O pacifista

O pacifista John Boyne




Resenhas - O Pacifista


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NatGil 17/12/2012

Estive aguardando a estréia desse livro por muitos meses, mesmo sem ter muitas informações sobre a história, apenas pelo meu fascínio pelos livros do John Boyne. A escrita é, como sempre, deliciosa, leve e suave, apesar de narrar os acontecimentos mais sórdidos de uma guerra e da profunda melancolia dos personagens, como se quisesse tornar a história mais tolerável para o leitor.

O livro é narrado por Tristan Sadler, - nome provavelmente criado para reproduzir a tristeza do personagem, remetendo à palavra “sad”, do inglês, triste – menino inglês de 17 anos que opta por se alistar na Primeira Guerra Mundial, mais pelo desejo de escapar da sua solidão do que pelo orgulho de defender seu país. Com isso, o autor nos insere em um universo composto pela agonia das condições enfrentadas pelos soldados, pela ilusão de que a guerra seria benéfica e motivo de orgulho, pela dor dos familiares perdidos e pela intolerância às diferenças.

Após o fim da guerra e a morte de seu amigo e amante Will Bancroft, Tristan se obriga a procurar a irmã do falecido soldado para devolver alguns pertences e, finalmente, tentar aliviar sua consciência sobre o que havia de fato acontecido. Assim, o livro cria paralelos entre a vida de Tristan antes de se alistar, os acontecimentos da guerra e os diálogos entre Tristan e a irmã de seu amigo, sem seguir necessariamente uma ordem cronológica.

Se for preciso resumir a história em uma linha, eu diria que é a pura tristeza do início ao fim, mas retratada ainda com uma beleza extraordinária.


-- Quem ainda não leu e não quer SPOILERS, aconselho acabar a leitura aqui. Caso não se importe, vá em frente.--



Embora minha nota para essa obra nunca seja menor do que cinco estrelas pelo tanto de comoção provocada, eu gostaria de ressaltar alguns problemas de coerência nos diálogos entre Tristan e Marian, pois, apesar de as perguntas feitas por ela serem fundamentais para o andamento do livro, algumas não me parecem plausíveis para alguém que não conhecia inteiramente a história. Talvez a inteira personagem de Marian não tenha me convencido muito.

Mesmo assim, achei interessante a abordagem sobre o amor homossexual em um ambiente de conflitos tão intensos, como se fosse a única coisa genuinamente bela e humana possível de ser encontrada em uma guerra, mas ainda assim destruída por ela e pela intolerância da época. Intolerância essa também direcionada aos indivíduos contrários à guerra, os chamados opositores de consciência e pacifistas, que acabavam sendo considerados covardes por acreditarem que tirar vidas em uma luta não solucionaria os conflitos mundiais.

Apesar de ser considerado covarde por todo o seu grupo, Will adota a ideia de não guerrear como princípio e prefere ser fuzilado pelo exército inglês a desistir dela, coisa que tanto Tristan quanto ele mesmo acreditam ser a maior prova de coragem possível, como pode ser visto no último diálogo entre eles. Entretanto, acredito ser claro seu afeto por Tristan, apesar das palavras repugnantes escolhidas para ofender a opção de seu amigo e da justificativa dada por ter correspondido o romance em vários momentos e acredito que, mesmo sendo corajoso quanto aos seus ideais políticos, Will não foi tão corajoso quanto Tristan ao assumir o que sentia.

A cena da morte de Will foi completamente desesperadora, mas naquelas circunstâncias, não acredito que muitos agiriam de forma diferente, o que me leva a sentir uma empatia ainda maior por Tristan e carregar parte sua tristeza comigo também, ou seja, todos os sintomas de ter lido um bom livro.
Eduardo 13/01/2013minha estante
Também sou fã de John Boyne, parabens pela resenha !


Gaitista 15/02/2013minha estante
Essa resenha me deixou uma vontade imenta de ler o livro!


