O Azarão

O Azarão Markus Zusak




Resenhas - O Azarão


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LucasBaggio 01/01/2013

http://clubedeleitores.wordpress.com/
No primeiro livro escrito por Markus Zusak, conhecemos Cameron Wolfe, um garoto de 15 anos que mora na mesma casa com seus pais e seus três irmãos, sendo ele o caçula.

O enredo do livro é bem simples. Eles são de classe média baixa e Cameron, junto com seu irmão mais velho Ruben, sempre se mete em encrenca por alguma coisa, mesmo que o plano dos dois dê errado. Seja por uma tentativa de assalto a um dentista ou por roubar um placa de trânsito. A razão destas coisas? Eles são adolescentes, são jovens e se consideram perdedores.

E o livro conta essa trajetóra de crescimento de Cameron. Narrado em primeira pessoa pelo protagonista, a história de Zusak mostra essa transição da situação do garoto de “perdedor” para um ”lutador”. Isso é comprovado na forma como uma simples ação pode parecer uma batalha interna para ele.

Sou muito/meio suspeito para falar de Zusak, já que sou fã de seus livros, mas o cara é genial. Apesar da história simples, a maneira como o autor escreve, a narrativa bem feita, dá ao texto um ritmo e um movimento característicos do autor. Os livros de Zusak são muito poéticos, mas com metáforas muito menos complicadas e cansativas.

Vi alguns comentários de que o livro não traz a identidade de Zusak. Não concordo. Os padrões, ritmo e formas de se expressar de Marcus estão bem claros no texto.

Outra marca do autor que também é presente neste volume é o padrão estrutural de capítulos ou do texto. Sempre no início do capítulo, Cameron narra o que está acontecendo, falando diretamente com o leitor, de maneira bem informal mesmo, e ao final conta um sonho que teve.
Fiquei curioso sobre essas partes. Fiquei pensando como que o autor criava estes sonhos, que significavos atribuía a eles. Os sonhos são bem reveladores sobre o que aconteceu na história ou sobre como Cameron se sente sobre os eventos de sua narrativa.

Ou também são sonhos sem sentido, apenas sonhos.
Porque ele é um garoto, um adolescente, um perdedor.
Até o capítulo final. ;)

Dou 3 estrelas.
Sim, o livro é bom, muito bem escrito mesmo, mas senti falta de desenvolvimento na história. Por ser um livro curto (176 páginas, com letras bem grandinhas e linhas com um espassamento agradável), não podemos conhecer muitos aspectos da vida de Cameron que seria interessante Zusak nos apresentar logo de início. Quem sabe nos próximos livros (este é uma trilogia, os outros dois livros ainda não foram lançados no Brasil).

Não é o livro mais profundo de Zusak. É apenas o seu primeiro.
Apesar da trama simples e da história ser bem curtinha, o livro é ótimo. Marcus Zusak já se encaminhava para ser um escritor de sucesso.
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Meu Paginômetro 22/01/2013

Trilogia completa
Conheça a trilogia completa em http://meupaginometro.blogspot.com.br/2013/01/o-azarao-markus-zusak.html
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Camille 03/03/2013

http://revistainnovative.com/o-azarao
Quando soube do lançamento do primeiro livro escrito pelo autor de "Eu Sou o Mensageiro", logo me interessei. E, ainda que não esperasse um livro tão bom quanto o que já li, acreditava que a narrativa fosse me conquistar. O que foi me deixado claro, todavia, é que o tempo escrevendo livros levou Markus a aprimorar seu estilo e torná-lo interessante.

Muitas das características do autor estão nas páginas do livro. Seja a história não deixada às claras no início, seja pelas palavras em parágrafos, seja pela intensidade da mensagem que ele quer passar. O Azarão, infelizmente, não me conquistou, mas foi salvo pelos questionamentos da personagem principal e pela facilidade de leitura.

