Black Hole - Introdução à Biologia

Black Hole - Introdução à Biologia Charles Burns




Resenhas - Black Hole - Introdução à Biologia


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-natalia 09/04/2022

Estranho!
Eu li essa história ontem em algumas horas, e, desde então, fiquei refletindo se entendi ou não kkkk. Achei a temática interessante (sem falar na arte, que é linda), apesar de a história ir e vir com os personagens e eu não ter certeza se os fatos estão acontecendo ao mesmo tempo ou em tempos diferentes. Terminei com um grande ponto de interrogação piscando em cima da minha cabeça!
Vou tentar ainda ler o segundo volume para finalizar a história, e também para ver se entendo um pouco mais (porém não tenho muita esperança...).
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Matheus Lins 06/05/2009

http://battlenerds.wordpress.com/2009/02/13/black-hole/
Seattle. Anos 70. Uma doença sem nome, disseminada pelo contato sexual, assola os jovens. Em comum, desenvolvem deformidades. Alguns são sortudos e apresentam apenas discretas protuberâncias na pele, facilmente escondíveis, enquanto que outros passam a se assemelhar mais a monstros do que a seres humanos; a esses, resta apenas um exílio auto-imposto, vivendo no mato com seus iguais como animais.

Black Hole é um trabalho autoral de Charles Burns (cujo currículo inclui ilustrações pro NY Times e outras revistas, e alguns quadrinhos independentes), que levou doze anos para completar a obra, a respeito da sua própria juventude, da descoberta das drogas e do sexo.

A grosso modo, Black Hole se trata de uma fábula; mas uma fábula perturbadora, como um conto de terror psicodélico. A história funciona como uma extensa e rica metáfora sobre a adolescência, os medos, inseguranças e desiluções nela inclusas, ora flertando com o mais puro horror, ora com o total surrealismo, como, por exemplo, quando os personagens entram em “transe” devido às drogas, ou simplesmente dormem e têm pesadelos: um panomara de imagens desconexas se forma à frente dos seus olhos, junto com emoções agridoces e sinestésicas. Após sucessivas leituras, notar-se-á que Burns deixa “pistas” (leia-se: spoilers) acerca de futuros acontecimentos nesses momentos de psicodelia.

Esteticamente, a HQ também impressiona pelas diptychs que abrem cada capítulo, geralmente consistindo de um objeto inanimato (i.e detritos) e do personagem em foco no capítulo em questão; notar-se-á, após repetidas leituras, que as imagens são geometricamente semelhantes e podem ser interpretadas como sendo uma “espelho” da outra. No terceiro capítulo, por exemplo, o diptych consiste de uma garrafa de vidro quebrada ao meio e uma personagem deitada numa barraca, numa posição quase fetal, de forma similar à dita garrafa. Outros paralelos - esses, de caráter mais metafórico - podem ser traçados. O vazio da garrafa representa a solidão que a própria personagem sente, assim como o fato de ela estar quebrada retrata o seu estado emocional.

Quanto à trama, ela é dividida em dois núcleos distintos, que convergem no final. Chris Rhodes é uma jovem atraente que fica “bichada” (contrai a dita doença) após transar desprotegida com um paquera que conhecera numa festa (que supôs que ela soubesse da sua condição). Ela passa a trocar de pele, como uma cobra; ele, tem uma segunda boca na extremidade final do pescoço. Eventualmente se apaixonam e se exilam da cidade, vivendo na floresta, como um casal.

Keith Pearson é um jovem comum que curte se drogar com os amigos e que nutre uma paixão secreta por Chris, a qual permanece intacta mesmo depois de ouvir sobre a estranha situação dela. Na casa de uns vendedores de drogas, ele conhece uma artista sem nome que lhe causa um tremendo impacto - tanto pela sua arte visceral quanto pela sua própria fisionamia, com uma pequena cauda no final da sua coluna vertebral (o que lhe deixa inusitadamente… excitado). Devido a um ataque de ansiedade provocado pelas drogas, ele se refugia na floresta, onde encontra os “bichados”, formando um vínculo inusitado com eles.

