A Ilha (Island)

A Ilha (Island) Aldous Huxley




Resenhas - A Ilha


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Bruno 14/09/2020

Discussões profundas
O livro é recheado de discussões profundas que despertam a reflexão sobre diversos aspectos de nossa vida social. Devido a essa proposta a leitura se faz um pouco densa e arrastada.
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Ana 19/07/2020

Muito arrastado
Não acontece nada o livro todo, são só os personagens refletindo o tempo todo.
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Gu Vaz 27/03/2020

Galos da negatividade, Papagaios da antissabedoria
Will é um personagem num processo constante de culpa e esterilização espiritual. É quando ele vai parar em Pala - a ilha fictícia utópica -, debaixo de interesses políticos, que a história toma como pretexto a explicação do que compõe o ser, a vida. Religião, Política, Educação, Filosofia e principalmente Natureza são temas que se redefinem nesta obra de Aldous Huxley. A reflexão de si mesmo, a autoconsciência e o autoconhecimento científico/Psicológico, a quebra do mito, a apreciação quase bucólica, filosofia do prazer, do entorno, do estar e do pensar, entre muitos outros. O livro reflete e desconstrói a devoção sádica da crença, expõe o poder magnata e político do capitalismo acima da vida, desenvolve a linguagem, o amor, o sexo e também a morte em toda sua crueza desamparada. Eu simplesmente adorei todas as reflexões que esse livro trouxe e o final é um soco no estômago.
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Andreia Santana 16/12/2022

Apenas um sonho de Huxley...
A Ilha, de 1962, é o último livro de Aldous Huxley publicado com o autor ainda vivo, exatos 30 anos depois de sua obra mais famosa, Admirável Mundo Novo. O escritor morreu em novembro de 1963.

O livro foi pensado para ser um oposto de Admirável Mundo Novo e Huxley dizia que com esse livro “quis dar uma chance ao Selvagem”.

Com essa premissa, é de pensar que se trata de uma singela utopia que confronta a distopia escrita e lançada primeiro. Mas não é bem isso, ao menos não parece nada utópico se o leitor ficar atento aos sinais. A Ilha é quase um 'canto do cisne' e essa "chance para o Selvagem" soa mais como os estertores de um mundo perfeito em vias de destruição.

Ambientado na idílica ilha de Pala, concebida para abrigar todas as ideias libertárias e humanistas do autor, o livro é um sonho que, lentamente, avança rumo a angústia opressiva de um pesadelo. Huxley, visionário, já previa o quão ineficiente – e venenoso - é o otimismo que se cobre com um manto de miopia profunda diante da realidade.

A Ilha, embora tenha sido escrito bem depois, simboliza o mundo puro de antes de Admirável Mundo Novo, se é que alguma vez o mundo já foi puro. É basicamente um prequel de Nosso Ford antes da segregação e da tirania se instalarem.

Nesse livro, Aldous Huxley bebe na fonte da filosofia, do hinduísmo e do budismo para imaginar uma sociedade perfeita, onde as crianças são educadas sem os vícios nocivos da sociedade ocidental, machista, patriarcal e capitalista com todos os seus derivados, a objetificação e submissão da mulher, a tirania de pais tóxicos, infelizes e frustrados sobre os filhos e do Estado sobre os cidadãos, o peso da religião opressiva e calcada na punição e na aniquilação do pensamento crítico, o consumismo desenfreado que leva à exaustão ambiental e à extinção das espécies.

Como obra escrita e publicada nos anos 1960, A Ilha traduz o zeitgest da época, com a contracultura, o amor livre, as lutas da juventude por autonomia, a experimentação com drogas [Huxley é também o autor de As portas da percepção, onde ele narra suas experiências com LSD e, por isso, a sua visão sobre drogas não é nada conservadora).

O livro se assemelha bastante ao testamento que guarda os anseios de um homem de pensamento muito à frente até para os anos 1960 e que idealiza uma sociedade onde as pessoas colaboram umas com as outras e educam novas pessoas para a felicidade, a beleza e a leveza espiritual, mas que, justamente por ser uma utopia, praticamente uma quimera, não cabe na crueza da realidade. Prepare o lenço para a cena final de partir o coração...

