Resenhas - As Aventuras de Pi

Larissa 13/12/2013

MAX E OS FELINOS X AS AVENTURA DE PI
Confesso que até ver toda a popularização do filme “As Aventuras de Pi” e sua indicação para o Oscar, desconhecia por completo a polêmica envolvendo o livro de Yann Martel com o livro de Scliar. Como boa brasileira fiquei ofendidíssima antes mesmo de entender o que estava acontecendo, principalmente depois de ler uma declaração onde Martel dizia apenas ter “aproveitado uma boa ideia mal utilizada por um pequeno escritor brasileiro”.

Vi o filme e não achei grande coisa. É claro tem cenas lindas! A fotografia mereceu mesmo o Oscar, Ang Lee foi fantástico, mas a história em si…

Resolvi ler o livro do Scliar: “Max e os Felinos”. Logo no prefácio Scliar explica toda a polêmica envolvendo seu livro e o de Martel, dizendo que não se ofendeu com o posicionamento do autor, não se sentiu plagiado e por isso optou por não processá-lo. Achei digno e compreendi o posicionamento do autor. Quando peguei pra ler “As Aventuras de Pi”, Martel também explica de onde veio sua inspiração e diferente das outras notícias que vi, li ali um pequeno elogio e dedicatória a Scliar.

Depois de ler os dois livros, fica extremamente claro que Martel usou a ideia de Scliar no seu livro, nenhum novidade até aí, mas o livros são muito diferentes. Martel usou a ideia do tigre com o menino do barco como história central do seu livro, enquanto o menino e o jaguar é apenas uma pequena passagem no livro de Scliar.

“Max e os Felinos”, conta a história de Max, um jovem alemão que foge da Alemanhã em pleno nazismo para chegar até o Brasil. O barco que ele estava naufraga e ele passa poucos dias à deriva com um jaguar. Após ser resgatado e chegar ao Brasil, Max vive assombrado pelo nazismo, nunca chegando a ter paz. No livro os nazistas são retratados figurativamente como um felino, um jaguar que está sempre a espreita, destruindo toda a segurança que Max conquista.

Em “As Aventuras de Pi”, Martel conta a história de Piscine Patel, um jovem indiano que muda para o Canadá com sua família e boa parte dos animais do Zoológico administrado pelo pai. O barco deles naufraga, PI é o único humano sobrevivente e divide o barco com 4 animais: uma hiena, uma zebra, um orangotango e um tigre. Ele fica quase 1 ano a deriva no barco, tendo como companhia apenas o tigre. É uma história de sobrevivência com apelo religioso, visto que Pi pratica o hinduísmo (origem), cristianismo e islamismo.

Não sei se por já ter visto o filme ou o que, mas achei o livro de Martel muito chato. Parecia que os capítulos iam crescendo pra fazer o livro render, muitos detalhes desnecessários. Se a intenção era fazer o leitor sentir que passou os mais de 200 dias no barco com Pi, bom pra mim funcionou!! Enfim achei cansativo e forçado. No fim, não entendi o porquê do livro ter se tornado um grande sucesso e percebi que a “boa ideia”, acabou não sendo muito bem utilizada pelo cansativo Yann Martel. Enfim, gosto é gosto, conheço pessoas que amaram o livro. Já o livro de Scliar eu não sabia bem o que pensar quando terminei já que o fim foi meio brusco, quando eu peguei o clima da história, Scliar simplesmente coloca um ponto final. (Yann x Scliar = opostos).

Indico o filme de Ang Lee. Tem cenas lindas! Indico o livro de Scliar, para que possamos conhecer mais a literatura brasileira que estrangeiros copiam achando que vão melhorar, mas não conseguem.

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Outras resenhas em: www.literaturapessoal.wordpress.com

Júlia 07/02/2021

Acredite no extraordinário!
Fiquei tão tocada e em alguns momentos chocada com a história do Pi!!!
Perder tudo e ter que lutar pela própria vida em uma situação abusurda, mas não perder a fé em si mesmo.
Existem momentos que a narrativa é triste, mas nada que torne desagradável o desenrolar da história.
Ótima leitura!

