A Ilha

A Ilha Aldous Huxley




Resenhas - A Ilha


100 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Mauricio Gonçalves 21/02/2024

Revelador
O livro me surpreendeu muito positivamente, já que haviam me dito que ele era ruim. O livro, através de uma ambientação distópica, aborda diversos temas sociais, coletivos ou individuais, e pessoais.

É um livro do qual me identifiquei muito, principalmente por já pensar parecido em algumas questões que também sempre me perguntei o porquê as pessoas fazem o que fazem, e porque não fazem melhor ou com menos carga emocional/psicológica e/ou mais racional. A maior parte da dor que você sofre é autoprovocada, acho que é algo que deveria ser óbvio.

Diversos outros temas da sociedade Palanesa são abordados, com ponto alto, pra mim, para educação e religião que trazem discussões e reflexões interessantes.

A evolução pessoal do personagem principal, ao se aprofundar nos conhecimentos da ilha, também é um ponto especial, pois se o leitor compreende a mensagem que está sendo passada, além de todo o véu da "lenga lenga" budista (necessária para a ambientação do livro, mas que pode ser considerada tediosa às vezes), ele também sente a evolução de um estado de compreensão superficial e traumas interiorizados, para um estado de maior serenidade.
comentários(0)comente



Heros Pena 08/01/2024

Muito bom, um livro de filosofia disfarçado de romance que traz ensinamentos profundos de forma leve.
comentários(0)comente



Marcos.Daniel 30/12/2023

Aldous Huxley - Ficção científica
Assim como Isaac Asimov e H. G. Wells, este autor escreve romances no gênero literário de ficção científica, comumente relacionando a visão científica com traços de uma imaginação criativa que imagina cenários possíveis de transgressão e evolução. Neste livro, é possível observar como a visão natural da coisa, ou seja, o apego à realidade, faz com que o romance tenha um processo lento de desenvolvimento e um pouco obscuro. No entanto, assim que conhecemos o que de fato é "A Ilha", nos parece mais como um tempo alheio à realidade, ao mesmo tempo que uma visão profética do futuro. Esse livro faz parte da série de livros de ficção que são imprescindíveis e realmente se consolida como uma obra prima do autor, assim como Admirável Mundo Novo.
comentários(0)comente



Clara T 27/10/2023

Um paraíso, ou não?
Will Farnaby naufraga perto de Pala e sofre uma queda tentando escalar uma encosta. Ao ser salvo pelos moradores locais fica curioso com a forma de vida e pretende passar um pouco mais de tempo em Pala.
Mas Pala é um lugar que não aceita estrangeiros e nem negocia com grandes empresas. Ainda que sofra assédio das empresas de petróleo para a exploração da região. O que começa a ser um problema é a iminência de um novo Rajá que está perto de alcançar a maioridade. Um problema porque ele foi criado, na maior parte do tempo, na Suíça e não concorda com os meios de vida em Pala.
O que Pala tem de tão diferente? Muitas coisas. A principal delas provavelmente é a política de não consumo. Tudo que é necessário deve ser produzido na ilha apenas na quantidade necessária para ser consumido, sem lucro, sem exportações. Não existe classe social e até o conceito de família é expandido nos Grupos de Adoção Mútua. E tudo só é possível pelo controle de natalidade que mantém a população da ilha estável. Filosofia e religião também se apoiam na cultura budista e preza pelo equilíbrio entre o corpo e a mente.
A sociedade de Pala teve uma grande evolução no controle da dor o que desperta a curiosidade de Will. Outra evolução de Pala é o sistema educacional.
Mas a perfeição de Pala não é uma unanimidade. Murugan, o futuro Rajá, que negociar a concessão de Pala para as empresas de petróleo e trazer todas as grandes cadeias de lojas para Pala. Seu sonho é estabelecer um sistema de proteção militar, com um grande exército, assim como Coronel Lipa fez em Redang.
Os conflitos entre o geral (todo mundo menos Pala) e o particular (Pala) são expostos diante da investigação de Will e Murugan.
A obra faz algumas referências a pontos controversos como o relacionamento aberto e uso de drogas.
Também é uma obra que faz muitas referências a obras literárias, filosóficas ou religiosas, bem como de alguns artistas. Pode se tornar difícil de acompanhar.
A linguagem utilizada é bastante amigável (não sei se por adaptação da tradução), mas é uma obra de ficção. Pode ser uma boa referência para novas filosofias de vida.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



milton_rocha 07/09/2023

Seria essa uma utopia distópica?
Em A ilha Huxley dá a sua total vontade e entrega, em total potência, o que de fato achava que as pessoas deveriam ser e como uma sociedade deveria ser construída para que atingisse um patamar utópico de existência.

