Casa-Grande & Senzala

Casa-Grande & Senzala Gilberto Freyre
Edson Nery da Fonseca




Resenhas - Casa-Grande & Senzala


66 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Geovana189 29/01/2021

Esse livro é super necessário para entender a mentalidade no período colonial. Me incomodei com os capítulos iniciais, e com forma de naturalizar o abuso de mulheres negras a partir da escrita, através de termos pejorativos nessa edição. No entanto, curiosidades sobre sexualidade, vivência e costumes do período fizeram a leitura ser enriquecedora para aqueles que buscam entender a dinâmica social no contexto descrito.
comentários(0)comente



Denise @nise.rodrigues 31/12/2020

Cheguei ao final de CG&S, o último capítulo fica mais evidente como ele encara a miscigenação como positiva e fortalecedora da cultura e da sociedade brasileira. "Em vez de considerar os filhos de senhores com escravas indivíduos socialmente perigosos, reunindo os vícios dos dois extremos, considera-os Comte livres dos inconvenientes, tanto de uma classe como de outra; e constituindo um feliz meio-termo." É neste momento que Freyre alerta que ainda assim "não faltam desvantagens" e apresenta de uma forma, embora limitada, os problemas e preconceitos vividos pelos mestiços.

Ainda no último capítulo, ele se dedica a falar da influência negra na culinária brasileira e - me surpreendeu - a destacar europeização da comida brasileira que, naquele momento, estava deixando os fortes condimentos por algo mais europeu. O livro acaba quase de forma abrupta, sem considerações, como se quisesse falar mais. A riquíssima bibliografia de Freyre traz importante contribuição para o tema à época e, apesar dos problemas de romantização da relação escravizados (negros e índios) e portugueses, é uma importante referência para a discussão das relações raciais brasileira.
comentários(0)comente



MateusCantele 13/12/2020

Uma excelente fonte de pesquisa com ressalvas importantes.
Gilberto Freyre demonstra de maneira muito bem fundamentada a realidade da relação entre a casa grande e a senzala. Entretanto, por favorecer a ideia de que o Brasil é formado por uma raça miscigenada ele enfraquece a ideia de racismo estrutural no Brasil. Claro que essa é uma visão anacrônica de minha parte. Por esse motivo, o livro é uma ótima fonte de pesquisa e fundamental para o entendimento do cenário que o Brasil esteve e permanece inserido.
comentários(0)comente



Saulo.Tarso 01/12/2020

O livro tem sua importância histórica e poucas ressalvas
Casa-grande e senzala foi escrito pelo Sociólogo Giberto Freyre na década de 30. Foi muito importante para a construção de nossa imagem e identidade social como brasileiros, entendimento da grande importância de nossa miscigenação além de importante arquivo histórico. Hoje em dia sofre críticas (algumas delas muito justas) por relativizar temas como a escravidão. Mas temos que ter consciência que o autor escreveu a obra em outros tempos, outras realidades, outros entendimentos de certo e errado, outros pensamentos que hoje divergem do policamente correto. Apesar dessas poucas infelicidades do autor, é uma obra muito rica, vasta, complexa, e importante para quem quer conhecer mais sobre o Brasil.
comentários(0)comente



Locimar 24/08/2020

Memórias literárias
Li com afã este livro em Joaçaba, Santa Catarina num inverno maravilhoso nos idos de 1996. Apesar de datado e com as contradições e marcas de seu tempo, eis uma leitura que me marcou profundamente pelo estilo e pela narrativa.
comentários(0)comente



Thiago.Silva 27/07/2020

A obra fala por si só.
Um dos clássicos no campo da análise do povo brasileiro e na formação do país. Se que conhecer a fundo o Brasil leia-o
comentários(0)comente



Mel 11/07/2020

Demorei muito muito muito pra terminar. Mas no fim vale a pena.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Húdson Canuto 01/02/2019

