Resenhas - Mansfield Park

Ana_lanna 19/06/2023

O início do livro dá uma sensação de que Fanny é uma personagem principal boba, apática e submissa a todos ao redor. Mas é ao longo dos capítulos que vamos conhecendo melhor essa personagem e nos aprofundando mais em seu mundo. O único ponto negativo do livro é que ele enrola muito tempo em alguns momentos da história, e em outros acaba passando apenas uma visão geral, porém foi um livro que gostei bastante e recomendo.

anapauladias 17/06/2023

Demorei para conseguir engatar a leitura e conseguir entender quem era quem mas com o tempo se tornou uma leitura muito agradável e prazerosa.

Rogers.Silva 14/06/2023

Aquele livro da Jane Austen que você pode pular...
Ano passado tive minha primeira experiência literária com Jane Austen ao ler pela primeira vez "Orgulho e Preconceito". Que livro maravilhoso, lembro da delícia que era sentir o friozinho no estômago lendo as peripécias de Mr. Darcy e Elizabeth.

Por influência da leitura coletiva do canal do YouTube, Ler Antes de Morrer, que iria fazer a leitura dessa obra tão pouco comentada da Austen, me senti tentado a mergulhar nessa obra menos conhecida da autora. Confesso que fiquei meio desapontado com a história, com as personagens, com o ritmo e ambientação.

Longe de ter toda a dinâmica, vivacidade e bom humor de "Orgulho e Preconceito", aqui temos o cotidiano de uma família rica em sua propriedade, a tal Mansfield Park, tendo como foco principal a personagem Fany Price, uma prima distante adotada pela família para servir como uma "empregada/dama de companhia". Fany nutre um amor não correspondido pelo primo chato e excessivamente virtuoso, Edmund, que por sua vez é completamente apaixonado pela vizinha ambiciosa, Mary Crownford. E aí temos páginas e páginas intermináveis acompanhando o cotidiano de futilidades dessa família, seus amores correspondidos e não correspondidos, briga de status e uma protagonista absurdamente apática, sonsa e cansativa.

Os 3 últimos capítulos do livro são a melhor coisa que existe nele, porque a autora resolveu dar alguma emoção e barraco de familia para a história. Mas, até chegar lá, temos uma árdua caminhada por um campo aberto, sem nada interessante a oferecer.

Se você nunca leu nada de Jane Austen, definitivamente não comece por esse.

Poliiii 13/06/2023

É...não é o melhor livro mas é bom
Foi um livro diferente dos últimos que li da Jane, não achei o livro ruim mas também não achei bom como os outros, teve momentos que senti ele bem arrastado...mas é como as coisas aconteciam antigamente kkk. No geral ele expressa bem como nem sempre uma boa educação e "dotes" podem formar um bom caráter.
Confesso que teve momentos que odiei a personalidade da Fanny por ser tão submissa e moralista em alguns aspectos e gostei até mais da Srta. Crawford porque ela tem bem mais personalidade. Mas aprendi a gostar dela e no final das contas o julgamento de caráter dela se mostrou mais certeiro que o de todos. Além disso, a questão da timidez retrata bem a realidade de muitas pessoas que são mal compreendidas pois não conseguem se expressar bem, com medo da exposição.

Achei meio fora da curva esse final, forçado até. Não entendi como uma afeição considerada fraternal pôde se tornar conjugal. Se vc considera uma pessoa como irmão ou irmã dificilmente isso evolui pra um sentimento de amor mas ok
No mais o livro é bom e vale a pena ler.

suenygomes13 10/06/2023

Mansfield 3x sim
Eu, leitora e defensora ávida de Jane, me vi em uma grande saia justa quando não conseguia sair do lugar com seu romance Mansfield Park. Pra quem havia recém acabado Abadia de Northanger, podemos dizer que existem entre esses dois livros elementos bem semelhantes: uma heroína passível de ajuda, famílias grandes e fortunas, sim fortunas interessantes. Porém, diferente de Abadia, Mansfield faz sua história se arrastar por cerca de 3 anos (ou mais) e faz parecer mais uma biografia que um romance. Nos apresenta vilões tardios, quase sem carisma ou banais; personagens que demoram a ser alguém, pois faz parte da trama esse amadurecimento lento; E Fanny, que meu deus como demorei a gostar.....
Mas calma, tudo sobe controle, as coisas se encaixam e valem a pena. Fanny nos mostra porque merece sim ser uma protagonista de Jane Austen e nos cativa da metade pro fim, logo quando começa a ser mais ela mesma, tendo suas vontades questionadas e se firmando ao que acredita (eita como dá orgulho à nossa Elizabeth Bennet). Assim, o plot final nos traz grande satisfação e posso dizer que vale a pena toda essa saga pessoal de anos tentando finalizar a história mais difícil de Jane.