Cameron é o mais novo dos quatro irmãos e, a princípio, o mais sem sentido atribuído. Sarah vive com o namorado, beijando-se no sofá da sala, sem se preocupar com privacidade. Steve não precisa necessariamente lutar para conseguir algo: ele simplesmente consegue. Rube tem sua linha própria de raciocínio, amigos e é quem decide o que Cam e ele farão ou não.

Em meio a tentativas de assaltos (propositalmente) ridículas e brigas que o deixa de olho roxo, ele percebe que – quase atendendo pedidos da mãe – está crescendo. Terminando todo capítulo com a narrativa de um sonho, destaca-se um cujo Azarão está lutando contra algo que não é possível se ver, mas está na rotina de todas as pessoas.

É o ponto máximo do livro, quando esperamos que toda a narrativa vá tomar um rumo incrível que nos fará repensar nossa forma de agir e viver. Decepcionante notar que o resultado disso só estará nos próximos livros, ainda que tenha sido plantada uma semente que leva Cameron a reagir, assumir e até reforçar sua identidade.

Nesse momento, é inevitável se colocar como observador da luta, ou mesmo participante dela. Faz refletir um pouco sobre qual o nosso papel na sociedade, se é que existe de fato algum. Abre espaço para um questionamento que acaba por não se desenvolver junto à personagem, e fica perdido em meio a uma linha e outra.

É por esse questionamento, esse sonho e esse ponto máximo que vale a leitura. Claro, isso se você não for um curioso querendo saber como Zusak iniciou a carreira e entender melhor como se deu o seu crescimento no meio…
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 03/04/2019

Resenha para o blog Pétalas de Liberdade
O livro é narrado por Cameron Wolfe, um garoto australiano de 15 anos, que mora com os 3 irmãos mais velhos (Steve, Sarah e Ruben), o pai (que é um encanador) e a mãe. É uma família de condições financeiras modestas, onde os pais trabalham muito e colocam molho de tomate em tudo para tornar a comida mais agradável. Como ele e Rube tem pouca diferença de idade, acabam sendo mais próximos, e um dos passatempos favoritos deles (mais do Rube que do Cameron, que só vai na "onda" do irmão) é planejar roubos que nunca darão certo (por exemplo: a ideia de assaltar o dentista termina quando se encantam pela recepcionista e acabam pagando por uma consulta, ou quando decidem roubar uma placa de trânsito mas devolvem ela).

Cameron é um adolescente comum, um pouco bagunceiro, meio solitário, que não se destaca em nada, leva uma vida sem grandes emoções, não quer decepcionar a família e está em busca do seu lugar no mundo. Ele vive as típicas esperanças e desilusões da adolescência. O livro é como um diário onde o garoto abre seu coração e nos permite compreender como ele se vê de forma não muito otimista e sonhadora ao mesmo tempo.


"O azarão" é o primeiro livro da trilogia Irmãos Wolfe, um romance de formação com uma história aparentemente simples, um recorte da vida de um garoto que poderia ser qualquer outro. Pode parecer sem graça para alguns leitores, mas também pode ser justamente o que torna essa leitura especial para outros, como foi o meu caso. Apesar das muitas diferenças entre nós, me identifiquei bastante com o Cameron, também já tive 15 anos e uma vida extremamente comum, onde eu queria ser alguém melhor, encontrar meu caminho e ajudar a minha família, mas não sabia exatamente como fazer essas coisas.

Diferente de outros infanto-juvenis e young adults que já li, nesse, a maioria das cenas está ligada ao ambiente familiar e não à escola, o que achei bem legal por nos permitir entender melhor como o narrador é afetado pelas opiniões dos familiares e pelos acontecimentos da sua casa. "O azarão" foi publicado pela primeira vez em 1999, e é interessante poder observar a adolescência numa época onde não nascíamos grudados aos Smartphones, além da ambientação numa cidade australiana.

Do Markus Zusak eu já tinha lido "A menina que roubava livros" e acho que ambas histórias têm essa característica de não nos mostrar logo de cara para onde vão. Em "O azarão", é possível imaginar que é mesmo um garoto de 15 anos nos contando seus dilemas. É um livro curto, que pode ser lido rapidamente, do qual eu gostei e que recomendo, especialmente para quem procura histórias adolescentes despretensiosas. Eu já tenho os outros volumes da trilogia ("Bom de briga" e "A garota que eu quero") e estou bem curiosa para ler e descobrir quais caminhos Cameron Wolfe encontrará.


site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com/2019/04/resenha-livro-o-azarao-markus-zusak.html
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Butakun 11/03/2013

Aqueles sonhos, rs...
Markus Zusak. Simplesmente um dos meus escritores preferido da atualidade. Linguagem simples, mas tocante. Envolvente. Só espero que os outros livros desse rapaz não demorem tanto para aportar por aqui como este.
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Aline 19/06/2021

Garotos sendo garotos
É uma leitura bem gostosinha sobre o cotidiano e as questões internas dos garotos.

Não é um livro best-seller, mas para passar o tempo ou para sair de uma ressaca literária ele quebra um galho.
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Joy 20/10/2014

Um livro com tema simples e com um personagem poético.
"Não sei realmente se essa história tem um monte de coisas acontecendo. Na verdade, não tem. É só uma narrativa de como foram as coisas na minha vida, durante o último inverno. Acho que aconteceram coisas, mas nada fora do normal."

Cameron é só mais um garoto na família Wolfe, que é tratado como perdedor pelo irmão mais velho Steve; apronta travessuras com seu irmão Rube; faz seus pais passarem vergonha com os problemas que causa e se preocupa com sua irmã Sarah.


"Outras pessoas tinham os próprios mundos com os quais se preocupar e, no fim, tinham que cuidar delas mesmas, assim como nós."

Ele é um garoto de quinze anos, tímido e ingênuo no quesito garotas. Sonha com mulheres perfeitas e mais velhas, mesmo não tendo a coragem de falar com as da sua idade. Mesmo assim, anseia por uma garota real, que o faça sentir-se completo.


"Eu queria encontrar o local de onde vinha a voz dela. Era isso que queria. Queria ser bom para ela. Queria agradá-la, e suplicava para isso acontecer."

Decide mostrar a todos, principalmente a si mesmo que não é um perdedor e vai trabalhar com o pai aos sábados de encanador. Assim, a encontra, a garota real Rebecca Conlon. Diferente das mulheres do catálogo de Natal e da recepcionista do dentista, ela não é perfeita e improvável. Ela está lá e Cameron vai alcançá-la.

"Só faça com que fiquem bem, pedi a Deus. Todas as pessoas com Aids e todas essas coisas também. Só faça com que fiquem bem agora, e aqueles caras sem-teto com barba e trapos, e sapatos estropiados, e dentes estragados. Faça eles ficarem bem... mas, sobretudo, faça Rebecca Conlon ficar bem."

Eu adorei o modo como o Cameron descreve a vida, a cidade e as pessoas em sua volta. Se pudesse colocaria várias citações aqui, tenho tantos post it's no livro que já perdi a conta.

Gostou da resenha? Visite o blog!
http://choqueliterario.blogspot.com.br/

site: http://choqueliterario.blogspot.com.br/2014/09/falando-sobre-o-azarao.html
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Aymee2 08/06/2013

Dei azar
Já sabia que o livro não era assim tao bom mas insisti em ler,afinal é tao curtinho...

Só que mesmo sendo um livro pequeno demorei muito tempo pra terminar, simplesmente porque a historia parecia não chegar a lugar algum.E tinha tudo pra dar certo, afinal um adolescente de vida miserável (familiar, financeira, social,amorosa...)daria muito o que falar.Mas o que temos é um personagem que não causa NENHUMA empatia,nenhuma identificação,nada.Ele só repete que se sente mal e que não vale nada,ao invés de fazer o leitor SENTIR isso.

Também não gostei da narração dos sonhos dele, e quase pulei todas.Será que era pra ser engraçado?A sensação que tive ao ler o Azarão era de que eu estava assistindo algum daqueles filmes da Sessão da Tarde sobre irmãos encrenqueiros, só que um filme que peguei pela metade e fiquei sem entender o que o autor queria passar.

