ka mcd 05/10/2011
The Sweet Far Thing
É engraçado como falar sobre nossos livros favoritos é sempre mais difícil do que falar daqueles que não nos cativaram tanto assim. Talvez seja por que nós tentamos fazer as outras pessoas gostarem deles tanto quanto nós e acabamos ficando nervosos demais para fazer uma resenha que expresse tudo aquilo que sentimos pelo livro em questão. Mas eu vou me esforçar para ficar calma e fazer tudo direito.
Quem leu os dois primeiros livros sabe que, agora, Gemma tem algumas coisas para resolver; descobrir um bom modo de devolver a magia, selar as alianças e fazer sua apresentação na sociedade. Só que, nesse livro, ela já começa com muito mais problemas do que só esses. Ela não consegue mais entrar nos reinos por conta própria e precisa arrumar um novo modo de entrar. Kartik, depois de sumir por 3 meses, reaparece dizendo que não quer mais fazer parte da aliança. A Ala Leste está sendo reconstruída por, aparentemente, motivo nenhum e as novas visões que ela está tendo são completamente confusas, falando sobre Eugenia Spence e uma tal Árvore de Todas as Almas. Isso tudo sem contar a família louca dela que está cada vez pior.
Bom, melhor eu começar dizendo que, se você não gostou dos primeiros, nem cogite a idéia de ler o terceiro por que ele segue o mesmo esquema dos outros, só que ele tem mais de 800 páginas. Ou seja: a história demora mais para pegar o ritmo, mas, em compensação, a ‘ação’ dura muito mais e o mistério te enlouquece o livro inteiro! Isso, somado às muitas outras coisas surpreendentes que acontecem ao longo da história, te impedem de parar de ler.
A escrita da Libba está maravilhosa, assim como nos outros, e um pouco mais sombria. Gemma continua daquele jeito dela, mas ainda mais teimosa e cometendo os mesmos erros de sempre. Felicity me irritou até o fim do livro, quando ela finalmente se colocou ao lado da Gemma. Ann me surpreendeu, eu sempre fui meio indiferente a ela, mas depois de algumas atitudes dela, ela finalmente parou de ser invisível para mim.
E o Kartik? Ah, eu dei meu coração para ele nesse livro. Mesmo que eu sentisse vontade de espancar ele e a Gemma de vez em quando, eles finalmente demonstraram o que sentiam um pelo outro e de um jeito tão sutil que me fez achar o amor deles ainda mais bonito.
Essa é uma das coisas que deixou muitos fãs irritados; muita gente estava esperando uma cena tipo: “Eu te amo. Você é o amor da minha vida. Vamos fugir e viver felizes para sempre!”, mas não é bem assim. Se fosse assim, não seria um livro escrito pela Libba Bray e eu não teria achado tudo tão bonito.
Essa resenha já ficou grande demais e a última coisa que eu quero dizer é que outra coisa que me surpreendeu nesse livro foi o modo como ele brincou com as minhas emoções. Eu nunca senti tanta coisa lendo um livro antes e tenho certeza que só foi possível por conta dos personagens e da história que convencem completamente.
Dividido em cinco atos, The Sweet Far Thing fechou a trilogia com chave de ouro e deixou pessoas como eu querendo mais. Só é uma pena que não vá ter mais.