Dois irmãos

Dois irmãos Milton Hatoum




Resenhas - Dois Irmãos


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Moacyr.Junior 09/01/2017

Impossível parar de ler
Milton Hatoum não deixa você parar de ler seu livro, impressionante!
Devido aos compromissos no trabalho, demorei 10 dias para terminar Dois Irmãos.
A história é ótima, mostrando o relacionamento tempestivo de dois irmãos gêmeos, que têm tanto de diferente entre si.
Recomendo demais a leitura da obra, não somente pela história em si como também pela cultura manauara, descortinada ao longo das páginas do livro. Tive o privilégio de morar em Manaus e matei a saudade da beleza exuberante daquela região do país, tão pouco conhecida dos brasileiros.
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Portal JuLund 10/01/2017

Dois Irmãos, @cialetras
Confesso para você que o livro Dois Irmãos não me chamou muito a atenção quando o escolhi como cortesia do mês. Porém, fico feliz por minhas expectativas serem baixas, pois elas mudaram já nas primeiras linhas. Tanto que resolvi apressar a resenha para vocês e estou publicando extraordinariamente em uma segunda-feira, que não é meu dia de postagem, justamente porque hoje estreará, à noite, a minissérie baseada nessa história.

É claro que o que é adaptado, quase sempre, não é tão bom quanto o livro. Mudanças são feitas, assim como cortes e inclusões de personagens, mas, como não dará tempo para você ler a história, recomendo que assista aos episódios, mas depois leia o livro para conhecer melhor os personagens e seus dramas.

Não, Dois Irmãos não é uma trama muito dramática. É um relato da vida de vários personagens que vivem em Manaus, e sua rotina durante trinta anos. Quem narra é o filho da empregada, mas isso não está claro nas primeiras páginas. E mais: Domingas teve a participação de um dos filhos da casa nessa gestação. Isso mesmo: ela se deitou com Omar ou Yaquib.

Mas vamos à história. Os personagens principais são Nael: narrador, filho de Domingas e de um dos gêmeos; Zana, mãe dos meninos e de Rânia; Omar e Yaqub, os gêmeos; Domingas, índia que foi trabalhar para a família logo que Zana e seu marido, Halim, se casaram. Também há outras pessoas, mas seu papel é secundário na trama.

O ódio entre os irmãos começa cedo, pois é bem perceptível o amor diferenciado que a mãe tem por um dos gêmeos. Halim não queria ter filhos, desejava Zana só para ele, mas ela insistiu e eles tiveram três, conforme o desejo dela: os gêmeos e Rânia.

"Zana não se despegava dele, e o outro ficava aos cuidados de Domingas, a cunhantã mirrada, meio escrava, meio ama, “louca para ser livre”, como ela me disse certa vez, cansada, derrotada, entregue ao feitiço da família, não muito diferente das outras empregadas da vizinhança, alfabetizadas, educadas pelas religiosas das missões, mas todas vivendo nos fundos da casa, muito perto da cerca ou do muro, onde dormiam com seus sonhos de liberdade."

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-de-dois-irmaos-cialetras
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Matheus G. 11/01/2017

Já tinha escutado falar de Milton Hatoum há um tempo, desde então queria conferir algo escrito por ele. Com a estreia da minissérie na Globo, pensei "ah, pode ser a hora..." e resolvi ler "Dois Irmãos". Melhor decisão possível!
Um livro com personagens complexos, profundos, cheios de dilemas e conflitos que vão se arrastando, se acumulando em mágoas e ressentimentos ao longo do livro. Não é daqueles livros que pegamos para ter uma leitura despretensiosa, ou divertida, Dois Irmãos vai além disso, é bem carregado, denso, com vários nuances a serem notados. Recomendadíssimo!
Milton Hatoum é bom demais, não esperarei e irei logo atrás de outra obra dele, com certeza é daqueles autores que irei querer ler até a lista do supermercado. Sensacional!
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

