A Identidade

A Identidade Milan Kundera




Resenhas - A Identidade


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larið 27/02/2024

Já tinha tempos que um livro não me prendia assim, me tirou da minha ressaca literária. Muito interessante os pensamentos e observações que Kundera faz, ele fala de tabus de forma muito leve e de fácil identificação, esse livro tem muitas frases para se anotar, recomendo.
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Mariele.Pattini 12/12/2023

Um triplex na cabeça
Gostei bastante dessa experiência de leitura.
No entanto, me sentindo um pouco perdida na narrativa dos personagens. Para me organizar, grifava em cores diferentes o que se referia a Chantal e o que se era de Jean Marc.
Apesar da relação dos dois, o livro fala muito mais do que um relacionamento amoroso. Fala sobre as fantasias, o desejar, a expectativa frustrada do outro, que ao mesmo tempo que se demonstra tão intimo, se apresenta como um desconhecido.
Falando em expectativas, eu esperava um outro final para esse livro e por isso essa nota kkkkk.
Estou ansiosa para ver quais foram as impressões e as interpretações dessa leitura das pessoas do grupo de leitura.
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Sander.Garcia 27/10/2023

Kundera, um mago no uso das palavras e reflexões
Rubem Alves tinha me deixado assim.. e agora, Milan Kundera entra na minha vida de leitor arrastando um mundo de sentimentos, pensamentos e sonhos.

Com uma elegância incrível, o autor nos permite acessar a intimidade dos personagens, sem que isso nos desconforte. Achei isso bem interessante.

A crise de identidade é de Chantal, uma mulher que se separou do primeiro marido após a morte de seu filho. Depois, encontra Jean Marc e vive com ele o que pensou ser a plenitude de um relacionamento amoroso.

Mas, uma frase que ela solta sem pensar desperta nele uma curiosidade inevitável, provocando muitos questionamentos e, até, ciúmes.

Enquanto guarda para si sua crise existencial, Chantal começa a receber cartas de um admirador secreto, que desperta nela o frescor das sensações de uma mulher que se sente desejada.

Os diálogos são dignos das mais lindas molduras. Fiquei encantado e também pensativo.

O final? Ah, o final reserva uma onda de possibilidades. Descubra.

Leitura mais do que recomendável!
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Joy 30/09/2023

Um casal. Duas pessoas que precisam lidar com os próprios fantasmas, receios e a passagem do tempo. Falta de comunicação. Esse foi o primeiro contato que tive com a escrita de Milan Kundera e a experiência não me desagradou, porém foi um pouco incômoda. Uma parte minha queria que Chantal e Jean Marc pudessem conversar verdadeiramente, mas eles sempre se perdiam nas próprias suposições. Talvez isso tenha me incomodado por ser real, por acontecer com todos em algum momento. As pessoas sentem e pensam de formas diferentes, se desencontram mesmo quando se amam e então, o que fazer?
O final do livro me pareceu um tanto corrido, não frenético. Corrido. Gosto de imaginar como as coisas se desenrolaram, mas preferia que o narrador tivesse fornecido um pouco mais de informações sobre como eles se reencontraram e já que não o fez, não posso evitar me perguntar, será que eles realmente se reencontraram? Será que o amor continuou?
No geral, achei esse livro interessante, porém senti falta desses detalhes.
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Kelly tirelli 19/07/2023

A identidade
Chantal é uma mulher que se vê em um determinado momento da vida e pensa que nenhum homem mais a olhará. Uma profissional bem remunerada, em um relacionamento amoroso com Jean Marc. Antes de Jean, foi casada e chegou a ter um filho - que veio a falecer - e o livro traz também o que essa perda significou para ela, diante de tantas expectativas que eram impostas sobre maternidade. Nesse livro acompanhamos Chantal em sua crise de identidade, de autoestima e suas inseguranças. Ao contar para o marido a sensação que teve de que nenhum homem mais a olhará, o mesmo se sentiu angustiado e teve uma ideia um tanto mirabolante para ajudar a amada. A partir dessa ideia, o casal começa a lidar com diversas questões que envolve um relacionamento, discussões, compreensão, amor, aceitação, companheirismo, diálogo ou falta dele. O final foi o mais interessante, onde eu comecei a questionar a realidade colocada ali e fui me surpreendendo com o desenrolar.
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J^! 11/05/2023