Um livro superestimado!
Casa grande & senzala - Gilberto Freyre

Se me fosse pedido um resumo numa só palavra do primeiro capítulo de Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre, poderia dizê-lo:
SEXO (coito)
Essa única palavra resume esse capítulo.
Claro que se nos apresenta ali como os portugueses não temiam misturar-se com outras raças, que ter as marcas da sífilis era um orgulho, que viviam de aparências de requinte etc. Mas tudo acabava em sexo.
Melhor que que num passado recente que tudo acabava em pizza!
Concluída a leitura do capítulo II de Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre.
Como no capítulo I, muito sexo e agora magia. Parecia que o capítulo ia quedar-se nisso. Não quedou.
Entrou de pau nos jesuítas, nos portugueses e nos protestantes ingleses.
Teceu interessantes considerações sobre o "tupizamento" do português brasílico.
Sobre o índio, objeto do capítulo, à moda romântica, tece considerações idealizadas. O índio de Freyre é uma idiotização marxista, vítima do mercantilismo dos judeus, disfarçados de padres jesuítas e franciscanos, e subjugado pela ganância capitalista dos colonizadores.
Concluída a leitura do capítulo III de Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre.
Pretende o autor traçar a história social da formação do povo português.
Busca, pois, os elementos formadores dessa gente, desde os aborígenes até aos invasores posteriores.
Apesar de tratar a todos os elementos com máxima contemporização, quando se mete a tratar do elemento judeu é assaz crítico e marxistamente injusto. A causa de sua pouca afabilidade para com o povo judeu é, segundo ele, o mercantilismo, o desgosto pelo trabalho, a agiotagem... resume ele tudo numa frase: "o parasitismo judeu".
Esse capítulo divide-se em duas partes: o português em Portugal e o português no Brasil. Em ambas o ódio do autor ao judeu se torna patente. É tamanho seu desprezo pelos "homens de nação" que ele chega a sugerir que o elemento muçulmano fora o de melhor na formação pela índole trabalhadora (mourejar), pela condescendência religiosa (?), pelo gosto à higiene...

O capítulo IV de Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, pode ser dividido em quatro partes. As duas primeiras inúteis por tratarem de nugacidades alheias ao propóstito geral do livro: dar a origem social da gente brasileira.
A terceiro parte versa sobre os negros e sobre o modo como eram tratados, diversamente do que querem os socialixos modernos, o extremo rigor eram mais exceção que regra.
A quarta parte trata sobre sexo e sexualidade.
O sexo desempenha no livro de Freyre o papel de motor da cultura brasileira.
Um resumo numa só palavra de Casa grande & senzala, independente de cor ou raça, é SEXO.
Se o livro for lido sem o endeusamento que se sói fazer do autor, ver-se-á, com certa facilidade que é um livro medíocre! Explico-o. Não cumprevo autor o propósito de tecer a história social, mas mitifica um estória social, tendendo para um livro de afoitezas e peripécias sexuais do que um livro que se pretende de ciência.
O autor em vários momentos deixa claro que as mazelas do Brasil advêm de senhores "à(s) direita(s)".
O ódio de Freyre ao judeu, fá-lo cometer odiosas mentiras ao atribuir ao superiormente mais perfeito muçulmano coisas que são próprias dos judeus batizados à força, cristãos-novos, portanto.
Maria.Luzenita 01/02/2019minha estante
Não concordo muito com sua resenha. Temos que ver o espaço e o tempo no qual o autor escreveu. Poderia ser um livro chato, mas é absorvente. Após ler a metade do livro, posso dizer que estou gostando, embora não concorde com muitaz idéias do autor, mesmo porque vivemos em outra época, em outra realidade


Húdson Canuto 05/02/2019minha estante
Nenhuma análise sobre um livro pode ser completa e exaustiva. Freyre tem o mérito de ter mostrado que a formação da gente brasileira se deu por uma (con)fusão de vários povos. (Não hosto do uso de 'raças', pois parece que estamos falando de espécirs diversas. Prefiro 'povos' para causar a distinção entre os humanos.)




Igor13 24/10/2018

Um clássico, referência para entender a formação do povo brasileiro
Não achei nada que pudesse acrescentar ao que já foi dito do livro e sua importância. É, como diria um anglo-saxão, self-evident.

