Mau_Caetano 29/01/2024
Uma curta estadia em um mundo absurdo
?Strange, how a moment of existence can cut so deeply into our being that while ages pass unnoticed, a brief love can structure and define the very topology of our consciousness ever after.?
A verdadeira religião é o zoroastrismo, todos os que não o seguem serão condenados a um inferno diferente. Soren, mórmon do Utah, é condenado a procurar um livro que narra a sua vida. O problema? Ele está em biblioteca praticamente infinita.
Com forte inspiração na ?Biblioteca de Babel? de Borges (ou caso prefira, no teorema dos macacos infinitos). O inferno no qual o protagonista se encontra é, conforme dito acima, encontrar um livro que narra a história de sua vida.
Porém, como fazer tal façanha, em uma realidade absurda, na qual a maioria dos livros sequer forma uma frase coesa e com sentido lógico.
A despeito da chamada religiosa no primeiro parágrafo, o livro pouca aborda questões religiosas e foca mais em questões filosóficas de existencialismo/absurdismo, muito visto em Sartre e Camus, respectivamente.
O livro conta com 105 páginas, o seu prologo é bastante confuso e, certamente, te pegará desprevenido, não entendendo nada. Sendo bastante interessante a sua releitura após o fim do livro.
Eu tenho críticas a obra literária em análise
A primeira, o autor poderia narrar melhor a estrutura e layout da biblioteca, pois, devido à falta de descrição de sua arquitetura, o leitor pode acabar ficando meio perdido em algumas cenas.
A segunda, eu gostaria que o livro tivesse o dobro de seu tamanho. Eu fiquei intrigado e apaixonado pela história de Soren. Ele, ao final do livro, nos conta o porque deste não ser mais extenso. Mas, mesmo com essa justificativa plausível, eu fiquei com uma ?fome de quero mais?.
O autor narra de uma forma brilhante a problemática de viver em um mundo insano e praticamente sem sentido.
Dou ao fim, 4.5 estrelas, pois o prólogo é bastante confuso para o leitor e pode ser meio desencorajador. Ademais, senti um pouco de falta na descrição arquitetônica da biblioteca.
4.5/5