Omar e Yaqub já entraram para a lista de personagens marcantes da literatura brasileira, assim como o segundo romance de Milton Hatoum já vigora entre os melhores trabalhos já publicados nas duas últimas décadas. O impacto de Dois Irmãos no meio literário serviu, antes, para reafirmar o talento de Hatoum (que vinha de uma estreia celebrada com Relato de Um Certo Oriente) e acrescentar o olhar sobre um lugar pouco retratado nas letras brasileiras que é a região amazônica. Hatoum retoma o contexto da imigração libanesa para contar a estória de ódio entre dois irmãos gêmeos e o esfacelamento da família deles por conta deste conflito.
Yaqub é um sujeito quieto, reservado, que retorna do Líbano após passar alguns anos a pedido da mãe, para evitar brigas com o irmão com quem disputava a atenção amorosa de uma vizinha. Omar, o Caçula, alcunha recebida por ter sido o último a nascer, teve problemas de saúde após o parto e, por este motivo, é superprotegido pela mãe Zana, que passa a mão em sua cabeça e nutre um amor obsessivo por ele (ao ponto de interferir em suas escolhas amorosas, enxergando-as como ameaças), adulando-o e encobrindo as confusões em que ele se mete. Beberrão, namorador, boêmio, Omar é o oposto de Yaqub que foca nos estudos e almeja o sucesso como que para provar a si mesmo e ao mundo (sua família, na verdade) que superaria o estereótipo de imigrante e, claro, o perfil infantil e dependente do irmão. Ainda temos o pai, Halim, que vê-se posto de lado na preferência da esposa quando as atenções dela sempre se voltam para o filho preferido.
O ocaso da família é vista sob o ponto de vista de Nael, o filho da empregada (e confidente de Halim) que ao mesmo tempo em que é testemunha de todos os conflitos que chacoalham a rotina da casa (ou na verdade mantém esta rotina turbulenta) tenta encontrar em um dos gêmeos a figura do pai, é a busca de um passado e a procura por uma ligação, mesmo que frouxa, de um laço familiar maior do que a mãe permitia (através do silêncio a respeito de quem seria responsável pela sua paternidade). Sabemos o incômodo dele ser o filho da empregada, agregada à família quando jovem, e que como tal também é tratado.
A curiosidade por Dois Irmãos se dá também na maneira como o escritor explora a paisagem amazonense e as transformações que ela vem passando ao longo do tempo (do pós guerra à ditadura militar), influindo no comércio e nas relações dos moradores que ali vivem. O livro tem este aspecto úmido, aquoso, que o próprio local onde se passa a narrativa possui, sem resvalar no simples exotismo. A linguagem também explora com sutilezas a relação entre os familiares que exala sensualidade e sexualidade, assemelhando-se, deste modo, com a obra-prima de Lucio Cardoso, Crônica da Casa Assassinada, opondo-se a este apenas em sua concisão e na abordagem pouco passional, esta passionalidade incestuosa fica subentendida, apesar da tragédia circundar ambas as tramas em proporções diferentes. A tristeza e o clima decadente dão o tom da narrativa e transformam este Dois Irmãos em uma obra melancólica e, por isto mesmo, belíssima.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2015/07/na-estante-42-dois-irmaos-milton-hatoum.html
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Julia 15/04/2024

Milton Hatoum, você está de parabéns!! Me surpreendi com o quanto gostei desse livro, realmente não esperava ficar tão presa a essa leitura.

Um dos grandes pontos que me causou fascínio foi o narrador-personagem. Eu estava mais curiosa do que ele para saber quem era seu pai e, além disso, toda a construção de seu personagem ao longo do livro foi muito bem pensada. Só vamos descobrir sua identidade no final do livro, e acredito que ele também só conseguiu se descobrir a partir dali, quando pôde sair das sombras da família libanesa.

Também achei a rixa entre os irmãos muito bem construída. Dá para entender por que os irmãos se odeiam, e também dá para odiar os dois (principalmente o Omar, rs). Realmente trata-se de uma família muito disfuncional, todos ali têm parte na ruína da família. O egoísmo de todos levou ao final que lemos no livro.

