spoiler visualizarSuelen Mattos 27/04/2020
Resenha recheada de SPOILERS. Leia por sua conta e risco.
Olha, confesso que já comecei a ler esse livro com ranço do mocinho Asad. O cara foi um babaca há 6 anos. Teve um caso com a mocinha Iris, sabendo que ela o amava, enquanto que desde o começo ele já planejava se casar com outra. E não era porque ele amava a outra, ou porque tinha que casar para honrar algum compromisso imposto por seu cargo, não. É que a outra mulher tinha rejeitado o seu primeiro pedido de casamento e ele tinha colocado na cabeça que não ia aceitar um não como resposta, ia fazer faculdade, voltar e se casar com ela de qualquer jeito. Por puro orgulho e teimosia. O cara depois quer me convencer de que sempre amou a mocinha, enquanto que na verdade ele não a amou o suficiente para abandonar o plano de se casar com alguém que sempre deixou claro que não o queria, só por despeito, em vez de ficar com a mulher que se entregara completamente e que o amava acima de qualquer coisa, com a desculpa de que Iris não era virgem. Bem-feito pra ele que, na noite de núpcias, descobriu que a tal princesa virginal com quem ele tanto fazia questão de casar não só NÃO era virgem, como também estava grávida de um homem casado. E continuou com o amante até morrer num acidente com ele. A única graça salvadora de Asad era o amor pela filha que, mesmo não sendo biologicamente dele, era tratada e amada como tal. Ele realmente era um pai excelente, e a menininha de 4 anos era um amorzinho. Foi o que salvou o livro. O resto...
Iris, a mocinha, era uma pamonha. Sofreu horrores quando foi rejeitada e, quando reencontrou o embuste do mocinho, caiu na lábia dele de novo sem resistir. E durante esse reencontro, ela ficava encontrando justificativas para o comportamento dele no passado, chegando ao cúmulo de assumir a culpa, como se ela não tivesse lutado pelos dois. O próprio mocinho falou que ele não deu chance para que ela lutasse, e em outra ocasião ainda a questionou como ela podia perdoá-lo tão facilmente depois de tudo o que ele fez. Se nem o cara que aprontou achava que merecia um perdão fácil, eu é que também não vou achar isso. E tenho dito! Mas Iris tinha essa tendência a ser alma boa demais pra ser verdade. A forma que ela perdeu a virgindade não foi lá muito agradável, mas ela também acabou perdoando fácil o outro cara, e ainda virou amiga dele. Eu não seria tão complacente, mas isso sou eu, né?!
A única coisa boa no livro (além da filhinha e dos avós de Asad, que eram uns amores) foi poder rever o Hakim e a Catherine, casal do meu livro favorito da série (Coração Em Fúria - Noivas Reais 01), e poder ver como eles continuam apaixonados, de causar inveja alheia. E, claro, foi ótimo ver meu Hakim colocando um pouco de juízo na cabeça de Asad, fazendo-o enxergar a luz de seus sentimentos por Iris. Pena que já era tarde para que Asad me conquistasse. Minha impressão é de que tudo seguiu de acordo com o plano dele e a vontade de Iris não tinha peso nesse seu cronograma: o cara, aos 18 anos, quis casar com a princesa que o rejeitou, então foi pra faculdade pra ficar mais culto, dar a volta por cima e mostrar pra princesa que ele era o cara e que ela não podia rejeitá-lo; nesse meio tempo, já na faculdade, ele conheceu Iris, jura que foi o relacionamento mais verdadeiro que já teve, mas terminou com ela mesmo assim só porque já tinha o plano de casar com quem não o queria, só pra mostrar que podia; aí ele quebra a cara (algo que não estava em seus planos), vê que as mulheres são traiçoeiras e que Iris é que era uma mulher confiável e fiel de verdade; decide tê-la de volta, arma todo um esquema pra ficar no deserto com ela (mesmo que não sozinhos) e deixa claro que a quer na sua cama de novo (e nada além disso); a boba aceita e descobre que ele planeja se casar de novo em breve e, mesmo sabendo que será como foi no passado (ele com ela, mas pensando em casar com outra), continua dormindo com ele; daí dá um estalo e o cara pensa: ei, eu preciso de uma mãe pra minha filha, de uma senhora pro meu povo e de uma esposa pra mim. Pode ser a Iris mesmo; aí depois Asad quer convencer todo mundo de que sempre a amou, de que o nome da filha era uma homenagem a mocinha, mesmo que ele não soubesse disso na época em que escolheu o nome (hein? Fez homenagem sem saber?) e, mesmo assim, ele não parece se arrepender de tudo que fez a mocinha passar. Quando Asad a queria, ele a teve. Quando não a quis mais, se desfez dela num piscar de olhos, sem remorsos e sem olhar pra trás. Aí quando a quis de volta, novidade?! A teve de volta. Iris, pelo amor de Deus, se ame mais e se valorize um pouquinho, nem que seja para dar uma lição nesse arrogante! So-corro!
Esse foi o livro que menos gostei da série (embora os livros 3 e 9 também cheguem bem perto do rank não-achei-tudo-isso), porque a combinação de homem arrogante com duplo padrão (ele podia ter casado com outra, mas a mocinha era só dele e não devia ter sido tocada por homem nenhum) com mocinha capacho sem amor próprio é o fim da picada. Não me arrependo de ter lido, até porque foi uma leitura bem rápida, mas é um livro que será facilmente esquecido. Se eu recomendo? Só se você estiver acompanhando a série. Se não, a autora tem obras melhores.
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