Mayombe

Mayombe Pepetela




Resenhas - Mayombe


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SóFis 20/01/2023

?
eu não consigo descrever o quanto esse livro me tocou, foi uma imersão gigantesca, eu não consigo acreditar que acabou. Dúvido que lerei um livro tão bom assim durante minhas próximas leituras, logo no começo do ano já temos o provável melhor livro do ano, surpreendente
cattusiter 22/01/2023minha estante
ressaca literária no primeiro mês do ano? Peguei a recomendação já!


SóFis 23/01/2023minha estante
leia ceci!!!! Vc vai adorar, esse livro é maravilhoso ??




Lorena1059 06/04/2022

tive certa dificuldade durante a leitura desse livro porque, infelizmente, precisei ler em e-book (detesto) pra escrever um ensaio pra faculdade. e isso sempre acontece comigo: se preciso ler um livro para escrever algo sobre ele valendo nota, certamente a minha experiência de leitura será prejudicada. ainda assim, me encantei pelos diálogos filosóficos de Sem Medo. pra mim este livro foi sobre ele; suas reflexões, suas experiências, seus receios... tudo que ele compartilhou, tanto em diálogo quanto em pensamento, me impactou profundamente. tanto que todas as marcações que fiz sobre o livro foram falas suas. essa é uma delas:

"(...) queremos transformar o mundo e somos incapazes de nos transformar a nós próprios. queremos ser livres, fazer a nossa vontade, e a todo o momento arranjamos desculpas para reprimir os nossos desejos. e o pior é que nos convencemos com as nossas próprias desculpas, deixamos de ser lúcidos. só covardia. é medo de nos enfrentarmos, é um medo que nos ficou dos tempos em que temíamos deus, ou o pai ou o professor, é sempre o mesmo agente repressivo. somos uns alienados. o escravo era totalmente alienado. nós somos piores, porque nos alienamos a nós próprios. há correntes que já se quebraram mas continuamos a transportá-las conosco, por medo de as deitarmos fora e depois nos sentirmos nus."
escrivadocaos 06/04/2022minha estante
Veio ai!! Estava esperando essa resenha


