Bloodchild

Bloodchild Octavia E. Butler




Resenhas - Bloodchild


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Fernando Lafaiete 18/04/2018

Bloodchild: Um conto esquisito do início ao fim!
***NÃO possui spoiler***

Depois de ver o hype que surgiu em cima de Kindred: Laços de Sangue, decidi que não conheceria Octavia E. Butler por este aclamado romance. Escolhi o premiado conto Bloodchild para iniciar minha jornada pelas estórias desta fabulosa escritora. A escrita dela é muito boa e já percebi que a imaginação também.

A ficção científica retratada por Butler tem como foco um grupo de terráqueos que resolvem sair da terra em busca de um novo lugar para viver. Este grupo acaba encontrando um mundo intitulado Tlic, habitado por uma raça alienígena que possui aparência de insetos gigantes e que está à beira da extinção. Para se salvarem, após um período de conflitos entre as raças, fica decidido que cada humano de uma família, deverá ser oferecido como hospedeiro dos óvulos deste aliens em troca de um lugar para viver. Não importa se é homem ou mulher, todos podem ficar “grávidos”.

O protagonista deste conto é Gan, um humano pertencente de uma alienígena, que se vê ajudando em um parto, onde a vida de um rapaz se encontra em risco após ser detectado que seu corpo corre o risco de ser devorado pelas larvas que lhe foram implantadas.

A ideia do conto é interessante, mas a narrativa é confusa. Demorei um tempo para entender o que estava acontecendo. Os personagens são planos demais e o desenvolvimento me foi pouco imersivo. Esta estória tinha potencial para ser muito mais do que apenas um conto e acredito que desta forma a autora poderia ter trabalhado melhor alguns aspectos.

Senti falta de conhecer melhor esta raça alienígena, seu sistema hierárquico, descrições mais detalhadas do mundo e explicações mais convincentes. Como se deu a chegada dos humanos e como foi a descoberta de uma raça em relação à outra?

O conto não é ruim, ele é bem escrito e é realmente interessante. Existe alguns questionamentos sobre o que significa os humanos neste mundo. Seriam eles apenas bolsas reprodutoras?

A questão é: A autora peca nas descrições dos seres e eu só me liguei que eram insetos gigantes devido a escolha de uma palavra em inglês que é aplicada apenas quando se está falando de insetos. Acredito que se esta estória não for muito bem traduzida quando for publicada, ficará confusa e isto atrapalhará bastante o entendimento dos leitores. As descrições na hora da implantação das larvas (tipo uma relação sexual) é esquisita também e me incomodei com isso. Me pareceu muito mais como um estupro, devido ao sentimento de dor, desconforto e medo que antecede e permanece durante este processo.

No mais, gostei da experiência e indico. Apenas esperava MUITO mais de um conto vencedor de prêmios como Hugo Award e Nebula Award. Me entreteve e serviu para eu conhecer a escrita desta autora tão elogiada e amada.
Ari Phanie 18/04/2018minha estante
Qro ler esse ano ainda. N vou ler a resenha pq n qro saber nada dele. Qnts estrelas valeu?


Fernando Lafaiete 18/04/2018minha estante
Dei 3 estrelas amiga... Curti mas não achei tudo isso. Esperava muito mais. :/


Ari Phanie 18/04/2018minha estante
Vixe...




Andrea 14/03/2021

Normalmente, eu não resenho contos; eles são tão curtinhos que a minha impressão é sempre "faltou páginas!!", mas resolvi abrir a exceção aqui porque esse é tão perturbador que até agora não consegui assimilar o que li.

Eu já terminei a narrativa meio confusa, aí fui ler a nota da autora comentando sobre o que algumas pessoas achavam que era a história e fiquei mais desconcertada ainda.


SPOILERS À FRENTE LEIA POR SUA CONTA E RISCO

Até faz sentido acharem que é sobre escravidão e tal, mas ela considerar um tipo de romance [romântico]??? Meu deus, fiquei chocada. Mais chocada ainda porque se você fizer pequenas alterações, alguns detalhes, realmente parece um relacionamento hétero comum!? E isso é muito assustador??? Pra finalizar, a Octavia ainda me vem com a história da mosca e puta merda, sabe, não precisava de mais horror. (A parte do homem grávido achei de boa, inclusive prefiro.)

FIM DOS SPOILERS


Resumindo: achei sensacional, terrorzão que faz matutar. Quero ler outras coisas da autora porque fiquei curiosíssima com essa mente perturbada!

[Período de leitura: 10/03/2021]
Euflauzino 15/03/2021minha estante
o único livro que li desta autora "kindred" me impressionou demais. quero ler mais alguns livros dela.


Andrea 25/03/2021minha estante
Já li vários elogios aos livros dela, inclusive o "A Parábola do Semeador" está na minha listinha de desejados. (Vi a indicação em um vídeo nada a ver com leituras, hahaha. Na verdade, a pessoa falava sobre escrever diários e parece que essa história é contada pelos diários da personagem...)

A sinopse de Kindred me dá muita aflição, não sei se conseguiria ler.




Lulu 15/02/2022

Wow
Terminei e fiquei: WTF ter a explicação da autora no final ajudou a entender melhor a história. A leitura é super rapidinha.
Rafael Kerr 15/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




julia 11/06/2020

Eu fui ler esse conto com altas expectativas, porque eu já tinha lido outro livro da Octavia Butler (Kindred) que eu também peguei com altas expectativa que foram sumariamente superadas. E, bem, preciso admitir que aconteceu a mesma coisa de novo. Eu estou profundamente abalada e maravilhada.

Esse livro está (estava?) de graça na Amazon e eu corri para baixar assim que apareceu nas sugestões depois de ter comprado um outro ebook. Como eu percebi recentemente que leio muito menos ficção científica do que eu gostaria, passei ele pro topo da minha lista mesmo sem ter ideia do que se tratava. Só de ver a sinopse logo antes de começar já saquei que o negócio ia ser bom. E foi melhor ainda!!!! É uma história tão disparatada que só podia tar certo com uma autora maravilhosa que nem essa.

O texto é absolutamente impecável. Eu raramente leio um conto que eu gosto e saio satisfeita com o final: sempre me deixa um gosto de quero mais, sentindo que algum ponto do enredo ou da construção do universo ficou meio solto. Nesse caso, eu achei perfeito. Obviamente, um universo como aquele poderia ser explorado infinitamente, mas funcionou do jeito que ficou. Tudo é minimamente explicado e o que não é explorado não deixa um buraco na narrativa. A gente sabe o que a gente precisa saber para aquela história fazer sentido.

Outra coisa que eu tendo a não gostar muito: descrições muito gráficas de cenas violentas ou sangrentas. Mas, de novo, a Octavia Butler FEZ DAR CERTO. A intenção era a aflição e funcionou perfeitamente.

E os temas desse conto são inúmeros. Me chamou a atenção que a autora, na nota ao fim do livro, já fala logo de cara que não entende porque as pessoas insistem em dizer que aquela é uma história sobre escravidão. Eu acho que tem vários elementos que justificam sim essa interpretação, eu mesma ficava pensando nisso durante a leitura. Mas ver ela dispensar isso tão plenamente e ainda afirmar que via o conto como uma espécie de história de amor me fez pensar.

Gan tem medo de carregar os ovos da T'Gatoi, mas ao mesmo tempo ele faz uma escolha no final. As outras opções eram péssimas, mas elas existiam. Ele sente carinho, compaixão, amor por uma alienígena que exerce um poder muito concreto sobre ele e a família dele. Ao mesmo tempo, ele e os outros humanos ganham benefícios também muito concretos com essa relação: os ovos que ampliam o tempo de vida, um planeta para viver, ter uma família para si. Sem uma relação harmoniosa entre todos, as duas espécies seriam extintas. Então, será que esse amor que Gan sente é necessariamente impossível? Será que é possível para T'Gatoi vê-lo como algo além de um mero carregador de ovos?

Reformulando a questão: uma vez que se admite que há uma assimetria intransponível em uma relação, o sentimento entre esses dois seres deixa de ser real? E se o domínio não fosse de alienígenas sobre humanos, mas, por exemplo, de homens sobre mulheres? É possível amar o próprio opressor?

Sei lá, acho que é muito fácil descartar o diálogo final entre o Gan e a T'Gatoi como um caso de Síndrome de Estocolmo. Para mim, me parece ser mais complexo do que isso. Porque às vezes, como uma mulher heterossexual, eu também me sinto em uma situação inescapável, em que nenhuma das opções também não me parecem lá muito boas: se eu me apaixono por um homem, o meu sentimento deixa de ser real por estar apoiado numa estrutura de opressão? O amor entre os personagens do conto não é romântico, isso fica claro, mas eu não consegui deixar de ver um paralelo ali. E, talvez ironicamente, o fato dela ter trocado os gêneros (é o homem que carrega os filhos da fêmea) só reforçou essa minha leitura com um enfoque maior nessas questões. É como se a história falasse: a questão não é o gênero em si, mas a relação de poder estabelecida a partir dos corpos.

Ao mesmo tempo, também não consegui deixar de ver um paralelo entre os vermes corroendo o corpo do humanos para a sobrevivência da espécie Tlic e os colonizadores correndo as terras colonizadas para a sobrevivência do sistema capitalista.

E devem ter um milhão de outras leituras possíveis. Porque uma boa história é isso, não é mesmo? Vou ficar séculos pensando nas diferentes maneiras de interpretar todas as possibilidades desse texto, mesmo quando a autora explica exatamente o que ela tinha pensado (aparentemente, era sobre insetos que colocam larvas ao picarem humanos nas florestas tropicais da América Latina).

Leia esse conto, por favor, mas leia durante o dia. Eu li à noite e quase não consegui dormir.
Conta o livro 16/06/2020minha estante
ótima resenha. parabéns.




wall 13/03/2018

O futuro do sci fi é afrofuturista
Um conto sobre controle, decisões e amor. É o respiro de inovação que as histórias de sci fi precisam.

site: Http://instagram.com/wallrandal
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Andrey 28/04/2018

SURPREENDIDO POR UM CONTO
Nas férias, eu aproveitei pra ler o conto Bloodchild – que ainda não tem tradução pro português – da Octavia E. Butler, também autora de "Kindred – Laços de Sangue", publicado ano passado pela Editora Morro Branco. Esse mês decidi vir aqui compartilhar minhas impressões com vocês, pois, apesar de ter apenas 31 páginas, foi uma leitura interessante e com um final surpreendente.

Trata-se de uma ficção cientifica na qual seres humanos passam a viver, num outro planeta, juntamente à uma raça alienígena chamada Tlic, que está a beira da extinção. Os Tlics encontram, após um tempo, a solução de implantar suas larvas reprodutoras nos corpos dos humanos, e assim começa uma relação de mutualismo.

Em Bloodchild, temos a experiência de ir descobrindo e entendendo o contexto em que a trama se situa de acordo com o avanço da leitura, e eu particularmente gostei muito disto, da forma como a autora não dá tudo de mão beijada aos leitores.

Apesar de ter começado sem saber nada sobre a história, nem conhecer a escritora, ao término da leitura eu fiquei impactado pela genialidade de Octavia por conseguir contar, em poucas páginas, uma história que trás tanta reflexão. Bloodchild é um conto sobre amor, relação de poder, simbiose, e, o mais importante, escolhas que são divisores de águas nas vidas das personagens.

site: https://www.instagram.com/dreybooks/
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Fernanda 18/02/2019

Peculiar...
O final decididamente me surpreendeu. Como a autora vai nos dando os elementos da história conforme vão acontecendo, foi difícil entender o que ocorrendo no início e passei metade da leitura sem entender nada e achando tudo muito estranho. Em resumo é estranho, é assunto a se pensar e, na verdade, só entendi melhor o que se tratava quando li o que levou a autora a escrever e o que ela pensava disso. Textinho do final do conto. É muito estranho sim, credo em cruz de um dia acontecer conosco mas que escrita ótima? Adorei. Quando terminei o conto, reli todo ele de novo e a experiência foi outra.
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Markarroni 17/06/2019

Uma desconfortável e agonizante análise do que significa a resignação da coabitação humano-alien, através de uma nova e temporária simbiose
Numa pesquisa rápida pela biografia da autora, fiquei sabendo que ela faleceu em 2006, aos 56 anos, vítima de um AVC. Fiquei chateadíssimo sobre o quão cedo ela partiu e o quanto de obras ilustres ainda poderíamos receber dela.

Bloodchild ganhou 4 prêmios de Melhor Noveleta entre 1984 e 1985: Nebula, Locus, Hugo e Science Fiction Chronicle Award. E é incrível como ela conseguiu criar um enredo tão rico em apenas 31 páginas. (Aprendam, autores!)

Você sabe que algo significativo, e provavelmente ruim, acontecerá, mas a princípio, é uma cena doméstica bastante agradável. O mistério e os tabus vão aparecendo aos poucos, mas mesmo assim a história não deixa de ser visceral, estranha, assustadora, fascinante e envolvente.

❝My last night of childhood began with a visit home.❞

Bloodchild é tão bem construído que não é de surpreender que tenha permanecido seu conto mais popular. Eu quero ler mais da autora, incluindo Kindred.

Apesar dos elementos de exploração e relações de gênero, a história não é excessivamente política ou moralizadora. Butler canalizou tudo para o confronto de uma forma que faz você saber que ela precisava desses elementos em sua história, em vez de adicioná-los só pra preencher a história.

Uma história de amadurecimento, adoção, família, sacrifício, simbiose, amor improvável, impregnação e nascimento, num contexto de refugiados escravizados, e tudo isso desafia nossas suposições primitivas sobre gênero.

site: https://www.instagram.com/leitor.nerd/
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Rafa_9000 09/07/2019

Um dos melhores contos da atualidade?(Contem SPOILER)
Tenho que admitir que a tempos uma leitura não me prendia tanto quanto esse conto, li do inicio ao fim em uma tacada só e sem parar. Apesar de não ser totalmente original a idéia por tras dele(parasitos alienigenas que crescem no corpo humano) a forma como a idéia é desenvolvida, escrita e pensada é genial! A autora realmente escreve muito bem prendendo o leitor durante a curta jornada que acompanhamos de Gan e sua amiga alienigena(ou deveria dizer amante?) T'Gatoi, a autora aborda e reflete com maestria sobre questões em um curto espaço de tempo oque me deixou realmente impressionado, temas como oque é escravidão, amor, gravidez, relação entre espécies( fazendo um paralelo com nosso o mundo eu diria entre raças ou culturas ), etc...A autora realmente me deixou com um gosto de quero mais na boca, de descobrir mais sobre esse mundo, sobre as pessoas que escolheram viver nesse mundo, sobre os Tcli, é um universo que tem um puta potencial em minha opinião.
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Rauta 19/04/2024

Nunca pensei que gostaria de quase vomitar
Primeiro contato com a autora e não poderia ter sido melhor!

completamente expressiva, de dar agonia lendo e querer parar mas não parar ao mesmo tempo... faz sentido?

foi uma ótima experiência, apesar do inglês ter me sido um pouco difícil, mas nada impossível! a construção de universo e caracterização dos personagens foi extremamente bem feita e tudo casou e terminou de uma maneira incrível. as explicações fa própria autora sobre a inspiração do conto nos trás uma visão ainda mais diferente e nos daz refletir. vontade de reler e enxergar tudo o que ela quis passar!!!

só n foi 5 estrelas pela questão do inglês ter me sido um pouco pegado mesmo, mas isso é mais comigo do que com a obra, creio eu.
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Bruna.Schleder 13/02/2020

Não sei o que dizer desse conto, ainda impactada com a história.
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Adrya.Ribeiro 14/02/2020

Certeza que a autora publicou esse conto para testar as águas para a série Xenogenese. Vários pontos foram bem parecidos, questionamentos que me apareceram ao ler o primeiro livro, apareceu por aqui também. Gostei do conto, mesmo achando ainda todo o processo metafórico para a escravidão.
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Celi Gomes 01/03/2020

Não imaginava que fosse assim, mas é extremamente bem pensado e escrito então apesar de achar meio "nojento", adorei!
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Renan 14/03/2020

Bastante confuso. Talvez se eu tivesse lido a sinopse antes de ler o livro, nem tivesse me arriscado na leitura. Nojento e estranho, até aí tudo bem, mas não peguei o conceito. :(
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