Mateus.Risso 21/01/2024
Um gostinho de nostalgia
Ser fã de Maurício de Souza é ter a certeza de que algo será reinventado, afinal, manter uma personagem como o astronauta, criado em 1963, ativo e rendendo frutos até os dias de hoje exige muito jogo de cintura e criatividade.
Nessa Graphic Novel, a combinação entre Astronauta e temas mais adultos, como a solidão, pressões diárias por resultados e a escolha entre carteira e família caiu como uma luva. A ausência de diálogos com páginas tão bem desenhadas que te fazem gastar minutos admirando cada detalhe, os tons escuros que predominam na HQ e a questão psicológica abordada são impecáveis.
Por fim, abusando da singularidade, essa Graphic Novel me lembrou muito momentos que vivi com meu pai, onde víamos os desenhos do Astronauta em um dvd antigo que tínhamos e eu sempre capturava algumas lágrimas que saiam de seus olhos. Astronauta nunca foi uma personagem infantil, mas sim um elemento voltado para a identificação adulta. Hoje, com 23 anos, consigo entender o que aqueles desenhos significavam pra ele e quem chora lendo seus quadrinhos sou eu!