A Escrava Isaura

A Escrava Isaura Bernardo Guimarães




Resenhas - A escrava Isaura


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Fabrício 15/12/2021

Boa leitura.
Certos atores ficam eternizados quando representam um determinado personagem. Fiz uma pesquisa rápida no Google e descobri que a primeira versão da novela Escrava Isaura foi exibida em 1976. Eu tinha 1 ano e é muito provável que qualquer lembrança minha venha de alguma reprise anos depois. O fato é que lembro da atriz Lucélia Santos como a escrava Isaura e um pouco da música de abertura da novela.
Durante todo o livro, nas inúmeras vezes que o narrador falava sobre as características físicas da Isaura, sempre me vinha a mente o rosto da atriz, mesmo quando eu tentava desvinculá-la ao personagem.
Quanto ao livro, só tenho elogios. A história é muito bem contada. A escrita é deliciosa e flui perfeitamente.
Riva 16/12/2021minha estante
É impossível desvincular Lucélia Santos da escreva Isaura e o Rubens de Falco do Leôncio Almeida, da mesma forma que é impossível esquecer a música tema da abertura da novela bem como a abertura em si.
Eu tinha 4 anos, mas, assim como você, devo ter visto a novela várias vezes no vale à pena ver de novo!


Fabrício 16/12/2021minha estante
Riva, tenho essas fortes lembranças que comentei, mas nunca assisti a novela. Li o livro sem conhecer a história. Vou até ver se acho num streaming desses da vida.


Marisa 16/12/2021minha estante
AH!!! A novela, com certeza, é muuito melhor!


Fabrício 16/12/2021minha estante
Marisa, imagino que quem viu a novela deve ter tido vários momentos de ira por causa do Leôncio kkk


Marisa 16/12/2021minha estante
Nossa!!!!! Com certeza Fabrício!!! E muita pena da Isaura.


Janaina Edwiges 16/12/2021minha estante
Esta novela foi uma das campeãs de vendas para outros países. Fez um sucesso estrondoso! Muito bacana sua resenha, Fabrício, pretendo ler este livro um dia.


Riva 16/12/2021minha estante
O Leôncio foi praticamente ?irmão? da Odete Roitman - kkkkkk!!!!!


Marisa 16/12/2021minha estante
Verdade Riva!! Ô duas pestes!!!!!!! Aliás, esta foi outra novela muito boa!!!!!!!!


Riva 16/12/2021minha estante
Verdade, Marisa! Aquela ?banana? que o personagem do Reginaldo Farias (Março Aurélio) deu no final da novela entrou para história!


Marisa 16/12/2021minha estante
Riva!!! Que memória excelente vc tem!!!! Eu vi há 500 anos atrás, e o que mais eu lembro é da Odete Roitman!! Essa personagem ficou pra história.


Riva 16/12/2021minha estante
Você não pode ter se esquecido da Maria de Fátima (Glória Pires)!!!! Acho que essa novela me marcou muito, pois foi a última vez que acompanhei uma novela!


Fabrício 16/12/2021minha estante
Eu lembro da Viúva Porcina, do sinhozinho Malta e do Zé das Medalhas, que fazia UH UH!! Acho que são todos do Roque santeiro ?


Riva 16/12/2021minha estante
Você se esqueceu da Santinha (Lucinha Lins), que era a verdadeira viúva do do Roque Santeiro, caso ele tivesse morrido de fato. Também se esqueceu do Jorge Tadeu (Fábio Júnior), e do professor Astromar Junqueira (Rui Resende), que segundo a lenda, virava lobisomem!
E espero que não tenha se esquecido que o Zé das Medalhas morreu soterrado pelas medalhas que ele produzia!
E, sim, você está certo, a novela era Roque Santeiro!
Sinhozinho Malta (Lima Duarte) e seu bordão: tô certo ou tô errado!!!
Para o que não precisa, tenho uma baita de uma memória!
Sua resenha virou uma novela viva!!!!!!!


Marisa 17/12/2021minha estante
Roque Santeiro!!!!! Outra excelente e inesquecível novela!!!!! Bem lembrado!!!!


Marisa 17/12/2021minha estante
É mesmo Riva, olha quanta coisa boa desenterramos!!!!! KKKKKK!!!!


Marisa 17/12/2021minha estante
Mas, as minhas paixões sempre foram as novelinhas das 18:00 horas. De preferência as mais antigas.


Marisa 17/12/2021minha estante
Éramos seis. Que delícia de novela. Eu não só assisti várias vezes, como lí o livro mais de uma vez.




