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Resenhas - Bíblia Sagrada


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z..... 10/07/2016

Minha busca foi a leitura dos livros "apócrifos", também chamados "Deuterocanônicos", que são acréscimos ao Antigo Testamento utilizado pela Igreja Católica Apostólica Romana. Uma das principais justificativas dessa inclusão está no fato da"Septuaginta" e "Vulgata Latina" serem fontes para as traduções adotadas no catolicismo. Essas edições tem acréscimos. Historicamente o reconhecimento e oficialização dos complementos se deu em 1546 no Concílio de Trento, em uma convocação em resposta à Reforma Protestante (a Contra-Reforma e a partir daí se deram ao direito de destruir e creditar como falsa, ensinando assim ao povo, toda edição sem os acréscimos, com histórias absurdas nesse contexto, como fogueiras de Bíblias que rejeitavam).
Os acréscimos são: 1 e 2 Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque e complementos aos livros de Ester e Daniel.
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Em 16.07.16 li DANIEL

Novidade para mim é que, além do acréscimo dos capítulos 13 e 14, existem também diferenças nos capítulos 3 e 4.

Cap. 3 - O principal diferencial no capítulo 3 é a introdução de novas histórias na narrativa sobre os três jovens na fornalha. Em linhas gerais, os textos adicionais iniciam com a oração de Azarias (que corresponde ao Abedenego). Na fornalha ele louva a Deus por sua grandeza, reconhece que o povo Israelita padece por ter abandonado a Deus e clama por misericórdia e livramento.
Os acréscimos continuam com a descrição sobre a fornalha, onde o drama é acentuado. Os servos do rei atiçam as chamas e estas crescem de tal maneira até uma altura de 49 côvados (pelo menos uns 25 metros). Essa situação crítica arrebenta o ambiente e atinge alguns caldeus próximos, que morrem queimados. Encerra-se essa parte com o livramento divino aos três jovens.
Ainda no capítulo 3, o texto apócrifo mostra o cântico de livramento dos três rapazes na fornalha. A criação, em seres viventes e inanimados, é conclamada a uma atitude de louvor.
O capítulo ainda tem três versículos extras, os últimos, em uma transposição do início do capítulo seguinte.

Cap. 4 - Obviamente ficou alterado com a retirada dos três versículos que o iniciavam. Essa é a única diferenciação nele.

Cap.13 - Cita a história de Susana. Faz lembrar a história de José do Egito e a mulher de Potifar A história é nessa linha: Susana era uma bela mulher temente a Deus, na Babilônia, que se casa com um respeitável homem, também temente a Deus, chamado Joaquim. Por sua beleza, ela passa a ser cobiçada por dois velhos juízes, que começam a visitar frequentemente sua casa na expectativa de uma oportunidade. Quando esta chega, tentam obriga-la ao adultério, ameaçando-a de difamação caso não cedesse, baseando-se no crédito que o povo lhes dava. Na recusa de Susana, que faz um escândalo atraindo atenção, os dois a acusam de terem lhe flagrado em adultério na companhia de um jovem que fugiu. Pelo contexto da época, a moça é condenada à morte. Mas no caminho para esse destino recebe a interceptação de Daniel (ainda muito jovem). O rapaz sabiamente revela a mentira dos dois acusadores ao questioná-los separadamente, onde caíram em contradição. Esse texto fala que a verdade veio à tona e desde aí Daniel começou a se fazer grande diante do povo. A história teria se passado no reinado de Nabucodonosor.

Cap. 14 - Registra duas histórias contra a idolatria, que teriam ocorrido no reinado de Ciro.
- A primeira é sobre o ídolo Bel, uma das principais divindades no reino dos medo-persas. O rei questiona o profeta sobre a recusa dele em venerar o ídolo e Daniel responde que não é um ser vivente. O rei disse que ele é vivo e que se alimenta todo dia, tentando provar. O ídolo é isolado numa sala onde deixam comida e esta some, mas o que não se sabe é que os sacerdotes desse ídolo entravam por uma passagem secreta e comiam os manjares. Daniel, ciente, espalha cinzas no entorno e, resumindo, no outro dia a artimanha é desmascarada vendo-se as pegadas. O rei coloca uma pressão e os sacerdotes revelam a trapaça. O ídolo é então destruído por Daniel.

