a forma como Tolkien criou um universo mágico para seus filhos e manteve por tanto tempo essa história, se dedicando em manter a pureza e a beleza da crença no Papai Noel.

Terminei esse livro com um quentinho no coração e com a vontade de escrever cartas aos meus filhos também, claro que nunca chegarei aos pés do rei da Terra Média, mas vale a pena tentar.

site: https://www.instagram.com/p/CX6aejirpmW/

Naty Alves 25/12/2023

As cartas do papai Natal
É Natal.. E em meio às minhas leituras Um conto de Natal, O quebra nozes etc. E filmes como A felicidade não se compra, e o milagre da rua 34, comilanças e Tchaikovsky finalmente lí cartas do papai noel do Tolkien. E se pudesse definir este livro numa palavra seria AMOR, o amor de um pai por seus filhos que resultou numa chuva de criatividade para contar a seus filhos, (e a nós) as aventuras de um velhinho já bem conhecido de todos, o nosso bom, velho, e amigo papai noel.

Imagino a alegria das crianças Tolkien em receber as cartinhas com as últimas e (frias) notícias do Polo norte hahaha (repletas de amor), e as trapalhadas do urso polar, seus sobrinhos, os Elfos, e até o homem da lua. Mas não é só de momentos memoraveis, risadas, confusões (Gobelins), ventos gelados, e presentes, se vive lá na casa do penhasco.

Papai noel também vai contar para as crianças de suas preocupações com as altas temperaturas do Polo norte, ou os efeitos da segunda Guerras na suas entregas ou até mesmo nos pedidos das crianças e certa agustia, (mesmo tudo muito sutil).


Amei cada página detalhes e ilustrações que o próprio autor fazia por deleite dos pequenos suas ideias e toda criação da mitologia por trás do pai Natal. E principalmente como ele próprio deixou suas crianças crescerem e partirem. Mas, nunca se esquecendo delas, ou deixando de ama- las.

Paulinha 12/01/2023

Que fofura
Ah esse Tolkien! Que cartas lindas, cheias de amor!!
Os filhos dele deviam amar receber cartas do Papai Noel! Eu ficaria ansiosa o ano inteiro! Haha
Livro lindo, ilustrações belíssimas.
Leiam, leiam, leiam!!!

É interessante que acompanhamos a passagem do tempo em que as cartas são escritas, quantas mudanças ocorreram no mundo. Em especial as últimas, que foram enviadas durante a Segunda Guerra Mundial. Como deve ter sido um período difícil e angustiante. Ainda mais para a família Tolkien, já que Christopher se alistou na aeronáutica, se não me engano.

Aline.Fazio 02/12/2022

Presente com carinho
Esse livro é fantástico! Uma edição muito linda em que podemos ver e ler as maravihosas cartas escritas por Tolkien para seus 4 filhos ao longo de quase 20 anos.
É extremamente tocante ver toda a dedicação, capricho, carinho e amor que ele colocava nessas cartas! Esse livro mostra muito mais do que uma série de pequenos relatos escritos por Papai Noel sobre suas aventuras no Norte com seu fiel amigo, Urso Polar, é, na verdade, um lindo presente em forma de cartas, feitas por um pai amoroso para seus filhos com muito esmero!
Todos sabemos que Tolkien é criativo para criar fantasias, mas aqui temos a oportunidade de ver sua imaginação ir além para agradar seus filhos, criando diferentes tipos de letras para cada personagem, cores, desenhos ilustrativos, selos, combinando tipos de papel e pensando em modos diferentes de entrega.
Uma dose revigorante de fantasia e afeto em um cotidiano real! Lembrando que nesses 20 anos de cartas passaram pela Grande Depressão e Segunda Guerra, sem que o Papai Noel tenho ignorado isso, mas nunca sem perder a magia ou deixar de escrever!
Que bom que esses presentes foram publicados e compartilhados!

Lili 31/12/2017

Cartas do Papai Noel
Que livro FOFO!

Fechando meu 2017 com chave de ouro, termino este livro lindo que mostra cartas que Tolkien escreveu aos seus filhos em nome do Papai Noel, enquanto eles eram pequenos. As cartas são lindas, muito coloridas e ilustradas e o livro vem com várias fotos delas. É muito emocionante pensar que Tolkien teve todo esse carinho com os filhos durante tanto tempo.

As cartas chegam a provocar algumas lágrimas quando se pensa nas crianças crescendo a cada ano e o Papai Noel endereçando as cartas aos menores com algumas reclamações de que os maiores não escrevem mais. Além disso, há várias menções à Segunda Guerra, pois algumas das cartas foram escritas enquanto ela estava em curso. A última carta nos deixa com a sensação de que a infância acabou e senti uma tristezinha básica.

Recomendo muito!

Cintia Lais 27/12/2012

Divertido e Encantador
O livro é encantador. Todos os anos desde a infância de seu filho mais velho, John, até a adolescência de sua caçula, Priscila, Tolkien endereçava cartas às suas crianças fingindo ser o Papai Noel. Com lindas ilustrações e com um estilo de escrita bastante divertido, o bom velhinho relata as diversas aventuras que os moradores de sua casa no Pólo Norte vivem a cada ano. É interessante perceber a habilidade de Tolkien ao manipular elementos fantásticos e fazer com que o leitor acredite por alguns momentos no que está lendo. O Urso Polar do Norte, ajudante do Papai Noel, é uma figura apaixonante. Os trasgos, que adoram destruir tudo, são incluídos na narrativa de uma forma tão natural que não há tempo para lembrar que esses seres não existem no mundo real. Algo que admiro profundamente nas obras de Tolkien é o forte trabalho de ambientação através de referências a documentos, idiomas, canções, profecias, e lendas, que conferem mais autoridade à história. Neste livro, cuja primeira carta data do ano de 1920, é possível encontrar essa característica, apesar de uma linguagem bem mais simples, e então sentir que a rede de histórias contadas faz tanto sentido que poderia mesmo ser real.
Acredito que ele agradará muito aos fãs de Tolkien, e que é um ótimo livro para ser lido em qualquer idade.