NatGil 16/02/2013minha estante
Obrigada! Recomendo bastante.


Lennon 19/08/2013minha estante
Realmente, ele tem uma escrita suave. Quero verdadeiramente conhecer os outros livros dele. Estou lendo "O Menino do Pijama Listrado" e amando!


Tammy 19/12/2013minha estante
Adorei sua resenha! O Pacifista foi o tipo de livro que me pegou de jeito. Eu sabia mais ou menos o que esperar, mas cara, é um livro maravilhoso.


Naty Dark Side 28/09/2015minha estante
Esse livro é com certeza pavorosamente triste, acontecimentos fantásticos, escrita linda e uma depressão extasiante ao terminá-lo. Faz bem 2 anos que o li e quando lembro dele a agonia é a mesma. :]




Kleilson.Torquatto 16/07/2023

Amor, guerra, traumas e arrependimentos.
Como eu já comentei aqui em algumas resenhas eu amo essa temática de guerras, mesmo que eu sempre sofra e saia destruído com a história que sempre meche muito comigo. Rsrs..

Na maioria das vezes é a segunda guerra que passa a ser mais retratada nos livros e pouco é se falado na primeira guerra.
E nessa história a primeira guerra é abordada de forma tão palpável que eu emergir completamente nesse cenário cruel de dor, lutas e abandono e de todos os combates que foram traçados ali.

O livro é narrado em primeira pessoa e em dois períodos de tempo, o período da guerra e o ? Pós guerra?. É através desses dois períodos que começa a se desenvolver a trama, protagonizada por Tristan Sadler e Will Bancroft, dois soldados que se apaixonam durante a guerra.

O que o John Boyne faz nesse livro é surreal! Ele traça uma trama tão bem estruturada, de ambientação até a caracterização dos personagens principais e secundários de uma forma primorosa. E o desenrolar da história?? Meu Deus!! Ele vai envolvendo o leitor, soltando partes da história sem entregá-la de uma só vez, aguçando a curiosidade, te deixando angustiado e aflito para saber o que vai acontecer em seguida. Eu não conseguia largar o livro de tão preso que eu fiquei.

Outra coisa que achei muito bem contada foi a delicadeza com que o autor descreve a vida dos personagens e em como o amor dos dois é conduzido. Em nenhum momento ele chega a afirmar com todas as letras que Tristan é gay, ele vai revelando em pequenos atos na história, mesmo sem afirmar completamente, deixando assim implícito ao leitor.

A história toda é uma grande tensão de guerra e tensão amorosa que se instala entre os dois, e o final não traz nenhuma redenção ao Tristan, deixando uma sensação bem amarga e vazia no leitor. Pelo menos foi isso que senti. Longe de ser um final ruim, FOI INCRÍVEL!!

Enfim, é um livro Brilhante, zero defeitos, que vai me fazer refletir por muito tempo e vai ficar comigo pra sempre, pois é mais um FAVORITO DA VIDA! ??
Genteeeeee vcs precisam ler isso aqui!!
Peter.Molina 16/07/2023minha estante
Já está na minha lista!


_paulo_ 16/07/2023minha estante
também amo temas assim!! principalmente me filmes!! amei a resenha, só aumentou o desejo de ler essa maravilha rs.


Kleilson.Torquatto 16/07/2023minha estante
Isso é uma Obra-prima! Queria tanto um filme ou uma série desse livro, ia ser o máximo. ??


Isaias Junior 16/07/2023minha estante
Está na minha lista a um tempo, preciso ler.


Kleilson.Torquatto 16/07/2023minha estante
Pra mim foi zero defeitos esse livro.




tiagoodesouza 21/12/2012

O pacifista | @blogocapitulo
Quando temos que falar de um autor que a gente gosta muito, normalmente tendemos a exaltá-lo tanto que alguém pode nos achar louco ou extremamente puxa-saco. Da editora? Do autor? Eu não sei. Mas não tem como falar deste livro do John Boyne sem dizer um belo de um palavrão: PUTA QUE PARIU.