Vemos uma sociedade igualitária, com menos desejo pelo capital, mais consciência e amplitude de conhecimento, com a religião mais voltada à filosofia de vida budista do que a adoração de um Deus específico e com uma dinamicidade diferente das pessoas dentro da própria sociedade, tendo uma plasticidade da presença social como grande característica tanto das relações quanto da própria existência dos indivíduos.

Quando Will Farnaby chega em Pala e passa a descobrir a construção da teia social daquela ilha, em conjunto com as diferenças entre a existência que sempre soou como ideal para ele versus o que de fato é ideal e perfeito, o choque de realidade demora um grande tempo para ser assimilado.

Apesar de pensar que o livro peca por ter momentos muito prolixos sobre construções pouco eficazes e necessárias para trama, sem dúvida é uma belíssima obra de Huxley, que consegue resumir bastante o pensamento do autor sobre a sociedade, sobre as guerras (principalmente) e sobre os defeitos que este enxergava ao visualizar o contexto geopolítico da década de 60.

Para finalizar, gostaria de trazer uma pequena discussão sobre o papel das drogas dentro das sociedades nas obras de Huxley. Em Admirável mundo novo, Huxley mostra o soma como um mecanismo de fuga à realidade e existência em tecido temporal paralelo ao real, trazendo uma ideia de dissociação necessária para a vivência em uma sociedade amplamente consumida pelo desejo de felicidade contínua e ininterrupta. Entretanto, em A ilha, Huxley demonstra na pílula de moshka, um conceito de dissociação da realidade com elevação espiritual e construção de um Eu mais presente e mais profundo dado o uso da pílula nas condições sociais apresentadas. Ora, caso de fato esse seja o caso, o papel de drogas semelhantes, então, seria somente determinado pela condição social de uso?
comentários(0)comente



Eslen.Silva 24/08/2023

Uma dica.
Recomendo arrancar fora o prefácio do ? e tacar no fogo.
Como todo bom conservador ele não consegue acreditar que talvez, talvez com suas sutilezas alguém seja capaz de pensar um mundo mais humano.
comentários(0)comente



Luiz 13/06/2023

O novíssimo Admirável Mundo Novo 2.0
Livro: A Ilha
Autor: Aldous Huxley

Este livro conta a história de Will Farnaby um jornalista que, após o trauma da morte de Molly, sua esposa, dedica-se a fazer cobertura sobre a história do Coronel Dipa e a mudança de regime na localidade de Rendang-Lobo e sua ligação com a ilha misteriosa de Pala, e para isso ele decide ir visitar a própria ilha, mas no decorrer dos eventos seu barco encalha e acaba ferido na praia da ilha, sendo socorrido por Mary, uma criança com maturidade e conhecimentos muito além de sua idade, estando ela na posição de alguém que consegue minimamente estar numa posição de inteligência superior à Will, consegue ainda prestar os primeiros socorros "psicológicos" do trauma do acidente de barco, na sequência seu avô, o Dr MacPhail, e Vijaya socorrem Will o levando para repouso.

Assim inicia-se a jornada de Will na ilha de Pala, aonde por um lado irá com curiosidade genuína entender o que torna aquela ilha tão diferente e superior à tudo que ja viu na vida, e por outro lado, participar de uma verdadeiro "jogo de interesses" envolvendo tanto as ligações do Coronel Dipa com o próximo governante de Pala e a atual rainha, e o embate ideológico deles com os habitantes da ilha, ao passo que quer sanar as pontas soltas de sua matéria para o jornal.

Não há como não comparar essa leitura com Admirável Mundo Novo, e o primeiro romance, do autor com A Ilha, o último romance e penúltimo livro de Huxley. Segundo relatos, o próprio autor os cola nessa comparação ao dizer que o primeiro livro tratava-se de um final pessimista sendo uma distopia, enquanto esse livro possui uma pegada mais otimista e utópica propriamente dita.

Arrisco dizer que, de fato, não é possível entender um livro sem ler o outro, e a comparação é relativamente válida, ainda que Admirável Mundo Novo tenha conquistado os corações dos leitores, é um livro com falhas, coisa que no próprio prefácio o autor assume não ter sido tão cuidadoso com o livro, mas que também optou por não retirar essas falhas pois mostram o seu pensamento da época, em A Ilha, vemos um Huxley muito mais experiente e maduro, o enredo é melhor trabalhado, a história possui mais mistérios e reviravoltas, os personagens são melhor trabalhados, a parte conceitual do livro é melhor explorada, é sem dúvidas um livro muito superior ao anterior, ainda que seja injustiçado por ser relativamente mais cansativo no desenvolvimento da história, ou confuso para se entender bem a trama da história, ou até mesmo ser "professoral" em demasia nas falas e explicações dos personagens.

