Mayombe

Mayombe Pepetela




Resenhas - Mayombe


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Luana.Clemente 14/04/2024

Li Mayombe pela primeira vez por conta do vestibular e reler depois de 5 anos me trouxe outras perspectivas que me fez amar mais ainda esse livro.

Pepetela tem uma escrita envolvente e didática no ponto certo. São poucos livros com trocas de narradores que eu realmente gosto, mas nesse livro foi essencial para entender as camadas das relações e conflitos.

Trazendo assuntos ainda muito presentes e ao mesmo tempo um romance sem ficar jogado.

Um dos livros que mais grifei, recomendo mt
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Batista 15/03/2024

Ogun, o Prometeu africano
O que mais me chamou a atenção nesse livro, é o fato do nomes das personagens representarem a sua atitude em relação à vida. Teoria é professor, Sem Medo é impetuoso, Ingratidão é dissimulado, etc. Pepetela da voz às personagens, introduzindo relatos em forma de diário ?Eu, narrador, sou Teoria?, ?Eu, narrador, sou Sem Medo?, etc. Isso é muito interessante, posto que o livro foi escrito em forma de diário, durante a revolução em Angola. Muito bom. Recomendo para quem quer ter um outro ponto de vista sobre a História.
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Erika.Kimura 24/02/2024

Eu li para o colégio já a alguns anos, e pelo que me lembro a escrita é um pouco difícil. Pretendo reler.
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Caroline732 22/02/2024

Mayombe
Livro maravilhoso!
O livro narra a luta do MPLA em busca da independência da Angola, se passa principalmente na grande floresta do Mayombe e nos traz como personagens guerreiros incríveis.
De início, pode-se ficar um pouco perdido com tantos nomes diferentes dos guerrilheiros e expressões não comuns a nós, mas não desista da leitura. Ao longo do livro esses personagens com nomes tão peculiares vão ganhando nosso coração e percebemos que temos muito em comum com eles e ao mesmo tempo estamos tão distantes. O livro nos deixa em estado de reflexão ao abordar muitos assuntos intrigantes da natureza humana, expondo nossos pensamentos conflitantes entre moral e paixão, inveja, medo e poder. Um ótimo livro para abrir nossos horizontes para uma cultura diferente da nossa, e aprendermos a não olhar somente para o nosso próprio umbigo, reconhecendo a luta do próximo.
Boa leitura!
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Maysa.Dalmazo 15/01/2024

Não me lembro ao certo o motivo mas me lembro muito bem de ficar maravilhada ao ler esse livro no ensino médio. Pretendo reler algum dia.
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Daka5519 01/01/2024

Povo e nação
Nesta obra, que rendeu a seu autor o Prémio Nacional de Literatura de Angola, somos levados ao calor da Guerra de Libertação (1961 – 1974), especialmente no contexto da luta das forças revolucionárias angolanas, em especial o célebre MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), contra as forças coloniais portuguesas – contexto esse em meio ao qual o livro foi escrito, aliás, tendo em vista que o próprio autor foi um dos guerrilheiro que compôs as fileiras do MPLA, motivo pelo qual o enredo tem um caráter de relato ou de testemunho. Nesse contexto, nos vemos em meio às diversas dificuldades da guerrilha, tanto no que se refere à luta, quanto à coesão entre os guerrilheiros, questão que aqui, além de se referir às previsíveis diferenças de temperamento e de opiniões, assume traços distintivos peculiares – a identidade tribal e a identidade nacional parecem constituir um conflito de enfrentamento extremamente dificultoso, especialmente por ambas as noções se referirem aos aspectos (talvez) psicológicos de identidade e de pertencimento. Para além disso, conhecemos cada um dos principais guerrilheiros, suas histórias, suas dores, seus traumas, suas angústias, bem como os dilemas éticos em que se deparam, o que nos leva a refletir sobre nós mesmos. Esse foi meu primeiro contato com a literatura angolana, e posso dizer desde já que certamente é um livro relerei no futuro. Recomendo a leitura a todos que se interessem na temática, ou que tenham curiosidade por ela.
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Leitorconvicto 18/12/2023

Um romance habilidoso, personagens incríveis e profundos. Reflexões interessantes sobre a sociedade e o íntimo do ser humano. Um romance filosófico
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Gláucia 16/11/2023

Mayombe - Pepetela
Comecei achando a leitura bem arrastada, quase nada acontece e levei tempo para conhecer quem era quem. Os personagens tem pseudônimos, nomes de guerra que estão geralmente relacionados às suas principais características ou com o que faziam antes de se tornarem guerrilheiros, como por exemplo Teoria, professor.