- A segunda história é sobre um ídolo dragão, no mesmo esquema, onde Ciro diz que ele vive e Daniel desmascara entupindo-o de alimento até que se arrebente (ignomínia para o pretenso deus). Novamente os sacerdotes perdem a vida e outros babilônicos, enfezados com Daniel, fazem a cabeça do rei contra o profeta. Resultado: Daniel é jogado novamente na cova dos leões, onde teria ficado uma semana, até ter um livramento através do profeta Habacuque.

Daniel tem essa caracterização nos seus acréscimos.
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Em 28.07.16 li ESTER

A exemplo do ocorrido com o livro de Daniel, a obra tem acréscimo de 6 capítulos (11 a 16) e também adições no capítulo 10. Esse último aspecto não sabia.

Cap 10 - Tem adição dos versículos 4 a 12. Complemento não existente no texto em hebraico original. O que vemos soa como uma valorização de Mordecai (ou Mardoqueu) como profeta. O texto a partir daí evoca uma apresentação espiritualizada não presente no livro até esse ponto. Antes disso são descritivos com uma conotação histórica.
Deus, embora não apareça na palavra escrita, está presente na narrativa. Os versículos introduzidos nesse capítulo inserem a palavra "Deus" e "Senhor" e a narrativa tem uma conotação mais dramática. Como disse, nesse capítulo Mordecai assume ares de profeta e a história de Ester passa a ser recontada com ares mais dramáticos em algumas partes.

Cap. 11 - Ressalta na prática o que o capítulo anterior introduziu, mostrando que Mordecai teve um sonho (revelação divina) sobre o plano de Hamã contra os judeus.

Cap. 12 - Continua a revelação profética a Mordecai, sobre a conspiração de Hamã.

Cap. 13, 14 e 15 - São textos que teriam se passado entre o final do capítulo 4 e ínício do 5, onde o drama de morte iminente aos judeus é acentuado.
Para ser mais específico, o capítulo 13 enfatiza a oração de Mordecai por socorro, o capítulo 14 mostra a de Ester´e o 15 procura detalhar a apresentação dela diante do rei (fato narrado no capítulo 5).
Em todos esses casos o drama é acentuado. Na apresentação de Ester, por exemplo, ela é mostrada debilitada, carregada por duas servas, quase não dando conta de falar, com desmaios recorrentes e provocando consternação para o rei Assuero e seus ministros.

Cap. 16 - É um acréscimo que acentua a história que se descreve no capítulo 8. O texto foi constituído para ser introduzido após o versículo 12 desse capítulo, quando o rei dá um parecer favorável aos judeus. Esse texto apócrifo mostra uma euforia do rei por propiciar justiça, onde Deus e seu povo são ovacionados.

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Em 10/09/16 li TOBIAS

O livro tem 14 capítulos curtos e está localizado depois de Neemias. As personagens de destaque são Tobias (pai), Tobias (filho), Ana (esposa de Tobias pai), Sara (prima e futura esposa de Tobias filho) e o anjo Rafael (Azarias).
Em linhas gerais, fala de benevolência e da constância da fé em situações adversas, apresentando pelo menos três momentos.
O primeiro mostra Tobias e sua família em Nínive durante o período de desterro imposto pelos assírios às tribos do norte de Israel. Sua origem israelita é de Naftali e no desterro se mostra um homem piedoso, auxiliando necessitados, usando seus bens para ajudar em sepultamentos de compatriotas. Entretanto, entra em dificuldades financeira, fica cego e sofre perseguição, mas mantendo a fé. Lembra um pouco a história de Jó, que é citado.
No segundo momento o Tobias filho vai a uma cidade dos medos guiado por um anjo chamado Rafael (que se apresenta como Azarias). A intenção é resgatar um valor financeiro que seu pai tem direito junto a um homem identificado como Gabelo. A história mostra também outra pessoa, Sara, uma parenta, que enviuvou sete vezes por ação de um demônio de nome Asmodeu (que matava os maridos). Tobias e Sara, após oração e manifestação da fé, se casam e ela é libertada da possessão maligna que a circundava.
A história tem fatos esquisitos que lembram ritos pagãos. Tobias foi atacado por um peixe gigante e, após dar cabo do mesmo e sendo orientado por Rafael (Azarais), guarda o fel como uma espécie de amuleto que o ajuda a repelir os demônios e depois é usado para o Tobias pai recuperar a visão.
O terceiro momento é o retorno do filho, onde o pai é curado, recupera os bens e a história encerra em finais felizes.

