Luiz Teodosio 04/01/2021
Raso e bagunçado
Pode ser complicado ler o primeiro livro de um autor, pois as chances de encontrar um trabalho literário de baixa qualidade é maior. Aconteceu, semanas atrás, com “Carrie, a estranha” do Stephen King, e aconteceu agora com este livro do mesmo autor de “A Menina que roubava livros” (que eu considero razoável). Trata-se de um romance de formação bem raso, com um narrador-protagonista que, embora tenha potencial (e eu até me identifiquei em parte), narra a própria história em um compilado desorganizado de acontecimentos majoritariamente irrelevantes. A única trama que realmente é interessante e se alia bem ao arco do personagem é o seu desejo por uma garota, mas isso só é explorado em alguns capítulos e no final do livro (a qual é a melhor parte dele em termos de escrita e história). O mais bizarro é que o livro termina incompleto, pois ele é o primeiro de uma trilogia (e essa informação nem consta na sinopse ou na orelha). Seria uma obra melhor se fosse um conto, em vez de um romance.
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