A Ilha

A Ilha Aldous Huxley




Resenhas - A Ilha


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Ju 02/02/2023

Pra quê mexer no que está dando certo?
A ilha de Pala através dos anos conseguiu se desenvolver de uma forma impressionante, garantindo que seu habitantes tenham uma vida digna onde quase não há crimes, mas por um motivo egoísta algumas pessoas querem estragar isso.
Foi muito interessante ver como alguns projetos poderiam fazer tanta diferença na qualidade de vida das pessoas.
Gostei muito do CAM ( projeto de adoção mútua), acho que ajudaria as crianças a terem mais de um lar seguro, e não sobrecarregaria tanto os pais.
O sistema de distribuir anticoncepcionais e tratar de sexo e sexualidade como algo normal, fora a educação sentimental e psicológica que eles recebem desde cedo.
É tudo tão fascinante.
Mas sempre podemos contar com pessoas gananciosas pra estragar tudo.
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Davi 03/01/2023

Interessante, não é simplesmente uma distopia rasa, achei bem mais profundo do que Admirável Mundo Novo. Aqui Will, que é um náufrago, acaba em uma ilha onde a sociedade é totalmente diferente. É como se eles tivessem resposta para todos os problemas da sociedade atual, Will é um jornalista, ele quer saber sobre como cada coisa funciona nesse sociedade. Apesar de ser surreal de tão utópico, algumas partes poderiam sim ser implementadas no mundo. Existe muitas passagens interessantes, mas colocarei só algumas.

"Lênin costumava dizer que eletricidade mais socialismo é igual a comunismo. Nossas equações são um pouco diferentes. Eletricidade menos indústria pesada e mais controle de natalidade são iguais a democracia e fartura. Eletricidade mais indústria pesada e menos controle de natalidade são iguais a miséria, totalitarismo e guerra.??A propósito ?, Will perguntou, ?quem é o proprietário de tudo isso? Vocês são capitalistas ou socialistas de Estado??"

"Armamentos, dívida universal, obsolescência planejada: esses são os três pilares da prosperidade do Ocidente. Se a guerra, o desperdício e os agiotas fossem abolidos, vocês entrariam em colapso. E, enquanto vocês se entregam ao superconsumo, o resto do mundo afunda mais e mais profundamente no desastre crônico. Ignorância, militarismo e reprodução. E o maior dos três é a reprodução. Não há esperança, não há a menor possibilidade de resolver o problema econômico até que isso esteja sob controle."

"Enquanto aumentar a população, a prosperidade vai diminuir.? Ele traçou a curva descendente com o dedo esticado. ?E, enquanto a prosperidade diminuir, o descontentamento e a revolta?, o indicador moveu-se para cima novamente, ?a política impiedosa e o domínio do partido único, o nacionalismo e a belicosidade crescem. Outros dez ou quinze anos de reprodução descontrolada e o mundo inteiro, da China ao Peru passando pela África e Oriente Médio, estará rastejando diante de seus Grandes Líderes, todos dedicados à supressão da liberdade, todos armados até os dentes pela Rússia e pelos Estados Unidos ou, melhor ainda, por ambos ao mesmo tempo, todos desfraldando bandeiras, todos reclamando aos berros seu Lebensraum.?"

?O que é melhor?, Will pensou alto enquanto seguia Vijaya através do templo penumbroso , saindo para a claridade do meio-dia, ?o que é melhor, nascer estúpido numa sociedade inteligente ou numa sociedade enlouquecida??
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Milena912 18/12/2022

O crime deles foi serem bons
O livro não possui uma história naqueles moldes de um herói em uma aventura, o que pode tornar a leitura arrastada para alguns. Definitivamente tive que ler aos poucos essa obra, tentando absorver as ideias do autor.
"A ilha" é sobre um inglês que naufraga em um país utópico, baseado nos ideais de libertação dos anos 60. Toda a narrativa é sobre esse estrangeiro conhecendo tudo sobre o estranho lugar. Tópicos tabus e polêmicos serão discutidos aqui, como a morte, a sexualidade, o amor, a morte, a religião, economia, política, educação, drogas e ciência.
Ler esse livro pode ser um tanto agonizante, já que desde o início percebemos que esse "paraíso" chamado Pala está em vias de ser destruído por personagens repulsivos. O final é quase como um soco no estômago. Se quiser uma leitura mais reflexiva sem ser tão difícil de entender, "A ilha" é uma boa opção. Ansiosa para ler Admirável Mundo Novo, a obra prima de Huxley.
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Andreia Santana 16/12/2022

