Mari Scotti 17/01/2014
Cores de Outono - O Cavalheiro Carrancudo
=== Resenha ===
Eu gosto sempre de contar como tive o primeiro contato com a obra e o autor. Conheci a Keila pela internet e confesso que não me recordo bem como foi a nossa aproximação, mas logo trocamos nossos livros, pois é uma prática comum entre os novos autores. Na época – ano passado –, recebi muitos livros e acabei demorando a começar a leitura.
Em dezembro tivemos um evento na livraria Martins Fontes pelo grupo Trilhando Páginas ao qual eu e a Keila pertencemos e enquanto ela contava a história para os presentes, me vi rapidamente fascinada pelo Vincent, um dos personagens principais. Sempre vi o livro dela como um romance e foi um dos motivos que demorei tanto a começar a ler, pois gosto de romances, mas precisa ter uma pitada de sobrenatural para me prender.
Neste evento é que fiquei sabendo que havia magia na história dela e fui fisgada! Eu não sou fã de ler sinopse, vou literalmente pela capa do livro e gênero, por isso eu não sabia que era fantasia.
Comecei a leitura em 15/01 e terminei em 16/01. Vinha de uma maré ruim na leitura, quem leu a resenha de Perdida sabe que estava de ressaca e essa ressaca era uma constante chata, me impedindo de ler. Perdida me resgatou e Cores de Outono coroou o meu retorno! Estou muito feliz de voltar a ler e com obras tão magnificas!
Não imaginei que em dois dias eu teria mais um livro preferido na minha lista! Agora são três: Os Mistérios de Warthia, Perdida e Cores de Outono. E o que mais me alegra é que todos são nacionais!
Mas vamos à resenha.
Não costumo colocar spoilers significativos, leia sem medo de ser feliz.
Cores de Outono nos apresenta, inicialmente, uma tragédia. Melissa e sua irmã Alice perderam os pais e retornaram para a casa de seu avô George, o Opa (avô em alemão), no interior de São Paulo, pois apesar de seus vinte e um anos de idade, ela precisa de ajuda para criar a irmã de cinco anos e sabe que sua única família agora são os dois.
A cidade pacata logo se mostra fofoqueira – quem morou em cidade pequena como eu, sabe que os boatos giram soltos, principalmente com novos moradores. Ela descobre que antes de chegar à cidade, as fofocas giravam em torno de outra família, uma que vive nas montanhas atrás de sua casa. Um lugar lindo e sombrio, repleto de lendas.
Lembra-se de ter estado naquele lugar quando era criança e morava ali com sua mãe, mas as lembranças são embaçadas e não claras.
“Nos últimos meses busquei por uma coragem inexistente e tentei espantar o medo, mas ele era como o vento que procurava frestas para entrar... sorrateiro, imperceptível”. Página 14
Mas apesar do pesar no olhar da maioria das pessoas, Melissa consegue retomar sua vida devagar, trabalhando com o avô e cuidando de Alice como se fosse sua filha. O problema é que Melissa é um imã gigantesco para desastres. Ela consegue sempre estar no lugar errado, em qualquer momento, ou melhor, acho que o errado a encontra em qualquer lugar e hora e é nesse cenário que ela acaba esbarrando no sinistro Sr. Dippel. Um homem jovem, taciturno, arrogante e imprevisível.
E que todos na cidade parecem temer.
Apesar de ele aparentar vinte e quatro anos, todos o chamam de senhor. Estranho não?!
Vicent Dippel – o cavalheiro carrancudo – entra na história de uma forma avassaladora, causando certa ansiedade em quem lê, porque igual a Melissa, ficamos ávidos por desvendá-lo. Apesar de sua arrogância, empáfia e seu jeito superior de agir, ele demonstra, no fundo de sua áurea sombria, que suas atitudes são a forma que consegue cuidar de Melissa e mesmo notando que ele a salva desses desastres que a encontram inúmeras vezes, Dippel consegue despertar nela o seu pior.
As discussões deles de início dão um “a mais” para a trama, pois sabemos que brigas podem significar negação e eu me vi torcendo para ele ficar bravo ao ponto de calar ela com um beijo ou vice-versa. Mas mais para o final do livro, essas discussões começaram a me irritar. Oh vontade de jogar um caminhão em cima desses dois, mandar se beijarem e aceitar que se amam e pronto!
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