Lorena1059 06/04/2022minha estante
amiga a resenha de centavos kkkk




Naty 21/11/2016

Além das minhas expectativas. Simples, crítico e diferente de muitos livros que já li.
O livro Mayombe escrito por Pepetela foi uma experiência de leitura bem interessante para mim e satisfatória. Vi muitas pessoas comentando que se tratava de um livro lento e que elas esperavam uma ação que só ocorre no final, mas esse livro vai muito além de pura ação.
Ele desvenda o ambiente africano sob o ponto de vista de diversos personagens ligados ao MPLA (Movimento pela libertação de Angola). Foi nesse livro que percebi a importância e a riqueza de se ver uma história por diferentes perspectivas já que Pepetela adota uma narração em que um narrador onisciente e onipresente se intercala com as personagens.
Sempre estudei a questão da guerra entre tribos na África, mas foi com esse livro que me aprofundei mais no assunto ao pensar nessa sociedade. Além disso, o pensamento marxista é abordado incessantemente. O personagem mais focado foi o sem medo o que não quer dizer que ele é o protagonista. Ele é, mais ou menos, o Pedro Bala de Capitães de Areia.
No entanto, tenho ressalvas a algumas ideias disseminadas pelo Sem Medo o que é um tanto que normal já que todos somos diferentes, mas a diferença de pensamento entre os personagens e o leitor pode dificultar um pouco a leitura e foi o que aconteceu comigo. Isso não tornou a história lenta em nenhum momento e a falta de ação, para mim, foi um ponto positivo porque quebra certos tabus.
As pessoas costumam ver uma guerrilha de libertação e independência como um movimento movido a bala, mas Pepetela mostra que as ideias movem muito mais um movimento que as armas.
O início da narração se dá por Teoria que é mestiço e sofre preconceitos tanto dos brancos quanto dos negros e, por isso, tem um certo complexo inferior que o incita a querer provar sua valentia a todos. Essa parte foi para mim uma certa crítica ao maniqueísmo social em que ou se é uma coisa ou outra, ou negro ou branco. O intermediário é pouco aceito. Isso ocorre muito hoje na política; ou se é de direita ou de esquerda, mas ainda há os que não são nem de um lado nem de outro e Teoria típica essas pessoas. “Estou no Mayombe, renunciando a Manoela, com o fim de achar no universo maniqueísta o lugar para o talvez”.
Mayombe é a floresta em que eles instalam suas “casas” e atacam o inimigo. É como uma proteção. Pepetela acaba por transformar a floresta em personagem fazendo-a gestar um novo homem para um novo momento histórico de Angola.
O uso de codinomes entre os participantes do MPLA me lembrou capitães de areia. Esse uso, aqui, sempre se relaciona tanto às características do indivíduo quanto ao fato de eles esquecerem, de certa forma, sua vida passada.
Uma frase que me chamou muita atenção foi “ a guerra não se mede pelo número de inimigos mortos, mas pelo apoio popular que tem”. Essa é uma grande verdade e uma das grandes dificuldades desses movimentos; eles têm que alcançar a aceitação de suas ideias para que haja um apoio coletivo e, por fim, a vitória.
Outro ponto central na obra é o tribalismo; as disparidades de pensamento na tribo se devem muito às diferenças tribais entre eles o que dificulta a união em prol de uma causa.
A presença da religião também se faz sentir no livro, mas Sem Medo confronta-a ferrenhamente. Percebe-se aí um cero ódio ao que é do colonizador e, pelo personagem, um julgamento de um pensamento pela ação dos que dizem segui-lo o que não é um pensamento que eu tenho. Para mim, para se julgar uma religião, deve-se entende-la e não olhar as práticas de qualquer um que apareça do seu lado e diga: Eu sigo essa religião.
Um outro excerto que me chamou atenção foi: “Deixa lá o teu umbundo...ou lhe dás um nome na língua dele ou em português, que é de todos. Mas não na tua...Aí começa o imperialismo umbundo”. A língua é outro meio de colonização já que impor a língua é como impor o domínio.
Noutra parte muito interessante, Sem Medo mostra que a maioria dos processos revolucionários começa com uma boa intenção, mas depois acaba caindo nos mesmos erros anteriores, pois o movimento tem que se impor contra a oposição o que acaba tornando-os ditadores e destruindo o dito regime que se iria construir. Esse excerto é esse: “Ora! Vamos tomar o poder e que vamos dizer ao povo? Vamos construir o socialismo. E afinal essa construção levará 30 ou 50 anos. Ao final de cinco anos, o povo começará a dizer: mas esse tal socialismo não resolveu esse problema e aquele. E será verdade, pois é impossível resolver tais problemas, num país atrasado, em cinco anos. E como reagirão vocês?... há que prender as cabecilhas, há que fazer atenção às manobras do imperialismo, há que reforçar a polícia secreta, etc...Da vigilância necessária no seio do Partido passar-se-á ao ambiente policial dentro do Partido e toda a crítica será abafada no seu seio. O centralismo reforça-se, a democracia desaparece. O dramático é que não pode escapar-se a isso...”
A mulher da história, Ondina, não tem voz narrativa o que mostra uma crítica do autor à desigualdade de gênero na época. Além disso, não há diferenças linguísticas entre os diversos participantes do movimento na narração o que reforça a ideia de propor a igualdade entre as pessoas.
Em resumo, gostei muito do livro, mas algumas ideias e algumas cenas de sexo, que não me agradam mesmo dando um toque mais realista à obra, me chatearam. As partes amorosas poderiam ter sido reduzidas, mas repito que não senti lentidão narrativa e sim uma exposição diferenciada de um movimento importane num cenário importante e muito pouco falado.
Parabéns para a FUVEST por adotar um livro como esse. Leitura recomendada e, para mim, enriquecedora.
Vinicius 17/01/2017minha estante
Melhor análise da obra! Por se tratar de uma guerra eu também esperava que houvesse mais ação do que o livro mostra. Porém, os diálogos, pensamentos e ideias acabam compensando; é possível notar que o autor teve um cuidado muito especial com cada fala de cada personagem, nada é jogado por acaso, pelo contrário, o autor prepara muito bem o terreno e sabe muito bem guiar o leitor.


Vikevelyn 15/07/2017minha estante
Que resenha maravilhosa !! Estava procurando uma para incentivar a leitura e agora estou super afim, Valeuu. Quando eu terminar vou ler sua resenha denovo pra me sentir dividindo a leitura kkk :)




vasilisamorozko 18/11/2020

Surpreendente
"Deve ser horrível morrer com a sensação que os últimos instantes de vida destruíram toda a ideia que se levou uma vida inteira a forjar de si próprio."

#49 - Essa capa nunca me chamou a atenção e eu ia perder uma leitura e tanto por causa disso. Se não fosse pela minha bibliotecária predileta me dizendo que eu precisava ler eu não teria o prazer de conhecer mais cedo esse grande autor (sim minha irmã universitária tinha me falado dele, eu vi que estava nas listas pelo mundão e mesmo assim não liguei), quero muito conhecer mais obras do autor (projeto 2021 vem ai). Serio é muito bom, pode parecer meio confuso em alguns momentos mas vale muito apena (ou só eu achei alguma partes meio confusas enfim).
Clara Mezzacapa 18/11/2020minha estante
A leitura é fluida?


vasilisamorozko 19/11/2020minha estante
Sim, depois que você se envolve com a historia a leitura passa voando




