Fôlego

Fôlego Tim Winton




Resenhas - Fôlego


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Paty 24/03/2014

Oscilando entre o clássico e o atual, entre maturidade e inocência, sofisticando por dentro o atrativo popular, em pleno domínio da difícil arte de escrever fácil, Tim Winton dá a Fôlego o tom preciso para um romance de alto nível, acessível e cativante do início ao fim!
Renata CCS 28/04/2014minha estante
Mais um para a minha lista.




Joice (Jojo) 08/07/2010

Ótima leitura!
É difícil explicar por que gostei tanto de "Fôlego". O livro não possui um ápice: trata-se apenas da história de um garoto que, entre uma onda e outra, torna-se um homem. O livro celebra o instante e a manifestação de algo completamente inútil e belo. É um livro que não sabemos muito bem como vai terminar e que talvez por isso mesmo não dá pra largar antes do fim.

Os personagens são cativantes. Nós os amamos, os odiamos, tentamos justificá-los. Impressionante!
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Joana 20/10/2015

Fui na onda de Tim Winton e seus personagens e surfei deliciosamente pelas páginas desta cativante história!
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Simone.Amaral 30/03/2020

Reencontro com a leitura
Uma história sobre surfe, na Australia, anos 60/70, nunca imaginei que iria tão profundamente me tocar, experiências tão diferentes, resultados tão similares, assim foi e ? o ser humano, somos o resultado de nossas ações, que exprimem nossas escolhas...
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natygs 04/08/2020

Primeiro livro australiano que leio e vou dizer que me surpreendeu. Não imaginei que iria gostar desse tipo de leitura, mas achei bacana e cativante.
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Milla Carvalho 15/03/2017

"A maioria das pessoas não gosta de sentir medo. Não dá exatamente para recriminá-las por isso. Alimentar-se do risco é algo perverso."
"Fôlego" não é um livro fácil. Na verdade, boa parte da leitura te leva a um mundo sem volta. Transformando a temática do surfe para outro patamar que jamais imaginaria. Não sou uma rata de praia, mas devo admitir que a forma como Tim Winton conduziu esta história me fez pensar muito sobre o mar e o respeito com ele.

Mas me permita parar de absurdar um pouco e falar sobre o que interessa. São duzentas e cinquenta uma páginas, que seguem seu ritmo próprio, como uma onda interminável de drama, comédia e vida cotidiana. O narrador e protagonista do livro nos leva ao seus anos de formação, quando ele deixou de ser um garoto e passou a ser um homem, a entender a vida e vê-la sem os tons pasteis infantis.

Pikelet, no auge dos seu 50 anos, conta com nostalgia seu passado em Sawyer, uma pequena cidade da Austrália, na década de 70. É lá que ele divide suas aventuras com Loonie, seu amigo e um parceiro para quebrar a monotonia do lugar. Durante suas fugas para praia, os dois conhecem Sando, homem misterioso que passa a moldar a forma como aqueles garotos encaram as ondas.

O trio se torna o centro da narrativa, afinal o que mais importaria a dois garotos que um adulto de cabeça aberta e que os respeita como igual? O problema é que, com o passar do tempo, como toda relação, as lições que o misterioso surfista ensina aos meninos criam algumas consequências que nem mesmo Pikelet poderia imaginar. E para completar, a esposa de Sando, Eva, se une ao trio, trazendo mais tensão ao -- agora -- quarteto.

O que mais me impressionou na linguagem de Tim Winton foi a forma como ele ligou com os altos e baixos de seus personagens, instigando o leitor a continuar "nadando" pelas possibilidades que estavam se formando. Mais uma vez, usando o artifício de uma onda imaginária em cada ápice de seus twists.

Poderia ter tido um final melhor? Sim, algo menos pragmático. Mas sinceramente, o autor australiano traz algo bem singular, em um enredo direto, sem papas e bastante claro. E o medo, tão bem conceituado e explícito, toma sua forma a cada momento que aqueles garotos encontram o mar e a vida que os tranforma.

Agora é esperar o que Simon Baker vai trazer para este livro quando o filme estrear no circuito indie. Espero que ainda este ano!