Eu confesso que eu não curti muito a capa do livro. Comparada com a capa dos outros livros dele que eu li, essa era até então a menos chamativa. Mas depois que eu fechei o livro, após a última página, passei a vê-la com outros olhos.

Vamos conhecer um pouco mais sobre O pacifista.

O ano é 1919 - e se vocês se lembram das aulas de história, este é o ano subsequente ao fim da Primeira Guerra Mundial. Tristan Sadler tem 21 anos e lutou nas trincheiras, mas agora, de volta a Inglaterra, ele tomou um trem para a cidade de Norwich com uma missão: entregar algumas cartas para Marian Bancroft, irmã de um camarada com quem ele combateu. E quando os dois finalmente se encontram num café, Tristan é levado de volta ao passado e revive a dura vida durante a guerra e os momentos anteriores a ela em que o definiu como homem.

O livro é dividido em aproximadamente seis partes, alternando o passado e o presente, contado pelo ponto de vista de Tristan. Tristan ainda não tinha 18 anos quando se alistou e conheceu Will e os outros camaradas que iriam para a guerra junto com ele. Essa é uma das partes interessantes do livro em que o autor já prepara o terreno para o que virá mais a frente e que algumas coisas são definidas. Conforme as conversas com Marian vão se alternando, Tristan se vê cada vez mais perto de contar um segredo que é uma das razões do palavrão ali em cima e é uma das passagens mais emocionantes do livro. John Boyne conseguiu mostrar de forma sensível uma questão que hoje em dia é um enorme tabu e que, à época em que foi contextualizada em O pacifista, era passível de condenação.

“'Eu não sei o que sou', disse em voz baixa. 'Para falar a verdade, passei a maior parte dos últimos anos tentando encontrar resposta para isso.'"
Pág. 135.

John Boyne explora a humanidade, ou falta dela, envolvida na guerra. Um dos exemplos é quando Will encontra um alemão e o faz prisioneiro e os ingleses precisam decidir o que fazer com ele. Eu realmente nunca vou entender o que leva um ser humano a matar outro e, ainda assim, ser considerado algo nobre morrer pelo seu país. E quando um homem mostra seus ideais e resolve não fazer parte desse massacre, é, definitivamente, estúpido considerá-lo covarde.

Eu acredito muito que John brincou com o nome dos personagens neste livro. Tristan é um homem com uma história bem triste mesmo antes da guerra entrar na sua vida. Seu sobrenome bem pode ter origem na palavra inglesa para tristeza, "sad". Assim como "ban/croft" pode dizer muito sobre Will.

A minha identificação com Tristan se deve ao fato de ele ser um solitário, triste e, ainda assim, com uma certa esperança de que as coisas deem certo para ele. Também tem o fato de ele ser um leitor e gostar de escrever. É possível enxergar com clareza seu desenvolvimento; de um garoto com ideias erradas, beirando ao infantil, a um homem com culpa buscando redenção e perdão, por exemplo. Há passagens tão intensas que conversam conosco como se estivéssemos ali, no lugar do personagem. Marian é um mulher muito à frente de seu tempo, emancipada, e com uma sensibilidade incrível. Will é aquele tipo de pessoa que, de tão confusa, acaba nos confundindo sobre o que pensar sobre ele. Ele foi justo ao dizer aquelas coisas? Ele tinha o direito de brincar com algo tão complicado como o sentimento de outra pessoa? Ele foi verdadeiro?

“(...) 'O que eu estou sentindo?'
'Duas coisas, eu diria. A primeira é culpa.
Permaneci calado, mas sem deixar de fitá-lo. 'E a segunda?'
'Ora, você se detesta.
Pág. 29.

Eu não costumo colocar playlist nas minhas resenhas, mas foi inevitável lembrar de duas músicas ao ler este livro. Uma delas é Under pressure e a outra, Bohemian rhapsody. Ambas da banda inglesa Queen. De algum modo, as letras dessas músicas "se casam" com a história de Tristan.

Parem tudo o que estão fazendo e leiam John Boyne!
Fernando 03/02/2013minha estante
Olá, também nao gostei da capa quando vi o livro, mas Boyne é Boyne e por ele comprei o livro. devorei e estou com estômago embrulhado té agora... Puta merda. So falando assim! Fantástico!


Luiz 19/03/2013minha estante
Eu tb comecei a ver a capa com outros olhos depois de lê-lo.
Cara, é o tipo de livro que quase me fez gritar "Não faz isso" no meio de um ônibus lotado, fantástico!
Ah, muito boa resenha.


tiagoodesouza 24/03/2013minha estante
Oi, Luiz!

Imagino em qual parte você quis gritar isso. Cara, eu achei que não fosse acontecer aquela parada lá e fiquei muito surpreso.

Abraço!


Paulo Sutto 02/04/2013minha estante
Estou lendo, mas comparado ao Menino de pijama listrado, é muita boilice aquilo. Vou terminar de ler pra ver onde vai dar aquilo.


tiagoodesouza 03/04/2013minha estante
Suttão, não tem nem o que comparar uma história com a outra. São completamente diferentes e se você ler com essa ideia de comparar, você não vai entender o que o autor quis mostrar. E se tem esse preconceito, melhor não continuar lendo.




Gabriel 28/04/2022

"A sua guerra acabou. A minha está prestes a começar"
"Se era redenção que eu buscava, não havia nenhuma. Se era compreensão, não havia ninguém para oferecê-la. Se era perdão, eu não o merecia"

Que livro. Fazia tempo que não terminava um livro tendo essa sensação de imersão e de perda tão grande. Me senti muito preso à narrativa e aos personagens, o enredo é muito envolvente e a forma de contar a história (alternada entre presente e passado) deixa tudo mais difícil de suportar.

O protagonista sofre tanto que até é difícil dizer qual a pior parte. A forma com que ele foi construída foi muito interessante para representar a época em que ele vivia (afinal a narrativa se passa há mais de 100 anos atrás, então não dá para esperar dele uma postura considerada a adequada nos dias de hoje). A conclusão deixou o livro ainda mais dolorido, principalmente pelo legado deixado pelo Tristan.

Foi meu segundo contato com o John Boyne (o primeiro, em "O Menino do Pijama Listrado", tinha sido bom, mas eu tenho um certo bloqueio com aquela trama por achar algumas coisas um pouco "inocentes", já que era impossível uma criança da Alemanha Naz**** não saber o que eram aquelas pessoas que usavam as roupas listradas e etc.), e esse com certeza fez com que eu percebesse o quanto esse autor consegue sensibilizar o leitor com sua escrita.
Vilamarc 30/04/2022minha estante
Amo esse livro. O final é uma coisa de dor inenarrável.


Gabriel 30/04/2022minha estante
Realmente, além de difícil o final é muito surpreendente. Não esperava por aquilo




Anderson 15/01/2013

O pacifista
Nunca sei como começar a resenhar um livro bom. E com o ''O pacifista'' não poderia ser diferente. Não por ser um livro bom, mas sim, por ser um livro PERFEITO.
O pacifista conta a história do nosso querido Tristan Sadler, quê, aos vinte um anos de idade, pega o trem de Londres a Norwich, para entregar algumas cartas à irmã mais velha de William Bacroft, que foi um soldado que lutou ao lado dele na Grande Guerra.
Neste encontro com Marian Bancroff - irmã de Will - Tristan revive seus momentos de treinamento em Aldershot, aonde conheceu will, e sua vida nas trincheiras durante a guerra.

O relacionamento de Tristan e Will mexeu comigo de tal forma que não sei explicar. Em alguns momentos eu torcia para que eles continuassem com o relacionamento deles até o fim da guerra e para além dela. Em outros, torcia para que Tristan mandasse Will se danar e vivesse sua vida sem ele. Durante a leitura do livro, percebi que o sentimento de Will por Tristan ia além de uma amizade, e eu ficava feliz por isso. Mas o que me dava raiva, era o fato de que o Will, em certos momentos, se ''jogava em cima'' do Tristan, e em outros, ignorava ele como se o mesmo fosse um ninguém. Mas enfim, vai saber o que se passa pela cabeça de um homem durante uma guerra, né?

Narrado em primeira pessoa, o livro tem uma escrita que, por si só, já seria digno de cinco estrelas. John Boyne é um mestre, sabe lidar com as palavras, e sua escrita me cativou desde as primeiras linhas. Os personagens são muito bem construídos. Me apeguei ao Tristan de tal forma que nunca tinha acontecido antes por nenhum outro personagem da literatura. Me identifiquei muito com ele, e apesar de ele ter vívido em uma época bem diferente da nossa e bem mais complicada, eu tinha uma noção de como ele se sentia.

*SPOILERS* Desde o começo do livro, eu imaginava que o final não seria como eu queria que fosse. E não foi! Antes da metade do livro, o autor já deixa claro que o Will morreu. Fiquei a leitura toda esperando esse momento. Sabia que iria acontecer, mas quando aconteceu, eu simplesmente não consegui conter a emoção, e as lágrimas vieram a tona. *SPOILERS*

Enfim, acho que não preciso dizer mais nada sobre mais essa obra-prima de John Boyne, né? Livro altamente recomendado. Minhas cinco estrelas foram mais do que merecidas.
Só digo uma coisa a você que acompanhou essa resenha até aqui: leiam ''O pacifista''

"Quer saber? O amor é coisa de louco." "Mas é a única coisa que importa."
Fernando 03/02/2013minha estante
Muito foda o livro!


Anderson 03/02/2013minha estante
Foda mesmo. John Boyne é único. *-*




Marcello 18/10/2020

Esse livro me doeu...
O Pacifista foi uma grande coletânea de sofrimentos. 

O final de cada capítulo ia se conectando com o começo do outro, e toda vez que a narração ia do passado pro presente eu ficava me questionando qual seria a próxima tragédia. 

Mas isso não é, nem de longe, uma reclamação. Os temas abordados dentro dessa obra, mais o período em que a história se passa, coincidem com todas as coisas desagradáveis que vieram a acontecer com o nosso protagonista e com as pessoas que o cercavam.


Tudo estava lá com um propósito e assim o foi até o fim.


Em determinados momentos tive que parar a leitura, por conta de todo o peso, toda a carga negativa, que estava dentro de mim. Isso aconteceu raríssimas vezes durante esse pouco mais de 100 livros que já li na vida, e essas raras vezes terminaram com o favoritismo mais que certo.


Agora sobre o final? Geralmente eu sempre termino um livro com aquela sensação: poderia ter sido mais curto, ou, então: poderia ter sido mais longo; com O Pacifista eu só consegui pensar que seu tamanho foi satisfatório, quase perfeito até. Porque independente de qualquer coisa, um bom livro poderia ter mais umas cem páginas que não faria mal a ninguém. 
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Daniela742 25/11/2021

Uma história extremamente delicada e dolorosa!
Entrei nessa história sem saber nada sobre, e apesar do começo um tanto prolixo, que não entrega de cara muita coisa, ainda assim fiquei curiosa com esse personagem misterioso que se mostrou Tristan.

A escrita de Boyne torna o personagem muito real, e nesse mergulho dentro das memórias, conflitos e mágoas de Tristan é impossível não se sentir tocado com a brutalidade com que a vida dele foi tomando forma.

