A Escrava Isaura

A Escrava Isaura Bernardo Guimarães




Resenhas - A escrava Isaura


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uepa 30/07/2022

A sua novelinha das 19h
A escrava Isaura é uma obra de Bernardo Guimarães característica da segunda geração do romantismo na literatura brasileira. A narrativa segue pelas (des)aventuras de Isaura, uma escrava branca, que só deseja a paz. Por ser portadora de uma egrégia beleza e ter sido criada com nobre educação, a moça é alvo de diversos tipos de abordagens ( que beiram o assédio em alguns casos ).

Novelinha? Novelinha
Do movimento literário em que a obra provem, é comum notarmos a presença de personagens herói, heroína e vilão. Dada a falta de profundidade em que são tratadas, permanecem estáticas em seu caráter; mantêm defeitos e virtudes, independente das ações exteriores: " sempre iguais a si próprias e jamais reservando surpresas ao leitor por suas características específicas, mas tão-somente por sua ação."
O que me surpreendeu foi a movimentação de cenários. Acostumados à cenas que discorrem em poucos ambientes, preparem-se; Bernardo anda até de canoa.
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Layla.Ribeiro 29/05/2020

Um novo olhar sobre o livro
Essa foi a minha terceira tentativa com este livro, tentei ler durante o inicio e o final da minha adolescência e não tinha gostado principalmente por causa da linguagem se tornou uma experiência tão ruim que estava abandonado na minha estante, até que fui convencida a dar uma chance a essa leitura e que surpresa tive ao reler, me envolvi muito com a história, que leitura deliciosa. O autor antiescravagista vai deixando suas críticas no romance de forma brilhante e ácida, além de seus posicionamentos contra o capitalismo e a alta sociedade brasileira, críticas essas atemporal que podemos levar para diversas situações atuais. A forma que ele escreve colocando primeiramente as reviravoltas e o ápice antes de qualquer explicação é incrível como também a forma que ele as explica como se estivéssemos conversando pessoalmente com ele. Outro fato que achei brilhante para ele dado a época em que foi escrito foi a construção da protagonista assemelhando-a com princípios físicos e intelectos de qualquer dama da alta sociedade afim de compadecer o leitor da época acerca da escravidão de forma sublimar. Para concluir, o olhar maduro que tive ao reler essa obra ajudou bastante a gostar da mesma, por isso foi uma surpresa para mim ter mudado de opinião para com a obra. Um conselho: se não gostar de um livro, abandone, no futuro você pode tentar novamente e ter uma visão completamente diferente do que você tinha uma década atras.
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Daniela551 23/12/2022

Resumidamente um livro que pode ter sido considerado revolucionário para a época em que foi escrito, mas hoje em dia é no mínimo problemático, racista e machista.
Isaura só tem algum valor por ter pele clara, é abusada por diversos homens, e ainda tem frases como: como pode uma moça bonita ser escrava ?
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Camila 15/06/2022

Não queria ter gostado.
"A vida não te pertence,
Não é teu, teu coração"
A história se passa no Brasil (Rio de Janeiro e Recife) durante o Segundo Reinado, o cenário é a fazenda que fica no município de Campos de Goitacases.
Isaura teve o azar de nascer escrava, tão boa e interessante criatura não merece isso (contém ironia). Sua mãe faleceu quando ela ainda era bebê, Isaura foi criada por sua senhora como se fosse uma filha (exceto que não lhe concedeu a liberdade) e seu último desejo era que sua protegida fosse libertada após sua morte, pois queria o passarinho somente para si enquanto fosse viva.
Ela é descrita dentre outras coisas, como a perfeita brasileira, praticamente a personificação da Afrodite já que quem a vê se encanta e apaixona.
Com a morte da senhora, a posse da fazenda e dos escravos passa a Leôncio, o único filho, que por sinal é um ser ganancioso e sem escrúpulos, que foi mimado e se tornou irresponsável, e nutre uma paixão latente pela escrava. Entretanto ele é casado com Malvina, que trata Isaura como sua companheira, até presenciar Leôncio se atirando para ela.
A pobre Isaura não aguenta mais gente chata no seu pé, diz que preferia ser a moça mais feia e desengonçada se a deixassem em paz, apesar de ter consciência de sua beleza sabe que de nada adianta se não tiver a liberdade, mas isso não a impede de assim como os outros, destratar o jardineiro que tem uma aparência deformada. Cadê toda a bondade e elevação de espírito?
Como Leôncio não quer alforriar Isaura nem por todo o dinheiro da Terra, ela foge com seu pai, indo do Rio de Janeiro para o Recife, e lá vivem escondidos, até que um jovem rapaz a avista enquanto passa pela chácara e fica encantado pela beleza daquela fada mística.
Quando Álvaro descobre da condição de Isaura, ele quer fazer de tudo para libertar seu amor, se prestando ao que quer que seja, enquanto seu amigo Geraldo, o aconselha para que pare de passar vergonha.
O desfecho é abrupto, encerrando de maneira dramática essa narrativa que para dizer O MÍNIMO, envelheceu mal, ainda assim não achei de todo ruim exclusivamente porque gostei da escrita, a temática é problemática e romantizada ao extremo, Isaura é fruto da idealização masculina e objeto de desejo, estereótipos de raça são reforçados e o conceito que gritou na minha mente durante toda a narrativa foi COLORISMO; Isaura é tratada de melhor maneira por aparentar ser branca.
"És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano".
Gostaria de poder dizer que representa apenas a sociedade daquela época.
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Jéssica 20/12/2011minha estante
Olá Raul, também concordo com você. Eu achei que os acontecimentos da narrativa muito rápida demais. Ele poderia ter tido mais profundidade na história. Tirando esses aspectos o livro é muito bom.




Gigio 22/06/2021

Expectativas frustradas.
Apesar de ser uma boa história, não curti o livro. Tudo bem que havia o contexto histórico que influenciou a trama e a escrita, mesmo assim não conseguiu me 'pegar'. Soluções rasas e fáceis. Expectativas frustradas.
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Karoline141 15/11/2023

Uma "Cinderela" brasileira
Esse livro existe lá em casa antes mesmo de eu nascer. Li em uma edição de 1973. Precisei passar uma fita na lombada pq estava muito desgastado pelo tempo. Foi muito bom reler esse livro.
Primeiro que Bernardo Guimarães escreve muito bem, é como se estivéssemos lendo uma novela da Globo.
Isaura era uma escrava branca que tinha como seu algoz e senhor Leôncio (um demônio encarnado). Teve inúmeros privilégios por ser uma escrava branca. Até os adjetivos que o autor usa em comparação as escravas negras mostram uma certa superioridade de Isaura se comparada as outras.
Por fim, tudo termina bem. Pelo menos pra Isaura. Já os outros escravos, como bem sabemos só em 1888 que conseguem a liberdade...
Esse conto é como se fosse uma "Cinderela abrasileirada"pra resumir.
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Renan Caíque 20/04/2021

Um clássico nacional
O romance “A Escrava Isaura” foi lançado em 1875, época em que ainda havia escravidão no Brasil e representa este período sombrio, embora de modo não tão cruel e desumano quanto de fato era. Bernardo Guimarães, como bom romântico, apresenta uma escrita exagerada, linguagem rebuscada, e com direito a citações e referências a Shakespeare, Byron, Lavaster, Camões, Homero e à Bíblia.
Outra característica inerente à obra, são as percepções e os sentimentos idealizados, além do antagonismo estereotipado dos personagens, que são quase sempre completamente bons ou completamente maus. Não que tudo isto seja ruim. São apenas características de um dos estilos de literatura da época, o Romantismo, embora este já estivesse quase em seu fim no Brasil.
Mas por que este livro fez tanto sucesso e se tornou um clássico? Provavelmente pela temática, que muitos podem achar até apelativa. O autor mostra a realidade dos escravos (apesar de eufemística, como já dito), que eram tratados como seres inferiores, e claramente mostra a sua posição através do abolicionista Álvaro, que acha absurdo ainda a existência da escravidão afirmando que esta “em si mesma já é uma indignidade, uma úlcera hedionda na face da nação, que a terra protege.”
E apesar de a obra ter sido um importante símbolo contra a era escravagista, há uma controvérsia pelo fato de a protagonista escrava ser branca e a todo momento serem louvadas as suas qualidades e sendo afirmado que ela não se parecia com uma escrava, além de ter tido uma ótima educação, destoando da realidade, em que escravos eram negros, sem oportunidade e considerados meros objetos dos senhores, que não tinham direito a nada.
Isto não tira o mérito do livro, afinal o autor foi um dos intelectuais da época que se opuseram à escravidão e a questionou tentando mudar algo, ao seu modo, mesmo que com “licenças poéticas” da realidade, afinal é uma obra de ficção. Enfim, uma obra que foi importante em seu tempo e ainda é para entender o contexto da época e o seu lugar na literatura brasileira.


site: https://www.instagram.com/renan_tempest/
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Aaaana13_ 16/06/2022

Dá um pouco de raiva
As vezes eu fiquei possessa com a Isaura e com a Malvina, elas não tem ações, elas se contentam com tão pouco! Mas lembro do contexto em que foi escrito e do gênero, com isso se entende esse formato de personagens femininas.
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Lais.Mesquita 05/06/2021

Torturante
Já falei vários problemas desse livro nos históricos de leitura
Não tinha chegado nem em 1/4 dele e 3 homens tinham se declarado pra ela no mesmo dia
Os personagens ou são 100% bons ou 100% ruins
Muitas passagens racistas ou machistas
A única coisa boa foi que numa breve passagem ele falou mal da escravidão
Tive que usar audiobook enquanto lia da metade final porque se fosse eu sozinha n ia aguentar
Foi cada virada de olho que eu achei que nunca mais fosse voltar ao normal
Não sei se a história realmente melhora depois da metade ou se foi porque comecei a usar o audiolivro, mas foi bem mais rápido
Enfim, odiei :P
Só li mesmo porque tava determminada a ler antes de trocaar, vender ou o que quer que seja
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Aline.Momm 12/03/2021

Não é um livro que eu escolheria para ler se não for obrigada à isso. Mas posso dizer que ele me surpreendeu com várias reviravoltas durante a leitura.

Se você é uma pessoa que gosta de novelas este é um livro perfeito!
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Francisco240 01/02/2023

Novelão bem curto
Um romance interessante, sem muita enrolação e de fácil linguagem.
Tudo de bom para quem quer uma leitura leve e tranquila.
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Manu 03/03/2022

Um anjo que nasceu cativa
Publicado em 1875, pertenceu a segunda geração do romantismo.
E com temática abolicionista, o romance certamente foi polêmico na altura em que foi lançado. Vale lembrar que a abolição da escravatura só foi assinada, de fato, em 1888.
Nascer branca não lhe poupou da condição de prisioneira, mas sua beleza saltou aos olhos da dona da casa e ela foi criada longe da senzala, com zelo, mimo e boa educação.

A própria Isaura tem uma personalidade bem menininha frágil e que precisa ser salva. Porém, ao levar em conta o contexto, a época e a proposta do livro, acredito que ele mereça sim ser lido, e ter seu mérito. Por ser uma história bem água com açúcar, acredito que vá agradar sim um grande público, que pode inclusive se surpreender com a simplicidade da escrita.
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