Dois irmãos

Dois irmãos Milton Hatoum




Resenhas - Dois Irmãos


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Caroline.Dantas 27/05/2021

Hatoum é simplesmente perfeito
O autor explora na obra conflitos familiares, mas uma das personagens mais interessantes para mim é a Domingas. Retrata muito os costumes de Manaus, a cultura de trazer meninas do interior para "ajudar" em casa e terminar os estudos na cidade. Essa prática infelizmente ainda é bem comum na cidade.
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Amanda 28/05/2023

O rancor corroi
Rancor define essa triste família libanesa vivendo na capital amazonense. Um ambiente familiar com carência de afeto gerando intrigas, egoísmo, inveja... o perdão não se encaixa nesse contexto, pelo contrário, se acumula e se transforma em rancor, enraizando nesta família a marca da tragédia. Os marginalizados da situação, Domingas e Nael, são os mais afáveis nesta história, vítimas do elitismo e da escravidão retrato de uma Manaus em desenvolvimento, que sofre as consequencias do esquecimento por parte do governo.
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Anabs7 30/06/2023

Omar e Yaqub
Meninos... Seus pais refletiram em vcs a criança interior deles, pois então a conta chegou e eles tiveram que pagar. Nem sempre o ódio é melhor que o perdão.
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miquelin1 20/07/2023

Vestibular né
Confesso que nao gostei muito desse livro? já q a leitura é maçante/cansativa, além de que o principal conflito, ou mlhr, a MAIOR pergunta q o leitor tem ao ler, não é esclarecida no fim da história.
mas vale um pouco a pena ler, principalmente para ter noção de q não é algo impossível de acontecer na realidade ?

ps: oq n fazemos pra uma aprovação no vestibular né?

boa leitura, amigos!
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Keylla 07/01/2017

Após a Rede Globo anunciar sua nova minissérie baseada num livro de autor brasileiro, fui atrás do autor para conhecer sua obra. Não havia lido algo de Milton Hatoun e essa foi minha primeira obra.

A sinopse já me chamou a atenção. Uma história sobre gêmeos. Eu sou gêmea. Sei os amores e dissabores que essa relação exige.

Os gêmeos e personagens principais são Yaqub e Omar. A relação deles é marcada por uma desavença desde a infância e essa cicatriz não está cicatrizada, tanto fisicamente quando emocionalmente, o que gera um afastamento e reclusão entre os irmãos. Halim, o pai, sempre se ocupa com os afazeres do comércio e nunca quis ter filhos. Zana, a mãe, nunca escondeu a preferência por Omar. Para ela, o fato dele ter quase morrido quando nasceu o fazia frágil e necessitava de seus cuidados para sobreviver. Essa dependência se prolongou par a a fase adulta. Domingas, a governanta, cuidava da casa e de Yaqub.

Quando crianças Yaqub e Omar eram apaixonados por Lívia, sua vizinha. Por ela tiveram uma série desavença, e Yaqub ficou com a marca física dessa lembrança. Após esse acontecimento, Halim decidiu enviar Yaqub para o Líbano. Talvéz a distância fizesse com que os filhos esquecessem a mágoa, se perdoassem e conseguissem retomar a relação de irmãos. Sozinho, com treze anos de idade, foi mandado para longe da família. E ficou por lá cinco anos, até que ele volta um garoto duro, amargo e sofrido por ter tido que aprender a viver e a trabalhar longe da família, em outro país.

De um lado um adolescente recluso e calado, com um futuro promissor. Do outro lado, o gêmeo que gostava de farra, bebida, mulheres, festa e gostava de viver o hoje. O responsável e o preguiçoso. O reservado e o extrovertido. O ressentido e o protegido.

Com uma riqueza psicológica dos personagens, a história é desenvolvida e o leitor é envolvido no enredo. Além de uma detalhada cultura manauara, que nos remete à época e nos faz viajar e conhecer a cultura regional. O narrador, que é revelado na metade do livro, se insere na trama, vai nos revelando a história e nos despertando o desejo de saber mais.

Impossível não associar à criação católica, de Caim e Abel como também em Esaú e Jacó. Vemos em Zana, a encarnação da personagem bíblica , Rebeca, mãe dos gêmeos Esaú e Jacó, que também prefere um filho ao outro, e cuja a rivalidade será praticamente eterna.
A obra é riquíssima em detalhes da cultura manauara, em descrições psicológicas e nos diálogos . Narrativa muito bem construída. Livro muito bem escrito. Um trato das relações humanas. Um livro que te leva a pensar na multiplicidade cultural do país, e que certamente é enriquecedor.
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deartessagray 04/07/2021

Uma leitura que eu agradeço ao vestibular.
Nunca pensei que escreveria isso, um livro lido para vestibular que me encheu os olhos de tão bom. Primeira leitura obrigatória que eu realmente aproveitei de cabo ao rabo. Não importa a sua idade, tenho certeza que você vai se chocar e se apaixonar por esse enredo que Minton escreveu.

A história acontece na década de 1920 até 1970, com a apresentação de três gerações, pais, filhos e neto, em um contexto conturbado (queda da bolsa de Nova York, Segunda Guerra Mundial e Ditadura Militar) numa casa em Manaus.

A Casa me deu a impressão de ser um personagem, ela acorda, sente de acordo com os acontecimentos e emoções dos personagens presentes. Os protagonistas são incoerentes e odiáveis, fazem coisas imorais que não condizem com a norma cristã da época. Os dois irmãos são responsáveis por condenar aquela família? Ou a família foi encarregada de acabar com o próprio destino?

As tramas são enlaçadas e não há furo algum. Ele deixa óbvia as críticas ao golpe militar por meio de acontecimentos que afetam a vivência e expressão dos moradores da Cidade Flutuante. Confesso que me arrancou algumas lágrimas, esse livro deixa a mensagem de que nada sobrevive ao tempo, que tudo chega ao fim inevitável.
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Pedro Aires 09/04/2022

Merece todo o reconhecimento
Manaus é o cenário de uma história familiar intensa. Cada membro da família é bem trabalhado, desde o patriarca até a simples e explorada empregada. Vemos como a inveja e rivalidade entre irmãos podem ser destrutivas. São poucas páginas, com uma escrita concisa e mesmo assim extremamente envolvente.
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CrisIngrid 04/11/2020

Minha opinião
Uma mãe obcecada pelos filhos, um pai apático que negligenciou sua responsabilidade para com os mesmos, uma irmã esquecida e dois irmãos que se odeiam desde a infância. Junte todos esses ingredientes e terá uma família desfuncional como poucas já vistas.

Omar e Yaqub são gêmeos e não poderiam ser mais diferentes. O que os une em aparência, os separa em personalidade. Por ter nascido alguns minutos depois do irmão e ter sofrido complicações no parto, Omar sempre teve sua mãe mimando-o constantemente, temendo por sua saúde. Já Yaqub, foi afastado da família e mandado para o Líbano após um episódio em que tem o rosto cortado pelo irmão ciumento.

A distância, que prometia apaziguar a relação entre os irmão, na verdade só serve para alimentar o ódio e a rivalidade entre ambos. E a cada encontro entre eles, vemos como essa disputa vai destruindo cada membro desta família, até sobrar apenas as mágoas e as cicatrizes deixadas pelos embates entre os gêmeos.

Além de ter vencido o prêmio Jabuti em 2001, Dois irmãos já foi adaptado para quadrinhos, teatro e TV, onde teve Cauã Reymond no papel dos endiabrados gêmeos. A escrita do autor é envolvente e gostosa de acompanhar e a história realmente merece ser lida. Fica aí a dica!
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Carla 05/04/2023

Li por conta da fuvest e do meu professor de português, mas sinceramente, eu amei a historia, a gramática e tudo que compôs o livro. Hatoum foi exceptional escrevendo ele e mesmo que siga um enredo já repetido tanto na literatura, a narrativa é abordada de uma forma tão fácil, prazerosa e te deixa imersivo até o fim.
pra quem precisa ler pra fuvest, leia, você não vai se arrepender.
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Martinha.Souza 14/12/2020

Enigmático
A história se passa em Manaus e é relatada pelo filho da empregada, curiosamente seu nome é revelado quase no final do livro.
A busca incessante em descobrir qual dos gêmeos é o seu pai.
Vemos a história de uma família perturbada, onde dois irmãos são rivais desde a infância, brigas constantes que faz a família optar em enviar um dos filhos ao exterior, supondo que a distância irá uni-los, porém a ira só aumenta.
O tempo de contagem da história é interessante, pois não é contada cronologicamente.
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theus33 11/05/2022

prof de geografia mandou ler
o livro não é ruim, mas no momento eu não estava com vontade de realizar esse tipo de leitura, então acabei lendo o livro por obrigação e pausando outro que eu estava com muita vontade de ler, aí acaba que eu não aproveitei tanto, talvez por isso a nota baixa
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Marlon66 02/01/2022

Outro mundo
Acabei de conhecer outro Brasil, alheio a minha realidade no Rio de janeiro. Esses personagens vão ficar comigo por bastante tempo, a fúria de Omar, o amor de Zana e Halim, o progresso de Yacub, Rânia e seus negócios e solidão.
Esse livro é uma bela amostra do que é feito o nosso Brasil, A todos que querem ler literatura brasileira de qualidade e que mostre um Brasil distante do que conhecemos, está aí uma boa pedida.
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Amanda 24/03/2018

Como estragar os filhos
Muito se fala sobre criação de filhos, falta de limites, obrigações e responsabilidades, sobre a proteção exagerada e o excesso de amor, assim como a falta dele. Sobre tornar o filho o centro da família. Ainda assim muitos pais não enxergam que a criança mimada pode se tornar o adulto transgressor, violento ou eternamente dependente dos pais. Em Dois Irmãos, Milton Hatoum nos apresenta um romance de formação riquíssimo em detalhes e causos do cotidiano de uma família descendente de libaneses em Manaus e as consequências de uma criação irresponsável.