Apenas um sonho de Huxley...
A Ilha, de 1962, é o último livro de Aldous Huxley publicado com o autor ainda vivo, exatos 30 anos depois de sua obra mais famosa, Admirável Mundo Novo. O escritor morreu em novembro de 1963.

O livro foi pensado para ser um oposto de Admirável Mundo Novo e Huxley dizia que com esse livro “quis dar uma chance ao Selvagem”.

Com essa premissa, é de pensar que se trata de uma singela utopia que confronta a distopia escrita e lançada primeiro. Mas não é bem isso, ao menos não parece nada utópico se o leitor ficar atento aos sinais. A Ilha é quase um 'canto do cisne' e essa "chance para o Selvagem" soa mais como os estertores de um mundo perfeito em vias de destruição.

Ambientado na idílica ilha de Pala, concebida para abrigar todas as ideias libertárias e humanistas do autor, o livro é um sonho que, lentamente, avança rumo a angústia opressiva de um pesadelo. Huxley, visionário, já previa o quão ineficiente – e venenoso - é o otimismo que se cobre com um manto de miopia profunda diante da realidade.

A Ilha, embora tenha sido escrito bem depois, simboliza o mundo puro de antes de Admirável Mundo Novo, se é que alguma vez o mundo já foi puro. É basicamente um prequel de Nosso Ford antes da segregação e da tirania se instalarem.

Nesse livro, Aldous Huxley bebe na fonte da filosofia, do hinduísmo e do budismo para imaginar uma sociedade perfeita, onde as crianças são educadas sem os vícios nocivos da sociedade ocidental, machista, patriarcal e capitalista com todos os seus derivados, a objetificação e submissão da mulher, a tirania de pais tóxicos, infelizes e frustrados sobre os filhos e do Estado sobre os cidadãos, o peso da religião opressiva e calcada na punição e na aniquilação do pensamento crítico, o consumismo desenfreado que leva à exaustão ambiental e à extinção das espécies.

Como obra escrita e publicada nos anos 1960, A Ilha traduz o zeitgest da época, com a contracultura, o amor livre, as lutas da juventude por autonomia, a experimentação com drogas [Huxley é também o autor de As portas da percepção, onde ele narra suas experiências com LSD e, por isso, a sua visão sobre drogas não é nada conservadora).

O livro se assemelha bastante ao testamento que guarda os anseios de um homem de pensamento muito à frente até para os anos 1960 e que idealiza uma sociedade onde as pessoas colaboram umas com as outras e educam novas pessoas para a felicidade, a beleza e a leveza espiritual, mas que, justamente por ser uma utopia, praticamente uma quimera, não cabe na crueza da realidade. Prepare o lenço para a cena final de partir o coração...

O exemplar que eu li: É a versão em e-book da edição da Biblioteca Azul disponibilizada no Skeelo, aplicativo que oferece um livro digital por mês para assinantes. As assinaturas podem ser feitas em planos próprios da ferramenta ou via operadoras parceiras de telefonia móvel ou TV por assinatura.

Ficha Técnica:
A Ilha
Autor: Aldous Huxley
Tradução: Bruno Gambarotto
Editora: Biblioteca Azul (2017)
400 páginas
*R$ 38,94 no Kindle e R$ 39,78 (Amazon, capa comum) ou para assinantes do Skeelo

*Pesquisa em 15/12/2022

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
Alê | @alexandrejjr 30/05/2023minha estante
Belíssimo texto, Andreia. Obrigado por compartilhar teu olhar agudo sobre esse romance.