Luciana 20/03/2022

As aventuras de Pi
A forma como Pi conta suas histórias, seus pensamentos e sua perseverança em meio a uma situação desesperado é fascinante.
Quando eu vi o filme, havia algo nessa história que me fascinou, nunca mais esqueci.
No livro, temos um contato maior com os sentimentos de Pi devido ás palavras.
Você se sente dentro das cena, e o final é muito emocionante!!
Chorei quando terminei a leitura, não só por causa do final, mas também por ter terminado essa jornada incrível.

Marcos 30/03/2023

Piscine Molitor Patel, conhecido como Pi, é um jovem que vive com seus pais e seu irmão Ravi em um zoológico. Por ser filho do zelador, o jovem é muito bem instruído em relação as características dos animais.

Tudo parece bem tranquilo e automático em sua vida, quando uma mudança drástica acontece inesperadamente. A família de Pi juntamente com os animais devem mudar para outro país e para isso vão contar com uma viagem em um navio velho.

Em 2 de julho de 1977, esse velho navio naufraga deixando apenas Pi como sobrevivente... Mas não foi o único.

Mal sabia ele que no bote em que ele se salvou, abaixo da lona, estaria Richard Parker, um tigre-de-bengala. ????

Cely 31/07/2022

Livro lindo
No começo o livro não me prendeu tanto porém no decorrer do livro eu fiquei presa nele. Eu senti um misto de emoções lendo esse livro, a aventura que Pi passou com Richard Park foi incrível de se ler porém ao mesmo tempo aterrorizante. Enfim amei demais e recomendo muito a leitura antes de assistir o filme ?

Ludmila 05/12/2021

Que livro lindo! Uma história incrível, um personagem muito carismático e uma escrita bastante sensível!

Y.A. 04/10/2021

Comovente
Admito que só não dei 5 estrelas porque o meio do livro é parado, o que na verdade faz sentido, pois o autor quis mostrar detalhadamente como é a vida de um náufrago (e ele se saiu muito bem nisso). Mas todo o resto da história é maravilhoso, principalmente o final. Tenho um carinho enorme por esse livro já que foi o primeiro que quase me fez chorar.

Mfarits 30/10/2020

3,14!
Eu não sei descrever com palavras totalmente o que esse me livro me passou não!
No final do livro, eu senti um HORROR real. Eu mergulhei de cabeça nessa história.
No final, com a descoberta da outra versão da história (que até hoje eu aceito ambas como verdade e vivo com isso kkkkkk) saber que ele ?pode? ter passado tudo aquilo com a mãe dele.
Eu nunca vou esquecer o capítulo que ele apenas cantou parabéns.
Leiam! Quando eu terminei, fui tomar um banho. Fiquei uns 20 minutos olhando pro chão.

tefa.alves 09/04/2024

Muito lindo
O começo é muitooo parado e chatinho mas depois que resta apenas o pi e o tigre no mar você consegue sentir tudo o que ele estava sentindo naquele momento.. surreal demais. deu vontade de assistir o filme de novo.
pena que é plágio de uma obra brasileira

Manu 11/06/2020

Maravilhoso
Não tinha jeito do filme passar toda a filosofia e poesia dessa obra. Que livro bem escrito, sempre emocionante (despertando todo tipo de emoção, inclusive). As "aventuras" são completas desventuras, mas narradas de uma forma tão bonita que há muito o que apreender no decorrer da história. Super recomendo.

Luke 11/11/2021

O choque entre a realidade e o esoterismo
Pi é um garoto indiano de 16 anos e, bem, três religiões. Crescido tendo como quintal de casa o zoológico da família na península indiana, Pi sempre foi um bom observador da natureza. Da ordem natural das coisas, entretanto, por mais que a ciência animal saciasse em parte seus desejos de conhecimento, algo lhe faltava. Nascido no centro do choque de culturas da Índia do século XX, Pi convivia com praticantes da fé cristã, hinduista e islâmica. Não demorou, então, a conhecer os dogmas de cada uma e se afeiçoar ao prisma da humanidade e sacrifício dessas religiões. Entretanto, tudo entra em colapso após a família decidir vender o zoológico e mudar-se para o Canadá em busca de melhores condições de vida. O inesperado é que durante uma tempestade em alto mal ao sul de Manila, nas Filipinas, o navio naufrada e Pi se encontra preso a um bote com uma zebra ferida, uma hiena faminta, um tigre indiferente e uma orangotango em choque. Nesse pequeno ambiente, Pi deve lidar com a incerteza, a luta pela sobreviência e a busca pela esperança, uma árdua batalha entre os limites físicos e espirituais.
Yann Martel, neste que é sem duvidas um clássico da nova era, mostra que no fundo a espituralidade humana independe de uma religião, está mais relacionada a capacidade com que lidamos com nossos desafios e mantemos nossas esperanças naquilo que acreditamos. O livro é genial, a narrativa é marcante e a inteligência por trás da complexa teia de temas é fundamental.

AMary 01/03/2022

Um livro que te faz querer saber mais e mais, algo que vai além do esperado, Pi que perde sua família, em um náufrago, agora está a procura de terra firme, junto com o seu tigre de bengala!
História magnífica

sofia 14/10/2022

?Ter fé em Deus é se abrir, se entregar, ter confiança absoluta, um ato de amor absolutamente livre.?

Minha experiência com essa história é antiga, assisti ao filme ainda criança e posso dizer que, com certeza, foi um marco importante para minha infância (além de ser atualmente um dos meus filmes preferidos). Agora, depois ter lido o livro, posso dizer que foi uma adaptação incrível. É tocante lembrar que, de fato, essa história aconteceu. Extremamente importante. Nos mostra a força de Deus, a perseverança que devemos ter, a amizade construída entre um ser humano e um predador. É um livro lindo que, com certeza, eu indico.
Irei apresentar ele em um projeto escolar, fazendo uma comparação com Trono de Vidro, junto com minha amiga Carol.

Marcela115 11/06/2020

O começo do livro é meio parado, lento, mas nada que faça desistir de continuar lendo. Como eu já tinha visto o filme, fiz uma leitura lenta, sem pressa. A narrativa é ótima, que nos envolve. As Aventuras de Pi mostra um excelente entretenimento, um estudo psicológico, um manifesto em defesa da arte, um estudo sobre fé e religião.

roblesz_ 12/07/2020

Sem palavras
Apesar de eu ter demorado um certo tempo para ler esse livro (estava numa ressaca literária e não estava tendo muito foco), era sempre uma questão de acabar lendo 70 páginas numa sentada só e ficar maravilhado com as tantas questões trazidas a tona (ainda mais no começo do livro que apresenta argumentos muito bons sobre criação em cativeiro e a moralidade da vida animal nos zoológicos) e a intimidade que surge entre o leitor e o Piscine era espetacular. Havia momentos que, mesmo estando eu muito longe de estar numa situação parecida, era possível compreender suas ações e decisões em momentos de delírio e desespero, como se pudesse ver a mim mesmo ali, perdido no mar, faminto, com sede e acompanhado nada mais nada menos do que um tigre de bengala.
É possível sentir apreço e gratidão pelo tigre junto do personagem, que sem o animal, não teria conseguido suportar as dificuldades da vida no mar, mesmo que a única ajuda vinda do tigre fosse os seu olhos poderosos e seu tamanho amedrontador que buscavam Piscine de volta do mundo da fadiga e melancolia para a vida atenta e o instinto de sobrevivência.
Mesmo que muitas partes possam acabar sendo meio maçantes e longas descrições do dia a dia de Pi em alto mar apareçam frequentemente (muitas páginas descrevendo seu modo de comer carne de tartaruga, descrevendo a magnitude de Richard Parker etc ), acredito que todas esses pequenos atos e descrições puderam me levar a compreender um pouquinho mais de quem é o Piscine, o modo que sua vida mudou drasticamente e as mudanças que teve que fazer sendo um adolescente indiano vegetariano, cristão, muçulmano e hindu em alto mar.

Por fim, recomendo bastante essa leitura. O personagem descreve tudo de um jeito bem humorado, como se nem ele pudesse acreditar nas situações um tanto cômicas que aconteciam ao longo do livro e seria definitivamente o tipo de pessoa que eu gostaria de passar horas e horas conversando sobre qualquer aspecto religioso, científico ou humano do mundo.