Yaqub e Omar são irmãos gêmeos idênticos, exceto pela personalidade e favores familiares. Yaqub foi enviado para o Líbano quando criança após desentendimentos com o irmão e passou cinco anos sem contato com a família. Enquanto isso, Omar brilhou como a estrela da casa. A criança levada cresceu e se tornou um jovem fanfarrão, alcoólatra, brigão e mulherengo, mimado até os ossos pela mãe Zana.

Quando Yaqub volta do Líbano mostra-se ainda mais retraído, envergonhado, sem muito trato social e, como sempre, ofuscado pelo gêmeo "mais novo", o Caçula Omar. A casa vive em prol de Omar e Zana, que domina o marido, filhos, vizinhos e a cunhantã Domingas. Zana é teimosa, tem uma personalidade intratável, autoritária, cega pelos caprichos do filho e insensível às necessidades de Yaqub, do marido Halim e da outra filha, Rânia.

Rânia, por sinal, é completamente esmagada nesse fogo cruzado entre irmãos. Uma moça sem voz, sem vontades, sem atenções. Halim, por outro lado, apaixonado por Zana até os cabelos, tudo aguenta, tudo suporta por ela. Não interfere na criação dos filhos, prefere beber e jogar seu gamão, cuidar da loja e contar histórias.

Por falar em histórias, Dois Irmãos é narrado em primeira pessoa por um narrador a princípio desconhecido, em forma de relato, e logo percebe-se que, apesar de não sabermos quem está falando conosco, trata-se de alguém próximo à família. Ele reúne os histórias contadas por Halim, por Domingas e Zana, suas próprias experiências e as impressões que os gêmeos e essa família tempestuosa deixaram nele.

Essa é a sacada de mestre de Milton Hatoum: nos deixar curiosos até o final pra saber quem é essa pessoa misteriosa que nos conta de forma tão direta e honesta sobre os acontecimentos ao longo dos anos. O interessante é que o romance acompanha não apenas o crescimento dos gêmeos, mas também do próprio narrador, que muda sutilmente sua visão sobre algumas coisas ao longo da trama, de um olhar mais inocente e doce de criança para descrições mais maldosas e cortantes de adulto que tanto viu essa família aprontar.

Domingas, a índia, merece um enorme destaque aqui, não só pela sua doçura, mas principalmente pela crítica ao trabalho escravo. Suas passagens nos fazem atentar e refletir para esse problema que sempre fez parte da sociedade brasileira. Escravidão não afeta só negros, não representa apenas chibatadas e senzala. A escravidão também está marcada a ferro na alma das várias mocinhas e mocinhos que são criados como parte da família, mas que nunca realmente o foram, treinados a obedecer e limpar, lavar, cozinhar, passar, costurar... a servir em troca de um teto e refeições. Não ter liberdade de ir e vir, não receber o próprio dinheiro, ser explorado também é trabalho escravo.

Os passeios por Manaus que Hatoum proporciona também são um ponto alto do livro. A descrição dos pratos de peixes assados, manjares e refeições manauaras são de dar água na boca e todas as andanças pela cidade, pelos rios em canoas e barcos, bares e casinhas de palafita nos fazem respirar Manaus sem nem precisarmos pagar a passagem de ida.

Mais do que um simples romance cotidiano, Dois Irmãos é sobre o quanto os pais podem e influenciam na moldagem de caráter e personalidade dos filhos, quanto dos sucessos e fracassos são responsabilidade dos genitores. Amor demais estraga, assim como uma planta encharcada de água apodrece. Amor de menos também, como fel na língua, amarga a alma.
Alê | @alexandrejjr 23/09/2023minha estante
Que texto maravilhoso, Amanda! Parabéns! Uma delícia de ler. E digo mais: foi, talvez, o ultimato pra que eu passe esse romance do Hatoum na frente de outros livros que estão no meu radar de desejo. Dúvida: lesse algum outro título dele?


Amanda 23/09/2023minha estante
Obrigada! Este livro é ótimo mesmo! Infelizmente não li mais nada do Hatoum, mas posso dizer que a escrita dele é muito cativante mesmo. Tenho certeza de que você vai gostar!




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