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12/09/16 - JUDITE

A exemplo dos outros apócrifos, o livro de Judite foi escrito no período interbíblico (aproximadamente no século II a.C), tem 16 capítulos e está localizado entre o apócrifo Tobias e o histórico Ester.
Apresenta erros referenciais, explícitos no primeiro capítulo. Exemplo: O livro de Daniel mostra três períodos de dominação de Israel por impérios do Oriente (respectivamente: assírios, babilônicos e medo-persas). Judite mistura as informações e uma das mais equivocadas é mostrar Nabucodonosor como rei dos assírios. Sobre isso, as notas informam que é uma obra de ficção que objetiva uma mensagem entusiasta e motivadora para a libertação do povo israelita.
A narrativa começa com Israel e nações vizinhas sendo subjugadas por Nabucodonosor, que impõem um domínio de terror através de seu exército liderado pelo general Holofernes. Israel recusa essa dominância e tenta mediar a situação através de Aquior, mas suas considerações são rejeitadas pelo general. A dominância seria irrefreável (aff! será que existe essa palavra... ah, vamos em frente) e Holofernes, com empáfia, fala para os israelitas apelarem para Deus, em quem confiam. Essa cena lembra o confronto entre os israelitas e filisteus (no episódio do embate Davi contra Golias). Judite entra em cena a partir desse momento.
Pausa para mais uma observação: Na breve genealogia é mencionada como descendente da tribo de Rubem e depois ela apresenta a origem como simeonita.
Enfim, é descrita como uma mulher temente a Deus, viúva e de grande beleza. Esse último aspecto faz com que o general se encante e permita o acesso dela a sua tenda. Judite usa isso a seu favor e, após embebedar o famigerado, mata-o e corta-lhe a cabeça, fugindo com esta na calada da noite. No dia seguinte os assírios descobrem o fato e são tomados de terror com a perda do general. Ao mesmo tempo Judite estimula seu povo com sua façanha, mostrando a cabeça degolada. Os israelitas afastam os dominadores e o livro encerra com a oração da judia, honrarias como heroína e relato de uma vida feliz.
As notas dizem que o livro faz uma analogia à Maria, mãe de Jesus, mas não consegui distinguir outro paralelo que não fosse a idolatria (buscando-se um paralelo como libertadora).
A história é insidiosa e lembra também histórias de outras passagens bíblicas em certas particularidades: Sansão e Dalila, Abimeleque e a mulher da torre e, principalmente, o general Sísera e Jael. Judite embebedou o general e o decapitou na cama.

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02/11/16 - SABEDORIA

O livro tem 19 capítulos, fala sobre a sabedoria (relacionada à vida em comunhão com Deus) e há uma crença popular de que tenha sido escrito por Salomão (por tratar de assunto associado ao monarca e por ter capítulos que falam em seu nome). Mas o consenso entre os estudiosos (segundo as notas de referência) é que tenha sido escrito em Alexandria, em época próxima aos primeiros anos da era cristã.
Foi a primeira vez que li e duas coisas me chamaram a atenção na oportunidade:
- a similaridade com algumas passagens bíblicas que abordam a sabedoria (como o Salmo 1 e os primeiros capítulos de Provérbios, onde a sabedoria se faz anunciar como uma dádiva à disposição de todos que buscam a Deus, com um paralelo entre os fiéis e ímpios em relação a ela);
- e a questão da idolatria, enfatizando a abominação que é diante de Deus em suas diferentes formas (um testemunho a mais contra a postura cega a isso, baseada em conceitos que não vem das Sagradas Escrituras - como o povo não vê e teima nesses caminhos de perdição do culto à criatura? O livro da Sabedoria, exclusivo nas Bíblias de alguns, é um testemunho extra a esses enganosos caminhos).
Registro também que o capítulo 8 transmitiu algo estranho, pois é como se Salomão estivesse se vangloriando por sua sabedoria. Fiquei com uma sensação de rejeição. Afinal, é por conta de Deus, pelo temor a Ele que vem o diferencial. A vangloria e confiança em si é uma forma de idolatria. Lembro as referências em Jeremias 9:24 e II Coríntios 10:17.

