spoiler visualizarRomeu Felix 17/02/2023
Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
Casa-Grande & Senzala é uma obra clássica da literatura brasileira, publicada em 1933. O livro aborda a formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal, enfatizando a relação entre brancos, negros e índios na formação da cultura brasileira.
O autor, Gilberto Freyre, defende que a miscigenação foi um fator determinante na formação da identidade brasileira. Ele argumenta que a interação entre diferentes grupos étnicos e culturais no Brasil produziu uma cultura única, marcada pela diversidade e pelo sincretismo.
Freyre apresenta o conceito de "casa-grande" como a residência dos senhores de engenho, que simboliza o poder econômico e político da elite brasileira. Já a "senzala" é o espaço destinado aos escravos, que representa a exploração e a opressão dos mais pobres.
O livro está dividido em três partes. Na primeira parte, Freyre discute as relações entre brancos, negros e índios no período colonial. Ele analisa as influências culturais e os conflitos entre esses grupos, além de destacar a importância da escravidão na economia do país.
Na segunda parte, Freyre discute a formação da família brasileira, a partir da mistura entre brancos, negros e índios. Ele analisa a influência da cultura europeia na formação dos valores familiares brasileiros, bem como a importância da religiosidade e da sexualidade na cultura brasileira.
Na terceira parte, Freyre aborda a cultura popular brasileira, destacando a música, a dança, a culinária e a religiosidade. Ele argumenta que a cultura popular é uma expressão da criatividade e da resistência do povo brasileiro diante das adversidades.
Conclusão:
Casa-Grande & Senzala é uma obra fundamental para entender a formação da cultura brasileira. Gilberto Freyre apresenta uma análise original e profunda das relações entre brancos, negros e índios, destacando a importância da miscigenação na construção da identidade brasileira. O livro é uma referência para estudiosos das ciências sociais e humanas, e continua sendo uma das obras mais importantes da literatura brasileira.
Com a publicação de "Casa-Grande & Senzala", Gilberto Freyre alcançou uma posição de destaque entre os intelectuais brasileiros e influenciou significativamente o pensamento social e cultural do país. A obra, lançada em 1933, propõe uma interpretação original da formação da sociedade brasileira, baseada na análise dos padrões culturais das populações que habitaram o país ao longo dos séculos, e em especial na influência da cultura lusitana e do sistema escravista na formação da família patriarcal brasileira.
A obra é dividida em outra edição mais antiga, a primeira em que li (Casa-Grande & Senzala
Edição Comemorativa 80 Anos), em duas partes, a primeira delas dedicada a uma análise dos fundamentos culturais da sociedade brasileira, e a segunda a uma descrição do funcionamento da família patriarcal, considerada por Freyre como a base da sociedade brasileira. O autor destaca a influência do patriarcalismo português, que se manifestou no Brasil de forma intensa, e a forma como o sistema escravista se adaptou à realidade brasileira, resultando em uma relação peculiar entre senhores e escravos, e na formação de uma cultura híbrida, que incorporou elementos das culturas africana e europeia.
Ao longo da obra, Freyre faz uma análise detalhada de diversos aspectos da cultura brasileira, como a alimentação, a religião, as festas, a música, a literatura e a arte, procurando demonstrar como esses elementos contribuíram para a formação da sociedade brasileira e para a configuração da identidade nacional. Além disso, o autor traça um panorama da história do Brasil, desde o período colonial até a época contemporânea, fazendo críticas à política e à economia do país e propondo soluções para os problemas que afetam a sociedade brasileira.
Em suma, "Casa-Grande & Senzala" é uma obra de referência para a compreensão da formação da sociedade brasileira, que propõe uma interpretação original e inovadora da história e da cultura do país, e que continua a exercer influência sobre a produção intelectual e artística brasileira.
Por: Romeu Felix Menin Junior.