"Essas pessoas em Pala não creem em Deus. Elas creem apenas no Hipnotismo e no Panteísmo e no Amor Livre."
(Rani / Aldous Huxley, p.84)

"As família palanesas eram capazes de ser tão vitimizadoras, tão afeitas à tirania e à mentira quanto são as de vocês hoje em dia. Na verdade, elas eram tão terríveis que o dr. Andrew e o Rajá Reformador decidiram que algo deveria ser feito a respeito. A ética budista e o comunismo primitivo da vida em comunidade foram habilmente levados a servir os propósitos da razão, e numa única geração todo o sistema da família mudou radicalmente."
(Susila / Aldous Huxley, p.126)

Huxley possui ligações fortes com o Socialismo Fabiano, a obra Admirável Mundo Novo e Regresso ao Admirável Mundo Novo mostram isso, existe nessa visão uma ideia de progressiva engenharia social capaz de moldar o mundo num tipo de socialismo diferente do tradicional ramo da União Soviética (para entender melhor isso leia as obras de H.G. Wells), porém nesta última fase da vida de Huxley ele já está imerso na cultura oriental, então o budismo, o hinduísmo, o vedanta, o tantra e etc, já se misturam a perspectiva inicial do autor, assim obras como Portas da Percepção, Moksha e Filosofia Perene, tornam-se essenciais pra compreender o novo modelo de sociedade que passa na cabeça do autor.

"[...] Eles [os primeiros professores] não resistiram, e havia uma boa razão: nada de precioso tinha sido atacado. Seu budismo fora respeitado. E tudo de que precisavam se livrar, segundo lhes foi pedido, eram os contos de fada e as crendices que tinham por ciência. Em troca disso, eles obtiveram uma infinidade de fatos muito jogo mais interessantes e teorias muito mais úteis. E essas coisas fantásticas de seu mundo de poder e conhecimento e progresso ocidentais eram agora combinadas às teorias do budismo (e de certa forma submetidas a esse budismo) e aos fatos psicológicos da metafísica aplicada. Não havia de fato nada nesse programa ao estilo "o melhor dos dois mundos" que pudesse ofender as sucetibilidades de mesmo os mais sensíveis e ardentes patriotas religiosos.
[...]
Eles não teriam de desistir de bada das coisas que são realmente importantes para eles. Os não cristãos poderiam seguir pensando sobre o homem; e os cristãos, adorando a Deus. Mudança nenhuma, exceto que Deus teria de ser pensado como imanência; e o homem, como um ser potencialmente autotranscendete."
(Sra. Narayan /Aldous Huxley, p.309)

Temas centrais em que Huxley trabalhou em Admirável mundo novo voltam em uma roupagem muito mais inteligente:
? Psicologia e engenharia social
? Abolição do Deus cristão
? Manipulação genética
? crítica ao Cristianismo
? uso de medicamentos milagrosos em forma de pílulas
? crítica ao modelo capitalista
? tolerância e endosso ao modelo socialista
? eugenia
Além de muitos e muitos outros temas tornam os dois livros quase como imagens refletidas no espelho. Sem dúvida alguma afirmo que quem não gosta desde livro por achar inferior ao Admirável Mundo Novo, com toda certeza não deu a devida atenção ao livro, pois tudo o que o primeiro Livro possui A Ilha possui, e de forma muito melhor trabalhada.

É um livro que possui um diálogo gigantesco com a cultura New Age da época de Huxley e da sentido ao pensamento atual do Ocidente em grande medida.

Recomendaria a leitura dos livros:
1) A Falsa Aurora - Lee Penn
2) O Ponto de Mutação - Fritjof Capra
3) A Conspiração Aquariana - Marily Ferguson
4) A Nova Era e a Revolução Cultura - Olavo de Carvalho
5) Filosofia Perene - Aldous Huxley
6) A Conspiração Aberta - H.G. Wells
7) Deuses Humanos - H.G. Wells

Recomendo a leitura de A Ilha, ainda que eu discorde de muito do que representa Aldous Huxley.