Acho extremamente necessário o ponto de vista sobre a homossexualidade no período da primeira guerra, como isso era visto de uma forma desumana e como as pessoas eram reduzidas e minizadas de forma tão cruel. O que representa as raízes de um preconceito que perdura até hoje.

As tristezas que Tristan carrega consigo foram frutos do conjunto de traumas que em todo momento eram reafirmados.
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Janaina 04/07/2020

Um livro que fala da Primeira Guerra Mundial (tema extremamente fora do que eu costumo ler), retratando um casal lgbt+.
Imaginem o que seria isso, quase crianças (17, 18 anos), treinando para a guerra, olhando a morte nos olhos, o horror das trincheiras, e ainda por cima os conflitos de uma relação que poderia ser punida com a corte marcial, cadeia e até a morte. A não aceitação de si próprio, o desespero, a imbecilidade da guerra.
É uma escrita mto delicada, contada por um deles , aos 17 anos, com um olhar mto próprio, que me tocou profundamente.
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Arthur.Afonso 29/06/2020

Nesses minutos era como se não estivéssemos em guerra
O Pacifista vai contar a história do Tristan, um jovem gay nascido na década 1910 que é convocado para Primeira Guerra Mundial. Durante o seu treinamento ele conhece o Will, outro jovem alistado, e os dois vivem momentos intensos durante esse período. Logo após o fim da guerra, Tristan vê a necessidade de encontrar com a família do amigo que faleceu durante os dias de batalha para entregar alguns pertences do ex companheiro que ficaram em sua posse.
Nós iremos acompanhar justamente esse encontro, intercalando com momentos vividos pelo Tristan durante o período de guerra.
Confesso que fiquei muito envolvido na escrita do autor, a trama é muito bem construída e sempre nos faz querer seguir a leitura sem parar.
Como já é de se esperar, é um romance triste, cheio de melancolia, amarguras e ressentimentos. Uma relação que não pode ser vivida em sua plenitude e que causou enormes consequências na vida do personagem principal.
Fiquei extremamente comovido com a imagem que o personagem principal tem de si mesmo pelos seus atos feitos durante a guerra. Fiquei triste com a vida solitária que ele levou após todos esses acontecimentos.
Enfim, um romance com seus entraves de acordo a época em que se passa. Mas que nos liga profundamente com o personagem principal por conta da boa escrita.
Acredito que é uma história, mesmo que fictícia, que nos faz ter uma ideia de como foram os anos difíceis para os gays durante o século passado. Sempre vejo necessidade nessa análise histórica para compreender e dar maior valor ao nosso presente.
Ps: gostei muito que no final o autor finaliza a história do Tristan anos depois, para que a gente tenha noção de como fui sua vida mesmo após os acontecimentos traumáticos.
Syllas 29/06/2020minha estante
Quero!




Bruno 26/06/2020

Livro favoritado de um autor favorito
Por mais que algumas pessoas (não demos importância a elas) prefiram negar, nós LGBTs sempre existimos, sempre estivemos presentes, escondidos ou não, em todos os cantos da história. Portanto, nada mais natural que contar as nossas histórias.

O ano é 1919. A primeira Guerra Mundial acabou há alguns meses, mas suas marcas e cicatrizes ainda estão presentes. São eternas. E assim são às custas dos mortos e dos sobreviventes traumatizados. Tristan Sadler é um sobrevivente; já Will Bancroft, companheiro de guerra por quem Tristan se apaixonou, não.

Realizando um dos últimos desejos de Will, Tristan vai à cidade onde moram a irmã e os pais de seu falecido amante para entregar as cartas que foram mandadas a Will durante o treinamento e a guerra. Meses depois de voltar à Inglaterra, Sadler vai, pela primeira vez, falar sobre as memórias que ainda o assombram.