O que posso sugerir é a leitura de outro livro também de grande sucesso (está na 22º edição), mas que é bem menos conhecido do público geral. E que, pelos menos para mim, foi além de Casa-Grande & Senzala na análise da formação do brasileiro. O livro é 'Bandeirantes e Pioneiros', de Vianna Moog.
Giovanna.Otto 08/01/2019minha estante
a leitura é muito técnica? fácil compreensão? sou leiga




Luiz.Eduardo 13/08/2018

A formação do caráter nacional
Casa-grande e Senzala, de Gilberto Freyre

Sem dúvida nenhuma é leitura indispensável para quem quer compreender a formação do caráter do povo brasileiro: desde as questões mais prosaicas até a construção das instituições públicas; desde o eito e o copiar até ao seio da casa-grande e da senzala. Muitos aspectos que nos parecem modernos são, na verdade, desdobramentos dos primeitos séculos de colonização: o comportamento ostentativo; a superecitação sexual; a precocidade sexual; a lassidão moral; etc.
Todo o arcabouço econômico do país foi pautado na monocultura dos engenhos, no patriarcalismo, na exploração predatória do solo. A tolerância, e mesmo o incentivo, a mestiçagem não se deu por via de código ético ou de moral sexual e sim por força de necessidade de mão-de-obra para um país em formação; se, por um lado, o senhor de engenho tolera e estende a mão aos filhos bastardos com escravas, concede regalias aos escravos domésticos; por outro, explora o escravo do campo, às vezes até a morte por excesso de trabalho.
Os aspectos do sincretismo reliogioso, onde a assimilação é mais patente do que a supressão, ficam evidenciados e nos trazem um amplo panorama do moderno panteão católico sincrético brasileiro. Por fim, o nosso racismo dissimulado em mercê; o que é concedido ao escravo negro ou ao indígena vem por meio da vontade do senhor. Ao escravo é concedido um status quo semi-animalesco, a despeito de seus conhecimentos ancestrais e, também, de modernas técnicas de agricultura, pecuária e de medicina, que trouxeram de bagagem nos porões dos navios; o escravo não é um cidadão pleno, nem mesmo após a abolição escravidão.
comentários(0)comente



Guilherme Amaro 18/04/2018

Casa Grande e Senzala
Livro de Gilberto Freyre, publicado editora Global, 2008, contém 727 páginas.

Gilberto Freyre teve oportunidade de estudar no exterior e obteve acesso a importantes documentos históricos e ampla bibliografia , por meio de muitas pesquisas escreveu o livro de 727 páginas ; sua principal obra Casa Grande e Senzala em 1933 (relação entre os senhores e escravos).

Dividido em 5 capítulos:
I. Características gerais da colonização portuguesa do Brasil; formação de uma sociedade agrária,escravocrata e híbrida.
II. O indígena na formação da família brasileira.
III. O colonizador português, antecedentes e predisposições.
IV/ V. O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro.

Descreve sobre a formação da sociedade patriarcal brasileira. A história social da casa-grande é uma história íntima de quase todo brasileiro, da sua vida doméstica, conjugal, escravocrata.
Inclusive recebeu diversas críticas por utilizar linguagem vulgar.
Para o Brasil é provável que tenham vindo, entre os primeiros povoadores, numerosos indivíduos de origem moura e moçáarabes, junto com cristãos-novos e portugueses velhos.
A maneira que Gilberto Freyre relata sobre esse período é de imensa contribuição cultural para o Brasil, revive a interação entre o europeu português , africanos e os indígenas, culinárias, vocabulários, danças, vida sexual e a todo processo de miscigenação.