Será que melhora nos próximos volumes?
Valeria 06/10/2013minha estante
Procurando o livro O Azarão em pdf, não acho. Alguem sabe onde poderei achar??? Agradeço se alguem saber e me avisar. Vlw


Helder 11/08/2014minha estante
Sinto lhe dizer que melhora só um pouquinho no ultimo volume. É fraquinho mesmo. Nme sei porque dividiram em 3 livros. Se tem outras coisas na fila, deixe para lá e siga com o restante. Um dia vc volta por aqui.




Marina 19/06/2013

"Gosto de inverno, sou assim"
Cameron Wolfe é um adolescente depressivo que vive se metendo em encrencas. Ele é o caçula de quatro irmãos e acha que é uma decepção para os pais, que mereciam algo melhor. Cameron admira muito o irmão mais velho, que na opinião dele é a única pessoa decente da família. Para a infelicidade da mãe, vive “lutando” com seu terceiro irmão, quase sempre saindo machucado, e planejando roubar coisas junto com ele. Cameron se acha um lixo, e segundo ele, um caso perdido.

Não sei muito sobre Markus Zusak, não sou de pesquisar a vida dos autores que leio e ele não é muito de aparecer na mídia, mas esse livro parece ser uma “quase-biografia” (se é que isso existe), essa informação está até mesmo na orelha do livro. Biografia ou não, não pude deixar de notar que o autor gosta de uma luta, em A menina que roubava livros, Max Vandenburg era um lutador, em O azarão temos Cameron e seu irmão, que também lutam. Nunca fui de gostar de briga, mas Markus parece gostar de uma.

O Azarão é um livro muito pequeno, talvez apenas uma introdução à família Wolfe, pois o livro faz parte de uma trilogia. Apesar de suas poucas páginas, O azarão é um livro muito interessante e gostoso de ler. Markus soube muito bem escrever “a mente” de Cameron. O livro é narrado em primeira pessoa pelo próprio Cameron, e apesar da confusão de seus pensamentos, o livro não fica chato em momento nenhum.

Cameron me lembra, de alguma forma o personagem Colin Singleton, do livro O teorema Katherine. Talvez seja porque os dois não gostam de mulheres maquiadas, mas algo me faz lembrar deles como “parecidos”. Estou lendo tanto que meu cérebro começou a associar personagens de livros completamente diferentes... rs’
Markus como sempre soube contar uma história, e não precisou de muitas páginas para isso. Não vejo a hora de ler a continuação e descobrir que rumo tomou Cameron Wolfe.

site: https://marina-menezes.blogspot.com/
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Clóvis Marcelo 05/03/2014

Cameron Wolfe tem 15 anos e três irmãos mais velhos: Steve, Sarah e Rube, o mais próximo e apenas um ano mais velho que ele, com quem se junta para praticar pequenos delitos pela vizinhança – ou pelo menos, planejá-los, já que nunca deram certo – numa forma de chamar atenção de si próprios; ser alguém que fez algo marcante. Completam a família seu pai encanador e sua mãe durona e empregada doméstica. Uma família humilde que guarda muito mais do que os poucos recursos financeiros.

Fica claro que, por trás da fachada de adolescente típico de Cameron, existe um garoto infeliz com sua vida e suas atitudes, mas também um homem em formação, ainda com as amarras no adolescente inseguro, inconsequente e, às vezes, ridículo, que luta para ser alguém.

“Engraçado, pensei, enquanto dava a volta na corda que delimitava o campo. Antigamente, melhores amigos, e agora não temos quase nada a dizer um ao outro. Era interessante como ele havia se juntado àqueles caras, e eu tinha ficado na minha. Não gostava nem desgostava disso. Só era engraçado que as coisas terminassem assim.” Pág. 40

E é aí que, ao ajudar o pai num serviço de encanamento, Cameron conhece e se apaixona por Rebecca Conlon, uma bela garota, digna de orações e, o melhor de tudo, alguém real, que não está na imaginação do menino. A garota dos seus sonhos. Para consegui-la, Cameron sabe que terá de mudar não apenas suas atitudes, mas também seus pensamentos derrotistas. Ele sabe que precisará ser um vencedor.