Rafael V. 24/02/2023

Mais que a guerrilha
A guerrilha contra os tugas é o pano de fundo para uma análise mais profunda da alma dos guerrilheiros, seus desejos, angústias, enfim, as relações que se travam e a busca pelo "homem novo" própria do sonho comunista.
Beatriz3345 09/03/2023minha estante
Li pra fazer o vestibular. Gostei na época


Rafael V. 20/03/2023minha estante
Esse é fraco, Geração da Utopia e Predadores, são livros maravilhosos




Cah 13/05/2017

Me surpreendeu demais!!
Comprei para ler pro vestibular, então a expectativa não estava muito alta, mas gente!!!
Esse livro conversou comigo. O personagem principal(Sem Medo) é simplesmente uma pessoa que eu queria discutir sobre vários assuntos da vida!!
Enfim, leiam! Principalmente, nesse momento de maniqueísmo político e rotulação que vivemos hoje no Brasil.
Vikevelyn 15/07/2017minha estante
Estava buscando uma resenha para motivar a ler, também para Fuvest, e vc foi a chave kkk valeu :)


Cah 16/07/2017minha estante
Hahaha que bom!




Marilia 10/12/2020

Mayombe
Sem dúvidas o melhor do ano, obrigada FUVEST!
Gabi 08/01/2021minha estante
eu amo??




Nai 25/07/2020

De início eu li porque precisava (está na lista da Fuvest) mas acabei me surpreendendo. Apesar de no começo ter sentido um pouco de dificuldade pra me acostumar com os nomes, depois que me situei a narrativa me prendeu. Terminei o livro querendo conhecer as outras obras do autor.
Mitch | Não sou crítico literário 25/07/2020minha estante
O tímido e as mulheres é outro ótimo livro do autor. Recomendo!

Abraços.




Le.Alves 27/04/2020

Mayombe
"Queremos transformar o mundo e somos incapazes de nos transformar a nós próprios."

Mayombe é perfeito e emocionante. O melhor livro que li até agora em 2020. Apesar de ter sido publicado em 1980, trata de questões que ainda enfrentamos. Leiam!
"MPLA avança!"
Cristina 27/04/2020minha estante
Vou ler MPLA ????




Clara2720 03/12/2020

Ate agora, o melhor que eu li que cai na fuvest, a historia me prendeu, personagens com características fortes e emocionantes, Comandante tem meu coração, chorei um pouquinho kk
Rafa569 05/12/2020minha estante
Quais foram os outros obrigatórios que você leu?




SILVIA 28/08/2016

Uma grata descoberta
Meus comentários estão no blog através do link:
http://reflexoesdesilviasouza.com/livro-mayombe-de-pepetela/

site: http://reflexoesdesilviasouza.com/livro-mayombe-de-pepetela/
Ricardo Rocha 28/08/2016minha estante
vi o video. bem legal. deu vontade de ler. e olha que está longe de ser meu tipo de livro. parabéns =)




anturiaaa 24/03/2019

Só não dei cinco estrelas porque não gostei de algumas frases e atitudes machistas sobre as mulheres, mas a leitura vale muito a pena tirando esses pontos e de uma tamanha reflexão política e filosófica. Um bom livro para se pensar e que te prende.
Lari 10/04/2019minha estante
oii! Leve em consideração que o livro foi escrito no contexto revolucionário angolano, entre 1970 e 1971. Em contextos de guerrilha, dificilmente pautas humanitárias como feminismo são discutidas! Só tentando te explicar um pouco pra que tire seu entrave contra o livro! :) Ele é uma obra muito bem escrita!




spoiler visualizar
isalub 06/01/2017minha estante
Sinceramente, não enxergo esse machismo em Mayombe. Em vários momentos, creio eu, o que existe é uma quebra de paradigmas na sociedade angolana, em um contexto onde ainda se nutria muitos dos valores conservadores acerca do comportamento feminino. O que temos, na verdade, é uma personagem feminina - que eu apenas lamento por ser a única - extremamente forte, bem resolvida com a sua sexualidade e que de forma alguma demonstra submissão ou medo de expôr as suas vontades, mesmo em meio a tantos homens e fazendo parte da guerrilha.

Já quando li o episódio que você afirma ser um estupro, não o entendi exatamente como tal. O sexo entre eles foi mais intenso, sim, mas como se naquele único momento o Comissário finalmente se igualasse ao nível de mulher que Ondina era. Das relações anteriores dos dois que são relatadas, vê-se que ela não era satisfeita pelo Comissário, que sempre parecia hesitar e não demonstrava desejo ou afeto suficiente. Portanto, naquela ocasião em que ele mostrou certa agressividade, para ela foi prazeroso. A relação não-consensual entre eles não faria sentido por dois simples motivos: o Comissário a respeitava demais, tanto pela sua intelectualidade como pela experiência no "jogo do amor", em suma, Ondina era em vários aspectos mais madura e mais bem resolvida do que ele, e isso era sabido; e além disso, sendo "senhora de si", ela jamais se submeteria a algo que não fosse de seu desejo.




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