Estelia 30/03/2024

Cartas mais que criativas
Sim, sou Tolkiana, e por isto decidi que Cartas do Papai Noel deveria fazer parte da minha biblioteca. E sinceramente não esperava que o livro fosse tão bom. Uma coleção de cartas que o Papai Noel envia para as crianças Tolkiens. E é incrível poder observar a criatividade de Tolkien nestas cartas. Ter a expertise de pegar as cartinhas das crianças e pensar em respostas. E ir além, de simples respostas, mas criar uma vida do Papai Noel, criaturas mágicas que moram com ele, o Urso Polar, seu assistente, e mais um idioma (não bastasse o élfico, Sindarin e Quenya). Um livro considerado infantil, mas que vai além da infância!

Lindëndil 12/12/2013

Saudades...
Ao ler a última carta, datada de 1943 senti saudades, saudades dos desenhos, da letra tremida, do Urso Polar... e as cartas nem eram pra mim! rs
Tolkien tem esse poder, de criar algo tão fantástico que você mergulha por inteiro na história, se sente parte dela...
Tenho certeza que seus filhos, mesmo depois de grandes, sentiam falta dessas adoráveis cartas, feitas com tanto carinho especialmente pra eles.
Um ótimo pai; amoroso, dedicado, atencioso, e um ótimo escritor.
Me sentia como uma pequena criança a cada carta que lia, e por um momento desejei que tudo fosse real; os elfos, os sobrinhos do Urso Polar, até os trasgos..rs Mas sei que, a cada vez que eu abrir esse pequeno livro, tudo será real sempre...Sem mais palavras...

Potterish 12/01/2014

Cartas de Tolkien a seus filhos.
Cartas do Papai Noel, de J.R.R. Tolkien.

Em dezembro de 1920, Tolkien começou uma tradição que duraria 23 anos: ele escreveu e ilustrou uma carta do Papai Noel para seu filho John, na época com três anos de idade. A partir de então, até o Natal de 1943, e a cada dezembro, os quatro filhos de Tolkien recebiam um envelope com selo do Pólo Norte e uma carta do Papai Noel, contendo histórias, belamente escritas e ricamente ilustradas. As histórias que o Papai Noel contava para as crianças Tolkien falavam da vida no Polo Norte: das guerras com os trasgos que viviam nas cavernas embaixo da casa; como o Urso-Polar do Norte, uma vez, caiu pelo telhado da casa do Papai Noel na sala de jantar; como ele partiu a Lua em quatro pedaços; e várias outras histórias.

Esse livro é muito lindo, uma leitura perfeita para o Natal. Além de mostrar um pouco da intimidade de J.R.R. Tolkien, o livro é recheado de ilustrações (dos postais e cartas trocadas entre Tolkien e seus filhos). Eu gostei porque até em uma história inocente existe um alfabeto inventado pelo autor. Uma coisa que me chamou a atenção é quando ele lamenta que seus filhos já estejam grandes demais para receberem cartas do Pai Natal, e mesmo assim não desanima. Adorei demais.

Resenhado por Natallie Alcantara.

168 páginas, Editora Martins Fontes, publicado em ano 2012.
*Título Original: Letters from Father Christmas.

site: http://clubedolivro.potterish.com/2013/12/resenha-cartas-do-papai-noel/

mah-nachtengel 23/10/2016

Lindo demais.
O livro é lindo, as cartas que ele escrevia para os filhos são incríveis. Queria eu um pai assim. E o que falar das ilustrações? Tão lindas, detalhadas e singelas. ?

Pollyana Camilo 21/12/2017

Melhor pai do mundo.
Ao ler esse pequeno grande livro, voltei a ser criança e me encantei com cada carta, o livro é recheado de ilustrações (dos postais e cartas trocadas entre Tolkien e seus filhos).
Mas não é só de diversão que as cartas são compostas, em algumas delas percebemos a
maneira sutil com a qual Tolkien lida com os acontecimentos do mundo, é importante destacar o quão cuidadoso foi o autor.

Através da voz do Papai Noel, seus filhos são encorajados a partilhar seus presentes (“Espero que compartilhem sempre as peças da estrada de ferro, da fazenda e os animais, e não pensem que cada coisa é só para o dono da meia em que foi colocada.” – p. 40).

A pensar nas famílias em necessidade (“… se acharam que não chegaram muitas das coisas que pediram, e talvez nem na mesma quantidade em que chegavam outras vezes, lembrem-se de que neste Natal há em todo o mundo um número imenso de pessoas pobres e famintas.” p. 62).

Além de deixar implícitas as dificuldades resultantes da 2ª Guerra Mundial (“Essa guerra horrível está reduzindo todos os nossos estoques, e há muitos países em que as crianças estão morando longe das suas casas.” p.140).

É um presente incrível pra pessoas de qualquer idade e, com o Natal logo aí, nada mais propício.