Resenhas - A Filha do Pecado

MauMau 27/11/2012


... Estamos no ano de 1900, uma linda jovem filha de um fazendeiro, acaba se deixando enganar por um homem conhecido da região, como conseqüência ela acaba engravidando. Ela conta para ele, que com muito desprezo a expulsa de suas vistas. Sem outra opção, conta para seus pais que está grávida. O pai sentindo-se desonrado a expulsa de casa, proibindo-a de entrar novamente em suas terras. Sua mãe queria ajudá-la, mas, mulheres não podiam ter muita opinião nesta época, deve de deixar sua filha ir, sem destino.
A pobre futura mãe, vai para a cidade e tenta conseguir um lugar para ficar. Consegue um quarto pequeno em uma pensão de um homem nada confiável, mas era o que restava para ela. Para dificultar, ela não consegue emprego, por ser muito bonita e causar ciúmes nas esposas de pequenos empresários da época, além de ser agora mãe solteira. Sua pequena filha nascera muito bem, e se chamava Valentina. Como não conseguia dinheiro, ia ter que deixar a pensão. Com muito desprezo consegue ajuda do padre, que a deixa ficar por uma noite apenas escondida. Então ela deixa Valentina com o padre e vai buscar suas poucas coisas que ficaram na pensão, e a única coisa de valor que ela tem para pagar é sua corrente de ouro. O velho homem parece não querer aceitar, e então tenta violentá-la. Em um luta para sua defesa, acaba matando o homem que acabava de tenta violentá-la e até matá-la também. É preza e condenada por mais de 20 anos de prisão. Com isso o padre entrega a pequena Valentina a um colégio interno, cuidado por freiras.
Duas décadas depois...
A pequena Valentina cresceu e se tornou uma linda mulher. Dentro do orfanato se destaca das outras por ter atitudes uma líder. Fez vários movimentos, e questionava sempre a bíblia. Não acreditando na forma como descreviam Deus e seus ensinamentos. Por isso teve muitos castigos.
Além de pesadelos estranhos e assustadores com pessoas que já morreram, Valentina tinha vários dons. Pintava quadros perfeitamente belos, e assinava como se fossem famosos pintores que já morreram há muito tempo. Um dia depois de uma noite turbulenta em pesadelos, a Madre Superiora ( que fica sabendo de fatos por fofocas de uma aluna ) a chama para conversar, depois de uma breve discutição Valentina, que como muitas outras era taxada de a filha do pecado ( por motivos nunca contados a elas ) olhando para a madre diz, que atrás dela está uma mulher que já morreu a muito tempo, era sua irmã e se chamava Silvia.
Com isso a Madre Superiora aos gritos, dizendo que Valentina está possuída pelo demônio, a coloca em um hospício.
Dois anos depois...
A mãe de Valentina havia conseguido sair da cadeia, graças a ajuda de um advogado, que se apaixonara por ela. Disposta a encontrar sua filha, acaba voltando a cidade para encontrar o padre... Ela descobre que sua filha havia sido deixada no orfanato. E tenta encontrá-la lá, mas a madre superiora havia mandado irmã Cecília queimar quaisquer documentos de Valentina e esquecer aquela havia um dia morado ali. Pouco tempo depois irmã Cecília é transferida para outra cidade. Desolada a mãe de Valentina procura o padre novamente, e para sua surpresa ele havia falecido.
Enquanto isso no hospital psiquiátrico, Valentina continua tendo visões de pessoas que já morreram. Um novo médico que entra para a equipe do hospital se impressiona com a beleza rara de Valentina. Não demoraria até que estivesse apaixonado por ela...
Ele acaba conversando com Valentina que lhe fala coisas, até mesmo científicas que não poderiam ser de uma louca, datada como perigosa. Então, com a ajuda de um colega, conseguem resgatá-la e com mais a ajuda da dona da pensão onde vivem, escondem-na. Em poços dias cartazes com fotos de Valentina são colocados por toda a cidade e em cidades vizinhas também. Com a legenda de perigosa, louca e qualquer informação deve se procurar o hospital psiquiátrico rápido.

Todo o desfecho da história é além de lindo, emocionante. Passamos pelas aflições juntos das personagens. Logo percebemos que a Madre Superiora tem um caso com o Diretor do Hospital. Com uma narrativa que flui muito bem, li o livro de pouco menos de 300 páginas em poucas horas. Não consegui largar até saber como seria o final para Valentina. Ia se encontrar com sua mãe? Seria feliz? Não precisaria fugir mais?

Para finalizar vou contar vou contar mais dois fortes pontos que me fizeram amar o livro ainda mais. O primeiro deles é que enquanto estava presa a Mãe de Valentina, olhava para céu pela pequena janela, tendo de companhia uma estrela, com a qual conversava e chamava de filha. Por outro lado, sem saber ou entender o por que, Valentina olhava para o céu, para a mesma estrela e imaginava como seria sua mãe, e o que teria acontecido a ela.
O outro ponto foi, o final ( Sem Spoilers). Nas últimas páginas, já se passaram muitos anos, e uma senhora de idade avançada está sentada no seu quarto lembrando-se de toda a sua vida, de todas as recordações. Com aquele jeitinho “renegada fofa”. Essa senhora se chamava Valentina.

