Beatriz 14/03/2023Um Retrato Fiel da Falta que Um Pai FazEsse foi o livro novo de março, o li bem rápido, as letras são grandes e a história te prende, você quer saber quem é o pai dela. A escrita é fluída e atual, sem palavras complicadas e com o sotaque gaúcho, além de falar sobre falta do pai, também fala sobre traição entre amigos e família no geral.
A história de Cibele faz qualquer um que não teve pai ou que conhece alguém que não teve se identificar com a vergonha, a carência, a decisão de não repetir com os filhos os erros que a levaram aquela situação.
Cibele não apenas não teve pai como teve uma mãe ausente, sendo criada pelos avós e pela tia, como ela mesmo fala eles não assumiram realmente o papel de pais delas, só o interpretavam de vez em quando. Desde pequena queria poder falar "pai" com tudo o que essa palavra podia significar, mas nunca foi entendida quanto a isso.
O livro fala muito do poder das palavras e do que elas representam, eu, particularmente, acredito muito nesse poder, nessa essência que cada palavra carrega que pode ser boa ou má. Cibele não queria apenas dizer "pai", queria ter um pai, talvez não seja sua realidade, mas é só trocar essa por qualquer outra palavra. Talvez seja felicidade, amor, mãe, filho, família, sucesso, não importa a palavra como o autor eu acredito que cada um tem sua palavra não dita e o direito de conseguir fala-la com todo o significado que ele atribui a ela.
Parte Favorita: "Mas as palavras podem mudar vidas. De certa maneira, trazem um fim e um novo começo! Por exemplo, quando a gente se casa. O padre diz:
- Eu os declaro marido e mulher.
Acabou um tipo de vida e começou outro."