Após ter feito uma pesquisa mínima, descobri que o livro foi escrito durante a guerrilha, trazendo relatos vivenciados pelo autor. Saber que ele fez parte do MPLA (movimento pela libertação da Angola) me fez ler essa obra com outra visão.

É o tipo de leitura que amplia nossa visão de mundo, não deve ser encarada como puro entretenimento pois traz um pouco de conhecimento sobre o processo de independência de Angola.

Há sempre muito mais conflito dentro de uma guerra ou guerrilha, é como uma matrioska: picuinhas pessoais, briga entre egos, interesses por ganhos políticos ou de poder, conflitos tribais, etc.

Destaque para a passagem do roubo do dinheiro, aquela situação me fez rir.
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Capitu 30/09/2023

Mayombe é um livro escrito pelo autor Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, mais conhecido como Pepetela, publicado pela primeira vez em 1979. É um romance que trata sobre a guerrilha na Angola no processo de Independência do país contra a dominação portuguesa. A guerrilha se passa na floresta do Mayombe, que inclusive é representado praticamente como um personagem vivo da história, algumas curiosidades: o Mayombe é a segunda maior floresta do mundo que abrange a Angola, Congo e Gabão.
Aqui teremos alguns personagens que não usam os próprios nomes, mas sim nomes de guerra como os personagens centrais: o comandante dos guerrilheiros, Sem Medo; Comissário, Teoria, Chefe de Operações, Lutamos, Ekuikui, entre outros. A narrativa tem uma estrutura bem diferente, com a perspectiva de cada personagem, cada um contando um pouco da sua história, como a guerra e os colonizadores influenciaram suas vidas, como chegaram a entrar na guerra se juntando ao MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) um partido comunista, que foi o partido responsável por essa Libertação do país e está no poder até nos dias atuais.
Além disso, podemos perceber que o MPLA era formado por pessoas de diversas tribos (que guerreavam contra eles mesmos) se unindo contra a dominação dos portugueses, existia também brigas dentro do Movimento devido a essas diferenças, e podemos observar o quão conflitante era esse desejo de independência por uma Angola livre e unida, mas ao mesmo tempo, olhando para a realidade, o país era heterogêneo e divido em várias tribos.
Ademais, é uma história interessante e curiosa que se passa na África, um romance escrito por um ex-guerrilheiro da Independência, que inclusive foi recente, em 1970. Podemos olhar para outras realidades, pelo olhar de um povo que assim como o Brasil, foi dominado pelos portugueses, temos relatos mais recentes de como essas pessoas eram exploradas e viviam suas vidas ditadas por um povo que veio de fora e nada tem a ver com aquelas pessoas ali. Podemos observar a cultura, como a cultura judaico-cristã mudou o modo de vidas pessoas na Angola, influenciando e afetando seus costumes e o seu idioma.
É interessante conhecermos a cultura de um novo país, achei muito interessante a história e a perspectiva de cada personagem, aprendi um pouco da culinária angola pesquisando receitas de pratos típicos como Kikuanga (massa de mandioca fervida, embrulhada em folha, que substitui o arroz), Funge (papa de farinha, no sul se faz com milho, no norte se faz com mandioca), Corned-beef (carne bovina tratada em salmoura e fervida em fogo lento). Foi uma experiência muito rica, de cultura, questionamentos filosóficos com Sem Medo, de histórias baseadas em coisas que realmente se passaram na guerrilha. Super recomendo a leitura para quem quer conhecer uma cultura e uma realidade bem diferente do que estamos acostumados.
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Eduardo 01/09/2023

Obra-prima
Livro angolano incrível e enriquecedor.
Escrito no contexto da guerra da independência angolana, descreve-nos um pouco de como era o ambiente dos guerrilheiros na situação.