Bom pessoal, foi essa a resenha do livro que me conquistou, recomendado com toda a certeza. Se emocionem e se deixem levar pelas recordações de Valentina. Mesmo sendo uma psicografia, (com respeito a todas as religiões) se deve ler este livro. Pela sua essência de realidade e sentimento. Espero que gostem, boa leitura! Um grande abraço!
http://www.sonhosresenhas.blogspot.com

Bia 13/02/2021

Leitura leve e agradável
Foi uma delícia ler esse livro! A forma como o autor vai direto ao ponto e sem tantos rodeios me chamou a atenção. A história tem o suspense necessário, mas sem cair na mesmice. É um livro consideravelmente curto e de leitura rápida, mas se trata de uma história muito bonita.

Roncoleta 30/08/2023

Sempre Valentina
Lindo de mais esse livro, nunca imaginei que eu iria ler um livro de romance espírita mas mesmo assim é muito bom o livro e acompanhar a história toda de Valentina. Lindo de mais ??

Lay 20/05/2013

A Filha do Pecado é um livro cativante, que nos conquista logo nas primeiras páginas. Valentina é a doce anciã que nos leva numa viagem através de suas lembranças.
Logo, nos encontramos no começo do século XX, na cidade de Campinas, acompanhando o drama de Albertina, uma jovem mãe solteira, expulsa de casa por seus pais. Enfrentando o preconceito da sociedade da época, Albertina encontra diversos desafios para conseguir arranjar um trabalho que sustente a ela e sua filha, Valentina, de apenas 6 meses - fruto de seu romance com um fazendeiro que logo a abandonou ao descobrir a gravidez. As senhoras da cidade se negam a empregá-la como doméstica por causa da sua beleza e do título de mãe solteira. Até o padre se recusa a ajudá-la, a jogando numa pensão onde Albertina é constantemente assediada pelo dono do cortiço. Meses se passam sem que a mulher consiga um meio de sustento, e Albertina pensa até em dar cabo de sua vida e à da filha. Mas, inspirada por espíritos protetores, ela reencontra ânimo e decide seguir para São Paulo com Valentina. Na intenção de pagar os 2 meses de aluguel que deve à Onofre - dono da pensão -, ela deixa a filha com o padre Jonas, e segue em direção à pensão com o único objeto de valor que possui: um cordão de ouro dado por sua mãe. Mas os planos de Onofre são outros - quando Albertina entra em seu quarto para pegar seus poucos pertences, ele a segue e tenta atacá-la. Num gesto de desespero, a mulher mata Onofre e acaba sendo presa e condenada a 25 anos de prisão. É aí que o destino a afasta de Valentina. Padre Jonas leva a menina para um orfanato-escola na capital e ignora as inúmeras cartas escritas por Albertina da cadeia.
Os anos vão passando, e Valentina se torna uma bela e inteligente adolescente; conhecida por questionar insistentemente os ensinamentos da Bíblia e, por causa disso, parar diversas vezes na secretaria, ela possui grande influência sob suas colegas do orfanato. Além disso, por volta dos 14 anos de idade, sua mediunidade começa a se desenvolver. A garota passa a ver espíritos, escreve e até pinta quadro belíssimos sob a influência deles. Suas duas colegas de quarto - Ester e Cristina - escutam suas confidências. Valentina chega a sonhar com a mãe - a quem julga estar morta - a lhe pedir perdão.
Enquanto o tempo corre, a curiosidade e o comportamento inquiridor de Valentina a transformam no principal alvo da invejosa e mordaz Madre Superiora, que passa a lhe perseguir. Num momento de fraqueza, a jovem acaba confessando à Madre Virgínia suas visões e seus sonhos. Isso basta para que seja tachada de louca e mandada para um sanatório.
Daí, o livro traz uma surpresa atrás da outra! Acompanhamos a saída prematura de Albertina da prisão, auxiliada pelo doce advogado Alfredo. Os dois se apaixonam e se casam, partindo para São Paulo logo depois que Albertina descobre através do padre Jonas que sua filha foi mandada para o Orfanato-Escola Maria de Nazaré. Mas o reencontro não se dá de imediato, já que Valentina se encontra no sanatório e tem todos os seus registros apagados no orfanato por ordem da Madre Superiora. A cada página, vamos conhecendo personagens encantadores, como os médicos Duarte e Aloísio, Olga, a simpática dona de uma pensão, iniciada nos ensinos da Doutrina Espírita; e também encontramos personagens desprezíveis, como o detestável dr. Pires, diretor do sanatório e amante da Madre Virgínia, que mantém Valentina em cárcere privado por dois anos.
O livro tem uma linguagem simples e uma história bem objetiva. Mas para os leitores mais curiosos - como eu -, carece de informações extras, como as faltas de vidas passadas dos personagens e a ligação que pode existir entre eles. O final é um tanto vago, mas vale a pena a leitura.

Dani 06/06/2016

A lei do amor.

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