“O que mais me impressionou é que, de repente, comecei a rezar. Comecei a fazer orações por Rebecca Conlon e a família dela. Não conseguia parar.

— Por favor, abençoe Rebecca Conlon — ficava pedindo a Deus. — Faça com que ela fique bem, certo? Faça ela e a família dela ficarem bem hoje à noite. É só o que peço. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. — E fazia o sinal da cruz como os católicos fazem, e nem sou católico. Não sei o que sou.” Pág. 64

COMENTÁRIOS

O livro é narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva de Cameron. Embora seja o garoto que narre a história, não é descrito pensamentos que estão acontecendo no dado momento que é contado, ele sim nos conta sua própria história como se de um futuro não tão distante.

A diagramação da Editora Bertrand está muito bem feita, os capítulos são curtos e o formato do livro acelera a leitura. Ao fim de cada capítulo encontramos diferentes sonhos de Cameron que são desconexos de toda a história. Para mim algo sem propósito, mais para utilizar escritos que o autor devia ter como rascunho. O único ponto que não me agradou foi a escolha do título – The Underdog – que em tradução literal seria O Oprimido, ficando como O Azarão. Compreendo que poucos comprariam um livro com esse título, porém deixo aqui minha opinião.

A escrita do livro lembrou-me o Markus Zusak que escreveu A menina que roubava livros, embora não tenha nada que se assemelhe a essa história. Nota-se veracidade no texto, que dá um tom autobiográfico (pois por coincidência o autor possui esse mesmo número de irmãos e parece falar da sua juventude misturada à ficção) a essa história escrita em forma de memórias, onde Cameron conversa com o leitor e vive através das palavras. Em alguns trechos chega a ser bem melancólico (introspectivo) – a minha parte preferida, diga-se de passagem; um livro sobre descobertas e autoavaliação.

“Eu sempre ia viver com esse tipo de falta de confiança em mim mesmo, de dúvida em relação à civilização à minha volta? Eu sempre ia me sentir tão pequeno que ia doer, e que mesmo o grito mais alto, rugindo da minha garganta, era, na verdade, apenas um lamento? Será que meus passos sempre iam parar de modo tão súbito e afundar no caminho?” Pág. 107 Capítulo 9 Favorito


site: http://defrentecomoslivros.blogspot.com/2014/03/resenha-o-azarao-markus-zusak.html
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Mari Siqueira 22/07/2013

Nem sempre somos perdedores ou ganhadores, às vezes somos apenas ... lutadores!
O Azarão foi o primeiro livro publicado de Markus Zusak, autor de A Menina Que Roubava Livros. Ele foi lançado em 1999 e traduzido para português em 2012 pela Bertrand Brasil. Nesse livro conhecemos a história de Cameron, um típico adolescente de 15 anos, ele leva uma vida simples com os pais e os três irmãos, lutando boxe, roubando placas de trânsito, se metendo em confusão, mas nada muito sério. É uma das coisas que mais o desaponta, ele não é bom em nada, nem em ser mau.

Ele e seu irmão Rube são garotos desleixados, que não se preocupam com o amanhã, que não tem esperança de serem pessoas melhores e que creem estar fadados ao fracasso. Mas isso muda quando Cameron conhece uma garota, Rebecca Conlon, ele se apaixona por ela e promete a si mesmo que vai ser uma pessoa melhor para conquistá-la.

É um livro para ser lido especialmente por meninos, Cameron está formando seu caráter e tentando se tornar um homem, vemos nessa história, todas as dúvidas, medos e reflexões de um garoto que não sabe o que fazer da vida, ao qual tudo de errado acontece, que não tem ninguém a quem recorrer, que não possui nenhum amigo e que sonha conquistar a garota da sua vida, nem que para isso tenha de mudar quem e o que ele é.