Regis 13/08/2022

Fraco...
"Narrando o drama de uma escrava aparentemente branca, educada e bela, o autor pretendeu mostrar ao público da época, 1875, os abomináveis e hediondos crimes da escravidão e o aviltamento da pessoa humana pela distinção de classe.
A obra é um romance regionalista do Romantismo brasileiro. O romance possui a idealização do amor e da mulher, além de apresentar traços abolicionistas."

Partindo disso, eu entendo a importância da obra para a época e em como era difícil em 1875 se tocar no assunto da escravidão e ser ouvido pela sociedade. Mas daí a dizer que esse livro é perfeito como vi em várias resenhas, em comentários e blogs, já é demais.

A pouca discussão que tem sobre a escravidão se passa em um diálogo ente Álvaro e Dr. Geraldo: advogado e amigo íntimo que é contrário a veia abolicionista de Álvaro. A todo momento ele falam como se fosse injusto, que tendo Isaura nascido branca e bonita (Isso é frisado a exaustão) é aviltante que ela continue sendo mantida como cativa.

"? Escrava! - exclamou Álvaro cada vez mais exaltado, - isso não passa de um nome vão, que nada exprime, ou exprime uma mentira. Pureza de anjo, pele alva, formosura de fada, eis a realidade! Pode um homem ou a sociedade inteira contrariar as vistas do Criador, e transformar em uma vil escrava o anjo que sobre a Terra caiu das mãos de Deus??"

Ela é branca e bonita, logo não deve ter a mesma sorte dos outros escravos pois seria um erro com a clara e pura criação divina.

Leôncio é um personagem com uma única faceta: "ser mau".
Ele o tempo todo poderia ter tomado a força o que desejava de Isaura, e a justificativa para que isso não aconteça é qualquer coisa sem sentido. Seu próprio pai fez isso, e sabemos que um proprietário de escravo arrebatado como ele estava, não se privaria de tomar o que achava ser seu por direito.

Malvina a  mulher de Leôncio, muda suas convicções com apenas uma palavra da boca do homem que ela viu diante de si, com seus próprios olhos, desejar sua mucama.
O que se traduz em uma personagem idiotizada.

Isaura o tempo todo se mostra branda e subserviente, a única coisa que presa é pela sua pureza. A servidão parece estar impressa na alma da personagem, já que não luta de forma efetiva pela sua liberdade.
Ao ser abordada por Martinho no baile, logo se entrega como um cordeirinho para o abate, praticamente gritando: sim eu sou a escrava que procura.
Qualquer pessoa em situação semelhante não se privaria de mentir e bater o pé dizendo: deve estar enganado meu senhor, não sou essa escrava.
Fugindo logo em seguida.
Pois ser pega poderia acarretar em morte ou a tortura de ter seu corpo violado de várias maneiras.

Mesmo tendo sido criada pela Senhora dentro de princípios rígidos, não é possível que não haja, que seja uma pequena chama de revolta dentro dela que a fizesse se rebelar de forma mais veemente.
Só fugiu porque o pai tomou a frente e ainda assim na primeira oportunidade se entregou sem sequer lutar para se manter livre.

Gostei da escrita do autor e do narrador que transita entre a onisciência e a observação, e é um clássico de fácil leitura, mas a história me despertou mais de uma vez aversão pela simplória maneira de mostrar a personagem como uma das escravas que realmente sofriam as agruras da escravidão.
E acho que apenas apresentar traços abolicionistas não torna o livro um arauto de virtudes.
A história de amor de Álvaro e Isaura nem é tão cativante.
Me frustrei com essa leitura, sei que tem que ser levado em conta a época em que foi escrita a obra, mas não consegui sentir nada do que é apregoado por todas as resenhas que li... Sinto muito.
Alex 13/08/2022minha estante
Interessante. Nunca li. Tenho certa dificuldade com a literatura brasileira, mas sua resenha me fez pensar: ?se até Casagrande e Senzala, foi criticado por suavizar a escravidão, quanto mais um romance como o descrito por você?.


Si_Mone 13/08/2022minha estante
Entendo... Sinto muito incômodo com as questões de época em um clássico, sei que é impossível sanitizar o passado e luto contra a vontade de desistir da leitura ou julgar a obra como ruim, mas tem coisas que simplesmente não suporto e pronto.


Regis 13/08/2022minha estante
Gosto de livros nacionais, mas não consegui fingir que os personagens não eram fracos e até sem sentido Alex. Mas leia, é rápido e a escrita é a melhor coisa desse livro. ?


Alex 13/08/2022minha estante
Vou tentar.


Alex 13/08/2022minha estante
Aliás em 2023 vou colocar uma meta, de ler ao menos uns 6 clássicos nacionais. Em algum momento preciso começar, não é.