#LeituraForaDaCaixinha
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 18/09/2018

Já Li
im Winton, além de romances, também escreve contos e estórias para o público infantil. Australiano, ele começou a escrever ainda na universidade e ganhou um prêmio pelo seu primeiro livro, o que o incentivou a continuar na carreira. Ele costuma dizer que começa seus livros pensando "onde" a estória será contada e, depois, pensa no resto e, por isso, grande parte das suas obras se passa na Austrália.

"Fôlego" é a vigésima obra de Winton e seu oitavo romance, publicado em 2008. A estória se passa em uma cidadezinha da Austrália chamada Sawyer, perto da fictícia Angelus, uma cidade maior que aparece em vários de seus livros. Como Winton gosta de pensar na locação de suas obras, Sawyer é quase uma personagem, pois tem um enorme destaque na trama. Por isso, o leitor pode esperar muitas descrições de paisagens e ambientes e, sobretudo, uma presença marcante do oceano.


O livro é narrado em primeira pessoa por Bruce Pike, um paramédico de meia-idade, divorciado, que relembra suas aventuras da adolescência com o melhor amigo Loonie. Aqui, vem a minha primeira ressalva sobre o livro.
O primeiro trecho da estória mostra Bruce socorrendo uma suposta vítima de suicídio, ao lado de sua nova companheira paramédica que, claramente, não gosta dele. Bruce demonstra ter muita experiência no ramo pois, em questão de minutos e com poucas pistas, consegue identificar que não foi suicídio, e sim, assassinato.

Diversos capítulos depois, Winton retoma vagamente o presente de Bruce, mas eu já nem me lembrava mais o que ele fazia ou quem era ele. Por isso, acho que o escritor cometeu um erro. Acredito que Winton devesse ter escrito uma plot paralela para Bruce, com eventos e conflitos do seu presente, entremeado-os com o passado e as reminiscências. Do jeito que os flashbacks foram feitos, eles ficaram largados no enredo e praticamente inúteis.

Na infância e adolescência, Bruce relata que sentia vergonha dos seus pais, que eram muito tacanhos e conservadores, uma característica da população de Angelus, onde as pessoas parecem se conformar com pouco e não possuem grandes ambições. Por isso, quando ele conhece Loonie, ele enxerga no amigo uma oportunidade de sentir-se vivo. Loonie, ao contrário de Bruce, é extrovertido e desobediente, e a família dele não parece se importar com os riscos que ele corre, o que fascina Bruce, cansado de seus pais sufocantes e rígidos.

Aqui, tenho outra ressalva com o livro. As aventuras de Bruce e Loonie no litoral de Sawyer parecem um enorme episódio de uma série de surfe daquele canal OFF (aquele canal da TV a cabo que só passa surfistas, skatistas, paraquedistas e pessoas que tem profissões muito mais legais que as nossas). Ou seja, é uma leitura muito chata. Os eventos giram ao redor de Bruce e Loonie conseguirem pegar uma onda, ou fugir de um tubarão, ou encontrar um lugar onde possam guardar as pranchas de surfe.

O único momento de maior profundidade da trama é quando Loonie insiste que eles brinquem de asfixia, pois ele gosta da sensação proveniente do desmaio. Ao salvar Loonie da asfixia, Bruce percebe que quer ser paramédico quando crescer. Mas mesmo este momento é breve e pouco desenvolvido, e logo a narrativa retoma o surfe. Além disso, acredito que Winton também tenha pecado ao focar nas cenas de ação e não nas personagens, pois não me vinculei a ninguém. Falta sentimento e emoção.

Mas, pensando que o objetivo deste Desafio Livros pelo Mundo é conhecer um pouco da cultura e dos costumes de outros países, o livro cumpre essa missão. É fácil compreender a atmosfera do litoral australiano dos anos 70 e Winton sobre retratar bem o período. Além disso, na narrativa aparecem comidas (canguru assado, por exemplo) e atitudes que demonstram bem o país.

Ainda assim, não é uma leitura que recomendo.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com/2018/09/desafio-livros-pelo-mundo-australia.html
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