Flavio Assunção 21/08/2021"A Janela Quebrada" é mais uma boa história protagonizada pelo Criminalista tetraplégico Lincoln Rhyme, ao lado de sua parceria Amelia Sachs e outros colegas do Departamento de Polícia de Nova York.
A trama tem como base uma série de assassinatos ocorridos na cidade e que são erroneamente atribuídos a pessoas inocentes, como o primo do criminalista, Arthur Rhyme. O bandido em questão detém conhecimentos muito apurados em tecnologia e é viciado em dados e informações, o que faz com que sempre esteja um passo a frente de todos, plantando provas para incriminar outras pessoas e mudando a direção da investigação. Com isso, Rhyme corre contra o tempo para solucionar o caso antes que mais pessoas morram ou sejam prejudicadas.
A premissa em si é muito interessante e a história se desenvolve de uma maneira avassaladora, fazendo com que o leitor leia um capítulo atrás do outro em busca de um desfecho. Desfecho esse que, para mim, foi frustrante. Não há uma grande reviravolta ou sacadas geniais de Rhyme. Pelo contrário, o personagem está perdido durante todo o desenrolar e Amelia Sachs é quem salva a cena.
Essa frustração vem pelo fato de que em outros livros da série, a inteligência de Rhyme é exposta de uma maneira absurda, com deduções incríveis a partir das provas adquiridas. Em "A Janela Quebrada", o trabalho de campo foi muito mais determinante para o desfecho e Rhyme ficou completamente em segundo plano. Uma pena.
Apesar disso, é um bom livro e que deve agradar a todos os fãs das histórias do famoso criminologista.