Andreia Santana 30/05/2023minha estante
Obrigada, Alê!




Marion 08/11/2022

Má sorte
Imagina a má sorte de naufragar e acordar em um lugar que é a satirizarão dos intelectuais midiáticos . E aparentemente o personagem gostou de acordar nesse lugar, pois ali se sentia bem à vontade. O fim salvou o livro, bem como o prefácio do professor Olavo.
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Dal Molin 11/08/2022

Interessante
Livro interessante, que trata sobre uma visão de mundo muito diferente da realidade. Leitura complexa e que exige bastante reflexão e atenção para acompanhar o desenrolar do livro.
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Italo Amorim 27/05/2022

Sci-fi e a linha tênue entre o crível e o irreal
Em "A Ilha", livro publicado no começo da década de 60, Huxley traz uma nova configuração de utopia em relação ao que se via em "Admirável Mundo Novo". Menos interpessoal e mais técnica, a obra se perde exatamente no que entitula essa resenha: a linha entre o crível e o irreal.

Por buscar realidade dentro da sua escrita, o que particularmente acho ótimo, "A Ilha" em muitos momentos se apresenta como um estudo de casa de Pala. Se torna tão impessoal que a trama em si, para além do lugar como um todo, se perde por completo.

Como falei algumas vezes, enxergo na ficção-científica um gênero que é genial em despersonificar os seus protagonistas. Vimos isso em vários exemplos ("O Fim da Infância", trilogia "Fundação", "Assim que se perde a guerra contra o tempo" e afins). No entanto, quando isso é colocado de maneira tão explícita como foi o caso, pode causar um certo incômodo no leitor.

É tão linear, tão descritivo, tão pouco apegado a possibilidade de altos e baixos que se torna monótono. É altamente crível e altamente técnico, quase que como um manual ? ou melhor, um aviso sobre o que tomar cuidado ? para quando a tecnologia atingir níveis que eram utópicos para a época.

Sua experiência com a obra vai depender muito da maneira que você se enxerga como leitor. Caso prefira relações interpessoais, plot-twists passíveis de construir (ou destruir) algo dentro do enredo e etc, talvez esse não seja um livro para você. Caso acho interessante a maneira que uma sociedade pode se desenvolver onde esta, mesmo que deslocada do "mundo real", é a protagonista em questão; você irá adorá-lo.

Vale a leitura, porém depende muito de como cada leitor se enxerga perante a um livro.
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Dudaso 20/03/2022

A Ilha
Por ter gostado muito de "Admirável Mundo Novo", fiquei interessada em ler "A Ilha", uma história que se passa numa sociedade totalmente oposta do livro mais famoso de Huxley. Por ter lido algumas resenhas sem spoilers antes, pensei que iria ser mostrado o lado ruim dessa utopia que era a sociedade da ilha de Pala, mas não, a cada capítulo, fiquei mais impressionada com a criatividade de Huxley, ele realmente criou uma utopia muito eficiente. Claro que nessa história, contamos com um avanço científico bem claro (e irreal), mas é interessante ver como pequenas coisas mudam uma sociedade, e sem querer dar spoilers, também é mostrado como é perigoso a mente de pessoas ignorantes, e que não estão acostumadas (e nem estão abertas a isso) com o modo de vida da ilha. No geral é um livro muito bom.
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Erica 08/02/2022

Reflexões
Confesso que não me atraiu tanto.
Não achei uma leitura incrível!
Parece mais um manual de como é Pala. Um estudo.
Cansativo, porém não deixa de ser interessante e com muitas, muitas reflexões.
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bela 03/02/2022

Incrível!!!
Já tinha lido Admirável Mundo Novo, do Huxley, e me surpreendi ainda mais com a leitura de A Ilha.
É um livro demorado e arrastado, mas existem passagens maravilhosas, que fazem você refletir bastante. Adorei o livro, recomendo demais!
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Akemi Shibuya 21/12/2021

Finalizei o livro desejando um país como Pala! É possível?!
Provocador com o olhar para o mundo e as questões das sociedades e condutas políticas! Liberdade e Conscientização!
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Jonas.Doutrinador 16/12/2021

Uma sociedade ideal livre de moralismos
A Ilha foi a última obra de Huxley e ela faz a antítese de Admirável Mundo Novo, sua obra mais marcante em que se trata de uma distopia. Nesta obra que é um testamento deixado pelo autor, ele narra uma sociedade que daria certo.

O romance tem como protagonista Will, um jornalista que chega na ilha de Pala num acaso por conta de uma naufrágio. Lá ele se depara com uma sociedade que vive de maneira bem fora de convencional, fundamentados na ciência e no budismo. Isso faz com que a compreensão da vida e a própria existência sejam mais leves, pois desde criança se aprende a encarar as celeumas existenciais de maneira prática. Tive a grande oportunidade de me libertar mais uma vez de algumas amarras que foram impostas a mim por ter crescido nessa sociedade ocidental mergulhada no consumismo e moralismo cristão.

Isso não significa que me tornei um subversivo ou algo do tipo, no entanto mais uma vez tive o privilégio de ouvir a voz literária de Huxley e sair mais um pouco da caixa e agregar mais valor à minha existência.
João 16/12/2021minha estante
??????




Evy 04/12/2021

Surpreendente
Eu já admirava demais a narrativa de Aldous Huxley depois de ler Admirável Mundo Novo e Contraponto. Ele já se encaminhava pra se tornar um dos meus autores favoritos quando comecei a ler A Ilha para uma LC com o Grupo de Leituras Entre Nós. Agora é oficial, Aldous Huxley é fantástico e eu leria até a lista de compras dele!

Will Farnaby sobre um naufrágio e se depara em um lugar misterioso chamado Pala, uma ilha totalmente desconhecida por ele. Aos poucos, Will vai descobrindo que a Ilha é diferente de tudo que já conheceu, e que seus habitantes são guiados por um desejo comum: a busca pela felicidade plena. Para isso, abrem mão do consumismo, da exploração da natureza, e do sucesso individual, o que foge demais do que estamos acostumados a viver em nossa realidade.

Obviamente que há alguns indivíduos na Ilha, levados pela ambição, que estão começando a questionar essa forma de vida e o que estão perdendo com ela. Conversando com vários habitantes, Will nos faz adentrar em Pala, um cenário utópio e onde os interesses coletivos estão à frente dos individuais. Aprendemos junto com Will, sobre o sistema educacional de Pala, um dos capítulos mais fantásticos na minha opinião, que foca no autoconhecimento e nas diversas formas de aprendizado de um indivíduo, também sobre conceitos peculiares de unidade familiar que causa estranhamento mas nos faz refletir, e até mesmo a forma como encaram a sexualidade.

A Ilha é um livro filosófico, vai nos trazer reflexões abrangentes sobre a forma como vivemos e sobre como poderíamos nos relacionar não só com outros seres humanos, mas com os animais, a natureza e nossos próprios sentimentos. Um livro que merece uma leitura mais lenta e atenta, para que seja possível absorver todas as informações extremamente interessantes.

A densidade do tema, é completamente amenizado pela narrativa de Huxley que é muito envolvente, acessível e de fácil compreensão. Uma experiência incrível de leitura e super marcante. Daquelas que a gente não termina do mesmo jeito que começou.

Super recomendo a leitura!
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Tabata.Vieira 04/12/2021minha estante
Adorei! Adicionado na lista


Evy 04/12/2021minha estante
Ahhh que bom Tabata, fico muito feliz! Espero que goste da leitura!


Tabata.Vieira 04/12/2021minha estante
Acabei de comprar ele na Amazon.


Tabata.Vieira 04/12/2021minha estante
Vai ser meu livro de Dezembro


Evy 04/12/2021minha estante
Que legal, amei!!! Depois me conta o que achou!! Ah eu tenho um instagram literário, se quiser dar uma olhada e interagimos por lá também: @blog_entreaspas!


Tabata.Vieira 06/12/2021minha estante
Legal. Vou olhar




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