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Em 21 a 23/12/2016 li ECLESIÁSTICO

O livro tem 51 capítulos e é o mais extenso dos apócrifos. Segundo a introdução e capítulo final foi escrito por um certo Jesus, filho de Sirac, no período interbíblico entre o Antigo e Novo Testamento.
Os capítulos tem um texto que fala da grandeza de Deus e da sabedoria. Várias situações práticas de vida relacionadas a ela são mencionadas.
Além de desenvolver conteúdo sobre a grandeza de Deus e sabedoria de forma pragmática, também menciona histórias bíblicas (cito como exemplo a referência à Adão e Eva). Mas também tem coisas que me pareceram estranhas e vou deixar em registro duas passagens que gostaria de me informar mais: Eclesiástico 3:23-25, 7:37 e 46:23.
A primeira está em um contexto de que Deus excede o conhecimento humano (e isso é certo), mas o texto soa estranho em desestimular o estudo nas obras de Deus (principalmente versículo 24). O livro de Eclesiastes (disse Eclesiastes) até alerta que o muito estudo produz enfado, mas não direciona isso para Deus. Essa passagem, mesmo entendendo o contexto, parece chocante e prefiro ficar com o que diz o Salmo 1.
A segunda passagem foi marcada nas notas de rodapé e insinua apoio para práticas de oblação e de sufragar a alma dos mortos (nos comentários católicos). Apoiam-se aí doutrinas que vieram de ritos pagãos. O contexto do versículo fala de apoio e consolo para os familiares, não de práticas pagãs, como se assume hoje em costumes na igreja.O respeito pelos mortos direciona-se no amparo aos vivos. Tem um texto em capítulos adiante, sobre luto, que afirma isso também.
A terceira fala da passagem da invocação do profeta Samuel por uma feiticeira, a pedido de Saul (descrito em 1 Samuel 28) e o versículo endossa essa história, reconhecendo-a como se fosse o verdadeiro Samuel quem apareceu, ao ser invocado por feiticeira.

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Em 26/12/2016 li BARUC

É um livro curto e sucinto, com apenas 6 capítulos, onde o autor se apresenta como Baruc, secretário de Jeremias, descrito no respectivo livro do profeta.
Além do texto de apresentação, a obra tem três partes distintas, que referem-se a uma oração de súplicas diante de Deus (onde é exaltado por sua grandeza e suas misericórdias são invocadas diante da situação do cativeiro de Israel), um texto de admoestação (onde o povo é chamado a buscar a Deus) e um texto que teria sido escrito em uma carta pelo profeta Jeremias (no livro do profeta há essa referência, mas com texto diferente), direcionada ao povo que estava sendo levado cativo para Babilônia (esse texto traz uma mensagem extensa contra a idolatria e, na prática, é um testemunho a mais contra esses costume, com passagens que ironicamente lembram procissões).
...Deus abra nossos olhos e nosso coração para que meditemos em tudo que cremos e entendamos sua real mensagem... Como disse Jesus: examinemos as Escrituras (João 5:39).

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Em 27/12/2016 li I MACABEUS

O livro tem 16 capítulos e, mesmo com um primeiro contato e leitura superficial, percebemos um direcionamento histórico e político.
A obra se propõe a contar as lutas dos Macabeus contra a opressão que Israel sofreu no período interbíblico em relação as macedônios e romanos. Esse eventos ocorreram pouco mais de um século antes da era era cristã e o que denominamos de período interbíblico corresponde a cerca de 4 séculos entre os últimos escritos do Antigo Testamento e as primeiras ações correspondentes ao Novo Testamento.
A história é heroica diante da situação alarmante e opressora, onde os dominantes profanaram os altares em Israel e tentaram estabelecer práticas pagãs abomináveis, mesmo na marra e com punições severas.
As personagens no livro são Matatias e seus filhos, que foram sucedendo na liderança (Judas Macabeu, Jônatas e Simão).
A narrativa inicia a partir da morte de Alexandre, havendo ruptura em seu império (com divisões entre Síria e Egito) e disputas, iniciando com a ação de Antíoco.
O livro se desenvolve entre essa disputa de poder dos dominantes e as iniciativas dos Macabeus contra as tiranias a Israel.
Acredito que a importância do livro é sobretudo histórica, mas nem me arrisco a dizer qualquer coisa sobre a historicidade. Gostaria de conferir livros de estudos sobre essa obra, na visão dos judeus e católicos.
Costuma aparecer (nas edições bíblicas com acréscimos) após o livro de Ester, mas nessa edição está inserida entre os últimos livro do Antigo Testamento junto com II Macabeus.