Sensacional!
Uma coleção de questionamentos/pensamentos/reflexões que foram ficcionalizados da forma mais simples e complexa possíveis.
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bardo 01/04/2023

Ler Kundera costuma ser sempre um prazer, são poucos os escritores que conseguem dizer tanto com tão poucos elementos e enredos relativamente simples. Por meio de seu apreço em maximizar algum pequeno ato, quase nos remetendo a uma epifania, o autor aqui nos conduz por uma dramédia com matizes de um pesadelo.
De um comentário aparentemente frívolo de Chantal e da absoluta incompreensão de Jean-Marc somos enredados numa trama onde o autor brinca com a ideia de masculino e feminino e com a absoluta incompreensão entre os gêneros. Porém, os gêneros aqui ou antes os papeis “atribuídos” a eles estão trocados.
Se por um lado Chantal se vê as voltas com uma condição marcadamente feminina (condição essa nunca nomeada, mas insinuada pelo autor) suas atitudes remetem a um pretenso ideal masculino da ação. Jean-Marc por outro lado é o frágil da relação, ao mesmo tempo que tenta, em vão colocar-se no papel de protetor, com consequências desastrosas.
É preciso ter em mente de que é um livro de 1997, é preciso paciência com o autor para ideias que hoje talvez consideremos “ultrapassadas”. Entretanto, basta um passeio rápido pelos discursos nas redes, para perceber que a despeito de nos acharmos muito evoluídos diversos preconceitos e papéis de gênero ainda são esperados.
Através desses elementos Kundera nos guia numa “comédia dos erros” que vai se tornando cada vez mais claustrofóbica para nós leitores. Como temos acesso aos pensamentos mais íntimos dos personagens, sua incapacidade de comunicação e mesmo de se conhecer a si mesmos nos é desesperadora. Aos poucos a identidade e mesmo a realidade vai tomando contornos imprevisíveis, culminando num final inesperado e ligeiramente indeterminado.
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Elis 30/12/2022

Real ou sonho?
Relacionamentos fluidos, indecisão do que é real ou sonho, um livro com uma marca bem nítida da forma de escrita do Milan Kundera. A personagem Chantal percebe que os homens não olham mais para ela com tanta admiração e embarca em um mundo de pensamentos, ideias, aventuras e alucinações. Muito bom.
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Bárbara 24/07/2022

Interessante
Em alguns momentos repente a questões presentes em A Insustentável Leveza do Ser (meu favorito do autor). É pequeno, interessante e nos leva a pensar no que é real ou sonho.
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Litchas 03/02/2022

Milan sempre me surpreende. A noção de identidade, como os sonhos se formam, o que está em jogo no amor. Muito bom!
Carlos Patricio 14/04/2022minha estante
To lendo A lentidão. Fantástico.




elske 07/01/2022

Um livro curto e bem escrito
Um livro curto e bem escrito. Cada parágrafo é construído com cuidado e fineza. É uma espécie de drama conjugal entre dois adultos. A história brinca com a fronteira entre a realidade e o sonho e faz com que os desejos escondidos dos personagens venham à tona. Chantal é uma personagem muito mais interessante que Jean-Marc. O final é talvez um pouco decepcionante. Primeiro livro do Milan Kundera que leio e gostei bastante.
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Lisa 05/12/2021