Personificação maravilhosa de Mayombe (que nada mais é que uma floresta da região) que nos faz sentir integrados ao ambiente.
Além do peso histórico, tem uma camada de drama genial fazendo-nos sentir raiva, tristeza etc pelos personagens, que em geral são chamados por apelidos (como o comandante principal que é chamado de "Sem Medo").

Trata de diversos pontos, tendo em suas reflexões tópicos como comunismo, posição social da mulher na sociedade, diversidade étnica entre os povos africanos, apresentação das dificuldades enfrentadas entre os combatentes (que enfrentavam as manipulações da mídia pelos portugueses, batalhando para manterem-se bem falados e assim aumentar o poder de devolução, além dos desentendimentos entre os próprios combatentes, pelo que Pepetela nomeou por "tribalismo") e até mesmo certos capítulos questiona o amor social e o papel da monogamia e não-monogamia.

Leitura enriquecedora e essencial.

"O ciúme e o amor são independentes"
"...Um só homem excepcional poderá mudar tudo? Então tudo repousará nele e cair-se-á no culto da personalidade, no endeusamento, que entra dentro da tradição dos povos subdesenvolvidos, religiosos tradicionalmente... porque é demagogia dizer que o proletário tomara o poder. Quem toma o poder é um grupo pequeno de homens, na melhor das hipóteses, representando o proletariado ou querendo representa-lo".
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Fuzue 26/07/2023

Mais que Mayombe
Mayombe é cenário de uma guerra revolucionária. Os militares estão a postos para defender sua nação mas, também, para honrar suas tribos, validar seus sentimentos, compartilhar suas solidões, reconsiderar punições, medir seus conceitos morais... Militares agem na guerra, mas antes de militares ainda são pessoas.
Pepetela, autor de Mayombe, sabe conduzir muito bem a narrativa da história e fazer com que os leitores acompanhem os principais episódios com calma e empatia. O ritmo do texto segue a calmaria de um rio com o êxtase de iniciar fogo em guerra; é relevante considerar madura a forma da escrita na obra presente.
Mayombe é uma floresta em Angola, nela estão sediados militares de diversas tribos de Angola em uma base do exército a fim de evitar a invasão portuguesa e assegurar ao povo o direito de se manterem livres dos colonos.
É interessante e edificante perceber que, para além dos soldados, a natureza também tem protagonismo em muitos momentos. Entre as pessoas e a natureza e entre a natureza e as pessoas, existe um troca, um cuidado e uma preocupação. Mayombe é um herói de guerra.
A cultura Angolana está muito presente em todos os momentos da história. Sendo motivadora de vários debates entre os personagens, assim como é, também, motivadora de aprendizados e crescimentos.
Aos leitores brasileiros, somos privilegiados de poder acessar uma obra tão rica culturalmente vinda de nossos irmãos da África. Aqui fica evidente a diferença entre a narrativa de histórias africanas contada por colonos e a narrativa contada pelos africanos. Mayombe, de Pepetela, é mais que Mayombe.
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Alessandra 18/06/2023

Mayombe foi pra mim o abre caminhos para literatura lusófona. Através de uma narração riquíssima e intrigante, que te faz virar página a página adentrando pelas paisagens da Angola pelo relato de diferentes personagens, de sua guerra por liberdade civil, conflitos entre povos angolanos, reflexões sobre comunismo e socialismo, e o sentimentalismo de homens que, isolados pela guerra, tentam se lembrar uns aos outros que são humanos.

É de uma narrativa que vc consegue aplicar as reflexões para os tempos de hoje. Esse trecho me marcou muito:

"O escravo era totalmente alienado. Nós somos piores, porque nos alienamos a nós próprios. Há correntes que já se quebraram mas continuamos a transportá-las connosco, por medo de as deitarmos fora e depois nos sentirmos nus."