" O colonizador português assemelha-se em uns pontos à do inglês sem as duras linhas lusitanas. O tipo do contemporizador. Nem ideias absolutos, nem preconceitos inflexíveis. Foi por outro lado o colonizador europeu que melhor confraternizou com as raças chamadas inferiores." Página 265
comentários(0)comente



Vinícius 29/01/2018

Como profissional da área de administração e um curioso da história do Brasil fiquei incrivelmente impressionado com esse livro. Gilberto Freyre é um grande ícone em sua área que deveria ser lido por todo brasileiro engajado em transformar esse país através da compreensão de sua constituição histórica, política e econômica. Já comprei e lerei em breve "Sobrados & Mucambos" do mesmo autor.
comentários(0)comente



Natalie Lagedo 12/06/2017

Não tenho formação em Ciências Sociais ou História, não consigo identificar em qual método de pesquisa o livro se insere e foi com esse olhar inexperiente que ingressei na obra de Gilberto Freyre. Nasci e vivi em meio à cana-de-açúcar. A casa dos pais de minha mãe fica onde já foi o antigo Engenho Almirante. Agora, onde está a casa de farinha, era a senzala. A casa-grande foi substituída por outra, construída em meados da década de 1950, por ocasião do casamento dos meus avós. Na infância, uma de minhas brincadeiras era procurar vestígios das histórias que meu avô contava. Encontrava pedaços de louça, de quadros, talheres, tudo soterrado pelo terreiro. Foi com a motivação de descobrir um pouco mais daquilo tão próximo a mim que iniciei esta leitura.

Mas quem é o brasileiro para Freyre? Ele fala do índio, negro e português com certo romantismo, explorando o aspecto econômico somente quando acha que é imprescindível para a compreensão da formação do povo. A arquitetura robusta das casas-grandes, a igreja familiar, o catolicismo lírico, a culinária fortemente influenciada pela africana, desigualdade na forma do vestir cotidiano e em público, dentre outros detalhes tão interessantes do passado são incessantemente procurados para justificar aquilo que somos.

Alguns estudiosos atribuem o caráter de uma nação ao clima; outros, ao desenvolvimento econômico; ainda há quem entenda que os caracteres físicos definem as pessoas. Para o autor, apesar de afirmar em alguns momentos que não se filia a nenhuma corrente extremista, é nítida a opção que faz ao defender que a maneira como os impulsos sexuais são tratados por uma sociedade a delineiam. Não que o negro (ao contrário da posição majoritária da época) fosse mais predisposto ao sexo, mas o sistema escravocrata os levava a isso, por condição de submissão ao branco. No entanto, Gilberto não faz de ninguém anjo ou demônio. Reconhece a bravura dos europeus desbravadores, a higiene e medicina indígena e a doçura forte e alegre dos negros, ao mesmo tempo em que cita os defeitos característicos das três culturas básicas formadoras do país. Eleva a mestiçagem a motivo se não de orgulho a pelo menos um fato comum na humanidade, não isolado do Brasil. Casa-grande e Senzala é um livro para saborear cada página, cada informação.
@ALeituradeHoje 12/06/2017minha estante
Amei a resenha! amei...


Natalie Lagedo 12/06/2017minha estante
Obrigada. :)


Hérico 12/06/2017minha estante
Boa resenha!


Natalie Lagedo 12/06/2017minha estante
Obrigada!


Thiago 22/07/2017minha estante
Você escreve muito bem Natalie! Muito mesmo!


Marco 26/10/2017minha estante
Parabéns pela resenha que me convenceu a iniciar a leitura da obra.


Daniel 24/07/2018minha estante
Excelente resenha!




Emanuel Xampy Fontinhas 18/11/2016

É leitura obrigatória para quem se enveredar pelas Ciências Humanas, afinal é uma das pernas do tripé do pensamento moderno brasileiro. Um livro escrito magistralmente, um deleite de ler, apesar de ser uma obra séria que passeia pela Sociologia, Antropologia e História, com um trabalho invejável de análise de fontes e discussão teórica, soa como um romance. Porém, a técnica e a maestria devem ser lidos com olhos críticos. A democracia racial aqui descrita como pedra fundamental da colonização, por exemplo, é contradita a todo momento, pelos relatos analisados pelo autor e pelo seus próprios preconceitos, velados ou explícitos. Nada tira seu pioneirismo, contudo. Trabalhou temas até então inéditos por aqui, de forma inovadora. Para ser lido, consultado, criticado e discutido sempre.
comentários(0)comente



66 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR