Obra Poética Integral de Cesário Verde (1855-86)

Obra Poética Integral de Cesário Verde (1855-86) Cesário Verde




Resenhas - Obra Poética Integral de Cesário Verde (1855-86)


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Lana 15/01/2013

Uma visão de CV
Partindo do pressuposto de que a obra de Cesário Verde se assumiu, ao longo da história da crítica literária, como um objecto estranho porque avesso a qualquer ato de catalogação estética, este livro apresenta dois instrumentos de leitura alternativos, respectivamente as obras de William Wordsworth e Fernando Pessoa. Mediante a consideração das mesmas pretende-se, não evidenciar a possibilidade de um exercício comparativo, mas antes clarificar os potenciais sentidos de uma poesia que, pela sua complexidade, tem sido sucessivamente remetida para uma posição indefinida. O estado de desactualização da História da Literatura Portuguesa e, simultaneamente, a constatação de uma relativa ineficácia dos estudos críticos no que concerne à obra de Cesário, deram aqui a possibilidade de, através de outras poéticas, se esclarecer o papel crucial que essa mesma obra desempenhou na evolução do nosso pensamento sobre questões relacionadas com Poesia.
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Claudius 11/06/2012

A fragmentação impressionista na poética de Cesário Verde
Os signos poéticos, na obra poética de Cesário Verde, isolam-se e agrupam-se num movimento pendular em busca do significante. É por meio de um dançar paralelo espacial no poema, que as imagens se chocam e (re)apresentam-se em um novo valor expressivo.A metáfora basilar é a cidade-mulher, que o poeta cria em imagens da cidade antropomorfizando-a e desnudando-a em jogo erótico(hierogamos).

O hiato artístico da arte pictórico-impressionista lusitana proporcionou a Cesário Verde um processo lúdico-sugestivo da palavra-poética. Em uma escrita imagética de flashes que se acoplam, o legado cesarino de cunho impressionista, será uma expressão de substituição psíquica pela ausência pictórica em Portugal. Primordialmente sob influência parnasiana, Cesário Verde logo converteu-se por um realismo dialético e visual, que registra imagens do cotidiano citadino contraposto ao campo.

Maior espírito poético-impressionita de Portugal e uma das figuras mais latentes da literatura de língua portuguesa, Cesário Verde, desvairadamente, abalou com suas estrofes os pergaminhos canônicos do século XIX. Em áureos tempos de prosa realista, o poeta ousou e em um estilo singular, demonstrando à elite literária que o marginalizava, que a ruptura poética era o modo de fazer-se ouvir.
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