Enfim, Mayombe é uma grande aula de história com gostinho de quero mais.
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Thiago Narciso 01/06/2023

Seremos Sem Medo
A leitura de Mayombe é algo único, edificante e que incomoda. Aventurar-se com os guerrilheiros do Mayombe é algo que instiga, revolta e humaniza. Pensar a guerrilha desses homens imperfeitos e conflituosos, nos faz pensar o próprio fazer humano.
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Luiz Pereira Júnior 30/05/2023

Minha, tua, nossa luta
Como sempre friso em minhas resenhas, sou professor de Literatura do Ensino Médio e tenho notado uma mudança significativa no currículo dessa disciplina (ou melhor, desse componente curricular). Um exemplo: a literatura indígena e a literatura africana de língua portuguesa ganharam mais relevância e a descoberta de novos autores sempre é um fator de enriquecimento tanto para o professor quanto para o aluno.

Entre esses autores que agora dividem espaço com Cabral e Clarice, encontra-se Pepetela, de quem já li “O planalto e a estepe”, mas os textos que estou estudando com os alunos são retirados de “Mayombe”. Sim, os alunos gostam do autor, mas cada um a seu modo (e isso é um elogio): alguns pelo fato de ser uma literatura de guerrilha; outros por fazerem pensar e criticar o mundo em que estamos inseridos; outros pela história de amor inserida na obra e outros também por motivos misteriosos, não ditos ou simplesmente pelo mais comum de todos: “não sei por que, professor, mas gostei”. Outros não gostaram, mas toda unanimidade é burra, já disse um certo mestre.

Em resumo, não se engane. “Mayombe” não é apenas uma história de amor, pois há muitas páginas de filosofismos e discussões políticas; “Mayombe” não é apenas uma história de guerrilha, mas também uma história do que sentimos como seres individuais e como seres sociais; “Mayombe” não é um estereótipo dos africanos, mas também é uma obra imensamente representativa de um povo... E, sim, tem seus defeitos, entre eles o maniqueísmo (mas será que todas as grandes obras não o são?).

Vale a pena? Com certeza. Talvez você tenha alguma dificuldade com a escrita diferente do português brasileiro, mas nada que seja decisivo para abandonar o livro. Talvez você pule algumas páginas que não lhe interessam, mas isso deve ser um hábito bastante comum a todos os leitores.

E assim é “Mayombe”: prova que não existe obra perfeita, mas é possível ser uma grande obra com pequenos (para alguns irrelevantes, para outros um pouco maiores) defeitos...
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DIRCE 26/05/2023

Cuidado com o "cisco"
Este livro é maravilhoso. Eu amo a escrita lusófona, mas não conhecia Pepetela.
A leitura foi um grande aprendizado porque, novamente, tive que me adentrar nas pesquisas para saber um pouquinho da Revolução para que Angola se livrasse Domínio português que durou de 1961 a junho de 1974.
Fiquei sabendo que tanto a antiga URSS como os USA apoiaram a Revolução , porém por viés diversos. A URSS visava implantar a Doutrina Comunista e USA por motivos comerciais. Vários Movimentos surgiram , mas é o MPLA que é o abordado no livro, e esse Movimento é de cunho socialista.
O título Mayombe sugere ser ela a protagonista. Mayombe é a floresta que protegia e ao mesmo tempo devastava os guerrilheiros.
Entretanto, acredito que a protagonista é mesmo a Revolução, revolução essa, na qual Pepetela esteve presente.
A narrativa é feita por um narrador onisciente, entretanto, em determinados momentos, é dado voz aos guerrilheiros ( eles apresentam-se com nomes de guerra descrevendo quem são e flashbacks sobre suas vidas e motivações para aderir ao Movimento nos são mostrados). É negada voz à Ondina e ao Comandante Sem Medo. Ondina não ter voz , até entendo, haja vista que ela não fazia parte da guerrilha, já o Comandante Sem Medo...Não seria ele , o próprio Pepetela, o narrador e o Comandante Sem Medo ? Em certo momento, Sem Medo diz ( pela narrativa indireta)que queria ser um livro, e quem a não ser um escritor seria capaz de trazer à tona reflexões ideológicas e filosóficas tão envolventes ?
O final não é bem o que um leitor espera, porém, esse final é narrado de uma forma belíssima.
Se ,por ventura, um leitor com a sensibilidade aflorada se debruçar sobre esse livro, não é de se estranhar que um “cisco” entre em seus olhos.



Ana Sá 26/05/2023minha estante
Ahh depois desta resenha vou mesmo ler Mayombe este ano!!




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