O exemplar que eu li: É a versão em e-book da edição da Biblioteca Azul disponibilizada no Skeelo, aplicativo que oferece um livro digital por mês para assinantes. As assinaturas podem ser feitas em planos próprios da ferramenta ou via operadoras parceiras de telefonia móvel ou TV por assinatura.

Ficha Técnica:
A Ilha
Autor: Aldous Huxley
Tradução: Bruno Gambarotto
Editora: Biblioteca Azul (2017)
400 páginas
*R$ 38,94 no Kindle e R$ 39,78 (Amazon, capa comum) ou para assinantes do Skeelo

*Pesquisa em 15/12/2022

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
Alê | @alexandrejjr 30/05/2023minha estante
Belíssimo texto, Andreia. Obrigado por compartilhar teu olhar agudo sobre esse romance.


Andreia Santana 30/05/2023minha estante
Obrigada, Alê!




Quadro Cult 30/07/2020

A Ilha conta a história de Will Farnaby, jornalista inglês que trabalha para um magnata da indústria petrolífera e proprietário de um jornal. Em uma das suas viagens como correspondente internacional ele arrisca a sua entrada na ilha de Pala, local praticamente desconhecido, com o objetivo de abrir negociação com as lideranças regionais pelas reservas de petróleo.

Nessa tentativa, o seu barco acaba naufragando, tornando o nosso protagonista (acidentado) em paciente do Dr. MacPhail. Nesse estado, ele começa a conhecer mais sobre a ilha, seus costumes, sua história, cultura e filosofia. Trazendo, nesse momento, elementos suficientes para uma rica experiência literária.

No caso, o autor cria uma sociedade que deu certo, uma metáfora para desconstruir o mundo ocidental, uma utopia. Nesse universo, o consumismo, as ditaduras, a radicalização da religião e da ciência não fazem parte da vida dos moradores. O importante é ter “Atenção” no “Aqui e Agora”, como gritam as aves da área.

Boa parte da narrativa é tomada pela concepção do mundo supracitado, o que pode tornar o texto excessivamente denso, principalmente para leitores não ambientados com as discussões propostas. Apesar de ser uma leitura carregada de elementos complexos, o que faz a fluidez perder um pouco a força, é uma história que tem todos os traços da genialidade do seu construtor.

site: https://www.instagram.com/quadrocult/
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Marcos 01/05/2010

Admirável Mundo Novo às avessas
Em primeiro lugar, gostaria de falar de uma peculiaridade minha: só leio prefácios no fim do livro. Normalmente contêm spoilers, sem falar que tiram a sensação de novidade ao ler a obra. A Ilha não foge à regra, o prefácio de Olavo de Carvalho certamente vale mais a pena ser lido no final, mesmo porque pode influenciar no que você achará do livro.

Falemos agora da obra em si. A primeira coisa que percebi foi a diferença radical de abordagem para Admirável Mundo Novo (passarei a tratar pela sigla - AMN). Enquanto esta era uma distopia, onde os elementos negativos são destacados, A Ilha é uma utopia. Pala é uma sociedade idealizada, aparentemente sem defeitos. Curioso notar também que o estilo de Huxley em AMN se aproximava mais de Orwell, enquanto em A Ilha ele se assemelha MUITO a Herman Hesse.

Porém, na minha resenha de AMN, elogiei Huxley por apresentar uma visão de mundo imparcial, colocando os prós e contras de se seguir uma determinada fórmula. Não foi o que eu vi em A Ilha. A impressão que se dá é que Huxley resolveu sair do armário e expor aquilo em que ele acredita ser o mundo ideal, ao mesmo tempo em que critica tudo aquilo que quis criticar sobre a nossa sociedade. Sem o cuidado de expor prós e contras, como fez em AMN. Coloca apenas a sua opinião.

Terminada a leitura, li o prefácio de Olavo de Carvalho, que teve interpretação bem diferente. Ele acredita que o objetivo desta obra foi apontar as contradições inerentes a uma solução aparentemente perfeita. Desta forma, procederia de modo mais sutil que em AMN, deixando para o leitor captar essa sutileza.

Considerando o desfecho da obra, até faz sentido. Porém, não me parece que Huxley coloca Pala como contraditória, mas, sim, o mundo em que está inserida, como se fosse avançada demais para o mundo de hoje. Ao contrário do que Olavo coloca, penso que Murugan não é fruto das contradições da sociedade palanesa. Note que é falado que o garoto se degenera com o contato com o mundo ocidental. Induz-se que a sociedade sobreviveria para sempre se não fosse pela influência do mundo exterior.

Entretanto, ainda que não tenha sido a intenção do autor, concordo com Olavo. Olhando para o nosso mundo, vemos a aplicação prática das ideias palanesas. Filhos sem uma família fixa, drogas, promiscuidade e espaço para ditadores e demagogos se aproximarem. Huxley não viveu para ver o que seria o ideal da sociedade palanesa em prática, morreu na década de 60. Nós vivemos.

No balanço final, minha opinião é que tanto a sociedade de A Ilha como a de AMN são exageradas e precisam de um contraponto, algo que as traga para um equilíbrio. Ainda assim, concordo com as críticas feitas por Huxley ao nosso sistema. Como diz Chomsky, não precisamos saber qual é a melhor fórmula para a nossa sociedade. Tudo o que precisamos é saber reconhecer que o que temos agora é errado e precisa ser trocado por algo melhor.
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Gabriel.Furmann 28/07/2020

Excelente
O livro é excelente. A narrativa não é bem uma narrativa ?normal?. O leitor sente um pontinha do que seria uma etnografia realizada por um intelectual (não um antropólogo neste caso).
Os discursos do autor são revelados com base em diálogos abordando assuntos específicos da sociedade palanesa, o que aos poucos vai construindo cada uma das características sociais (sexo, tecnologia, política, família, drogas, educação são alguns dos assuntos abordados).

Ao fim, temos uma sociedade ?perfeita? na visão do autor, que mistura ciência e religião em porções exatas para que o ser humano busque sua essência, sua felicidade.

Vale a pena ler com toda a certeza.
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Davi 03/01/2023

Interessante, não é simplesmente uma distopia rasa, achei bem mais profundo do que Admirável Mundo Novo. Aqui Will, que é um náufrago, acaba em uma ilha onde a sociedade é totalmente diferente. É como se eles tivessem resposta para todos os problemas da sociedade atual, Will é um jornalista, ele quer saber sobre como cada coisa funciona nesse sociedade. Apesar de ser surreal de tão utópico, algumas partes poderiam sim ser implementadas no mundo. Existe muitas passagens interessantes, mas colocarei só algumas.

"Lênin costumava dizer que eletricidade mais socialismo é igual a comunismo. Nossas equações são um pouco diferentes. Eletricidade menos indústria pesada e mais controle de natalidade são iguais a democracia e fartura. Eletricidade mais indústria pesada e menos controle de natalidade são iguais a miséria, totalitarismo e guerra.??A propósito ?, Will perguntou, ?quem é o proprietário de tudo isso? Vocês são capitalistas ou socialistas de Estado??"

"Armamentos, dívida universal, obsolescência planejada: esses são os três pilares da prosperidade do Ocidente. Se a guerra, o desperdício e os agiotas fossem abolidos, vocês entrariam em colapso. E, enquanto vocês se entregam ao superconsumo, o resto do mundo afunda mais e mais profundamente no desastre crônico. Ignorância, militarismo e reprodução. E o maior dos três é a reprodução. Não há esperança, não há a menor possibilidade de resolver o problema econômico até que isso esteja sob controle."

"Enquanto aumentar a população, a prosperidade vai diminuir.? Ele traçou a curva descendente com o dedo esticado. ?E, enquanto a prosperidade diminuir, o descontentamento e a revolta?, o indicador moveu-se para cima novamente, ?a política impiedosa e o domínio do partido único, o nacionalismo e a belicosidade crescem. Outros dez ou quinze anos de reprodução descontrolada e o mundo inteiro, da China ao Peru passando pela África e Oriente Médio, estará rastejando diante de seus Grandes Líderes, todos dedicados à supressão da liberdade, todos armados até os dentes pela Rússia e pelos Estados Unidos ou, melhor ainda, por ambos ao mesmo tempo, todos desfraldando bandeiras, todos reclamando aos berros seu Lebensraum.?"

?O que é melhor?, Will pensou alto enquanto seguia Vijaya através do templo penumbroso , saindo para a claridade do meio-dia, ?o que é melhor, nascer estúpido numa sociedade inteligente ou numa sociedade enlouquecida??
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Carolzinha 16/06/2020

Achei bem arrastado. Foi uma leitura sofrida pra terminar. ?
Michela Wakami 16/06/2020minha estante
Vou correr desse kkkkkk




e-zamprogno 15/11/2017

Não leia o prefácio antes
Não leia o prefácio do Olavo de Carvalho antes de ler o livro. Ele foi escrito para quem já conhece a história. Além de não ter entendido do que ele estava falando, está cheio de spoilers.
Mas pode ler depois.
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Fabio Di Pietro 30/12/2020

Receita para uma sociedade do amor
Último romance de Huxley, A Ilha apresenta um estudo sociológico e antropológico de um lugar que coloca o bem estar e a felicidade do cidadão como fim último do Estado. A narrativa se desenvolve por meio de um "ocidental" carregado de todos os preconceitos de uma sociedade dividida entre o capitalismo e o comunismo que irá explorar e atacar as principais bases políticas e religiosas dessa ilha na qual os habitantes vivem de forma harmônica, cuja educação visa ao conhecimento humano e integrado com a natureza.
A sensação é de querer se mudar para ontem para esse lugar onde o amor e a compaixão são os lemas nacionais.
Creio que Huxley escreveu essa crítica à sociedade consumerista ou militar, bem como a qualquer governo autoritário com o intuito de tentar inspirar alguns a pensar em uma terceira via e também para que individualmente pensarmos em como estamos nos relacionando com uns e outros, com a natureza, com nós mesmos.
O tema da morte se faz muito presente, creio que de uma forma a preparar o próprio autor ao inexorável, dado que o romance antecede 3 anos de sua morte.
A leitura tem um nível de dificuldade médio para difícil, pois envolve muitos conceitos e desenvolvimento de temas filosóficos.
Sou suspeito para livros assim, pois acho que os melhores são aqueles que ficam reverberando na cabeça, remodelando a forma de se pensar.
Livro que mais me tocou esse ano de 2020.
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Larissa 17/11/2020

Atenção, aqui e agora!
Não é a narrativa literária mais brilhante que já li, mas no que diz respeito à história si, é das melhores, instigante. Se quiser ler uma utopia sobre um lugar onde as pessoas agem de forma coerente e conseguem uma sociedade coerente, indico a leitura. E que os mainás gritem para vc os "atenção, aqui e agora" como têm feito comigo após a leitura.
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Jorge.Lopes 31/12/2020

Um livro, sem dúvida, atemporal!
Um livro, sem dúvida, atemporal, repleto de questões filosóficas que nos levam a repensar o modo de vida e as escolhas que nós - enquanto sociedade - fazemos. Super indico, mas vá com calma, pois a leitura pode ser bem profunda.
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Milena.Saleh 26/11/2020

Esplêndido
Muitíssimo bem escrito! O desenvolvimento dos personagens, o cuidado em explicar tudo sem deixar incoerências, a trama em si. Maravilhoso.
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@quixotandocomadani 23/11/2021

“A ilha” é um livro com muitas críticas, ideias e debates. Apenas uns 10% é história. Will Farnaby vai parar na ilha de Pala enviado por seu chefe, que tem interesse em extrair e comercializar o petróleo existente no local. Porém os moradores de Pala não têm interesse em se modernizar, querem extrair apenas o petróleo necessário para viver. Pala é uma ilha utópica, idealizada e o livro gira em torno de Will conhecendo todo o funcionamento dessa ilha, como vivem, o que pensam e no que acreditam os seus moradores.

Na medicina, os Palaneses atuam na prevenção. Na religiosidade o contato com Deus era direto, sem intermédio de símbolos. Um misto de filosofia budista com indiana. Treinavam a mente, para controlar a dor, os pensamentos.

Gostei de como Huxley chama a atenção para o tema de como o ser humano é condicionado, se os problemas forem identificados e corrigidos na infância tudo fica mais fácil.

E uma teoria muito boa sobre fisiologia – hipnotismo – fanatismo: 20% das pessoas conseguem ser facilmente hipnotizadas e essas são as mais perigosas por serem facilmente convencidas e se tornarem fanáticas.

Conclusão que cheguei: temos a receita do bolo, mas não temos os “ingredientes” corretos. Ou precisamos adaptar essa receita, já que Pala nunca foi uma colônia, sempre teve sua independência..

site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani
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