A Insustentável falta de sabor
Que homem chato é o Milan Kundera, me lembra o Raskolnikov do Dostoievski. O Rodia que se acha um ser superior, um grande pensador que se sobressai sobre todos os outros, que possui profundidade quando na verdade é tão raso, chato e ordinário no sentido mais básico da palavra quanto o ser inferior que despreza. Não há nada de original em sua prosa,não entendo o apelo. Seus questionamentos são interessantes, mas não saem da superfície, não se desenvolvem e se tornam insignificantes. Sua prosa psicanalítica não é nova, é rasa, genérica, insossa, e embora não seja fã da mesma, pode ser usada com maestria na literatura tal como o fez o Zweig e Schnitzler.
Sua construção de personagem é fraca, sempre o mesmo tipo de homens e mulheres imaturos, dependentes emocionais, irresponsáveis afetivos, com visões de grandeza de um self distorcido, afogando-se num mar que mais é uma poça. Em A Identidade Chantal e Jean Marc tem um fio potencial de construção de personagem que não é alimentada, quase como se o Kundera não fosse capaz de fazer nada além de tocar o pé na agua.
Seu conceito é ainda básico e tedioso, um erotismo velho e decadente. Ora erotiza a tudo com glamour, ora erotiza de um feto a um bocejo. Repelindo ou exaltando-a, ostenta como carro-chefe em suas histórias e isso não é uma critica, em seu caso contudo, tampouco é um elogio. E ainda que a demanda vivida pelos seus personagens sejam reais e relacionaveis, a superficialidade a torna esquecível, irrelevante, a atenção durando o tempo do virar de uma página, sendo obliterada após fechado o livro. Tal como aquele sujeito que para do seu lado no ônibus ou na fila do banco, narra toda sua miscelânea de problema, você não se interessa, não se compadece, não se importa, mas não há nada que possa fazer a não ser ouvir e então esquecer.
Sim, eu não admiro o autor. Mas é o Milan Kundera ruim? Não, acho o insosso até pra isso. Na conjuntura do escrever, ele o consegue fazer, mas lhe falta algo, para mim. Não me inspira ódio, nem piedade, menos ainda empolgação e esse pra mim é o seu crime. Uma leitura que não me toca em nada. É puramente irrisória. Eu posso lidar com o odio, afinal esse também é uma paixão, mas me desculpem, nunca com o insípido.
Alê | @alexandrejjr 15/04/2022minha estante
Lisa, o desejo, o sonho, o limite entre realidade e irrealidade, o erotismo (sempre exagerado, de acordo) e a questão da identidade que estampa a capa não te despertaram nenhuma reflexão após a leitura?


Lisa 15/04/2022minha estante
Como eu disse Alê, ele levanta demandas reais e relacionáveis, ou seja, que a maioria consegue se ver, mas sempre limitadas a níveis superficiais. Ele poderia ir longe e raramente o vai. A mim não me agrada msm. ??


Alê | @alexandrejjr 15/04/2022minha estante
Pois é, eu li ela todinha - muito bem escrita, aliás -, mas não consigo achar na tua resenha o que torna o livro "superficial". A maneira como ele trata o ciúme e o desejo através da personagem Jean-Marc é fantástica! Por quê? Justamente porque ele mostra esse essa necessidade grotesca da maioria dos homens de "possuir" uma mulher, que é uma crítica explícita do livro a esse comportamento, inclusive. E mais: o conteúdo das cartas, o jogo de perseguição que Jean-Marc faz com Chantal não poderia ser mais atual num mundo pós-revelações do Me Too. Na resenha que eu fiz lá no longínquo 2020, eu até relaciono essa novela do Kundera a um filme do Stanley Kubrick chamado "De olhos bem fechados". Já visse? Acho que as duas obras conversam bem e se completam, de certa maneira. Bom, sei que o estilo do Kundera não agrada todo mundo - como todo o livro, claro - e que hoje em dia ele está "ultrapassado", digamos assim, mas não consigo achar esse um livro "insosso". É um livro de camadas. É o livro melhor executado dele? Definitivamente não, mas não acho ele desprezível também. Enfim, Lisa, como gostei de ver uma opinião diferente sobre o livro, quis abrir uma discussão franca sobre as nossas diferentes experiências (uma das belezas da literatura!!) e espero não ser mal interpretado! ?


Lisa 16/04/2022minha estante
Sem riscos de ser mal interpretado aqui, Alê. Essa é a coisa com a arte, não é mesmo?! Cada um lê e a sente de maneiras diferentes, eis a beleza, nunca brigarei por isso. Fico feliz que tenha sido uma experiência boa para você. E concordo com as camadas e pontos que você traz, mas as obras do Kundera não *me* tocam mesmo (esse foi o terceiro que li dele, todos enfrento o mesmo dilema), acho o insosso, mas felizmente tem sabor pra vc e tantos outros. ?




Lilica Britto 06/08/2021

Surpreendente
Milan Kundera surpreende com essa leitura que por detrás de um romance tão profundo e verdadeiro entre Chantal e Jean Marc vem os pensamentos de medos, fantasias, desejos e nostalgias. Mais uma leitura para uma reflexão pessoal.
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