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Em 28/12/2016 li II MACABEUS

Tem 15 capítulos e, mesmo para uma leitura inicial como fiz, descobrimos coisas alarmantes quando comparadas com o contexto de toda a Bíblia.
O estilo é diferente do primeiro livro. Enquanto o anterior é radical, enfatizando ações da opressão dos dominadores em Israel e lutas de resistência lideradas pelos Macabeus ( como um livro focado na história e política), esse segundo tem um andamento amenizado, que reconta histórias dos Macabeus, com maior destaque à espiritualidade. Vemos que eles vão para as batalhas e Deus é citado rotineiramente, há momentos de oração, incentivos à confiança. É diferente do primeiro, que traz um quadro de guerreiros, enquanto que nesses são revestidos de espiritualidade.
O livro inicia invocando a Deus e suas misericórdias, fala de manobras dos dominantes remanescentes do Impérios Macedônio (que ficaram como uma parte Síria chamada Selêucida) que pelejavam contra a parte da Macedônia no Egito, chamada e liderada pelos Ptolomeus, destacando a figura do tirano Antíoco nessas buscas de poder.
Também diferente do primeiro livro, tem mais personagens e histórias curtas (que até então nunca ouvi falar), mostrando pelejas dos judeus contra outros povos como os árabes.
As narrativas estão na dinâmica de fatos paralelos a histórias dos Macabeus no primeiro livro ou novos aspectos nessas batalhas.
É um livro de preocupação de resgate histórico (seja qual for a historicidade), mas é equivocado teologicamente e nisso mostra seu caráter apócrifo de ser registro de homens e não divinamente inspirado. A mim não enganas falso profeta! Nessa de espiritualizar os heróis macabeus, deram a eles também caráter herético, que não tenho receio nenhum de afirmar, mesmo em minhas limitações. O capítulo 12 escancara isso, falando de oração de perdão para os mortos. Uma parte do exército liderado pelo Macabeu teria morrido por ter conservado secretamente ídolos. O Macabeu pede então que se façam oração para expiação de seus pecados. Tá é louco! Heresia total! Os judeus aguardavam o Messias libertador e jesus se manifestou como o salvador de nossas almas, sob a condição do arrependimento e fé genuínas. A partir da morte não há mais essa possibilidade, como vemos em Hebreus 9:27.
Nesses versículos desse livro se apoiam hoje um monte de doutrinas profanas, que negam a Cristo na prática, na representatividade de seu sacrifício. E daí que essa prática de oração pagã existia na época? Não quer dizer que tenha sido ensinada por Deus e veio da assimilação de costumes profanos.
Sou apenas um cristão tentando viver o que Jesus ensinou (por exemplo, em João 5:39) e se você discorda das colocações, ótimo se transformar isso na busca dos fatos no exame de toda a Sagrada Escritura. Só não sejamos ignorantes em ser levados como uma folha por todo vento de doutrina, sem dar ouvido ao que o Senhor nos quer revelar e incentiva para que busquemos em sua Palavra.

Nessa edição bíblica li apenas a literatura apócrifa e os demais livros estou terminando na leitura anual em minha Bíblia. Nesse momento faltam apenas os 7 últimos capítulos do Apocalipse.
Caracterizando algo mais dessa edição, é baseada na tradução do padre Antônio Pereira de Figueiredo (o primeiro tradutor, especificamente da Igreja Católica, para o português) e, entre os anexos costumeiros, um encarte de pinturas bíblicas, dicionário bíblico, encarte com pareceres da liturgia católica, outro para registro de genealogias familiares e uma introdução com breve comentário de cada livro no Antigo e Novo testamento (na visão católica, ortodoxa, protestante e judaica - registre-se que essas notas são interessantes, mas também são bastante tendenciosas à visão católica).
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