Malu Collares 04/06/2023

Um dos meus livros favoritos da Jane Austen apesar de não ser um dos mais populares, já muitas críticas injustas sobre as personagens, admiro a Fanny por sua constância de caráter, por ter seus valores estabelecidos mas também por sua gentileza pata com todos e por saber reconhecer que pode ter errado, suas atitudes para com os outros são sempre gentis mesmo quando ela não acha o receptor uma companhia desejável. Os personagens também são muito bem elaborados e suas virtudes e vícios muito nítidas e esclarecidas, assim também como os de Fanny.

Ynnay@! 27/05/2023

Metade do livro não acrescenta nada a história
Eu dei três estrelas pela escrita da Jane que é muito boa e me prende muito e pelo dilema interno dos personagens que é bem interessante.
Fora isso achei um livro que é desnecessariamente longo e não me agradou muito no final porque a história se resolveu de um jeito muito aleatório nos últimos 10% do livro. Mas eu gostei da protagonista ao contrário do muitas pessoas que eu vi falando sobre esse livro.

Elizabeth 25/05/2023

Nem tão querida, Fanny Price
Comparado a Orgulho e Preconceito, a história de Mansfield deixa a desejar muito. Achei a protagonista aguada, seu senso de decoro e rigidez dos costumes não me agradaram. Mesmo sendo um livro ?de época?, mesmo sendo Jane Austen avançada, a história empaca num conservadorismo e em ideais de virtude que só posso considerar como defeitos. No entanto, não se trata de uma má leitura. Justiça por Mary Crawford, a moça só não queria que o sujeito do seu amor se tornasse pastor.

Ana Caturelli 25/05/2023

Mulheres de outros tempos
Em Mansfield Park, Fanny Price mora de favor na casa dos tios ricos, para onde foi levada aos 12 anos, e aparenta ser uma menina doce e diz ?sim? a todos os caprichos de seus tios e primos. Austen, no entanto, mostra mais uma vez porque merece as honras que recebeu: apesar da aparência frágil, Fanny concentra em si diversos conflitos da alma humana, mostrando-se uma personagem forte e profunda que certamente cativará leitores de diversas idades e contextos sociais. Recheado de dissimulação, Mansfield Park revela a sociedade inglesa do século XIX, com seus costumes peculiares e muitas vezes aprisionadores.

Maria.Cecilia 24/05/2023

Gostei!

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Resenha | Mansfield Park
Publicado 24/05/2023 10:49

Terminei de ler Mansfield Park, da minha autora idolatrada, Jane Austen. Confesso que depois de ter lido Orgulho e Preconceito, Razão é Sensibilidade, Emma, Persuasão, Abadia de Northanger, este é o livro que menos gostei. Apesar disso, apreciei o final e li com prazer.



Essa é a história de Fanny, uma garotinha pobre que foi enviada para morar com os tios mais abastados. Ela é humilde, prestativa, obediente e sempre se viu inferior às suas duas primas, donzelas perfeitas e primorosas. Tem um carinho especial pelo primo Edmund, que a respeita e a orienta, e detesta a tia Norris, que sempre a humilha.



Assim, Fanny cresce em uma casa sem carinho e luta contra seus problemas, deficiências e amores platônicos.



Quando um casal de irmãos londrinos chegam para uma temporada na vizinhança, a vida da pacata moçoila muda completamente e aí começam seus dias tempestuosos, suas escolhas e arrependimentos.





Eu sou Cecilia Lorca, professora aposentada e escritora apaixonada!

NatAlia233 21/05/2023

Jane Austen é incrível!
É incontestável quando dizem que Jane Austen não escreve romances, ela descreve personalidades. Que aula de caráter nós temos ao ler as obras de Jane Austen. Aprendemos com os personagens o que devemos e não devemos ser, é muito mais do que ler um simples romance.

Laíse Matos 21/05/2023

Doce Fanny
*Contém spoiler apenas no segundo parágrafo*

O livro conta a história de uma menina oriunda de uma família desprovida de recursos e títulos que é adotada por um tio mais abastado que a trouxe para junto da família dele a fim de oferecê-la mais oportunidades na vida. Na casa do tio, ela nunca foi fortemente maltratada, mas sempre ficava refém da indiferença e da ausência de ternura, o que fez com que essa menina tímida sempre valorizasse os desejos dos outros em detrimento dos seus.

