O Exército Furioso

O Exército Furioso Fred Vargas




Resenhas - O Exército Furioso


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Bruno T. 25/06/2016

Diferente e original, como sempre
São seis, até o momento, os livros da francesa Fred Vargas publicados pela Companhia das Letras. Em menos de dois meses, comprei e li todos, sendo que este "O exercito furioso" foi o último. Em comum, a presença do delegado Adamsberg e sua equipe, além da originalidade dos temas e uma certa bizarrice, normalmente associada a lendas medievais e a superstições ancestrais, especialidades acadêmicas da autora. Mas não há dúvida: Fred Vargas escreve muito bem, cria ótimos personagens e situações muito interessantes. Apesar do final (a meu ver) pouco convincente, Vargas consegue prender a atenção do leitor ao longo das quase 400 páginas do livro, alternando entre dois (quase três) casos diferentes investigados pelo aéreo delegado, que, sempre com base em suas intuições, consegue enxergar a verdade onde ninguém parece vê-la. Dos seis romances, só não gostei de "O homem dos círculos azuis", que achei fraco e recheado de diálogos chatos, mas gostei bastante dos demais. Enfim, mais uma boa autora européia de livros policiais, acompanhando os ótimos Camilleri e Carofiglio (italianos) e Indridason (islandês).
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CooltureNews 23/03/2014

Coolture News
Eu poderia traduzir todo o sentimento pelo livro em uma única frase: Não sabia que Adamsberg era tão incrível. Quando comecei a ler o livro, já sabia que Fred Vargas seria ótima, com uma história ótima e personagens ótimos. Mas não imaginava que Adamsberg poderia me surpreender e me fazer gostar ainda mais dele.

Este foi meu segundo livro da autora, e mesmo tendo uma grande distância de tempo entre “O Homem do Avesso” e ele, com algumas histórias entre si, pode muito bem ser lido sem que se tenha conhecido os livros anteriores, já que na produção do livro, foram inseridas notas que situam algumas informações que surgem e possam ser incompreensíveis para o leitor num primeiro momento.

Aqui, a principal diferença que senti foi que Adamsberg e sua equipe receberam um foco maior. E se o comissário já era meio estranho, espere até conhecer sua equipe, cada um deles com uma característica inusitada que o destaca do grupo, e com habilidades estranhamente aplicadas no mundo da investigação criminal.

Como sempre, temos uma lenda que dá o pontapé inicial da trama, e dessa vez, é a do Exército Furioso, que acreditem ou não, é uma história medieval muito conhecida por toda a Europa continental, e diz respeito a Estantiga de Hellequin ou em inglês, “Wild Hunt”. Agora, este estranho e decomposto Exército está assombrando a pequena cidade Ordebec e já começou com sua caçada.

Em Paris, Adamsberg está empenhado em duas investigações. A primeira diz respeito ao assassinato de um milionário que foi queimado vivo e cujo principal suspeito, não parece assim tão suspeito para o comissário. A outra se refere a uma aparente brincadeira de criança, mas cuja crueldade o leva a procurar o culpado quando se defronta com uma de suas pobres vitimas um pombo com as pernas amarradas.

É então quando surge uma amedrontada senhora cujas esperanças repousam na capacidade da policial de Paris, ou mais especificamente, no distraído comissário. Sua filha, Lina, viu o Exército e os seus mais novos arrebatados, e agora, pode estar correndo risco de morte, e somente Adamsberg pode ajudar.

Assim, com três investigações e várias confusões, o comissário conta com o apoio de seus subordinados, mais especificamente, Danglard (um alcoólatra e erudito), Veyrenc (recitador inveterado de poemas e citações) e Retancourt (a força moral e física da equipe), além de seu filho, Zerk, que apareceu recentemente em sua vida, e Momô Mecha – Curta, o suspeito do incêndio do milionário.

Boa parte da ação se passa em Ordebec, onde ele encontra personagens curiosos, excêntricos e supersticiosos: um conde das antigas, um chefe de policia que espera ser grandioso, uma simpática senhora que dá açúcar ao cachorro, um rapaz que fala ao contrário, outro que acha ser feito de argila, um que come insetos e uma moça atraente com seios fartos.

E como se lidar com tudo isso fosse pouco, Adamsberg precisa ter jogo de cintura o suficiente para lidar com os jogos de poder dentro da policial francesa e assim, evitar a sua demissão e de sua equipe.

Aí você pensa: muita coisa para um livro só. E pode até parecer no inicio, mas conforme a história avança, as coisas vão se encaixando em seus devidos lugares, dando às vezes a sensação de que tudo está relacionado, mesmo não estando.

Há espaço suficiente para as subtramas de desenvolverem satisfatoriamente, com direito a grandes reviravoltas e segredos sendo revelados. Isso se deve a maneira que a autora consegue equilibrar os acontecimentos numa linha geral de tempo, ao mesmo tempo em que empreende um ritmo constante, pois sempre há algo significativo acontecendo.

Durante a leitura temos contato uma narrativa leve, mas dessa vez, há muito mais ironia presente, mesclada com situações engraçadas, que deixam o ambiente agradável, mesmo com as mortes acontecendo. E é isso que mais me agrada na Vargas, saber o momento certo de colocar algo engraçado ou dramático na trama.

Ela leva isso ao ponto de construir seus personagens baseados em uma característica “negativa” e uma “positiva” e a partir daí, fazê-lo ser cativante e compreensível para o leitor. Portanto, temos personagens em que numa hora estão em seu momento dramático e logo depois, nos faz soltar aquele sorriso maroto e pensar: é, eu te entendo.

Além disso, a profundidade com que a autora retrata tanto a sociedade supersticiosa de Oderbech, como o cinismo de uma rica família parisiense, junto com a apresentação da lenda que dá nome ao livro, e a paisagem idílica que os rodeia, fazem o ambiente perfeito para tudo se desenrolar e surpreender.

Poxa, é muita coisa! E o ruim mesmo foi ver o final chegando e não conseguir deixar para depois. Este livro te prende e não te larga fácil, não que você vá querer isso, mas é sempre bom avisar.

A última coisa que posso dizer é: quero os outros livros!
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Fátima Lopes 12/05/2013

Saboroso
Ler este livro foi como saborear um chocolate fino, apreciando cada pedaço. O personagem Adamsberg e seus comandados são únicos, muito diferentes dos policiais "tradicionais" e a autora consegue elaborar com maestria um enredo onde mescla os crimes investigados com lendas do folclore francês . Só não dou a quinta estrela por ter descoberto quem era o assassino ainda no meio da trama.
Beth 24/07/2014minha estante
Exatamente, Fátima. Os personagens de Fred Vargas são humanos, inteligentes, divertidos, são surpreendentes! Já li todos os publicados no Brasil e adorei.




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