Regis 13/08/2022minha estante
Acho que foi a primeira vez que as questões de época me incomodaram tanto em um clássico Si_Mone. Queria ter gostado, mas Acho que têm coisas que não dá para deixar passar.


Regis 13/08/2022minha estante
Faça isso Alex... Fiz esse ano e estou conseguindo ler muitos clássicos. E a maioria não me decepcionou. ?


Si_Mone 13/08/2022minha estante
Régis... concordo plenamente contigo e acho legal apontar esses questões. ?


DANILÃO1505 14/08/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Vick 09/11/2011

Decepcionantemente romance. . .
Honestamente? Um entulho textual, tsc, grotesco.

Eis que há muito tempo, Guimarães acordou com ressaca e mal humor e teve a infelicidade de ter uma idéia a qual ele transpôs seus conflitos internos, os seus problemas e feitiches, organizando tudo isso em palavras, chamando-o de livro e nomeando-o de 'A Escrava Isaura'.

O problema que causa a sensação de estupidez, ao meu ver, é o fato de Isaura ser a mulher perfeita enquanto os outros, pouco conseguem brilhar na trama.
Todos a amam não pelo seu interior ou pelos seus atos, simplesmente por suas feições agradáveis. Isaura é quase que um feromônio ambulante. Não, não, ela é o feromônio em pessoa! Objeto de luxo para alguns das personagens, aliás.

As doses de romances exageradas, os detalhes desnecessários na fase intermediária, as personagens mal exploradas e o enredo pouco trabalhado e sofrido são desanimadores e agravam ainda mais a situação desta coisa que alguns ainda cismam em julgar de 'obra prima'.

Sem mais.
Dan 17/10/2017minha estante
Romance horrível mesmo!!! O cânone brasileiro precisa ser revisto e tirar esse lixo da lista de clássicos. É uma vergonha, penso que esse é um dos grandes motivos da Literatura Brasileira sofrer bullying lá fora, e sofre por merecer!! Como um inglês, por exemplo, pode levar nossa literatura a sério se ele ler ''A Escrava Isaura''? Nem a barata do Dickens escrevia mal assim!


Wander.Oliveira 27/12/2018minha estante
Só um idiota vai exigir características realistas de um romance notadamente inserido no idealismo romântico. Pára de dizer besteiras e desfilar sua falta de preparo crítico. Isso é péssimo porque influencia os outros que sabem menos ainda a acreditar que esse tipo de comentário tem alguma validade. Ensina mal e ensina errado neste país de péssimos e preconceituosos leitores.


Wander.Oliveira 27/12/2018minha estante
Decepcionante é ver que há leitores que, sem ter a mínima capacidade de escrever algo de valor, sentem um prazer especial em detonar as obras nacionais já devidamente consideradas canônicas pela crítica especializada. Resenhas como essa, que ensinam a ler mal um romance emblemático como esse é que se pode considerar verdadeiro entulho textual, digno de ser descartada no mais próximo lixão. Não concordo com a opinião defendida aqui. O que me causa uma sensação de estupidez é ver um leitor preconceituoso ignorar o contexto da época, as bases do idealismo romântico e exigir personagens construídos segundo algum tipo de profundidade realista ou psicológica que só seriam desenvolvidas por romancistas posteriores. É o cúmulo do anacronismo mal informado. E o pior é que esse tipo de opinião possa influenciar negativamente àqueles que não leram o livro a fazê-lo sob uma ótica tacanha e estreita. Trata-se, portanto, de uma opinião que deve ser repelida como algo que desvaloriza a contribuição válida de um escritor valoroso, cuja família possui vários escritores importantes no cenário da literatura mineira e brasileira, como Alphonsus de Guimarãens, João Guimarãens, Archangelo de Guimarães, Alphonsus de Guimarãens Filho e Alphonsus de Guimarães Neto. A leitura de "A Escrava Isaura" merece mais respeito do isso. E principalmente uma leitura mais atenta e sábia.


Wander.Oliveira 27/12/2018minha estante
Quanto àqueles que dizem que a literatura brasileira sofre bullying por ter em seu cânone um livro como "A Escrava Isaura" e diz que um inglês não pode levar nossa literatura a sério. Vejamos... Vc está dizendo que eu tenho que dar valor a minha literatura apenas se uma cultura estrangeira disser que ela tem valor? Justamente os ingleses que valorizaram a libra esterlina às custas de todo o ouro roubado de nossa terra pelos portugueses que o usaram para pagar pelas dívidas contraídas pelos produtos da revolução industrial denunciada pelo Dickens em "Tempos Difíceis"?Esses mesmos ingleses ladrões que mandavam surrupiar ouro dos galeões espanhóis enviando piratas e corsários como Frances Drake a mando da rainha da Inglaterra? Uma cultura forjada por ladrões espoliando terras por todos os continentes da terra? São esses que vão me dizer como valorizar a cultura de minha terra? Desculpe-me, mas pertenço com muito orgulho a um povo latino, verdadeiro herdeiro de um império sem igual, que dominou o planeta por mais de mil anos, e não preciso disso para saber que a cultura brasileira possui uma força que não deve vassalagem a nenhuma nação anglo-saxã, seja na Europa ou na América. É preciso abandonar esse complexo de vira-lata e passar a enxergar nosso verdadeiro valor e parar de abanar o rabo para quem vem aqui apenas para levar embora nossas riquezas.


Estefany43 09/11/2020minha estante
Gostei muito! É um livro farto de detalhes e verossimilhança, por exemplo: Durante a história, Isaura, por ser branca e educada é idealizada apesar de ser escrava. Os leitores da época não se interessariam pela história se fosse uma mulher negra... A descrição do autor ao falar sobre a escravidão foi excepcional.


Bruno 11/05/2022minha estante
Homens se interessarem apenas pela beleza é o retrato da época. As mulheres eram objetos. Os homens buscavam que fosse bela, recatada e de ?família?, o resto não importava. Então é bem real quanto a isso. Isaura além de bela, é bem educada e bem versada nos afazeres doméstico.




Dan 23/09/2016

Uma fanfic
Sabe aquelas fanfics super ruins? Onde uma garota maravilhosa sofre algum tipo de opressão mas no fim fica com o cara que todo mundo quer? Se vc prestar bastante atenção é o que fala "escrava Isaura" a menina branca que é escrava mas fica com o galã no fim. Desculpa os apreciadores da literatura Brasileira, mas eu acho que é por isso que Brasileiros não gostam de ler, pq vivem lendo "fanfics" ruins e nunca sabem o que é uma J. K. Rowling, eu acho que escritores brasileiros devem ser estudados sim, mas não devem ser leitura obrigatória, acho que um bom livro deveria.
Lucas 04/12/2016minha estante
E bom livro você define Harry Potter? Hahahaha Ganhei essa semana com a sua piada.


Bruno Gordiano 05/01/2017minha estante
Kkkkkkkk Sem comentários


Mirzão 16/04/2017minha estante
Sem comentários!!!!


Henrie 17/06/2018minha estante
É tanta ignorância que nem vale a pena comentar. Nunca li tanta idiotice.


loLIMta 17/06/2020minha estante
Ester, faço das suas palavras, minhas. Foi minha primeira experiência lendo um clássico brasileiro e foi sofrível. E olha que eu costumo gostar de histórias clichês no estilo fanfiction.




Tábata Kotowiski 15/01/2018

Não bastava humanizar a escrava despindo-a em camadas e mostrando-a como qualquer outro ser humano, não diferente de sua senhora, tinha que torná-la branca; como se o simples fato de torná-la negra, fosse desmerecer toda humanização construída na história.

Se isso não fosse o suficiente, o fato da beleza dela ser ressaltada constantemente é absurda! Isaura é educada e de boa índole mas parece que nada disso é o suficiente para se conquistar um homem da sociedade brasileira da época se não houver beleza (alva e virginal). A passagem no livro onde o autor diz que a beleza de Isaura aumenta na mesma proporção de seu sofrimento é particularmente transtornante.

Sem falar na pieguice que é a história! A bela virginal sofre na mão de um homem enquanto seu coração pertence a outro. 

Enfim.

Sei que tenho que levar em conta a época em que o livro foi escrito, já que todas as coisas as quais problematizei eram normais a época; mas não consigo evitar de levar esses "problemas" em consideração durante a leitura.

site: randomicidades.wordpress.com
Mirzão 30/01/2018minha estante
O autor buscou fazer uma crítica à situação das mulheres na época. Logo, aproveitou o contexto histórico - as mulheres burguesas (brancas) para construir Isaura. Você deve ter notado que Isaura tem educação de uma dama da sociedade europeia. Mas é subordinada à sociedade machista. O título a escrava surge para mostrar que a mulher era uma escrava da sociedade machista. Guimarães aproveitou a escravidão no Brasil para denunciar a triste situação. Em resumo, Isaura foi construída branca propositalmente para mostrar a situação da mulher na época e as vezes parda para indicar a mistura d erinias que estava ocorrendo no Brasil. Obrigado!


Tábata Kotowiski 31/01/2018minha estante
Valeu, Mirzão! :-)


Luciana 17/08/2018minha estante
O autor constrói uma escrava branca justamente para as leitoras - a maioria mulheres - se aproximarem mais da personagem e fazê-las refletir sobre o problema escravagista. Desenvolver algum senso de empatia. E, claro, mostrar como é absurda essa mesma empatia a uma mulher que é escrava, mas bem aceita na sociedade (vide a cena do baile) só por ser branca! Como é absurdo aceitar alguns, mas outros não pela cor da pele. Tão simples.


