Um Sonho Americano

Um Sonho Americano Norman Mailer




Resenhas - Um Sonho Americano


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mclrmoura 01/10/2020

American way of life
No começo foi difícil prender minha atenção, mas depois do acontecimento fatal foi dificil parar. Achei o personagem muito chato, mas com o passar da narrativa é por causa do jeito antipático dele que a história fica boa. Me surpreendi com as milhões de reviravoltas e loucuras que apareciam, ainda mais sendo um espaço de tempo tão curto.
Não sei se o filme teve alguma inspiração ou referência, mas muitas partes me lembraram muito de blue velvet
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Sandro 18/08/2019

Se é que a comparação é válida, esse livro é um Nelson Rodrigues americano.
O título é propício e irônico, pois "Um sonho americano" é feito de violência doméstica, assassinato, vícios, incesto e impunidade.
A história é narrada em primeira pessoa por um cara que comete um crime passional. O estranho é que, mesmo sabendo que ele não vale nada, há outros personagens tão ou mais podres que ele que, em vários momentos, me via torcendo pra que ele se safasse.
Foi um livro que me prendeu a atenção e nada previsível.
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Arsenio Meira 04/01/2014

O despertar do nonsense


É minha opinião que este "Sonho Americano" de Mailer não se compara ao seu grande romance "Os Nus e os Mortos" (aliás, foi sua estreia); "Exércitos da Noite" é outro belo exemplar da produção literária deste controverso escritor que foi, sem dúvida, um dos ícones da literatura cuja geração tinha Truman Capote como a grande estrela, merecidamente.

No entanto, há algo de Dostoievski nesse livro, e por menor que seja esse indício, já vale a pena.

o personagem Steve Rojack, mata a mulher e deixa tantas pistas do crime que até a Polícia brasileira seria capaz de metê-lo na cadeia. A primeira metade do livro é marcada pela tensão da prisão iminente, o leitor e o personagem atravessam quase uma centena de páginas achando que a casa vai cair.

O policial então resolve fazer um jogo de gato-e-rato parecido demais com aquele que Petrovitch faz com Raskolnikov na obra-prima do meu russo preferido. Mas se a vida recomeça para o personagem de Dostoievski a partir do castigo e do arrependimento, é a impunidade que dá uma guinada na história e na vida do protagonista de Um Sonho Americano.

Este, aliás, é melhor momento do livro, algo que revela um pouco do talento de Mailer. Na época em que o livro foi publicado nos Estados Unidos, uma parte do puritano público americano ficou chocada com a narrativa de Mailer, que não perdoa a sujeira e os pecados sórdidos da classe alta – aquela sacanagem sem tamanho sob a plácida superfície familiar. A julgar apenas por essa leitura, nosso Nélson Rodrigues tratou dessa hipocrisia com mais talento e coragem.

A atmosfera fumaça de cigarro, bebida aos borbotões, violência e uma mulher fatal, tão comuns nos romances “noir” e da “pulp fiction” da primeira metade do século XX, também estão presentes no livro, cuja leitura, aliás, é bem escorreita. Há momentos de puro chiste, o dedo na ferida que Mailer não hesitava em pregar, como se fosse algo bem natural fustigar esse monstro chamado hipocrisia.

O escritor norte-americano era dado ao uso de um recurso até corriqueiro na literatura americana, que são as comparações estapafúrdias, com as quais já tropecei em outros autores. É verve, o exercício do nonsense. Mailer sabia que, em algumas situações e diante de alguns discursos, só mesmo essas associações picarescas seriam capazes de mitigar o falso tilintar dos borbulhantes.

É um recurso inteligentíssimo; decerto, não sou e nem quero ser crítico literário, mas Mailer soube usar a linguagem para se vingar e lendo seus romances, o que parece uma saída fácil para descrever algo difícil, de fácil não tem nada.
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seufuviu 28/07/2009

A lua, essa senhora locucionária à humanidade
A edição da LP&M do best seller de Norman Mailler, “Um Sonho Americano”, prefaciada por Paulo Francis, traz, aos leitores brasileiros, um’amostragem significativa dos grandes’critores americanos da década de 60/70. Uma época contextualizada pela guerra fria, drogas, máfia, prostituição e desvarios.
Uma narrativa forte’ viva, porém – poética - uma característica dos textos reportados, mote do jornalista Norman Mailler, contundente defensor da liberdade de expressão em plen caça’s bruxas liderada por Hoover, o homem do FBI.
Um bom livro.
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João Ventura 13/11/2009minha estante
Leitura difícil, porém recompensadora. Ótima a maluquice de Mailer!




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