O Azarão é um menino desacreditado, que sempre perde as lutas das quais participa, mas e quando nós cansamos de perder? Nem sempre podemos escolher ser perdedores ou ganhadores, mas nunca podemos deixar de ser lutadores. E pela pessoa certa, vale a pena lutar para ser alguém melhor. Gostei muito e indico :)

***Quote***

- Ei, por que só tem um garoto lutando? - pergunto de novo para o cara perto de mim.
Dessa vez, ele não olha para mim, não. Continua concentrado no garoto dentro do círculo, que luta de modo tão intenso que ninguém consegue desviar os olhos dele.
O cara fala comigo. Uma resposta. Diz:
- Ele está lutando contra o mundo.
E agora, observo o azarão no meio do círculo lutar, pôr-se de pé, cair e voltar a se apoiar nos quadris e nos pés, e lutar de novo. Ele continua na luta, por mais que caia. Levanta. Algumas pessoas comemoram. Outras riem agora e xingam.

site: http://loveloversblog.blogspot.com
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Rony 17/04/2021

Pra matar a saudade
Devo admitir que fiquei surpreso com a qualidade do livro. Markus Zusak foi um autor que marcou minha pré-adolescência e seus livros ganharam um espaço especial em minha memória.
Contudo, ao retomá-lo depois de mais de uma década, especialmente com seu livro de estreia, confesso que já tinha me preparado para a decepção. O próprio narrador - que aqui também narra em retrospecto e vez ou outra solta um pequeno spoiler, afinal de contas Zusak AMA esse recurso - já nos assegura que sua história não tem nada demais. E é verdade. O enredo é incrivelmente simples e cotidiano.
No entanto, é também contado de forma bem sensível. É a história de um menino de quinze anos começando a se perceber enquanto pessoa, questionando seus comportamentos e o lugar que ocupa no mundo. É um livro sobre querer se conectar com pessoas reais, sobre refletir todos os "talvez", sobre se sentir pequeno e incapaz de não ser nada além de bruto e insuficiente, um cachorro na sarjeta. É um livro sobre deixar escapar o nosso uivo (que foi uma coincidência maravilhosa posto que no último final de semana produzi um conto que remete MUITO a cena final do livro).

Minha ressalva fica por conta da estrutura de ter um sonho ao final de cada capítulo. Em alguns momentos funciona e cria uma bela simbologia, porém em outros apenas repete de forma explícita e pouco criativa conceitos e temas que já foram tratados dentro do próprio capítulo, tornando-os rasos.

Estou bem empolgado para iniciar logo o segundo livro da trilogia e na torcida para que essas personagens e a narrativa fiquem progressivamente mais ricas.
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S! 29/01/2014

Primeiro
Adorei o Cameron e o Rube! Simpatizei com a Sarah e - até mesmo - com o Bruce... Steven é um pouco desprezível, mas nada que não possa mudar com a leitura. Eu curti o livro! É bem juvenil, leve, de leitura rápida, descompromissado e cheio dos questionamentos que os jovens (e nem tão jovens assim) possuem e se fazem a vida toda.

Os personagens são bem construídos, mas faltou trama. Pelo menos por enquanto.

Senti falta de um clímax, de uma reviravolta, algo que prendesse mais o leitor, que emocionasse, ou algo do tipo. Mas acho que pode ter sido uma espécie de "introdução" para o resto da trilogia. Confio e ~leria até a lista de compras~ do Zusak
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Italo 02/09/2013

Zusak surpreende com sua escrita.
O azarão é o primeiro volume da trilogia dos irmãos Wolfe, de Markus Zusak, autor de "A menina que Roubava livros". Um livro curto, de apenas 176 páginas, mas que mostram o que Zusak sabe fazer, inventar histórias brilhantes. E que conquistam o mundo, como a de Liesel, que está sendo adaptada para o cinema.

