A Escrava Isaura

A Escrava Isaura Bernardo Guimarães




Resenhas - A escrava Isaura


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Elena 23/03/2023

Quando eu li Escrava Isaura pela primeira vez, aos 15 anos, achei o livro chato. Lembro que eu dizia que a história era ruim, que a protagonista era chata e que a vida dela como escrava (sendo branca) era privilegiada em comparação a vida das outras escravas (negras), eu obviamente não tinha entendido a crítica do livro e pensava que ele era só um romance usando a escravidão como pano de fundo.
Hoje, aos 19 anos, percebo como meu entendimento da leitura foi frívolo; é claro que há um romance (muito bom por sinal) mas o livro não se resume a isso. Eu não precisei reler o livro para me dar conta da real crítica que ele traz, só precisei amadurecer. A vida da Isaura é tão ruim e sofrida quanto a de qualquer escravizado ali, pior até. Mas isso a faz ser um protagonista diferente de chata, faz ela ser muito forte! Isaura se um dia eu te critiquei eu não lembro.
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Ana 17/03/2023

Gostei MUITO do modo de escrever do Bernardo Guimarães, sinto que estou realmente presente na cena como um telespectador. Me senti em um teatro na verdade. Enfim, vi algumas resenhas negativas sobre o livro e acho que ele não deveria ser olhado com o pensamento atual. Eu gostei bastante do livro.
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Giovana.Pacini 28/02/2023

Álvaro o último romântico, vi uma galera falando que odiou porque é problemático e tal mas o que essa gente esperava????? Escrito em época de escravidão dando início a pensamentos abolicionistas é óbvio que não dá para ler com o pensamento atual
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Michael 28/02/2023

Um clássico que não envelheceu bem. Ou talvez, sim.
Clássico da literatura nacional, escrito pelo mineiro Bernardo Guimarães em 1875, a obra faz parte do romantismo brasileiro, então tem que gostar desse movimento para poder aproveitar bem a leitura. Eu, particularmente, não gosto muito da linguagem que era utilizada na época.

A trama é bem "novelesca": Isaura é filha de uma escravizada "mulata" (palavra do autor) que nasceu branca e, por isso, foi praticamente tida como filha da senhora da fazenda - mas ainda escravizada. Aprendeu a ler, escrever, se portar como uma dama da época, tocar piano... Por isso, todos os homens ao seu redor se apaixonam por ela. Sua vida se complica (ainda mais, claro) quando sua senhora morre sem colocar em seu testamento a vontade de libertá-la. O herdeiro da senhora, apaixonado por Isaura, vê agora a oportunidade de conquistá-la ou obrigá-la a amá-lo nem que seja por imposição.

O que me atraiu a leitura foi o caráter abolicionista da trama, mas tenho algumas ressalvas sobre isso. Vale lembrar que o livro foi escrito há 185 anos então claramente, há uma lacuna muito grande entre o contexto e mentalidade do autor com o meu de leitor. Eu entendo que o autor queria despertar ideias abolicionistas nos leitores e que por isso coloca uma escravizada branca. Convenhamos, na época o livro não teria feito o sucesso que fez caso a escravizada fosse preta. Porém, ao fazer isso, constantemente os personagens falam que ela não merece ser tratada como escravizada porque tem a pele clara. Ou seja, não prega a liberdade de todos os escravizados, mas da mulher branca que se vê nessa situação. Não sei até que ponto, realmente, a obra chegou a despertar alguma consciência porque não se debatia a liberdade dos pretos, apenas daquela mulher branca - e somente porque o abolicionista estava apaixonado por ela.

Outro ponto de incomodo na trama são os constantes comentários do tipo "ela sabe tocar piano, ler, bordar, é educada... Portanto não merece ser escravizada", reforçando a ideia de que pessoas mais simples merecem. E para ser justo, há sim um momento no qual Álvaro, interesse amoroso de Isaura, discursa sobre a importância de não escravizar pessoas e de tratar todos iguais. Assim como o fato dos escravizados de sua família terem sido libertados e terem recebido apoio dele para que fossem inseridos na sociedade (e não só libertados e abandonados). Porém, na maior parte do romance, o discurso é para libertar a branca bela que recebeu educação, e não os pretos escravizados.

No geral, acho que é um clássico que não envelheceu bem. Ou talvez, sim, já que é exatamente alguns desses pensamentos que ainda perduram. Porém, se o lermos pensando no contexto da época, veremos que é, sim, um romance ousado.

site: https://www.instagram.com/p/CpJIPqDuNC3/
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Maria Helena 26/02/2023

Levando em consideração o tempo no qual o livro se passa entende-se as problemáticas que se encontram no livro. Isaura só é ?digna? por que é branca, tem feições completamente caucasiana, porém eu entendo essa abordagem, pensando que o autor gostaria que as pessoas lessem e refletissem sobre a escravidão, sobre suas mazelas, em diversos trechos encontrassem críticas fervorosas contra a escravidão.
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Jymaria 18/02/2023

Isaura, mesmo sendo linda e "branca", não deixava de ser uma escrava e propriedade na visão de Leôncio. Álvaro é perfeito .
E o final ...
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_pam0808 12/02/2023

No geral, importante porque retrata a questão escravista x abolicionista, mas o enredo é meio abrupto e os personagens são muito idealizados, típico do Romantismo. Por ser um clássico, acredito que vale a pena ler.
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ron 11/02/2023

Ruim, mas dentro do esperado
Problemático e muito racista. já esperava isso por ser um livro de 1875, mas mesmo tendo isso em mente, o livro me incomodou bastante. enfim, nem só de clássicos vive o homem
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Gabriel1610 10/02/2023

Que opróbrio, Meu Deus!
O livro de abolicionista não tem muita coisa não. A história todo mundo já conhece, mas o sentimento abolicionista está focado unicamente no fato da Isaura ser branca e refinada.

No início a gente conhece Isaura e a vê em uma situação ruim devido a vida com o Leôncio, então ela vê umas 3 propostas de casamento e ela prefere sofrer com o dono do que casar com a pessoa que não era perfeita pra ela. Ela tem um "senso de dignidade" muito forçado que não me fez criar empatia e sim ranço. Ao contrário dos negros que sofrem sem esperança, ela simplesmente descarta boas mudanças na vida e fica pelos cantos sofrendo por ser bela "o que adianta ser gostosa se eu não posso ser feliz? ?" Chata demais.

Apesar do livro ser focado no fim da escravidão por ser um absurdo, sem em nenhum momento ser absurdo quando se trata dos negros, eu já sabendo disso queria ter relevado pela época e público alvo e ter curtido o enredo que estava muito interessante no início, porém, quando aparece o Álvaro (em torno de 40% do livro) a história fica um tédio, e o baile parecia que não acabava nunca, ficava em mil palavras só pra ele descrever como que a Isaura ela branca e linda igual um anjo e blá blá blá. Apenas no finalzinho voltou a ficar mais fluido, porém o final mesmo foi uma bomba completa. A resolução se deu do nada com uma explicação que poderia ter sido desenvolvida no decorrer do livro.

E para não esquecer, além da maneira como os negros são descritos e como o livro trata um absurdo a Isaura ser escrava e sofrer, não por ser humana, mas por ser branca, anjo, prendada e sei lá mais o que que não é o lugar de gente como ela (o resto que se ****), ainda tem o personagem Belchior que é descrito como uma pessoa muito boa, mas é tratado como um monstro repugnante por ser uma pessoa disforme. Eu ficava com um ranço enorme de como as pessoas tratavam ele. E sem me esquecer, fiquei decepcionado que no livro a Malvina não chamou o Leôncio de crápula. Eu estava lendo só com isso me dando forças de continuar.
mainvisivel 03/04/2023minha estante
Nossa, eu também achei o senso de dignidade dela muito forçado. K Concordo 100% com a sua resenha. Acabei de terminar e meus olhos quase sangraram enquanto eu lia.


Gabriel1610 03/04/2023minha estante
Nossa, foi muito podre. Eu achei que o povo exagerava na militância e não olhava a época que foi escrito, mas quanto mais eu lia mas eu entendia as críticas


Renata Rocha 30/05/2023minha estante
Cara eu adorei a tua resenha, valeu a pena ter lido o livro só pra concordar com a tua resenha.


Gabriel1610 17/06/2023minha estante
Não vi a notificação kkk tava esperando para saber o que você acharia




oariellucas 05/02/2023

Clássico!
É uma obra clássica, e como não tenho costume por clássicos optei pela versão de HQ por ser mais simples e de fácil entendimento. É uma história com uma bagagem pesada, acredito que o escrito original tenha cenas bem fortes e que não seja para qualquer leitor!
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Charly.nunes 05/02/2023

Meu deus que livro ruim do cacete. Super fora da realidade, vai apresentar a personagem negra que é o menos negra possível para ser considerado bela, o livro deixa muito bem entendido isso, se a Isaura fosse retinta ela não iria ser bonita até porque os traços negros aquo é considerado ruins. Eu não consigo entender como alguém leu isso e achou que essa merda é um conto em prol dos negros, porque claramente foi feito de uma pessoa branca com sindrome de salvador para outras pessoas brancas com sindrome de salvador. Personagens são sem sal, plot clichê, chuva de racismo velado, mito da fraqueza feminina, e a única vez que uma mulher mostra algo de força é sobre o mito da maternidade. Com tantos autores negros e abolicionista na época e me vêm dizer que essa merda é o clássico da cultura negra, palhaçada msm que tiraram Machado de Assis e etc pra esse livro
oariellucas 05/02/2023minha estante
Minha filha? o livro foi escrito em 1875, calma


Charly.nunes 06/02/2023minha estante
Amado, Machado de Assis é de 1840, Luis Gama é de 1830 entre outros autores negros e abolicionista fodas. Eu entendo falar isso para livros como de Nietzsche, Aristóteles e etc que não é focado nisso mas contem racismo por conta da época, outra coisa é um livro feito para os negros que é dito como o máximo da comunidade até hoje, ser racista. Literalmente esses são os livros que foram feito como propaganda para apoiar um racismo velado e a miscigenação, e vcs pagam pau. Há contextos diferentes do qual o tempo faz sentido ser colocado, mas nesses tipos de livros não é o caso


Gabriel1610 10/02/2023minha estante
@oariellucas Eu pensei em relevar isso e fui ler pelo roteiro e na metade ele ficou horroroso nesse quesito também. Mas ele é contra a escravidão apenas pq a Isaura é branca e educada e por isso "não é o lugar dela, e sim como as donas de casa" e o livro deixa muito, mas muito claro isso. Não há uma pessoa que dirige a isso um absurdo para os negros, mesmo o Álvaro que é abolicionista não trata o absurdo da escravidão como ruim por si só quando ele fala da Isaura, sempre ressalta ser um absurdo para uma pessoa como ela. Os negros são descritos da pior forma possível. Se foi pra alcançar o público e fazer o trabalho mínimo do mínimo contra a escravidão, talvez conseguiu, mas é um contra escravidão sem direcionar o problema pros que mais sofriam




Jordananobre 03/02/2023

Clássico
A escrava Isaura é um romance regionalista do escritor mineiro Bernardo Guimarães. Nessa obra, de caráter abolicionista, Isaura, uma escrava branca, é assediada incessantemente por Leôncio, seu dono por herança e proprietário de uma fazenda. No entanto, a jovem não cede aos desejos do vilão e consegue fugir.

Ela então se apaixona por Álvaro, um jovem rico e abolicionista, a única pessoa capaz de livrar a heroína do perverso Leôncio. Desse modo, essa obra folhetinesca traz as características típicas do Romantismo, como a idealização da mulher e a existência de um amor que precisa vencer um grande obstáculo para enfim se realizar.
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Rayane 01/02/2023

Sessão da tarde dos clássicos
Li esse livro há alguns anos, como não me lembrava direito, resolvi escutar o audiobook em um dia de faxina.
Procurei a resenha que eu escrevi há anos e tive a mesma sensação e opinião: é um livro sessão da tarde.
A linguagem e a escrita do autor muito me agradam, é fluida e fácil de entender.
A história, porém, carece de profundidade, o amor repentino do casal principal não convence. Além que cansa a beleza de anjo de Isaura e que tudo se resume a "escravidão de sua beleza".

O romance parece ser inovador para época, mas hoje ele parece demasiado racista, principalmente as partes que dizem que um ser tão lindo não merecia ser aprisionada. Afinal, alguém merece?

Sei que é complicado analisar a obra a luz dos tempos atuais e todas as evoluções que obtivemos, mas algumas obras são datas, acho que é esse o caso.

Achei bem água com açúcar e entendi o porquê eu havia esquecido a história do livro, é porque ele não faz falta, os personagens não cativam, é uma espécie de cinderela da escravidão, cinderela brasileira.

Só vale a pena ler se não tiver mais nada interessante em sua prateleira ou como no meu caso, que escutei um audiobook disponibilizado de graça.
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