Enfim, uma ótima leitura. Só li porque era leitura obrigatória da Fuvest kkkkkkk, mas me surpreendi e leria novamente.
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Roberta 27/02/2017

Recomendado.

site: http://robertafr2.tumblr.com/post/157737071072/dois-irm%C3%A3os-milton-hatoum
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Deda 10/03/2017

Dois irmãos
A algum tempo ouvi falar sobre esse livro, mas nunca tive um forte interesse nele, logo após a exibição da minissérie na Rede Globo que tomei o real conhecimento da grandeza da obra. Posso dizer que ler esse livro foi uma das experiências mais prazerosas que já tive lendo literatura brasileira, ele abrange muitos temas importantes e te prende a uma manaus de tempos atrás, recomendo a todos que leiam.
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Bruna.Gaspodini 31/03/2017

Ótima história
A história do livro é muito instigante. Retratado em Manaus, o narrador conta a história de uma família desde a sua origem, com um pai apaixonado pela sua esposa, dois filhos gêmeos, uma filha? e uma índia que foi adotada para ajudar com os serviços domésticos. O livro gira em torno dos gêmeos, que tiveram tratamento e destinos totalmente diferentes e conflituosos. A leitura é excelente e nos sentimos como observadores dessa história de misterioso final.
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Jhons Cassimiro 02/04/2017

Somos todos errados
Difícil compreender o que nos torna o que somos.
Os caminhos pelos quais percorremos ao longo da vida, as decisões que iremos tomar dia após dia, as derrotas que vamos acumular e que servirão de adubo para fazer florescer nossas decepções mais íntimas, são escritas por nós mesmos e por aqueles que nos cercam, em especial nossos pais.
Longe de ser um conto de fadas, a vida real nos revela, infelizmente somente após muitas décadas, que as coisas não são tão simples. Nem sempre o pai amará o filho, as vezes ele apenas cumpre sua obrigação de pai. Quase sempre a mãe escolhe um predileto e faz dele sua razão de viver.
Não se sabe ao certo o que faz um filho ser preferido de um ou de outro. Talvez a razão esteja na maneira de enxergar o mundo e suas leis de certo e errado. A mãe concorda com as atitudes de um, o pai com as do outro. Nesse momento, o conflito surge e ilude aqueles que pensam que existe um certo e um errado.
Somos todos errados.
No livro Dois irmãos de Milton Hatoum, Yaqub e Omar são os gêmeos do casal Zana e Halim. Extremamente diferentes, porém incrivelmente reais, mostram suas distintas personalidades ao longo do livro, fazendo o leitor se enxergar tanto em um, quanto no outro. Em um primeiro momento escolhemos torcer por um dos dois, mas logo percebemos que as coisas não são tão simplórias. Cada um possui sua razão de ser como é, de agir estranhamente de acordo com a maneira que a vida apresenta sua trama.
Não somos (tampouco Yaqub e Omar) personagens cumprindo um papel desempenhado pela genética, mas também não somos um livro em branco onde o ambiente ditará o que será escrito. Mas essa última alternativa possui um grande peso.
O que levou Halim a preferir Yaqub, aparentemente, foi o fato deste ter decidido partir de casa em busca de um futuro próspero, mas isto estava longe de ser uma verdade. O egoísmo de Halim é que falava mais alto ao perceber que com os filhos longe de casa ele poderia voltar a ter a felicidade sexual e a liberdade com a mulher, vivenciadas na época em que não possuiam filhos. Zana preferia Omar porque ele foi o que nasceu por último, mais frágil quando bebê. Tal fragilidade se restringiu a este período, pois o mimo exagerado de Zana por Omar o tornou alguém incapaz de ir adiante nas coisas da vida. Um eterno moleque incapaz de levar a sério qualquer coisa.
Por diversos momentos vemos Omar como o errado da história, era o mais impulsivo, irresponsável, desleixado para com os estudos e sobretudo violento contra seu irmão Yaqub. Este se tornou calado, ensimesmado após as erradas decisões que seus pais tomaram ao distanciá-lo da família de maneira forçada, logo após ele ter sido vítima da violência de Omar. A vítima acabou pagando por algo que não fez. E através dessa decisão errada que os pais impuseram, surge o Yaqub fechado, que encontra na devoção aos estudos o caminho para provar ao mundo, ou talvez aos pais e ao irmão, que ele poderia ser muito mais que um simples menino que fora obrigado a se tornar um camponês em um país distante.
Mas Yaqub não era apenas vítima. Se transformou em um homem de sucesso e após muito tempo conseguiu se vingar de Omar. Não seria capaz de esquecer tudo que passou, estava escrito em sua face através de uma cicatriz, a violência e o desprezo que Omar sentia por ele.
A proteção exagerada de Omar, promovida por Zana, determinou sua personalidade e o momento em que ela exige que ele seja diferente mostra o quão errados os pais são ao esperar algo diferente daquilo que seus filhos foram acostumados a fazer durante uma vida inteira.
Um bom exemplo disso é um pai ou uma mãe que criam seus filhos com muita proteção, longe de interações mais perigosas com o meio. Após algum tempo esses mesmos pais irão reclamar que seus filhos são pouco sociáveis, tímidos, bichos do mato. Entretanto não percebem a armadilha que eles mesmos criaram.
A situação gera um conflito estabelecendo o desencontro entre os membros da família. Surgem os desentendimentos, as brigas, o ódio, a busca pelo perdão e reconciliação que podem vir ou não.
Nem Omar, nem Yaqub, nem Zana, nem Halim, sequer um personagem do livro possuía razão. Ninguém estava completamente certo, da mesma forma que na vida real. É a crueza contida nesta história que torna o livro do manauara Milton Hatoun, extremamente doloroso de se ler.
Dói perceber o tempo passando, as pessoas morrendo, a cidade crescendo, o passado desaparecendo, o ódio se perpetuando. Dói saber que a vida de cada um de nós é bastante parecida com as histórias do livro, porque temos irmãos, pais e mães. Nos tornamos empáticos com Omar e Yaqub (se somos filhos), empáticos com Zana (se somos mães), empáticos com Halim (se somos pais). Empáticos com todos, porque estamos vivos e cheios de histórias de dor.
Dois irmãos é um retrato de nossas famílias, de nossa sociedade, de nosso país em uma época específica, porém possível em qualquer época. Nos vemos em Yaqub, o filho estudioso, que como o país, sempre promete ser próspero. Nos vemos na malemolência de Omar em seus dias preguiçosos na rede sempre gozando os prazeres da vida fácil embalada por nossas mães carinhosas. Vemos nossa sociedade retratada nas relações de poder de ricos e pobres, nos patrões e empregados, nas serviçais estupradas pelos filhos dos patrões, nos filhos bastardos.
Vemos como somos grandes criadores de paixões difíceis e perigosas, incapazes de pedir e dar perdões.


