O Que o Brasil Quer Ser Quando Crescer?

O Que o Brasil Quer Ser Quando Crescer? Gustavo Ioschpe




Resenhas - O que o Brasil quer ser quando crescer?


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Bruna Calil 22/12/2019

Intrigante
O livro me fez refletir, concordando, mas também discordando da colocações de Ioschpe, sobre a pífia educação que temos no Brasil. Em função do meu trabalho, focado nas escolas particulares, procurei adaptar as observações que fez nos artigos para minha realidade de Educação.
Relevar o papel do diretor de escola e a sua valorização dentro deste ambiente é necessário para o crescimento não só do aprendizado dos alunos, mas também do trabalho dos professores.
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Rafael 13/05/2018

Dados consistentes para falar sobre o tema
O livro não é somente mais uma obra sobre educação, Ioschpe vai além e desmitifica com dados, estatísticas a realidade da educação brasileira. O resultado é ao mesmo tempo impactante e provocativo – pois muitas vezes temos uma visão enraizada de determinados tópicos e os dados são contrários a eles.

Sabemos que a educação vai mal, e ele confirma essa tese, embora muitas vezes a própria sociedade, os educadores, desconhecem as causas do péssimo desempenho escolar. Gostando ou não, é uma realidade imprescindível que Ioschpe traz ao debate público sobre o tema.

Ele traz muitos dados para compor a sua base de argumentação, com isso percebemos a problemática da educação no país -, o analfabestimo funcional beira 75% da população; 24% dos alunos do 1º ano são repetentes; o PIB gasto com educação está na média dos países desenvolvidos; dessa forma gastamos em média 46 bilhões/ano em educação, e estamos em um dos últimos lugares nos testes internacionais, como o conhecido Pisa.

Outro resultado importante é a diferença entre a escola pública e a escola privada. Nos dados do ENEM as públicas chegam à 37% da prova, enquanto as privadas à 56%, portanto, ambas são ruins, todavia as privadas ainda se saem melhores. Desse modo, as famílias gastam grandes quantias para os filhos terem uma educação precácia mesmo no âmbito privado.

A educação no país é envolta de descaminhos: governos que entram e saem do poder e não têm um projeto de nação que envolva a educação; sindicatos que estão somente interessados em defender os seus afiliados e não a educação da população; o saber das disciplinas que é, muitas vezes, sabotado por ideologias; temas transversais como a “ética” e a “cidadania” sendo prioritários, haja vista que os alunos não dominam, minimamente, os tópicos básicos como ler e escrever e a matemática básica. Dessa forma é visível a falta de foco da educação e suas descontinuidades.

Embora não possamos afirmar que o problema seja apenas por parte do estado, das instituições que compõe certa parcela da realidade escolar dos alunos, temos também um drama cultural comparado a países em que a educação é o alicerce da nação, como a Coréia do Sul, a Finlândia -, a população brasileira não tem uma cultura educacional; assim os pais, muitas vezes, estimulam pouco o estudo dos filhos, ou nem isso; geralmente não consomem muita cultura, não costumar ler em casa e etc. Assim, não podemos culpar apenas a estrutura burocrática, mas há também uma certa mentalidade da população que não ajuda o país a priorizar de forma concreta a educação e pensar o país a longo prazo.

O problema educacional no Brasil já passou da hora de ser enfrentado, não podemos mais desperdiçar tanto tempo e dinheiro para resultados tão irrisórios. O país vai caminhando de crise em crise: na economia, na segurança pública, na moral e etc. E o seu bem mais precioso - o capital humano está sendo desperdiçado. O mundo está cada vez mais globalizado e estamos sem as ferramentas para enfrentá-lo. Sem um projeto de nação que envolva a educação, seremos sempre o velho estereótipo de Stefan Zweig: “Brasil, um país do futuro”.
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Marcos 20/07/2014

Desfazendo mitos
Acompanho as colunas do Gustavo Ioschpe há algum tempo, portanto não há muita novidade em termos de idéias. O grande mérito do livro é dar unidade a tudo que o autor vem publicado nesses anos todos, uma voz dissonante no discurso corporativista que toma conta do tema da educação. Ao contrário dos senso comum, o problema da educação brasileira não é de recursos ou da tal falada vontade política, ou mesmo do sistema. É geral e vai desde os pais que não percebem o resultado desastrosos, até os trabalhadores da educação, cada um preocupado com seus privilégios e interesses. Para realizar o contraste, Ioschpe apresenta o exemplo chinês, o de um país de dimensões continentais e também em desenvolvimento. Embora eu ache que faltam as devidas considerações culturais, resta evidente que estamos no caminho errado e vamos jogar ainda mais dinheiro fora nesse absurdo de destinar 10% do PIB para a educação, a maior irresponsabilidade política desde a redemocratização.
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Luciano Luíz 27/02/2014

O QUE O BRASIL QUER SER QUANDO CRESCER? - E OUTROS ARTIGOS SOBRE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO, é uma compilação de artigos publicados na revista VEJA.

O autor, GUSTAVO IOSCHPE, simplesmente vai além de tudo o que já foi explanado em questão de educação familiar e sistemática.
Propondo melhorias que pelo visto, jamais veremos ser realizadas por pais, alunos, professores e Governo.

Os artigos vão fundo em todas as questões de erros que muita gente sabe que existem, mas ignora.
Todas as falhas do sistema de ensino público e privado.
Professores mequetrefes, alunos medíocres, pais que realmente não se importam e um Governo que a cada ano que passa, tão somente auxilia na piora do que ainda insiste em nomear de educação...

É impressionante o quanto se luta por acobertar tudo o que de errante existe em nossas entidades de ensino.
Gustavo Ioschpe sem dúvida colocou o dedo profundamente na ferida.
E graças a isso, uma boa parte de professores e diretores não devem ir com a cara dele... além de pais, alunos e o próprio Governo...

A coletânea é um verdadeiro tesouro. Um aprendizado que deveria se tornar leitura obrigatória em todas as instituições de ensino.

Lições valorosas que se postas em prática, dariam um rumo totalmente positivo ao Brasil.
Mas, como aqui é o país que nada é levado a sério e até piadas são consideradas ofensivas em algum grau, é quase impossível de acreditar que nossa educação dê um salto relativamente decente...

Mas, sabemos que impossível é completamente diferente de difícil...
Exige sacrifício.
E isso em prol da educação, o brasileiro não é muito a favor...

É um livro que faz o leitor ter uma visão ampla de que o tempo é mais do que precioso quando se trata de afastar a ignorância de nosso povo...

Nota: 10

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Graciano 02/02/2014

Vale apena ler
O livro pode parecer, de inicio, só um monte de artigos juntos porém existe uma sequencia e o autor coloca seus argumentos de forma bem objetiva. Não concordo com todas as ideias defendidas, nem mesmo com a validade de algumas estatistias apresentadas como base para essas ideias. Mesmo para quem não concordar, ou tiver preconceito por ele ser colunista de uma certa revista, leia.
Vale apena ler e refletir. Indico para todos profissionais da área da educação.
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