Mirzão 18/08/2018minha estante
Concordo...


Jeze 12/12/2018minha estante
O livro foi escrito em plena campanha abolicionista na época. O país vivia ainda sobre o julgo da escravidão. Um contexto totalmente diferente do que vivemos hoje.




Gabi 28/12/2012

Passe longe!
Gente, um aviso: Passe longe do livro porque ele é terrível, um dos piores que já li, não sei como virou clássico só sei que quem gosta e o prestigiou é LOUCO!


OBS: tenho vontade de atirar o livro na privada.
Aline 19/02/2013minha estante
Nãoooo... ele é otimo!!
Leiam por favor... kkkkk


Gabi 26/02/2013minha estante
Hahah, eu odiei, mas cada um com sua opinião!


ana 19/09/2013minha estante
eu li gostei tanto a historia e incrível mas tenta ler uma boa adaptação pq serio essa versão não tem como


Pablo 14/04/2015minha estante
Realmente, ler esse livro com o mesmo embasamento literário necessário para a leitura de crepúsculo não dá. Óbvio que você não vai gostar. Dica: Mantenha-se em romances do século XXI.




mpettrus 16/12/2022

?Perfídia Senhorial?
??A Escrava Isaura? é uma obra de ficção popular e sentimentalista, publicada em 1883, que ganhou vida pelas mãos de Bernardo Guimarães, estudante da Academia de Direito de São Paulo, romancista e poeta do Romantismo brasileiro, cuja origem mineira é marcada com veemência em sua obra.

? Esse romance é uma obra freqüentemente rotulada como abolicionista, a despeito do teor de sua trama não propor uma extinção nacional ? e datada ? para o fim da escravidão. Ao contrário, no romance é defendida uma solução senhorial ? através da concessão de alforrias ? para se extinguir o regime servil. Eis aqui minha principal crítica a essa obra: o exagero em afirmar que houve certa coragem ao criticar a escravidão em pleno 1875.

Considero sim que essa obra tem um caráter político caracterizado como abolicionista, entretanto, afirmar que esse romance trouxe grande contribuição para a extinção do regime servil é desproporcional ao que ele realmente de fato contribuiu para o fim do sistema escravista.

?A obra também passa uma ideia de que a luta pela abolição do sistema escravista foi tarefa de indivíduos ?brancos?, ?cultos? e liberais ? representado na figura do personagem Álvaro - em detrimento dos escravizados que de diversas maneiras manifestaram seus descontentamento com a escravidão.

Outro ponto muito interessante que notei é sobre a composição das personagens femininas: Rosa, a escrava, portanto, negra, é a maldade em forma de gente, enquanto as personagens femininas ?brancas? são todas moldadas no amor e na caridade.

?E essa caracterização tem seu maior modelo na própria protagonista, que é um exemplo de pureza, ainda que escrava, porém, branca. Ela é talvez o nosso maior exemplo de uma ?alpinista racial? e, neste sentido, personifica a questão da mestiçagem no Brasil, um tema ainda não resolvido no nosso imaginário. O escarvo branco, que oficialmente não existia, era uma realidade que o governo e os escravocratas tentavam esconder, justamente porque no sistema escravista do Brasil o cativeiro se legalizava pela discriminação racial.

?O narrador bernardino nos mostra senhores terríveis representado nas personagens Leôncio e o comendador Almeida, este, estuprou Juliana, a mãe de Isaura. Aquele é a figura máxima de uma personagem senhorial que foi criada para ser obedecida em todos os seus desejos. Elemento que se acentua em seu obstinado e irracional desejo de possuir a escrava branca, ou seja, a representação de um senhor demasiadamente apegado à escravidão e extremamente irracional. No decorrer da narrativa podemos perceber que a perfídia senhorial ia para além de torturas físicas contra os escravizados, havia algo tão pior quanto: a tortura psicológica.

? Tortura psicológica, por exemplo, mostrado na perspectiva do olhar de Sinhá Malvina, que duvidou da ?pureza? da escrava branca, acatando a decisão de seu marido, de casá-la com o Srº Belchior, o Corcunda da história. Também saliento a tortura psicológica da própria protagonista quando fugiu com seu pai, o Capitão Miguel, mas vivia atormentada com medo de ser capturada pelo ?seu Senhor?.

?Sei que o autor fui uma voz ativa na defesa da dignidade dos escravizados, uma luz na escuridão apregoando discursos contra o sistema escravista brasileiro. Reconheço esses méritos. Mas também entendo que ele produziu um discurso favorável à perspectiva senhorial, um discurso essencialmente conservador, quase a nos dizer que ?senhor? e ?escravo? são vítimas, sendo aquele quem mais sensivelmente sofreu as consequências desse sistema injusto. E para corroborar mais enfaticamente essa minha afirmação, Guimarães popularizou uma protagonista romântica, porém, essencialmente branca. E não uma mulher negra, que efetivamente, sofreu com escravidão.

? Enfim, neste romance temos uma conhecida fórmula romântica cujos enredos envolvem um herói e uma heroína, brancos, cultos e ?civilizados? (protagonistas), pelos quais os leitores deveriam se comover e se identificar, e de outro lado um vilão (um ser repulsivo que deveria ser detestado, que sofre uma ruína moral e econômica), que antagoniza uma história de amor marcada por um obstáculo ? a escravidão ? que adia para os últimos momentos a união entre os enamorados. Tem seu valor, mas tenho a impressão de que essa obra envelheceu mal ficando excessivamente datada.
Regis 17/12/2022minha estante
Disse tudo, mpettrus. ????????


jessika59 17/12/2022minha estante
Já li esse,e achei um pouco confusa e arrastada a estória mas gostei


mpettrus 17/12/2022minha estante
Obrigado, Regis ????


mpettrus 17/12/2022minha estante
Acho que confusa porquê os fatos vão acontecendo e não percebemos a marcação dos acontecimentos. E acabamos se confundindo com a temporalidade. Mas Óh, eu achei até que a história foi bem rápida e sucinta, Jé.




Gabriel1610 10/02/2023

Que opróbrio, Meu Deus!
O livro de abolicionista não tem muita coisa não. A história todo mundo já conhece, mas o sentimento abolicionista está focado unicamente no fato da Isaura ser branca e refinada.

No início a gente conhece Isaura e a vê em uma situação ruim devido a vida com o Leôncio, então ela vê umas 3 propostas de casamento e ela prefere sofrer com o dono do que casar com a pessoa que não era perfeita pra ela. Ela tem um "senso de dignidade" muito forçado que não me fez criar empatia e sim ranço. Ao contrário dos negros que sofrem sem esperança, ela simplesmente descarta boas mudanças na vida e fica pelos cantos sofrendo por ser bela "o que adianta ser gostosa se eu não posso ser feliz? ?" Chata demais.

Apesar do livro ser focado no fim da escravidão por ser um absurdo, sem em nenhum momento ser absurdo quando se trata dos negros, eu já sabendo disso queria ter relevado pela época e público alvo e ter curtido o enredo que estava muito interessante no início, porém, quando aparece o Álvaro (em torno de 40% do livro) a história fica um tédio, e o baile parecia que não acabava nunca, ficava em mil palavras só pra ele descrever como que a Isaura ela branca e linda igual um anjo e blá blá blá. Apenas no finalzinho voltou a ficar mais fluido, porém o final mesmo foi uma bomba completa. A resolução se deu do nada com uma explicação que poderia ter sido desenvolvida no decorrer do livro.

E para não esquecer, além da maneira como os negros são descritos e como o livro trata um absurdo a Isaura ser escrava e sofrer, não por ser humana, mas por ser branca, anjo, prendada e sei lá mais o que que não é o lugar de gente como ela (o resto que se ****), ainda tem o personagem Belchior que é descrito como uma pessoa muito boa, mas é tratado como um monstro repugnante por ser uma pessoa disforme. Eu ficava com um ranço enorme de como as pessoas tratavam ele. E sem me esquecer, fiquei decepcionado que no livro a Malvina não chamou o Leôncio de crápula. Eu estava lendo só com isso me dando forças de continuar.
mainvisivel 03/04/2023minha estante
Nossa, eu também achei o senso de dignidade dela muito forçado. K Concordo 100% com a sua resenha. Acabei de terminar e meus olhos quase sangraram enquanto eu lia.


Gabriel1610 03/04/2023minha estante
Nossa, foi muito podre. Eu achei que o povo exagerava na militância e não olhava a época que foi escrito, mas quanto mais eu lia mas eu entendia as críticas


Renata Rocha 30/05/2023minha estante
Cara eu adorei a tua resenha, valeu a pena ter lido o livro só pra concordar com a tua resenha.


Gabriel1610 17/06/2023minha estante
Não vi a notificação kkk tava esperando para saber o que você acharia




Clio0 31/10/2023

A Escrava Isaura é uma das obras brasileiras mais populares do mundo e tem motivo, seu princípio é que o preconceito pela cor da pele é nulo e torpe. Ótima premissa, mas que exige um pouquinho de consciência critíca ao lê-la.