Eu gostei o livro, e já tinha lido outros dois títulos da autora ("Orgulho e preconceito" e "Persuasão"), porém achei a leitura muito arrastada, só dando um "gás" no final. O livro poderia ser mais resumido, fica muito tempo contando quase as mesmas coisas, e quando finalmente aconteceu algo relevante para a protagonista (o seu casamento com o primo Edmund), achei que esse romance foi muito pouco desenvolvido, dando a parecer que o primo só se casou com ela por conveniência e comodidade, não por um amor romântico.

Eu recomendaria o livro pra quem já está acostumado e já leu outros livros de Jane Austen, porém para leitores que gostam de livros agitados e cheios de emoções, não. Gostei de ter lido; apesar dos pontos acima, gosto muito da Jane Austen, e talvez essa percepção maior da lentidão tenha se dado porque eu li esse livro seguido do Persuasão, então posso ter "enjoado".

Oljo 19/05/2023

A protagonista mais figurante de Austen!
Não posso deixar de afirmar que Mansfield Park é o romance mais água morna de Jane, levando em conta tanto a morosidade com que os acontecimentos se desenrolam, quanto a frágil constituição daquela que é tão diferente das protagonistas anteriormente criadas (Elinor, Maryanne, Elizabeth e até mesmo Jane Bennet) é bem fácil largar esta leitura.

No entanto, eu pouco recomendo que isso seja feito, acredito que Mansfield, muito mais que Razão e Sentimento e Orgulho e Preconceito, tenha um maior poder de nos fazer mergulhar naquele meio, de nos incomodar com aquele dia-a-dia, de fazer sentir que nós mesmos estamos sofrendo com os desatinos absurdos da Tia Norris, com as dissimulações de Mary, a cegueira de Edmund e, em certo momento, até mesmo enganadas pelo antagonista mais maravilhoso de todos, Henry Crowford.

Não há palavras para descrever Mansfield Park neste ponto, só quem leu e perseverou pelas páginas vai saber do que estou falando, a sensação de que eu não queria perder por nada no mundo essa história assim que se descortinam as palavras finais. Estou deixando aquela casa que habitei por um mês e me causa um pouco do sentimento vivido por cada um dos personagens que se afastaram de lá. É Magnífico!

E, falando em final, não posso deixar de constar que, sim, o encerramento foi um pouco amargo, diferente do que Austen costuma fazer. Não sei, obviamente, se foi um sentimento comum ao terminar essa leitura. Porém, para mim, a queda de Henry Crowford foi muito sentida. Eu realmente torci por ele, realmente torci para que ele perseverasse e conquistasse Fanny como estava começando a acontecer. Foi um baque saber que o primeiro homem que amou Fanny, o primeiro que se mostrou disposto a mudar sua situação, que cresceria ao lado dela e a conquistaria todos os dias, se deixou levar pelas próprias falhas.

E, devo acrescentar ainda, que Edmund depois da louca e arrebatora paixão por Mary, em meu conceito, só decaiu. Pois somos julgados por aqueles que amamos, Maria Bertram foi o ensinamento deixado sobre isso, e Edmund demorou tempo demais para amar nossa sofrida, mas não menos incorruptível, Fanny Price.

Menanda 16/05/2023

Surpreendente
Eu não esperava metade dos acontecimentos desse livro e ficava ansiosa para saber o que ia ou não acontecer. Uma história que consegue ser leve e interessante, e que me deixou muito presa nas últimas 150 páginas. Gostei muito do final!!!!

Emy LouLou 14/05/2023

Quantidade de páginas desnecessários
Não achei que gostaria desse livro no nível "Orgulho e Preconceito", mas também não achei que ele estaria a baixo do livro "Persuasão". O início estava muito divertido, o meio repetiu praticamente os mesmo eventos do início, e no final do livro eu simplesmente já estava de saco cheio. Me deu até uma ressaca literária.

Nossa personagem principal não faz nada, ao mesmo tempo que adora se colocar em um papel de superioridade. O mesmo aconteceu com o seu primo, que sempre encontra aspectos negativos nas pessoas ao seu redor, mas age de maneira semelhante a essas pessoas que ele tanto critica.

O final foi bem corrido, eles se casaram simplesmente porque não acharam ninguém melhor, pois em nenhum momento do livro ouve um indicativo de que o primo à amava de um jeito sem ser de modo fraterno.

Em resumo, achei a quantidade de páginas desnecessárias, toda a história poderia ser contada em 300 páginas ou menos, se a autora não repetisse tanto os mesmo elementos.