Cameron Wolfe é um garoto, caçula, tem 15 anos, e 3 irmãos. E como todo adolescente, se perde nas questões da idade. Com Rube, o seu irmão mais próximo, se aventuram no mundo, sozinhos. O pai deles é encanador, agressivo, e durão, e a mãe bem, não tem muito carinho, e orgulho pelos filhos mais novos. A rotina é quase a mesma, vão para a escola, e comem sempre a mesma coisa - cogumelos - apesar de ser escassa a renda da família. Ele e Rube, se arriscam em lutas de Boxe (amadoras, claro), e partidas de Futebol no quintal de casa, que trazem algumas risadas ao leitor. Além de claro, os dois planejarem roubos, que sempre acabaram dando errado.


Ao final de cada capítulo, de um total de 14, Cameron descreve um sonho que teve, ou melhor dizendo, seus pesadelos de cada dia, e aprende com a vida, sempre ao lado de Rube, Steve e Sarah, seus irmãos. E assim, ele se perde na solidão e desgosto, odiando a vida que tem, até se apaixonar por uma garota, que conheceu depois de um dia de trabalho com seu pai e desde então faz de tudo para que ela torne o seu porto seguro.


Não sei realmente se essa história tem um monte de coisas acontecendo. Na verdade, não tem. É só uma narrativa de como foram as coisas na minha vida, durante o último inverno. Acho que aconteceram coisas, mas nada fora do normal. p. 19

O livro é bem curto mas que não te cativa pela história, e sim pela escrita. Markus Zusak sabe desenvolver a história brilhantemente, e os sonhos - no final de cada capítulo - refletem sobre a vida, e o cotiano do jovem. Inconscientemente. Mas, sinceramente, não me apeguei a Cameron, continuei o livro pela escrita, e não pela trama. Contudo, é um livro bom.

É uma leitura realística, rápida, e cotidiana. Porém, não pense que é como "A menina que Roubava livros", são dois mundos totalmente diferentes, mas que mesmo assim, ainda prefiro o de Liesel. O livro faz refletir sobre as pessoas que nos rodeiam, e como elas são, como elas agem. Mostra uma sociedade pobre, sem esbanjar riqueza, e que se vira com o que possui. O livro tem continuação, e se chama "Bom de Briga". Não é grandioso, é um bom livro.

site: http://leitorespossessivos.blogspot.com.br/2013/08/o-azarao.html?spref=tw
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Beatriz.Praciano 16/12/2013

É o primeiro livro da série irmãos Wolfe da editora Bertrand Brasil que conta a história de Cameron Wolfe, um típico adolescente de quinze anos tímido, sonhador e confuso que mora em uma casa simples com três irmãos mais velhos e os pais.
Em geral são uma família de classe social média, a mãe é uma mulher durona e o pai é o mais próximo dos garotos. Steven é o mais sucedido da família, jogador de futebol já teve várias garotas, Sarah é uma adolescente comum, passa a maior parte dos dias namorando no sofá até que um dia os dois começam a se estranhar e ela descobre que ele tem outra pessoa. Já Ruben é um dos personagens principais do livro por ser o irmão mais próximo de Cameron, um tremendo fanfarrão preguiçoso, daqueles que preferem roubar à arrumar um emprego, juntos eles planejam assaltos e se divertem na cidade. Tudo começa quando Rube planeja assaltar um dentista, porém, o plano vai por água a baixo quando Cameron se encanta com a recepcionista e desiste do assalto. Então sem dinheiro e emprego é Cameron que toma a inciativa de voltar a entregar jornais, mas é recusado por ser um tremendo desastrado. Sendo assim ele começa a ajudar o pai (encanador) aos sábados para ganhar um trocado. Logo ele conhece uma garota que muda sua vida, ela é diferente de todas as outras, não que ele já tivesse tido outras, mas com ela as coisas eram diferentes e desde então ele começa a pensar e a rezar por ela todas as noites. É quando ele percebe que precisa reencontrá-la a qualquer custo e começa a torcer para que o sábado chegue logo. Cameron se depara também com seu ex-melhor amigo Greg Fiemi um garoto bacana que deixou de andar com ele para andar com o grupo de vencedores liderado por Dale Perry é quando ele começa a analisar toda a sua vida e a perceber que para ter a garota desejada ele precisa mudar, se tornar um vencedor.
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