Guimarães é um escritor típico de seu tempo e carrega a obra com excesso de descrições e momentos dramáticos. Todos os exemplos típicos do Romantismo estão presentes: o amor mal-fadado, o sofrimento da heroína, o ideal de beleza associado a dor, o vilão terrível e semi-onipotente.

Há inúmeras circustâncias em que a palavra branca aparece ou é associada com bondade ou civilização. A proposta de "embranquecimento" parece óbvia, no entanto há também várias repetições das raízes de Isaura. Essa contradição permanece na sociedade brasileira e é explicítada pelo autor sem meias palavras.

Como uma obra incipiente do movimento anti-escravagista, sua publicação causou furor na época e, mesmo hoje, é alvo de críticas por aqueles que tentam levar conceitos modernos a épocas antigas. Seu valor, logicamente, é calcado em seu peso como crítica e retrato social e menos como literatura.

Recomendo.
preta velha 31/10/2023minha estante
tenho vontade de reler este livro, por ser uma leitora um pouco mais crítica em relação a primeira leitura, que aconteceu na adolescência, mas tenho uma fila tão grande que não posso me dar esse luxo.


Cris 31/10/2023minha estante
Também tenho vontade de reler, pois também li na adolescencia e lembro de ter gostado muito.


QUEIJO460 01/11/2023minha estante
Boa resenha.




Daniel.Freitas 19/05/2021

Magnífico
Esse livro é magnífico, soberbo, maravilhoso ...eu não acredito como pude ficar tantos anos subestimando essa história.
Jaque 22/05/2021minha estante
Esse livro é meu preferido dos clássicos nacionais. Já li, reli e assisti a novela, adaptada pela record (todas as reprises eu assisti até mesmo quando exibiram no canal pago). Não canso dessa história


Daniel.Freitas 22/05/2021minha estante
Excelente! Estou assistindo a novela da Record pelo YouTube.


Jaque 22/05/2021minha estante
Essa novela ficou muito boa!




Gilberto 26/10/2016

um livro pra problematizar
Engraçado como todos falam do tom abolicionista que o livro tem. O mais engraçado ~ironia~ é o fato do tom abolicionista ser todo voltado pra uma escrava B.R.A.N.C.A, que mesmo sendo escrava, recebeu educação, toca piano, se veste bem. É ~engraçado~ que o tom abolicionista todo se volte pra uma escrava branca, quando escravos brancos eram raridades. Engraçado também que Isaura, de pele branca é a detentora de todas as virtudes, a benevolente, a graciosa, a honrada, e católica, enquanto a Rosa, negra, é a invejosa, sem moral, portadora de todos os defeitos que só faz sentir inveja.

Um livro que se pauta o tempo todo como abolicionista, mas não retrata em momento nenhum a dignidade dos escravos negros - porque só quem merece ter a dignidade é a escrava de pele branca, cheia de graça e moral que se apaixona à primeira vista pelo mocinho blablablabla - é a mesma coisa que esses cristãos conservadores de hoje em dia que dizem ser pessoas de bem e lutam pela moral da familia tradicional brasileira, mas no fundo são hipócritas demais para reconhecer e desconstruir os próprios preconceitos.

Se Bernardo Guimarães queria mesmo fazer uma campanha contra a escravidão, desse o protagonismo e todas as virtudes a uma escrava de pele negra, que era infinitamente mais comum na época do que escravas brancas criadas dentro de casa recebendo educação erudita.
Betinha 24/11/2016minha estante
Sinto o mesmo. O livro é bastante racista. Isaura só não merece a escravidão por ser branca, educada e xheia de virtudes. Serve como retrato do pensamento da época, obviamente, mas não sei se pode ser considerado abolicionista.


Vitor.Canestraro 25/06/2017minha estante
O livro de fato é cultuado como tal, e a escrava branca é um erro ao meu ver como você julga.
Mas vale ressaltar que o autor não se punha em nenhum momento de sua vida como um abolicionista, e nunca disse ele próprio que tinha essa intenção com a obra.


Luciana 17/08/2018minha estante
Vamos cultivar a interpretação mais aprofundada.
O autor constrói uma escrava branca justamente para as leitoras - a maioria mulheres - se aproximarem mais da personagem e fazê-las refletir sobre o problema escravagista. Desenvolver algum senso de empatia. E, claro, mostrar como é absurda essa mesma empatia a uma mulher que é escrava, mas bem aceita na sociedade (vide a cena do baile) só por ser branca! Como é absurdo aceitar alguns, mas outros não pela cor da pele. Tão simples.




