Húdson Canuto 01/02/2019
Um livro superestimado!
Casa grande & senzala - Gilberto Freyre
Se me fosse pedido um resumo numa só palavra do primeiro capítulo de Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre, poderia dizê-lo:
SEXO (coito)
Essa única palavra resume esse capítulo.
Claro que se nos apresenta ali como os portugueses não temiam misturar-se com outras raças, que ter as marcas da sífilis era um orgulho, que viviam de aparências de requinte etc. Mas tudo acabava em sexo.
Melhor que que num passado recente que tudo acabava em pizza!
Concluída a leitura do capítulo II de Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre.
Como no capítulo I, muito sexo e agora magia. Parecia que o capítulo ia quedar-se nisso. Não quedou.
Entrou de pau nos jesuítas, nos portugueses e nos protestantes ingleses.
Teceu interessantes considerações sobre o "tupizamento" do português brasílico.
Sobre o índio, objeto do capítulo, à moda romântica, tece considerações idealizadas. O índio de Freyre é uma idiotização marxista, vítima do mercantilismo dos judeus, disfarçados de padres jesuítas e franciscanos, e subjugado pela ganância capitalista dos colonizadores.
Concluída a leitura do capítulo III de Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre.
Pretende o autor traçar a história social da formação do povo português.
Busca, pois, os elementos formadores dessa gente, desde os aborígenes até aos invasores posteriores.
Apesar de tratar a todos os elementos com máxima contemporização, quando se mete a tratar do elemento judeu é assaz crítico e marxistamente injusto. A causa de sua pouca afabilidade para com o povo judeu é, segundo ele, o mercantilismo, o desgosto pelo trabalho, a agiotagem... resume ele tudo numa frase: "o parasitismo judeu".
Esse capítulo divide-se em duas partes: o português em Portugal e o português no Brasil. Em ambas o ódio do autor ao judeu se torna patente. É tamanho seu desprezo pelos "homens de nação" que ele chega a sugerir que o elemento muçulmano fora o de melhor na formação pela índole trabalhadora (mourejar), pela condescendência religiosa (?), pelo gosto à higiene...
O capítulo IV de Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, pode ser dividido em quatro partes. As duas primeiras inúteis por tratarem de nugacidades alheias ao propóstito geral do livro: dar a origem social da gente brasileira.
A terceiro parte versa sobre os negros e sobre o modo como eram tratados, diversamente do que querem os socialixos modernos, o extremo rigor eram mais exceção que regra.
A quarta parte trata sobre sexo e sexualidade.
O sexo desempenha no livro de Freyre o papel de motor da cultura brasileira.
Um resumo numa só palavra de Casa grande & senzala, independente de cor ou raça, é SEXO.
Se o livro for lido sem o endeusamento que se sói fazer do autor, ver-se-á, com certa facilidade que é um livro medíocre! Explico-o. Não cumprevo autor o propósito de tecer a história social, mas mitifica um estória social, tendendo para um livro de afoitezas e peripécias sexuais do que um livro que se pretende de ciência.
O autor em vários momentos deixa claro que as mazelas do Brasil advêm de senhores "à(s) direita(s)".
O ódio de Freyre ao judeu, fá-lo cometer odiosas mentiras ao atribuir ao superiormente mais perfeito muçulmano coisas que são próprias dos judeus batizados à força, cristãos-novos, portanto.