Todavia, algo estranho anda acontecendo: um a um, membros do dito grupo desaparecem sem deixar rastros - exceto por um membro decepado ali e outro acolá - e estranhas gravuras de cabeças de boneca com corpos de ossos começam a aparecer amarradas às árvores. Alguém os está caçando, e eles não sabem por quê. Será um maníaco, um serial killer? Ou poderia ser alguém do próprio grupo que está enlouquecendo?

E mais: o que é a tal doença? Qual é a sua causa? Qual é a sua origem? Por que ela afeta as pessoas de forma tão variada? O que está sendo feito a respeito para combatê-la?… são perguntas que eventualmente surgem e é natural esperar por respostas. Mas isso é um erro. A natureza da doença é irrelevante - ela é um mero artifício do roteiro para acentuar o isolamento, frustação e desilução típicos da adolescência que os personagens estão experimentando num contexto tão macabro quanto possível.

No Brasil, a graphic novel foi publicada em duas partes - Introdução à Biologia e O Fim, ambas com o mesmo personagem na capa, antes e depois de ser “bichado” - em formato 16 x 23 cm, papel LWC e capa dura. Ausente de extras.

A obra foi vencedora de um Eisner Award (Melhor Álbum Gráfico) e de nove Harvey Awards (dentre eles, Melhor Cover e Melhor Álbum Gráfico
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Iasmin Carvalho 12/08/2009minha estante
Até então, não tinha sacado muita coisa do livro, mas essa resenha está bem esclarecedora, e obrigada também por ter oferecido a fonte, isso é importante. O livro é um tanto perturbador, inusitado, mas isso realmente ajudou.





Lara Aimee 03/11/2020

Um terror gostoso e um trabalho foda!!!
A minha visão do livro foi: Black Hole se passa em Seattle da década de 70, narrando a vida de adolescentes inconsequentes onde a vida erram marcadas apenas pela luxúria, onde basicamente o importante era o sexo e as drogas, então o autor fazendo uma sátira ácida e de terror, cria um vírus sexualmente transmissível, que deixam eles com mutações das mais bizarras possíveis, um com pequenas mutações conseguido viver em sociedade, já outros são completamente deformados tento que viver em exílio.
O Ser humano mutante é um prato cheio para literatura, e o autor ainda consegue acompanhar, romance, e uma arte sensacional, Charles Burns pode ter uma narrativa meio confusa no começo, mais o seu jeito neurótico de fazer arte é sensacional.
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nmstoppa 18/10/2021

Não entendi o conceito, não sei se preciso ler a parte dois para entender, mas não gostei, não entendi o ponto, e nem achei perturbador. Pensei que poderia ser uma metáfora, ou uma releitura, do HIV, mas parece que faz uma relação com todas as ISTs.
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Patcha 12/06/2023

Nojento e Perdido
Uma cidade cheia de mistérios, com deformações que se espalham como uma doença e criaturas além da imaginação vagando pela noite. É uma história pretensiosa e que, neste primeiro volume, não chega a lugar algum. O maior problema são as ilustrações, que tentam passar a ideia de confusão e acabam te confundindo demais. Em diversos momentos eu não sabia a diferença entre cinco ou seis personagens, pois não tinham nenhum traço que os diferenciasse e ainda estavam escondidos atrás de ranhuras e símbolos que, ao menos neste volume, não mostraram utilidade.
Não recomendo a leitura.
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Tito 28/06/2010

Uma aterradora metáfora para as transformações da adolescência, dividida em dois volumes.
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MENINALY 07/03/2011

Diferente
Quer ler algo diferente e ao mesmo tempo algo para vc pensar por dias? Leia Black Hole....
Simplesmente genial...Li numa tacada só, não dava para largar!
Realmente Charles Burns faz jus ao ter ganhado o Eisner Award de melhor album de 2009.
Mostra uma doença mutante que se espalha entre os adolescentes nos anos 70 através do sexo. Os contaminados sofrem modificações no corpo, algumas tão radicais que o doente passa a ser uma pária e precisa fugir do convívio social....
Esse é o enredo quer mais LEIA!!!!!
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evenancio 11/07/2010

Black Hole
Excelente Graphic Novel de Charles Burns, publicada em 2 volumes pela editora Conrad. Não conhecia nenhuma outra obra do autor, então foi com uma grata surpresa que pude saborear tão deliciosa e sombria narrativa. De fato não há nada de novo na trama presente no livro de Burns, mas a atmosfera alinha aos diálogos e desenhos são sensacionais. O clima, em minha singela opinião, é perfeito.

A história se passa em algum momento entre os anos 60 e 70 em plena época da contracultura predominantemente jovem, cujo rock psicodélico, uso abusivo de drogas, sexo livre e o movimento hippie foram ingredientes que pintaram esta década com cores vivas que jamais seriam esquecidas.

Continua em:
http://www.evenancio.com/2010/04/black-hole.html
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RaphaNC 25/10/2021

um estranhamento bom
Nada além do que uma analógica a doenças sexualmente transmissíveis com mutações e suas repercussões na sociedade dos anos 80.
Uma das obras mais envolventes que já li, mas n sei falar o pq...
Só leiam para entender
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Bia 16/04/2022

Sinistro
Comecei a ler sem expectativa nenhuma, gostei muito de como a história se desenvolve e quanto mais voce ler mais você se prende no enredo .
Tem de tudo nessa Hq, suspense, romance, drogas?
E as artes da hq são incríveis, nunca tinha lindo algo assim
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Ashtoffen 15/01/2009

Soa um tanto beatnik, mas a obscuridade é mais relevante. Bela obra.
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Ricardo 21/09/2012

Desenhos perfeitos colados em um roteiro que não fica atrás.Sexo, doenças, mutações,um tanto de mistério, um bom lado sombrio, misturando tudo à dramas adolesecentes que muitos passam o resto da vida tentando, e não conseguindo, resolver.Tem a segunda parte ainda...
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Cilmara Lopes 22/04/2017

A verdade estampada e despejada!
Há tempos procurei essa hq, e hoje fui na biblioteca sem grandes expectativas e achei!
Que grafic novel incrível, relata o surto da Aids na década de 70, como era vista e aceita.
A falta de conhecimento chega ao absurdo, e com analogias bizarras e grotescas Burns nos coloca num certo desconforto e ao mesmo tempo nos mantêm com extrema curiosidade de conhecer mais sobre o futuro dos personagens diante de tanta loucura.
A escrita é muito intensa e a arte forte e precisa, uma baita obra, merece todos elogios espalhados por aí!
Agora correr para o volume II.
Julyana. 26/04/2017minha estante
Adoro! Vc sabe que volume 2, né?




José Alexandre 08/07/2017

Uma viagem aos anos 70 e as doenças físicas e mentais!
Acreditem,esse quadrinho é bem mais do que aparenta,ele consegue te transmitir diversas emoções,sendo a mais explícita delas o ''Asco'',tem cenas extremamente nojentas e perturbadoras,mas não se trata só de causar repúdio,ele faz uma incrível crítica social á adolescência,amadurecimento e ao consumo de drogas,é necessário prestar bastante atenção em cada detalhe para se pegar todas as sacadas do autor,ele faz analogia á depressão,doenças sexualmente transmissíveis,efeito de drogas e afins. Não esperem um quadrinho movimentado,ele é bem lento,de fato,tem bastante balões de conversa,mas garanto que se você se interessar,vai ficar imerso até o fim,não esperem também se apegar aos personagens,isso aqui não é nenhum quadrinho de ação ou superação,e sim ''exposição'',a arte é excelente,pode parecer um tema até meio clichê falando desse modo,mas a forma como a história é contada é sensacional,vale a pena conferir!
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