Glaucia 17/04/2015

O verdadeiro amor é a chave para liberdade verdadeira
Livro cansativo até o capítulo X. A partir deste capítulo há uma reviravolta no enredo com a entrada de uma personagem na história: Álvaro. Sua generosidade e humildade salva o enredo arrastado deste livro.
Patty 30/04/2015minha estante
É bom? Eu comprei, mas ainda não tive oportunidade de ler.


Glaucia 30/04/2015minha estante
É bom depois do capítulo X(dez), Patty! Tenha muita paciência com este livro!


Patty 11/05/2015minha estante
Obrigada pela dica! hahahahaha




Charly.nunes 05/02/2023

Meu deus que livro ruim do cacete. Super fora da realidade, vai apresentar a personagem negra que é o menos negra possível para ser considerado bela, o livro deixa muito bem entendido isso, se a Isaura fosse retinta ela não iria ser bonita até porque os traços negros aquo é considerado ruins. Eu não consigo entender como alguém leu isso e achou que essa merda é um conto em prol dos negros, porque claramente foi feito de uma pessoa branca com sindrome de salvador para outras pessoas brancas com sindrome de salvador. Personagens são sem sal, plot clichê, chuva de racismo velado, mito da fraqueza feminina, e a única vez que uma mulher mostra algo de força é sobre o mito da maternidade. Com tantos autores negros e abolicionista na época e me vêm dizer que essa merda é o clássico da cultura negra, palhaçada msm que tiraram Machado de Assis e etc pra esse livro
oariellucas 05/02/2023minha estante
Minha filha? o livro foi escrito em 1875, calma


Charly.nunes 06/02/2023minha estante
Amado, Machado de Assis é de 1840, Luis Gama é de 1830 entre outros autores negros e abolicionista fodas. Eu entendo falar isso para livros como de Nietzsche, Aristóteles e etc que não é focado nisso mas contem racismo por conta da época, outra coisa é um livro feito para os negros que é dito como o máximo da comunidade até hoje, ser racista. Literalmente esses são os livros que foram feito como propaganda para apoiar um racismo velado e a miscigenação, e vcs pagam pau. Há contextos diferentes do qual o tempo faz sentido ser colocado, mas nesses tipos de livros não é o caso


Gabriel1610 10/02/2023minha estante
@oariellucas Eu pensei em relevar isso e fui ler pelo roteiro e na metade ele ficou horroroso nesse quesito também. Mas ele é contra a escravidão apenas pq a Isaura é branca e educada e por isso "não é o lugar dela, e sim como as donas de casa" e o livro deixa muito, mas muito claro isso. Não há uma pessoa que dirige a isso um absurdo para os negros, mesmo o Álvaro que é abolicionista não trata o absurdo da escravidão como ruim por si só quando ele fala da Isaura, sempre ressalta ser um absurdo para uma pessoa como ela. Os negros são descritos da pior forma possível. Se foi pra alcançar o público e fazer o trabalho mínimo do mínimo contra a escravidão, talvez conseguiu, mas é um contra escravidão sem direcionar o problema pros que mais sofriam




Naiana 16/08/2021

Para que gosta de ler clássicos
A Escrava Isaura é um livro muito gostoso de ler para quem gosta de história, literatura romântica, com idealização da musa e os empecilhos para alcançar o amor ideal é um livro perfeito, entretanto tem que gostar de ler com um dicionário ao lado também, muitas palavras já em desuso cujo significado temos que estar sempre em busca, para mim isso não é um problema e engrandece a leitura.
Adorei a forma como Bernardo Guimarães narra a história também, como se presenciasse os fatos e conhecesse os pormenores dela, ele conta detalhadamente cada etapa e vai e volta a medida que se torna necessário introduzir novos elementos ou personagens a trama e mostrar como eles se encaixam ali.
Foi para mim uma leitura muito prazerosa.
A Escrava Isaura narra a história de Isaura, uma escrava branca que fora criada com mimo e esmero por sua senhora, como uma filha e possui dotes e ares de uma verdadeira dama. Contudo, após a morte de sua senhora velha e seu senhor velho, Isaura passa a pertencer a Leôncio que a deseja e faz de tudo para conseguir tê-la e assim começa o calvário de Isaura e sua busca pela liberdade, junto a seu pai.
Julia Mendes 16/08/2021minha estante
Zu, vc deu a impressão de que é uma novela. Adoro! ? Vc acha que eu ia gostar?


Naiana 17/08/2021minha estante
Zu, é bem novelesco, não admira ter sido adaptado para novelas. Não assisti a da Globo, mas a da Record eu acho que em suma foi bem fiel. Zu, acho que sim. Bernardo Guimarães tem um dom na escrita com certeza, no final desse livro que eu li tem uma biografia dele, e fala que o dom dele era contar causos em forma de prosa, e diria que esse livro é bem isso, rs. Quero ler O Seminarista dele agora.




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