Su 27/05/2016
Esse é o terceiro livro da série Cabeça de vento.
Em/Nikki, Steven e a Sra. Howard se encontram em uma situação bastante peculiar. Todos eles foram, de certa forma, sequestrados por Brandon Stark. Apenas Nikki está lá por livre e espontânea vontade, pois está tentando reconquistar Brandon. Ele, por sua vez, está tentando ganhar a sua confiança para que ela lhe conte qual o segredo de Robert Stark foi responsável por sua morte, tendo em vista ocupar o lugar de seu pai.
Até então, Em/Nikki estava tendo que fingir ter reatado o namoro com Brandon. Isso, até Christopher aparecer uma noite em seu quarto querendo resgatá-la. Em/Nikki não aceita ir com ele, pois acredita que não poderia deixar a família Howard para trás.
No outro dia pela manhã, Em/Nikki leva um susto ao ver a sua irmã caçula, Frida, servindo o café da manhã. Porém, Frida não está sozinha, Lulu também está lá fingindo ser chef de cozinha. Elas foram até a casa de Brandon para resgatar todos eles. A questão é se Nikki aceitará ser resgata e se ela revelará o segredo de Robert Stark.
Sendo bem sincera, o primeiro livro foi bom, o segundo mediano e o terceiro foi decepcionante. Antes de qualquer coisa, devo dizer que não consegui compreender até agora o motivo da Em ter se apegado tanto ao corpo da Nikki a ponto de não querer devolvê-lo a sua real dona. Claro que a cirurgia seria arriscada e as duas poderiam até mesmo morrer. Mas, esse não é o real motivo que a fez se sentir tão apegada aquele corpo. A sua real motivação foi o fato de Christopher apreciar bastante o corpo da Nikki. Outra coisa bem chata nesse livro é o casal principal. Não consegui gostar da forma como esse romance se desenvolveu. Não posso me esquecer que o final deixou muito a desejar. Até pelo fato da Emmerson ser a última a desvendar o segredo por trás daquela confusão toda.
“— O que eu quero — disse Nikki, com a voz mais nojenta que já ouvi na vida, e isso inclui a vez em que Whitney Robertson me perguntou se eu já ouvira falar em condicionador — é o meu antigo corpo de volta.
Assustada, olhei para o corpo sobre o qual a Nikki estava falando. O corpo dela. O corpo no qual eu acordei muitos meses atrás, muito confusa. Onde tive de me acostumar a me ver, a andar, a viver. O corpo que havia me causado tanta dor, mágoa e espanto enquanto tentava me acostumar a ele.
O corpo que eu havia odiado, contra o qual havia protestado, recusando-me a acreditar que agora era meu; o corpo que eu havia amaldiçoado.
O corpo que convictamente tinha arruinado a minha vida.
E depois, o corpo com o qual eu havia experimentado tantas risadas fazendo guerras de chantilly com Lulu na cozinha. Com o qual fiquei maravilhada quando vi o que ele poderia fazer em uma esteira, experimentando correr de verdade pela primeira vez na minha vida (eu com certeza nunca tinha me exercitado no meu antigo corpo, principalmente na aula de Educação Física… exceto para tentar me esquivar das bolas que Whitney Robertson cravava na minha cabeça nos jogos de vôlei).
E, finalmente, a alegria, enquanto eu deitava sob Chistopher e sentia sua boca se movimentando sobre os meus lábios, o coração dele batendo de encontro ao meu.
Então percebi com um choque, como quando senti a água fria do mar ao cair do penhasco, que eu não estava abandonando este corpo.
Não mesmo.
Talvez o tenha odiado algumas vezes; posso até ter desejado minha antiga vida de volta.
Mas essa era a minha vida nova. A única vida que eu tinha.
Eu não ia desistir dela.”
“Com licença, mas eu tenho problemas em confiar nele? Não estou dizendo que sou perfeita. Não estou dizendo que não existe a possibilidade, uma pequena possibilidade, de
que as palavras de Christopher sejam parcialmente verdadeiras.
Talvez eu tivesse dificuldades em dividir com outras pessoas, ou de permiti-las me conhecer melhor, ou me ajudar, ou qualquer coisa.
Mas Christopher achava que eu era a única com problemas? Ah, isso era engraçado. Era simplesmente hilário, vindo de um garoto que tinha um scanner de códigos no bolso.
E tudo bem, Christopher tinha passado por poucas e boas para me resgatar.
Mas eu fui resgatada? Hum, a resposta para essa pergunta é não.
Mas eu disse a mim mesma que não me importava mais. Não agora que o HomemAranha de uniforme negro tinha tomado o lugar do meu ex-doce namorado.
Mesmo que ele só tenha sido meu namorado por uns dois minutos no total.
Por que eu simplesmente não contei ao Christopher na noite passada que a Nikki tinha exigido seu antigo corpo de volta em troca de contar ao Brandon qual era o seu segredo?
Não que fosse necessariamente fazer qualquer diferença para ele. Provavelmente não teria feito, considerando o quanto ele me odiava. O que talvez tenha sido a razão do porquê eu não ter contado a ele. Uma garota precisava ter algum orgulho. Quero dizer, eu não queria que ele me aceitasse de volta por pena, ou algo assim. Nada seria mais repugnante do que isso.”
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