Se você só conhece John Boyne por O Menino do Pijama Listrado, saiba que o autor desse best-seller tem muitas outras obras que precisavam ser escritas e precisam ser lidas. O seu talento enquanto contador de histórias é invejável. A habilidade que Boyne tem de nos amarrar em cenários, acontecimentos, personagens... de criar laços tão fortes entre leitor e personagem, de nos fazer sentir o que eles sentem.

A narração em primeira pessoa, que eu tanto amo; a alternância entre o presente de 1919 e o passado de 1916; o passado dos personagens perfeitamente construído; uma descrição crua e muito real da guerra. Todos elementos que se somam para formar uma obra prima digna de aplausos. Não espere, leia O Pacifista o quanto antes.
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Jackie! 22/04/2023

Terminei me sentindo vazia!
Guerra é um tema que sempre me pega de jeito, pois nunca se trata de apenas um lado da moeda, quando todos os seus princípios são colocados em jogo.

Aqui os personagens lidam não somente com a guerra em que estão inseridos, mas também com suas próprias batalhas internas. De um romance proibido a dúvidas sobre o que seria moralmente correto em um local onde tudo se resume a matar ou morrer, os personagens são obrigados a superar seus medos com o objetivo de voltar para a casa.

O autor não tentou esconder o quão brutal e cruel a guerra foi e ele soube muito bem descrever todos esses momentos, criando uma ambientação tensa que me deixou nervosa e fez eu me sentir lá junto com eles.

A forma que a história intercala entre passado e presente foi genial, tornando tudo ainda mais agustiante de se ler! Mas ao mesmo tendo foi um pouquinho frustante, pois te tira de momentos de tirar o fôlego e te joga em uma conversa segura.

De qualquer forma eu achei uma leitura bem impactante e mesmo logo no início você descobrindo que as coisas não vai acabar muito bem... Aquele final vai me assombrar por muito tempo!
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xilitos 13/06/2022

sou gay e tenho depressao
nao mas esta [*****], esta [*****] me fez chorar igual a uma condenada, e sinceramente. eu amei

VAI TOMA [*****] ja tava meio previsivel o que iria acontecer (livro de guerra, todo mundo morre e esses negocios) mas [*****] isso aqui, meu amg me pegou de um jeito q eu tive vontade de pular na br la perto d casa e desistir da vida

o melhor de tudo eh q a narrativa eh simples, nada d empirquitamento e vai ao ponto, o engraçado eh q o protagonista transforma presente em passado e passado em presente (n sei s deu pra entender se nao fodase ngm liga) e td parece estar caminhando em passos lentos ao abate da desgraça que vai ser o final e quando os pais la do cara recebem a noticia MENINOOOO a torta d climao q fica eh de degolar...

a relaçao deles parece ser xoxa as vzs mas enfim ngm liga, o importante eh que teve drama e desgraça e eh disso que o povo gosta

passei a madrugada chorando

foi mt bom.
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Thiago Pontes 24/11/2020

Emocionante
É o meu livro preferido do John Boyne. Acompanhar a relação entre Tristan e William foi um turbilhão de emoções. A ambientação histórica é perfeita, assim como a delicadeza com a qual o autor aborda essa amizade/romance.
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João Vinicius 29/06/2022

Um dos meus favoritos.
Sou suspeito para falar pois um bom romance e guerra mexem comigo. Nesse caso, ambos estão alinhados, o que me deixa totalmente às mercê - digamos assim - de toda a história.
Típico deste autor, a história é intensa e os acontecimentos já fazem a gente meio que se angustiar desde o início.
Mas com certeza é um livro que eu indicaria!
Perfeito! Entrou pra minha lista de Favoritos!
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otxjunior 04/05/2020

O Pacifista, John Boyne
Primeiro John Boyne que leio e fiquei com um gostinho de literatura feita por máquina. Há uma "facilidade" em sua prosa que não condiz com os temas retratados. É legível no sentido que está tudo em seu lugar, o que definitivamente não é a melhor coisa que posso dizer sobre um trabalho artístico. Também não é a pior.
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