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Tatynha - @cantinho_datati 03/04/2017

Citação do livro,
"Louca para ser livre".Palavras mortas.Ninguém se liberta só com palavras.Ela ficou aqui na casa,sonhando com uma liberdade sempre adiada.Um dia,eu lhe disse:ao diabo com os sonhos:ou a gente age,ou a morte de repente nos cutuca,e não há sonho na morte."

"Ele não parava,não conseguia parar de xingar o filho mimado da minha mulher.Parece que o diabo torce para que uma mãe escolha um filho..."

"Quando o destino de um filho está em jogo,nenhum detetive do mundo consegue mais pistas que uma mãe."
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Danilo Silva 16/04/2017

Os irmãos
Sim, eu me interessei por este livro após ver o comercial da minissérie da Rede Globo (o programa em si eu não vi ainda). Minha curiosidade se deu, em primeiro lugar, pela qualidade da série apresentada nos comerciais. Procurei a sinopse e achei deveras interessante – melhor ainda foi descobrir que se tratava de uma adaptação de um muito elogiado livro. Muito elogiado mesmo: considerado por críticos o melhor romance brasileiro dos últimos quinze anos, lançado em muitos países e vencedor do Prêmio Jabuti. Óbvio que eu precisava ler esta obra de Hatoum. E aqui estão as minhas impressões do livro.

Esta não é uma obra fácil de ser lida – não pela linguagem usada no texto, mas pela forma escolhida pelo autor para contar a trama. Tudo nos é narrado pelos olhos de um homem que conviveu com a família dos irmãos protagonistas: o filho da empregada, Nael. O rapaz narra desde o momento em que Zana e Halim se conhecem até os momentos posteriores à morte de ambos. Como não era nascido em muitos dos fatos contados, ele foi buscar em Halim as histórias que queria conhecer (e nos passar). Com isso, Nael vai e volta no tempo para nos presentear com a história de sua família do seu próprio jeito. É aqui que reside o maior poder desta obra, em minha opinião.

site: Resenha completa em: http://literaturaestratosferica.blogspot.com.br/2017/04/dois-irmaos.html
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Erika.Almeida 27/04/2017

Constituição do psiquismo a partir do laço com o outro
Em tempos de supervalorização dos aspectos biológicos, Dois Irmãos, de Milton Hatoum, sublinha a subjetividade e os efeitos do laço com o Outro na estruturação psíquica.
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