"Todos eram bons budistas, e todo bom budista sabe que criar e cuidar é pura e simplesmente postergar a morte. Faça o que puder para cair fora da Roda do Nascimento e da Morte e, por Deus, não continue pondo ainda mais vítimas sobre ela. Para um bom budista, o controle de natalidade faz sentido num nível metafísico."
(Ranga / Aldous Huxley, p.118-119)
comentários(0)comente



Danny 05/06/2023

Eu achei esse livro particularmente difícil de entender. Não conseguiu me prender. E por uma sacada ou outra que eu curti, o livro passou batido por mim. A ilha e sua população era um pouco peculiar, mas não achei estranha, pra mim eu tava lendo sobre hj, e não me pareceu uma grande ?previsão ?.
comentários(0)comente



Rodrigo Martins 05/05/2023

De verdade? Não gostei muito. Resumidamente, o livro conta a história de Will Farnaby, que após um naufrágio, desemboca numa ilha chamada "Pala" - que beira a um lugar "perfeito". Daí em diante, o livro se desenrola numa falação sem fim entre Will e os moradores da ilha, que vão expondo o funcionamento daquela sociedade. Evidentemente, as características dessa ilha utópica são colocadas para criar paralelos com a nossa realidade, principalmente dos países ocidentais. O livro tem reflexões interessantes, mas é monótono na forma em que passa 443 páginas intercalando diálogos de Will e os moradores de Pala, meramente para mostrar o funcionamento da ilha. Ao contrário de Admirável Mundo Novo, que acho excelente, em A Ilha falta aquilo que geralmente prende nossa atenção: Um bom conflito, seja ele físico ou psicológico. Nas distopias, evidentemente, as histórias são mais conflituosas e cativantes. A ideia de criar personagens unidimensionais, que estão ali apenas pra mostrar facetas de uma sociedade, unidas a um bom conflito (que não tem aqui), funcionam bem em distopias curtas, mas em 443 páginas de um mundo perfeito? Um pouco entediante. Enfim, vale por bons momentos críticos, mas não releria.
comentários(0)comente



And 24/03/2023

A ilha e a Moskha
A ilha de Aldous Huxley é uma distopia que narra a ida de Will Farnaby a uma ilha. Os habitantes desta ilha possuem uma forma de vida diferente do restante do mundo: Seguem uma espécie de mistura entre hinduísmo e budismo e se ajudam mutuamente. Acreditam que sua forma de viver é a melhor e se utilizam do mínimo possível de tecnologia externa, para assim evitar a ganância.

Ao longo da narrativa Will Farnaby vai conhecendo a ilha de Pala e vê como os seres são "condicionados", ou seja, educados e moldados para que o "paraíso" da ilha seja mantido.

Will durante sua estádia reflete sua vida, tem contato com uma pílula -- a pílula de Moskha -- dada na ilha para os habitantes.

Vale ressaltar que essa é tida como a última obra de Aldous Huxley. Também ressalto que não foi um livro cativante, mas sim por vezes chato e demasiado prolixo em diversas partes, principalmente no meio do livro. Continuo a achar o "Admirável Mundo Novo" o melhor livro do autor.
comentários(0)comente



Zuarete 16/03/2023

...
Um dos melhores livros que já li, amei cada segundo da historia, cada discrição da paisagem e principalmente os diálogos .
comentários(0)comente



giani.romao 16/02/2023

LIVRO DIFÍCIL
A leitura é maravilhosa sem dúvida, mas o entendimento profundo da obra e da verdadeira proposta do autor é bastante difícil.

Ao ler fiquei bastante incomodada com os personagens, principalmente Will Farnaby, pois apesar de vivenciar os dramas dele não consegui me identificar com ele, depois pude entender esse meu sentimento ao ler ?Dois estudos sobre Aldous Huxley? do Olavo de Carvalho.

Aproveitando que estou citando este estudo há uma definição do Olavo sobre o livro que resume bem a obra ?a Ilha é o mundo criado pelas utopias psicoterapêuticas e orientalistas dos anos 50-60?, ou seja, ?A Ilha não é a tragédia de um paraíso de liberdade destruído pela invasão de militares malvados: é a tragédia da autodestruição de uma utopia intrinsecamente má e mentirosa envolta em belas palavras?.

E conclui ?Aldous Huxley escreveu este livro para nos advertir da culpa monstruosa que se oculta por trás da inocência dos idealistas. ?

Enfim fui eu batida de frente com essas sedutoras mentiras durante esta leitura.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ju 02/02/2023

Pra quê mexer no que está dando certo?
A ilha de Pala através dos anos conseguiu se desenvolver de uma forma impressionante, garantindo que seu habitantes tenham uma vida digna onde quase não há crimes, mas por um motivo egoísta algumas pessoas querem estragar isso.
Foi muito interessante ver como alguns projetos poderiam fazer tanta diferença na qualidade de vida das pessoas.
Gostei muito do CAM ( projeto de adoção mútua), acho que ajudaria as crianças a terem mais de um lar seguro, e não sobrecarregaria tanto os pais.
O sistema de distribuir anticoncepcionais e tratar de sexo e sexualidade como algo normal, fora a educação sentimental e psicológica que eles recebem desde cedo.
É tudo tão fascinante.
Mas sempre podemos contar com pessoas gananciosas pra estragar tudo.
comentários(0)comente



100 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR