Guliver 06/11/2013Uma história com vários filmes ou um filme com várias históriasArtur Afonso do Céu disse à sua mãe que queria ser um filme; não um personagem; não um diretor; um filme. Cresceu apaixonado pela sétima arte, mas acabou formando-se em medicina para agradar seu pai, embora não apresentasse a menor vocação. No dia de sua festa de formatura, vislumbra a foto de um cinema que o deixa maravilhado, e com um desejo incontido de encontra-lo. Num rompante, esquece-se de tudo, pega um ônibus e parte em sua jornada em busca daquele edifício desconhecido.
Em O Menino Que Só Assistia (Giz Editorial, 212 páginas), o autor Roberto Marcelo leva seu personagem a vários cantos do Brasil no que eu posso chamar de uma pequena odisseia. Artur enfrenta necessidades, desafios e perigos. Em cada lugar que vai conhece novas histórias e seus atores que, positiva ou negativamente, passam a fazer diferença no enredo de sua vida.
Confesso que não consegui entender o ímpeto do protagonista, nem que sua motivação seria forte o suficiente para abandonar tudo sem olhar para trás (incluindo uma mãe amorosa). Mesmo porque há meios mais racionais e bem menos arriscados de se fazer isso. Vieram à minha lembrança as heroínas do Romantismo, onde predominava a emoção além da razão. Foi nesse ponto que Artur deixou de conquistar minha empatia.
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